Na segunda-feira, nosso terceiro dia em Buenos Aires, fomos a diversos lugares, tudo de acordo com o plano: visitar a estátua da Mafalda, Casa Rosada, Plaza de Mayo, Palermo (Malba) e no meio tempo, parar pra almoçar e jantar em lugares legais.
Estátua da Mafalda
A gente já tinha passado pela estátua quando fomos na Feira de San Telmo no dia anterior, mas como a rua tava cheia de barraquinhas, acabamos passando direto. Sendo assim, acordamos cedo e fomos direto pra lá. A estátua fica na esquina das ruas Chile e Defensa, lugar onde Quino (criador da Mafalda) morava. Não sei se porque segunda era feriado, mas o lugar estava bem vazio e tiramos várias fotos à vontade.
Eu, sinceramente, não esperava nada de lá. Achava que seria mais um prédio chato do governo, mas como ter expectativas baixas é o segredo da vida, adorei a visita! Nos sentimos bastante seguras com a quantidade de seguranças já na entrada do prédio. Ao entrar, nos deparamos com vários, vários quadros de grandes líderes latino-americanos, como Che, os Perón, Bolívar, Tiradentes e até o Lula! O mais bacana é que além de um pequeno resumo de quem foi a pessoa do quadro, eles colocam uma citação que mostra a essência do mesmo. É bem interessante e dá vontade de estudar sobre todos eles!
Pool party na casa da Chris! (legenda by http://twitter.com/anthems_antics) |
Plaza de Mayo
A praça é em frente à Casa Rosada e relativamente tranqüila, com vários gringos tirando foto e andando por ali. Há várias faixas de protesto e muitas, muuuuitas pombas. Mas essa parte a gente ignora, né? Batemos umas fotos e fomos no centro pegar um ônibus pra Palermo.
Palermo
Descemos em frente a uma praça na avenida Santa Fé, já em Palermo. Com medo de perder o horário de almoço dos restaurantes (como aconteceu no domingo), resolvemos almoçar antes de procurar o Malba, motivo pelo qual estávamos naquele bairro.
Vimos uma sugestão boa no guia e iniciamos a caminhada. Mas essa caminhada durou horas. Nunca andei tanto debaixo de sol, não agüentávamos mais. Mas no fim encontramos as Cañitas (região dentro de Palermo repleta de restaurantes e tal) e almoçamos num lugar muito gostosinho, que infelizmente esqueci o nome e nem anotei. Foi até engraçado porque até então estávamos em dúvida se lá era feriado ou não, e estranhamos o número de gente almoçando de boa com a família e amigos no restaurante. Tipo: esse povo é rico assim pra estar aqui de boa numa segunda à tarde?! Só confirmamos que se tratava de um feriado no final do dia.
Depois de almoçar, com medo de andar tudo aquilo de volta, pegamos o metrô, mas precisamos juntar muita coragem pra pegá-lo. Segurando as bolsas com firmeza, descemos numa estação "mais próxima" do Malba e seguimos andando pelas ruas de Palermo até achar o museu.
Andamos muito e vimos muita rua diferente, mas uma coisa deu pra notar: o bairro (a cidade toda no geral) tá cheio de praças lindas que mais parecem parques. Galera lendo um livro, namorando, caminhando, andando de bicicleta... Palermo é bairro fino, minha gente.
Pelo caminho... |
Centro Cultural Islâmico |
Parque/praça ali na esquina |
Conseguimos encontrar o Malba no fim da tarde. A entrada custou uns 16 pesos, se não me engano, com a apresentação da carteirinha de estudante. O museu tem 3 andares (contando com o térreo) e é bem espaçoso, clean, com o ar-condicionado na medida certa.
A primeira exposição trazia muita foto, montagem, coisa interativa mas de um modo geral, não me interessei tanto quanto pelas outras duas salas:
- em uma delas, tava rolando a exposição "How it feels" da artista Tracey Emin. Eram salas que exibiam vídeos concebidos por ela, todos retratando assuntos bem peculiares e de duração bem curtinha. Um deles tratava de bullying/humilhação que ela sofreu na escola, e o outro sobre aborto. Esse vídeo em especial nos chamou muito a atenção, pois era como uma entrevista onde ela ia contando o processo de decisão do aborto, como aconteceu a "cirurgia" e como ela passou mal depois e junto, todo o arrependimento que ela sentia, mesmo afirmando que não queria ser mãe. O vídeo foi chocante e fascinante ao mesmo tempo, muito bom.
- na outra sala era possível ver diversas obras clássicas da arte latino-americana, como Frida e Tarsila do Amaral. Tinha muita coisa bonita e diferente, então fizemos as loucas e tiramos várias fotos por ali.
Clique pra ver a foto grandona! |
No térreo, já exaustas, visitamos uma outra exposição bem legal, que me atraiu principalmente por esta obra:
Acho esse lance de tirar fotos dos pés pelo mundo ou sujeito tirou fotos de si mesmo por décadas sensacional.
Saímos do Malba quando a noite já dava as caras e pegamos um ônibus para o hostel - que na verdade parou num ponto bem longe pra nós e mais uma vez tivemos que andar loucamente.
Jantar no boteco
Queríamos sair pra comer à noite mas não queríamos nada longe demais. O guia nos mostrou um "boteco" tradicional de San Telmo, com bons preços, e lá fomos nós. Comemos uma pizza fugazza de queso, bem gostosa! E assim terminou nossa penúltima noite em Buenos Aires.