Voltando às aulas - a primeira semana

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Não é nenhuma novidade pra quem lê o blog que eu voltei a estudar na MEC semana passada. Quando renovei meu visto em março, peguei as férias primeiro e infelizmente tive que começar as aulas agora pra ter frequência, caso queira renovar o visto mais um ano.

Também não é nenhuma novidade que eu estava muito apreensiva em voltar à escola, já que no ano passado eu já tinha observado que a escola deixava muito a desejar. Que seria fraca eu já sabia, mas não imaginava que haveria tantos professores picaretas, aulas medíocres, etc.

Fui pra aula na maior boa vontade e cabeça aberta, pra dar de cara com um professor que já dava aula pro avançado no ano passado. AI MEU DEUS. Picareta alert.

Na verdade, o primeiro dia foi uma pequena odisséia porque agora a MEC tem outro prédio, já que o prédio original, na Harcourt St, não é suficiente pra demanda de alunos que eles tem. O funcionário da escola já havia me dito que minhas aulas seriam no prédios Whitefrias na Aungier St e fui segunda sossegada pois já conheço aquela rua e chequei no google antes pra ter certeza de onde os tais prédios eram. No fim eu não achava a porra da escola de jeito nenhum, liguei na MEC pra me ajudarem e fiquei uns 15 minutos no telefone com uma funcionária me ajudando - finalmente descobri o lugar: duas portinhas pretas minúsculas, sem nenhuma placa ou aviso de que ali é uma escola, que maravilha!

CPE, aí vou eu!

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CPE, CPE... como começar falando do CPE?

CPE é sigla para Certificate of Proficiency in English. É o exame de nível mais avançado de Cambridge e é bem difícil. É que, além de você ter que ser bom em inglês (gramática e uso da língua, interpretação de texto, speaking e listening), tem que saber fazer a prova. Sim, é tipo uma coisa meio vestibular: o exame tá cheio de truques e pegadinhas, sabe?

Desde a época em que eu estudava inglês, queria muito ter prestado algum certificado de Cambridge (os mais comuns são o FCE e o CAE - leia mais sobre o assunto aqui) mas por falta de grana, nunca rolou. Quando me tornei professora, estabeleci que me prepararia pra fazer a prova do CPE at some point, mas nunca, nem quando trabalhei na Cultura, me movi de fato pra encarar a bendita da prova.

A verdade é que dá um medinho e uma certa preguicinha também, porque como eu disse no primeiro parágrafo, o exame é difícil e tem que saber fazê-lo.

Aí eu nem tava pensando muito nessa história de CPE quando descobri que não poderia mais fazer o curso técnico em Childcare ao invés do General English para manter meu visto de estudante aqui na Irlanda. A frustração em não poder fazer a transferência de curso foi grande, mas tive um clique: por que não investir o valor desse curso de Childcare no CPE de uma vez por todas?

7 coisas que os irlandeses amam

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A ideia desse post surgiu quando R. me emprestou um livro que ele tinha chamado "More stuff Irish people love". Faz parte de uma série de livros sobre cultura, folclore, gastronomia e etecéteras irlandeses e é escrito de forma bem humorada - no melhor estilo irlandês!

O mais bizarro de ler um livro desses é genuinamente rir e reconhecer a grande maioria das situações contidas na obra.

A minha lista é baseada em muita observação de minha parte e um pouco de inspiração do livro. Pra ser mais específica: 3 itens* foram realmente tirados de lá; de resto, é pitaco meu! A lista não é em ordem de preferência nem nada do tipo porque não tem quantificar isso, acabou sendo escrita aleatoriamente mesmo.

7 - Father Ted

Irlandeses gostam de Father Ted porque Father Ted é uma série divertidíssima que retrata MUITO a cultura e modo de ser dos irlandeses - eles se identificam e gostam porque se tem uma coisa que irlandês adora é tirar sarro de si e dos outros. Eles usam frases do seriado no dia-a-dia, fazem referência a personagens, etc, etc. Eu curto muito a série e recomendo demais, principalmente pra quem já conhece um pouco de Irlanda e/ou mora aqui - com certeza vai se identificar e rir bastante!



Por água abaixo

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Quando renovei meu visto em março deste ano, fiquei no maior dilema: com qual curso renovar o visto? Eu tinha a possibilidade de fazer o curso de General English de novo, Business ou Fotografia.

Descartei Fotografia de cara porque os horários do curso eram bizarros, tipo quarta e quinta o dia todo, o que me impossibilitaria de trabalhar.

Olhei o conteúdo programático do Business e achei bem chato, mas renovar com inglês?

Por ser a opção mais barata, ainda que dolorosa, renovei com inglês.

No entanto, uns meses depois, descobri que a NCBA, parceira da escola na qual estou matriculada (MEC) tinha também o curso técnico em Childcare. Foi como se eu estivesse vendo uma luz no fim do túnel: claro, como não havia pensado nisso antes? Um curso técnico em Childcare poderia ser uma boa - uma coisa diferente que me traria possibilidades diferentes aqui na Irlanda. E mesmo que não me servisse de nada aqui, não seria ruim ter um curso desse no currículo, caso voltasse para o Brasil e quisesse dar aula pra criança em escolas de línguas ou escolas bilíngues.

Meninos e meninas

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Todo mundo me disse que eu ia achar diferente cuidar de meninos e eles estavam certos: é muito diferente mesmo. No entanto, apesar de muita coisa estar dentro do esperado, algumas situações me levam a crer que eu vivo num mundo muito mais dramático agora que cuido de J. e S.

Primeiro: apesar das meninas que eu cuidava serem mais novas, elas me davam menos trabalho. Quer dizer, elas sempre queriam companhia pra brincar e até no banheiro iam comigo, mas elas eram independentes - se trocavam sozinhas sem reclamar (a mais nova estava começando por volta dos 2 anos), comiam de tudo, estavam sempre felizes. Já os meninos, mesmo sendo mais velhos, são muito chatinhos com algumas coisas - outro dia o J. de 5 anos, fez um escândalo porque disse que não sabia colocar a meia sozinho. Desculpe querido, mas você tem 5 anos, vai colocar a meia sim. E falei mesmo, porque poxa, se a É. com menos de 3 anos colocava meia sozinha, porque ele não conseguiria?

Tento tomar cuidado com as comparações: as pessoas são diferentes, as crianças também. Não é porque o fulano sabe X que o outro fulano também tem que saber, mas sigo o bom senso.

Waterford - nós voltaremos!

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Quando fomos pra Wexford, a ideia era também passar em Waterford, mas infelizmente, não deu tempo. Quer dizer, até fomos pra lá, mas como já era final de tarde de um domingo, os lugares que gostaríamos de conhecer ficaram pra depois! Na verdade, a parada pra ver a réplica de um navio da época da Grande Fome é que atrasou o nosso cronograma, mas não nos arrependemos de nada visto que New Ross foi uma surpresa excelente!

Em Waterford, R. achou um lugar pra estacionar e corremos pra tentar conhecer a fábrica de cristais, House of the Waterford Crystal, mas ela já estava fechada pra visita e só podíamos passear pela loja mesmo. Waterford era conhecida pela produção de cristais finíssimos, e depois da empresa ter falido e resurgido algumas vezes, hoje se mantém firmes e produzem mais de 750 toneladas de cristal por ano! É possível ver o processo de confecção dos cristais, mas esse passeio ficará pra próxima.

Loja onde diversas peças de cristal estão à venda

O outono chegou, mas não chegou

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Pra vocês que moram aqui na Irlanda, eu preciso perguntar: como é que vocês estão usando blusa, casaco, lenços, botas e até luvas? LUVAS? Qual o problema de vocês?

Porque apesar das folhas secas já estarem caindo das árvores e a intensidade do vento ter aumentado no período da noite, o outono real pra mim ainda não chegou. Há muitos meses que não checo temperatura no aplicativo do celular, mas só à título de curiosidade, fui olhar ontem: fez 21 graus. Pode parecer pouco, mas sério, é calor.

Enquanto essas máximas não baixarem pra uns 10º, tô de mal com a Irlanda

E não é só porque eu pedalo não! Quando estou a pé, também passo calor, principalmente quando faz sol. Nossa, quando faz sol muito quente eu quero morrer! Cadê o outono? Cadê o frio? Cadê a oportunidade de me vestir elegantemente?

Porque pra mim, não há nada mais elegante que um casaco bonito, uma meia-calça legal, uma bota chique.

Tag: 5 perguntas sobre o blog

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A Marcela do Postcards for Souvenirs me indicou pra essa tag e achei bacana - preciso responder 5 perguntas sobre o blog e indicar 5 pessoas pra responder a tag. Posso criar novas perguntas pra quem estou indicando ou não, mas ainda tô pensando e até o final do texto devo ter algo!

Vamos lá!

1) Sobre qual assunto você gosta mais de escrever?

Eu gosto de escrever sobre coisas que me fazem refletir no intercâmbio mas nem sempre dá pra escrever com frequência sobre isso, já que não é todo dia que tô bancando a filósofa. Sendo assim, gosto muito de escrever sobre viagens e lugares pra se conhecer na Irlanda!

2) Você se vê blogando daqui 3-5 anos?

Honestamente, não sei. O blog foi criado justamente pra registrar minha experiência de intercâmbio na Irlanda que seria de 1 ano, mas que já passou de 1 ano e meio e provavelmente vai pra além de 2. Não sei se quando voltar ao Brasil ainda escreverei aqui, portanto, essa é ainda uma incógnita.

Conhecendo tudo da Irlanda, o projeto

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Esses dias eu parei pra pensar nos lugares que já conheci na Irlanda. Não é querendo me gabar não (até porque nada disso foi sozinha, devo muito a amigos e principalmente ao R., que dirigiu horrores por essa ilha), mas ó, vi muita coisa. Não chega nem perto do tanto de beleza que esse país tem pra mostrar, mas já dá uma boa lista. Me dei conta que já tinha passado por diversos condados e tive uma ideia: e se eu resolver pisar em todos os condados da República da Irlanda?

A Irlanda tem 32 condados oficiais distribuídos em quatro províncias (pra quem quer saber mais, leia esse post do Livin' la vida Rick que explica direitinho). Na República da Irlanda são 26 e já visitei mais da metade! No mapa abaixo dá pra ter uma ideia: os condados na cor cinza são parte da Irlanda do Norte; os pintados de verde onde já estive e os brancos, os que ainda quero visitar:


O casamento irlandês

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Eu sempre achei casamento uma coisa meio brega: o vestidão, a igreja, as músicas, enfim, tudo que é muito tradicional não me agrada muito, mas isso não significa que eu não adore ver fotos de noivas maravilhosas e doces/bolos incríveis e gente feliz comemorando, né?

Aliás, um adendo: todas as minhas amigas estão noivando/casando/tendo filhos. Onde para o trem? RISOS.

Bom, eu não fui a muitos casamentos no Brasil, portanto, não passo nem perto de uma entendida do assunto, mas sei o suficiente pra fazer comparações com o casamento irlandês - há algumas semanas participei de uma cerimônia/recepção/festa irlandesa e ó... os caras gostam de comemorar!

*todas as fotos desse post são do google, não do casamento do qual estou falando

A MISSA

Diferente da missa de casamento no Brasil, que é short and sweet, a missa aqui é uma missa de verdade. Missa completa, de tipo uma hora e meia! O padre começa falando as coisas de casamento, mas depois fala de outras coisas da bíblia, de Jesus, etc. Havia uma cantora com uma voz maravilhosa cantando tanto canções de igreja como canções pop (tipo "I'll be there" dos Jacksons 5). Teve óstea hóstia (obrigada Lê pela correção - nunca tinha escrito essa palavra na minha vida!) tempo para orações, enfim.... depois da missa terminar, a fotógrafa fez uma foto lá do altar com os noivos na frente e todo mundo que estava na igreja ao fundo - achei a ideia muito bacana!


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