Apesar de nunca ter gostado muito de criança (nem quando eu dava aula), acho que tenho me saído bem na tarefa de cuidar e entreter duas meninas pequenas.
Eu tive sorte, eu tive sorte: elas comem bem, dormem bem, são carinhosas e quase nunca dão piti ou brigam. Gostam de livros, gostam de boneca, gostam de parque, gostam de tudo.
Acho que o mais me incomoda no meu trabalho é o fato da casa ser suja. Senhor amado! Eu achava que era porque os pais são mega ocupados, mas ó, já estive em casas irlandesas onde crianças moravam e os pais eram ocupados e elas estavam limpinhas! A cozinha é um horror, um horror. Não deve ser limpa há meses - outro dia eu até dei uma limpadinha pois não tava aguentando, mas não sou paga pra isso, né?
A rotina é bem tranquila:
*ERRATA: não sei de onde tirei esses dois meses! tô andando de bicicleta há UM MÊS aqui.
Dois meses andando de bicicleta pela cidade - pela cidade é exagero, é só o caminho casa-trabalho mesmo. Ainda assim, são 40 minutos de ida e 40 de volta, 14 km por dia. Sim, quatorze! Nem acreditei quando fui olhar no google maps.(mãe, tá vendo? 14 quilômetros!)
Muitas coisas já aconteceram nesses dois meses na minha vida de ciclista, mas o mais importante é que tô viva e inteira. Resumindo:
1) Quase atropelei uma moça que atravessou DO NADA perto da droga da Baggot Street. Ali sempre tem pedestre atravessando fora da faixa, então agora tô mais esperta nesse trecho do caminho;
2) Meu pneu tava meio vazio e peguei a bomba de encher o carrinho da minha chefe pra encher o pneu. Só que eu sou super esperta e experiente e acabei deixando sair mais ar do que encher o bendito. Resultado: pneu traseiro muito, muito murcho. Tive que levar a bicicleta numa bicicletaria perto da escola da É., que foi a única que lembrei na hora. Que sufoco carregá-la! Cheguei lá e o cara encheu pra mim, ufa!
3) Estava preparada pra sair pedalando quando o farol abriu na Harrold's Cross. Aí um filho da puta de um outro ciclista passou o sinal vermelho na descida e por centímetros não bateu em mim. Aliás, só não bateu mesmo porque eu vi ele descendo de canto de olho e tive tempo de virar o guidão. Ele disse um "sorry" todo sem graça e respondi "for fuck's sake!". Depois fiquei tão assustada que voltei chorando pra casa - se ele tivesse me pegado, teria sido um acidente feio;
4) Anteontem minha corrente ficou solta quando eu chegava no trabalho. Parei num gramado que tinha na calçada, deitei a bicicleta lá e fiquei olhando: como arrumar esse negócio?! Aí vi que tinha que colocar a mão na massa, quer dizer, na corrente. Com jeitinho, consegui arrumar. As mãos ficaram sujas de graxa, mas faz parte, né?
5) Ainda sinto dores nas pernas (e às vezes na barriga, tipo dor de abdominal), mas já não chego tão esbaforida no trabalho nem em casa. Me dá calor e ainda fico um pouco suada, mas agora que o frio tá chegando, tô achando uma delícia pedalar. O foda é sair de blusa e morrer de calor no caminho, que ódio! Odeio passar calor!
Dois meses andando de bicicleta pela cidade - pela cidade é exagero, é só o caminho casa-trabalho mesmo. Ainda assim, são 40 minutos de ida e 40 de volta, 14 km por dia. Sim, quatorze! Nem acreditei quando fui olhar no google maps.
Muitas coisas já aconteceram nesses dois meses na minha vida de ciclista, mas o mais importante é que tô viva e inteira. Resumindo:
1) Quase atropelei uma moça que atravessou DO NADA perto da droga da Baggot Street. Ali sempre tem pedestre atravessando fora da faixa, então agora tô mais esperta nesse trecho do caminho;
2) Meu pneu tava meio vazio e peguei a bomba de encher o carrinho da minha chefe pra encher o pneu. Só que eu sou super esperta e experiente e acabei deixando sair mais ar do que encher o bendito. Resultado: pneu traseiro muito, muito murcho. Tive que levar a bicicleta numa bicicletaria perto da escola da É., que foi a única que lembrei na hora. Que sufoco carregá-la! Cheguei lá e o cara encheu pra mim, ufa!
3) Estava preparada pra sair pedalando quando o farol abriu na Harrold's Cross. Aí um filho da puta de um outro ciclista passou o sinal vermelho na descida e por centímetros não bateu em mim. Aliás, só não bateu mesmo porque eu vi ele descendo de canto de olho e tive tempo de virar o guidão. Ele disse um "sorry" todo sem graça e respondi "for fuck's sake!". Depois fiquei tão assustada que voltei chorando pra casa - se ele tivesse me pegado, teria sido um acidente feio;
4) Anteontem minha corrente ficou solta quando eu chegava no trabalho. Parei num gramado que tinha na calçada, deitei a bicicleta lá e fiquei olhando: como arrumar esse negócio?! Aí vi que tinha que colocar a mão na massa, quer dizer, na corrente. Com jeitinho, consegui arrumar. As mãos ficaram sujas de graxa, mas faz parte, né?
5) Ainda sinto dores nas pernas (e às vezes na barriga, tipo dor de abdominal), mas já não chego tão esbaforida no trabalho nem em casa. Me dá calor e ainda fico um pouco suada, mas agora que o frio tá chegando, tô achando uma delícia pedalar. O foda é sair de blusa e morrer de calor no caminho, que ódio! Odeio passar calor!
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A sensação é essa |
No final-de-semana que fui pra Limerick ver o jogo de rugby acabei conhecendo o King John's Castle, um castelo incrível com um museu excepcional. Eu não esperava muito de lá, achei que seria mais um museu como qualquer outro - ledo engano.
Ele me lembrou um pouco o Dublinia e o Post Office Museum pela interatividade, mas ele é mais que isso. Tem história, tem gráfico, tem vídeo, tem personagens, tem projeções, tem muita coisa. Nós ficamos lá dentro umas 2 horas e tivemos que correr pra dar tempo de ver o lado de fora e depois ir pro jogo. Dá pra passar uma manhã/tarde tranquilo lá.
O museu conta basicamente a história do castelo - sua construção, quem mandou construir, quem construiu, quando, etc etc etc. Só que além disso, há todo um contexto: como era Limerick antes do castelo ser construído, como era Limerick na época da construção e depois dela. Só que além disso, eles colocam a big picture pro visitante, ou seja: não só o castelo, não é só Limerick, é a Irlanda toda.
O museu é uma grande aula de história sobre a Irlanda (literalmente, já que R. me disse que estudou vários daqueles tópicos na escola).
Ele me lembrou um pouco o Dublinia e o Post Office Museum pela interatividade, mas ele é mais que isso. Tem história, tem gráfico, tem vídeo, tem personagens, tem projeções, tem muita coisa. Nós ficamos lá dentro umas 2 horas e tivemos que correr pra dar tempo de ver o lado de fora e depois ir pro jogo. Dá pra passar uma manhã/tarde tranquilo lá.
O museu conta basicamente a história do castelo - sua construção, quem mandou construir, quem construiu, quando, etc etc etc. Só que além disso, há todo um contexto: como era Limerick antes do castelo ser construído, como era Limerick na época da construção e depois dela. Só que além disso, eles colocam a big picture pro visitante, ou seja: não só o castelo, não é só Limerick, é a Irlanda toda.
O museu é uma grande aula de história sobre a Irlanda (literalmente, já que R. me disse que estudou vários daqueles tópicos na escola).
Ontem foi ao ar o programa "O mundo segundo os brasileiros", na Band.
Eu tava super animada mas não vi ontem porque... sem condições de ver daqui por causa do horário. Achei que ia demorar pra eles colocarem na web, mas hoje à tarde já vi que tinha link pra poder assistir.
Tô tão tímida! Quatro anos estudando Rádio e TV e nunca imaginei que eu fosse aparecer do outro lado da tela. Foi uma boa experiência - não só por ter conhecido Newgrange, que eu adorei, mas também por dar a oportunidade de família e amigos no Brasil me verem aqui! Até minha vó ficou acordada até tarde da noite pra poder me assistir!
Aliás, sobre isso: obrigada à todos pelas dezenas de recadinhos no meu mural do facebook, no twitter, aqui no blog. De verdade, me senti muito querida!
Agora, sobre o programa - sinceramente, não acho que ninguém se importe com a minha opinião, mas o blog é pra eu escrever sobre o que eu gosto, não gosto, penso e etc - então seguinte: achei o programa bem fraco. Eu só tinha visto uma edição, a de Istambul, e gostado. Não vou falar do programa no geral porque não sei bem qual a proposta, mas o episódio de Dublin em si é bem fraco. Deixaram várias coisas importantes da cidade de fora, como o maior parque urbano da Europa (Phoenix Park), rua mais larga da Europa (O' Connell Street), Saint Stephen's Green, entre outras coisas. Mostraram umas feiras legais, umas coisas alternativas, mas sério?
Além disso, colocaram um bloco sobre Belfast. Belfast é a capital da Irlanda do Norte, outro país, outra moeda, outra história. O meu rolê, que foi fora de Dublin, já não se encaixaria na proposta de falar sobre a cidade, mas Belfast foi de chorar!
De todos os "personagens", gostei muito do cara que trabalha na recepção do hotel e falou sobre o centro, Temple Bar e tudo mais. Tinha também dois blogueiros (inclusive um "famoso" - com muitas aspas aí) participando, mas melhor não falar nada.
Obrigada a quem ficou acordado até tarde pra assistir, a quem assistiu depois, ao R., que me ajudou pra caramba no dia e até ganhou uns segundos de tela comigo (hahaha, eu sabia que ele ia aparecer!) e à Tarsila, que me chamou pra participar no lugar dela. :)
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=9nH-19VN8Xc (a minha parte começa mais ao menos aos 40 minutos)
Eu tava super animada mas não vi ontem porque... sem condições de ver daqui por causa do horário. Achei que ia demorar pra eles colocarem na web, mas hoje à tarde já vi que tinha link pra poder assistir.
Tô tão tímida! Quatro anos estudando Rádio e TV e nunca imaginei que eu fosse aparecer do outro lado da tela. Foi uma boa experiência - não só por ter conhecido Newgrange, que eu adorei, mas também por dar a oportunidade de família e amigos no Brasil me verem aqui! Até minha vó ficou acordada até tarde da noite pra poder me assistir!
Aliás, sobre isso: obrigada à todos pelas dezenas de recadinhos no meu mural do facebook, no twitter, aqui no blog. De verdade, me senti muito querida!
Agora, sobre o programa - sinceramente, não acho que ninguém se importe com a minha opinião, mas o blog é pra eu escrever sobre o que eu gosto, não gosto, penso e etc - então seguinte: achei o programa bem fraco. Eu só tinha visto uma edição, a de Istambul, e gostado. Não vou falar do programa no geral porque não sei bem qual a proposta, mas o episódio de Dublin em si é bem fraco. Deixaram várias coisas importantes da cidade de fora, como o maior parque urbano da Europa (Phoenix Park), rua mais larga da Europa (O' Connell Street), Saint Stephen's Green, entre outras coisas. Mostraram umas feiras legais, umas coisas alternativas, mas sério?
Além disso, colocaram um bloco sobre Belfast. Belfast é a capital da Irlanda do Norte, outro país, outra moeda, outra história. O meu rolê, que foi fora de Dublin, já não se encaixaria na proposta de falar sobre a cidade, mas Belfast foi de chorar!
De todos os "personagens", gostei muito do cara que trabalha na recepção do hotel e falou sobre o centro, Temple Bar e tudo mais. Tinha também dois blogueiros (inclusive um "famoso" - com muitas aspas aí) participando, mas melhor não falar nada.
Obrigada a quem ficou acordado até tarde pra assistir, a quem assistiu depois, ao R., que me ajudou pra caramba no dia e até ganhou uns segundos de tela comigo (hahaha, eu sabia que ele ia aparecer!) e à Tarsila, que me chamou pra participar no lugar dela. :)
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=9nH-19VN8Xc (a minha parte começa mais ao menos aos 40 minutos)
Rugby é um esporte inglês, relativamente popular aqui na Irlanda. Os times grandes são os times das províncias - e dentro delas há times de "menor importância".
Apesar de não ser um esporte irlandês, eu precisava ver de perto qual era o lance todo do rugby. E gostei!
Apesar de não ser um esporte irlandês, eu precisava ver de perto qual era o lance todo do rugby. E gostei!
O que mais gosto no intercâmbio é poder conhecer o máximo da cultura local (e de outras também). A Irlanda é um pais muito rico nesse aspecto, com muita literatura, música, história, lendas e esportes diferentes, e tento absorver tudo o que posso.
Há alguns meses tive a chance de ver um jogo de hurling - esporte típica e exclusivamente irlandês no estádio Croke Park. Adorei e acrescentei na minha listinha mental "assistir futebol gaélico e rugby", esportes também populares aqui.
Um dos amigos do R. curte muito rugby e nos deu dicas de bons jogos para assistirmos. Ele acabou reservando ingressos pro jogo Munster x Leinster que aconteceu no dia 5 de outubro no estádio considerado o melhor do mundo para o rugby, o Thomond Park em Limerick.
Eu já havia passado por Limerick na minha viagem pela Irlanda em junho, mas não conheci nada lá. Resolvi unir o útil ao agradável e fomos mais cedo pra lá pra poder dar tempo de turistar um pouco.
O que não deu muito certo. Quer dizer, deu e não deu.
De vez em quando eu assistia Supernanny no Discovery Home and Health. Apesar de não ser fã de crianças, gostava de ver as soluções que a nanny encontrava e também de julgar os pais pensando "Bem feito! A culpa é sua". Sei que julgar é feio, mas eu fazia isso, vou mentir pra quem?
Agora, trabalhando de babá, posso colocar em prática algumas coisas que vi no programa. Não que eu goste, porque me irrita e afeta muito.
Outro dia voltando de um playdate na casa da Nivea, É., a mais velha das meninas que cuido (2 anos e meio), sentou na calçada e não queria mais andar. Mas ela não queria mesmo. Tentei conversar, tentei negociar em troca de água e comida, nada funcionou. Juro, tentei respeitar o espaço e vontade dela, mas depois de muito tentar e nada, perdi a paciência: segurei ela pelo braço e disse "cê vem comigo agora!". Ela começou a chorar pedindo pelo pai e jogou o corpo pra trás, sabe? Agora imagina que eu tava empurrando o carrinho da mais nova, que começou a chorar também! Pensei comigo: não vou deixar uma criança tão pequena me tirar do sério assim - quem manda aqui sou eu, eu sou a adulta!
No mesmo final de semana que fui pra Galway também visitei o Parque Nacional de Connemara e a Kylemore Abbey. Mas vamos por partes.
Saímos de Galway já meio tarde e em uma hora e meia avistamos a Kylemore. É um negócio meio surreal, porque é uma construção linda - parece um castelo no topo da montanha! Há um estacionamento e toda a infra-estrutura para visitantes: loja, restaurante, etc.
Dublin é a maior cidade da Irlanda, com pouco mais de um milhão de habitantes. Parece pouco, mas pra padrões irlandeses, é muito. Pense que 1/3 da população do país está aqui.
Agora, qual é a probabilidade de você encontrar pessoas conhecidas entre um milhão de pessoas?
Já aconteceu comigo diversas vezes.
Acho até meio bizarro porque eu nunca encontrei tanta gente conhecida assim na minha vida inteira. No meu segundo mês aqui, por exemplo, encontrei duas pessoas: a K., quando fui comprar a calça preta pro meu teste no primeiro emprego aqui, e a Laila, no shopping Dundrum.
Acho até meio bizarro porque eu nunca encontrei tanta gente conhecida assim na minha vida inteira. No meu segundo mês aqui, por exemplo, encontrei duas pessoas: a K., quando fui comprar a calça preta pro meu teste no primeiro emprego aqui, e a Laila, no shopping Dundrum.
Nas primeiras horas em que estive em Galway, conheci a praia de Salthill, que fica muito próxima ao centro. Não tinha areia, mas o local é bem agradável e tinha muita gente caminhando e andando de bicicleta no calçadão. Além disso, na área tem vários restaurantes e comércio bem ativo, além de um cassino e um fliperama - na verdade, aqueles lugares que tem todo o tipo de jogo e máquina (lembra daquelas que você coloca a moeda e tenta pegar o ursinho?!) e eu e o R. nos divertimos muito jogando air hockey e sendo clichês e tirando fotos naquelas cabines.