Adaptar-se é também aprender o sistema imperial

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Lembra quando você aprende na escola sobre as unidades de medida? Pois é. No Brasil (e praticamente no resto do mundo todo) usamos o Sistema Internacional de Medidas (SI), que é aquele que fala de centímetros, metros, quilômetros, etc.

Pois bem. A Irlanda faz parte da União Européia e por conta disso, foi obrigada à utilizar o SI. Em 2005 o país ainda tinha placas de velocidade em milhas por hora e o Ministério do Transporte teve que rever todos os limites de velocidade.

No entanto, não é raro você ainda encontrar placas em milhas e não quilômetros por aí, principalmente nas entradas do interior.

Bem, se essa confusão ficasse restrita somente à estradas, não seria um grande problema. O problema é que por conta da Irlanda ter ficado sob domínio inglês por séculos, o sistema de medidas não-oficial por aqui é o Sistema Imperial.

Isso significa que eu fico perdida em TODAS as conversas que envolvem inches, feet, miles, lbs (pounds), etc.

7 dias de terror (e uma passagem perdida)

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Olha, eu já sabia que março e abril seriam meses punk, mas não imaginava que essa primeira semana já me deixaria no chão. Eu sei que parece que esse post será um poço de lamentações... e, bem, é exatamente disso que ele trata. Preciso reclamar!

Acordei segunda passada com muita tosse, mas até aí, ok. Fui pra faculdade, assisti aula, fiz minhas coisas e pedalei de volta. À noite percebi que tava sentindo muito mais frio do que costumo sentir e na hora de dormir constatamos que eu estava com febre.

Fazia muito tempo que eu não tinha febre e dormi muito mal nessa de sentir frio de morrer e suar como se estivesse pulando no Carnaval. Foi horrível. No entanto, não acordei tão mal na terça e fui trabalhar.

Uma das crianças não estava bem também: inflamação na garganta e febre. Comentei com a chefe que era uma estranha coincidência, já que na noite anterior eu tinha tido febre e.... levei uma mega bronca! A chefe ficou brava que eu apareci no trabalho. Ela me mandou voltar e descansar.



Voltei pra casa e percebi que estava piorando. Nessa altura já tava espirrando e tossindo horrores, a febre havia voltado... R. voltou à noite do trabalho preocupado, fez o jantar, cuidou de mim, mas ainda assim, tive febre à noite. O pior de tudo é que na quarta eu tinha um trabalho em dupla pra apresentar na faculdade, valendo nota, claro. Eu encontraria o menino da minha dupla mais cedo para praticarmos, então na quarta tive que ir maisss cedo do que o comum pra faculdade. Passei o dia por lá. Depois de apresentar o trabalho eu não vim embora porque a segunda aula seria importante. Quando deu 18h eu já tava me arrastando e ainda tinha que pedalar uns bons 40 minutos pra chegar em casa - na subida, contra o vento.

Amsterdã: parque, sexo e torta de maçã

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Uma das coisas mais lindas da Europa são os parques - seja no verão, quando eles ficam lotados de pessoas felizes tomando um sol, ou no inverno, com as árvores secas e aquela luz invernal que nada consegue superar.

Tenho gostado muito de conhecer parques em outras cidades além de Dublin e por isso nessa última visita à Amsterdã queria muito conhecer o mais famoso de lá - conseguimos passar um tempinho caminhando e conversando pelo Vondelpark, criado em 1864 e que recebe 10 milhões de visitantes por ano.

O parque é bem grande e achei consideravelmente agitado para uma segunda-feira à tarde de inverno. Pessoas se exercitando, caminhando com seus cães ou cruzando a pista de bicicleta, é um clima delicioso e inexplicavelmente lindo!

vondelpark amsterda inverno

Rijksmuseum em Amsterdã (sim, eu voltei pra capital holandesa!)

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Amsterdã não me surpreendeu de primeira. Me deixei impressionar pelas vitrines do Red Light district, pelos coffee shops e pelo número assustador de turistas. No entanto, nessa segunda ida à cidade pude aproveitá-la mais vazia, com um clima melhor (da outra vez choveu o dia todo!) e com mais tranquilidade, sem precisar ficar correndo de um ponto turístico ao outro.

A primeira vez que pisei em Amsterdã foi no começo de maio de 2015 e confesso que apesar de achar a cidade charmosa, fiquei um pouco decepcionada com algumas coisas, como o número excessivo de turistas até mesmo num dia de chuva. O museu do Van Gogh tava tão lotado que mal consegui ver as coisas com calma e bem... nem preciso dizer que entrar na casa da Anne Frank passou longe de ser real, já que numa segunda às 9 da manhã a fila já estava gigante.

Dessa vez, não tínhamos muitos lugares na lista, sabe? Já havíamos feito um walking tour e aprendido muito sobre a cidade; já tínhamos tirado foto no letreiro I Amsterdam e também havíamos visitado um museu, a parte medieval da cidade, caminhado muito pelos canais e até por um mercado de rua. Queríamos uma coisa mais light e foi exatamente o que aconteceu, o que acabou fazendo com que aproveitássemos melhor a cidade e a companhia.

Como a Carol tinha um museum card (que usamos no museu Naturalis em Leiden), conseguimos entrar no Rijksmuseum "de graça". De graça não foi porque a Carol pagou mais de 50 euros nesse cartão, porém contribuímos com uma quantia e todo mundo saiu feliz - afinal de contas, pagar 18 euros pra entrar no museu não estava me deixando muito animada, sabe?

Aliás, essa é uma observação que eu já tinha feito da outra vez que fui pra Holanda: cidade caríssima pra turismo. Se você pesquisar "coisas pra fazer de graça em Amsterdã" achará pouquíssimas opções.

amsterda holanda inverno

Haia, uma belezura holandesa

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Haia é a terceira maior cidade da Holanda e tem 600 mil habitantes e é praticamente a capital do país. Sim, a capital oficial é Amsterdã, mas todas as câmaras, embaixadas e ministérios ficam em Haia, assim como a Suprema Corte e outros prédios importantes.

E bem, eu nunca tinha ouvido falar de Haia. Quer dizer, tinha visto rapidamente uma menção à cidade no blog Ducs Amsterdam mas não me aprofundei no assunto.

Aí quando estávamos pensando em que lugares poderíamos passear logo a Carol sugeriu a cidade pois seu namorado trabalha por lá e conhece bem o local, além do fato de que vários prédios importantes da Holanda se encontram na cidade. Sendo assim, em menos de meia hora de trem da casa deles chegamos na estação central de Haia.

Em inglês a cidade é chamada The Hague, mas em holandês, Den Haag. Parece que antes em português também havia um artigo definido na frente, mas não mais.... E que surpresa boa conhecer essa cidade - é como se fosse uma Amsterdã light: as mesmas coisas menos o vuco-vuco de turistas e cheiro de maconha no ar.

1 dia em haia den haag


Leiden e meu retorno à Holanda

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A Holanda é um país lindo: tulipas, moinhos, canais, stroopwafels, são muitas delícias a serem conhecidas e apreciadas. Na nossa viagem pra lá em 2015 visitamos o parque Keukenhof, a segunda maior cidade do país, Rotterdam, e a famosa e popular entre os turistas Amsterdã. Eu estava muito a fim de voltar e ver mais de outras cidades pelo país porque tive uma experiência muito boa na Holanda!

Aproveite para ler ou reler os relatos daquela viagem!

A linda Holanda e o maior parque de flores do mundo

Rotterdam, a 2ª maior da Holanda

Amsterdã, uma cidade pioneira

Amsterdã, uma cidade cultural (e liberal)

Amsterdã, uma cidade lotada


No entanto, nós não imaginávamos que voltaríamos tão cedo pra lá - eu havia gostado muito da Holanda, mas as passagens pra Amsterdã nunca são muito baratas. Felizmente, por volta de novembro vimos uma passagem super legal da Aer Lingus e não pensamos duas vezes: fomos visitar a Carol e o Rutger novamente!

Como tínhamos acomodação na casa de amigos, a viagem saiu bem mais barata e super, super agradável e divertida. Sabe aquela coisa de dar risada, conversar até perder a hora e comer comidas gostosas? Pois é. Foi maravilhoso!



Aquele da conferência

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No domingo eu me apresentei na segunda conferência anual organizada pelo ELT Ireland. Não foi a primeira conferência da qual eu participei - pelo menos não como palestrante. Foi uma experiência muito legal e interessante e confesso que gostei tanto que já quero mais!



Tudo começou quando a professora do mestrado comentou que dois speakers da conferência tiveram que cancelar de última hora e que por isso, havia duas vagas sobrando. A presidente da ELT Ireland, conhecendo minha professora (e sabendo que ela também é diretora do curso de mestrado da UCD) ofereceu essas vagas para duas pessoas da minha sala. Na hora fiquei meio assim, insegura - mas foi só perguntar o que o R. achava pra receber uma enxurrada de "você tem que ir", "isso vai ser muito bom", "candidate-se".

A professora mesmo tinha dito que poderíamos usar uma das apresentações que fizemos no ano passado - era só dar uma incrementada. Sendo assim, escolhi a minha apresentação preferida (e a que tive maior nota também!) e mandei um resumo para a presidente da ELT Ireland. Qual a minha surpresa quando, no dia seguinte, recebo um email dela dizendo que eles ficariam "delighted to have me" e que eu poderia participar?!

Foi aquela bagunça de sentimentos, aquela coisa de alegria com medo - mas mais alegria do que medo, ainda bem!

Fui resgatar essa apresentação, acrescentei uns slides, mandei uma bio para os organizadores da conferência e fui me preparando - na verdade, eu só tive mesmo uma semana e meia para fazer tudo. Como eu já tinha um esqueleto muito bom pronto, serviu como uma super base, mas ainda assim, dá aquela insegurança, né?

Não tem volta: fui mesmo picada pelo bichinho

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Não vou mentir e dizer que sempre gostei de viajar. Na verdade, a minha família nunca foi de fazer viagens pelo Brasil ou ir de carro pra praia - posso contar nos dedos o número de vezes que fizemos essas viagens em família. Quer dizer, como tenho família em Pernambuco, íamos pra lá - não sempre, porque fazer uma viagem de 3 dias e 3 noites num ÔNIBUS não é pra qualquer um, né?

Pois bem. Na minha adolescência, toda vez que eu lia descrições do meu signo (sagitário), eu achava que eles erravam no aspecto viagem. Toda descrição de sagitariano fala que sagitariano adora viajar, etc, etc, etc. Retirado do Ig Turismo:

Nativos do signo de Sagitário tendem a ser dinâmicos, inquietos e descontraídos. Gostam de viajar em grupo, mas também ficam bem sozinhos [...] Apreciam culturas exóticas e não têm medo de conhecer o novo. São sempre otimistas.

No entanto, quando eu comecei a trabalhar aos 17 anos as coisas começaram a mudar. Passamos a ir pro nordeste com mais frequência visitar a família e a aproveitar as idas à PE pra esticar pra outros estados da região. Foi assim que conhecemos o Rio Grande do Norte, Salvador e Porto de Galinhas.

No mesmo ano em que passei a ter meu próprio salário, fiz minha primeira viagem sozinha: entrei num ônibus e fui parar em Belo Horizonte visitar uns amigos do meu pai e um grande amigo meu (que vi algumas vezes depois em SP e no Rio em 2014).

Rapidinhas de fevereiro

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Gente, fevereiro já tá na metade, oba! Os próximos meses serão bombásticos na minha vida acadêmica, mas pelo menos passando rápido dói menos, não é mesmo?


 - As aulas no mestrado estão super interessantes e tivemos alguns professores convidados que me inspiraram bastante. Inclusive muitos deles pessoas importantes não só da área acadêmica mas do mercado mesmo - gente que trabalha como diretor acadêmico, tutor em cursos de Cambridge para professores... Estou conhecendo ainda mais do mercado de ensino de inglês na Irlanda e ganhando uma nova perspectiva acerca do assunto! Ainda teremos mais gente de peso dando aula pra nós, como a diretora do ELT Ireland e um dos grandes nomes do ACELS, que é um dos órgãos que regulam a qualidade e vistorias das escolas de inglês aqui na Irlanda.

- E ainda falando em mestrado, tô tentando organizar meu tempo de forma produtiva. Fiz um calendário de papel à mão pra poder marcar tudo o que preciso fazer - inclusive de trás pra frente. Explico: se tenho um trabalho pra entregar no dia, sei lá, 1 de maio, marquei no calendário que no dia 1 de abril esse trabalho precisa ser começado e no dia, sei lá, 25, praticamente pronto. Assim eu tenho um controle dos trabalhos das quatro disciplinas + leituras extra.

- No fim do semana do dia 20/21 vai rolar uma conferência para professores de inglês organizada pelo ELT Ireland e adivinha quem vai participar como SPEAKER na bendita? Pois é. Mais trabalho pra mim, mas pelo menos um trabalho inédito na minha carreira e que poderá me dar muita visibilidade!

Viajar pelo Brasil: Rio de Janeiro

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A Expedia me convidou* para falar sobre viajar no Brasil e a primeira coisa que me veio à cabeça foi o Rio. Apesar deu ser de São Paulo e os paulistanos serem famosos por não gostarem dos cariocas (e vice-versa), minha viagem pra lá em 2014 serviu pra me mostrar que essa rivalidade é uma grande bobagem. Eu me senti extremamente confortável no Rio de Janeiro, conheci lugares maravilhosos e me enchi de orgulho de ter uma cidade daquelas no meu próprio país.

Na época minha motivação foi levar o namorado irlandês pra conhecer a cidade brasileira mais famosa no exterior - afinal de contas, eu havia morado 25 anos em São Paulo e nunca tinha pensado em ir pro Rio. No entanto, esses dias por lá me fizeram concluir que não podemos perder tempo: o Rio de Janeiro é lindo e merece ser visitado - tanto por nós, brasileiros, como por qualquer um de qualquer lugar do mundo.

Tivemos a sorte de ter amigos nos hospedando, mas tenho certeza que sozinhos teríamos dado conta de tudo: é fácil de se locomover na cidade e não tivemos problema de usar ônibus, metrôs e táxis. Além disso, todo mundo foi extremamente solícito quando perguntávamos por direções nas ruas.

De todas as coisas que gostaríamos fazer no Rio, não deu tempo de fazer tudo em apenas 3 dias. Se eu pudesse voltar, conseguiria fazer um roteiro para outros 3 dias, mas também gostaria de repetir alguns programas:

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