A primeira vez que pisei em Amsterdã foi no começo de maio de 2015 e confesso que apesar de achar a cidade charmosa, fiquei um pouco decepcionada com algumas coisas, como o número excessivo de turistas até mesmo num dia de chuva. O museu do Van Gogh tava tão lotado que mal consegui ver as coisas com calma e bem... nem preciso dizer que entrar na casa da Anne Frank passou longe de ser real, já que numa segunda às 9 da manhã a fila já estava gigante.
Dessa vez, não tínhamos muitos lugares na lista, sabe? Já havíamos feito um walking tour e aprendido muito sobre a cidade; já tínhamos tirado foto no letreiro I Amsterdam e também havíamos visitado um museu, a parte medieval da cidade, caminhado muito pelos canais e até por um mercado de rua. Queríamos uma coisa mais light e foi exatamente o que aconteceu, o que acabou fazendo com que aproveitássemos melhor a cidade e a companhia.
Como a Carol tinha um museum card (que usamos no museu Naturalis em Leiden), conseguimos entrar no Rijksmuseum "de graça". De graça não foi porque a Carol pagou mais de 50 euros nesse cartão, porém contribuímos com uma quantia e todo mundo saiu feliz - afinal de contas, pagar 18 euros pra entrar no museu não estava me deixando muito animada, sabe?
Aliás, essa é uma observação que eu já tinha feito da outra vez que fui pra Holanda: cidade caríssima pra turismo. Se você pesquisar "coisas pra fazer de graça em Amsterdã" achará pouquíssimas opções.
Bem, chegamos no museu por volta de 11 da manhã e acho que por causa das baixas temperaturas em plena segunda-feira, muitos turistas ainda não estavam... turistando. Não tinha fila nem nada pra entrar no Rijksmuseum e o passeio valeu demais!
Quer dizer, como eu falei, pagar 18 conto num museu não é animador, mas se você curte história, arte e arquitetura, compensa. O prédio em si é lindo e muitas vezes ficamos mais impressionados com o museu em si do que o museu continha, sabe? De qualquer forma, a parte mais "lotada" foi a sala onde o quadro "The Night Watch", do holandês Rembrandt, está.
Esse quadro é simplesmente gigantesco e trata-se de um retrato militar - Rembrandt utilizou diversas técnicas na pintura do quadro (que levou quase um ano!) e há várias interpretações e significados para as cores utilizadas, posicionamento dos personagens, etc. No museu há alguns folhetos explicativos bem didáticos sobre alguns pontos do quadro.
Também visitamos a parte da Van Gogh e meio que andamos aleatoriamente pelos andares do Rijksmuseum - há também uma linda biblioteca com uma exibição de diversas moedas e sem querer achamos uma do Brasil, na época em que a Holanda invadiu o nordeste.
Enfim, o museu é enooooorme e não dá pra ver tudo de uma vez só, porque por mais horas que você passe lá dentro, depois de umas 2 horas você fica meio saturado, sabe?
Saímos de lá e fomos comer um lanchinho numa rede chamada Bagels & Beans (o que foi uma ótima ideia, já que tudo em Amsterdã é muito caro e ali pudemos tomar umas bebidas quentes e comer um bagel delicioso por menos de 10 euros cada).
Mas Amsterdã é Amsterdã e ainda tínhamos o resto do dia pra aproveitar. No próximo post eu conto o que fizemos, mas adianto que tem a ver com parques, sexo e... maçã.