Esse post é uma continuação do meu pequeno relato sobre os 4 dias que passei em Fortaleza. Para ler os primeiros, clique aqui e aqui.
No caminho de volta de Canoa Quebrada havia uns italianos na van.
Fiquei logo alerta pra tentar entender, mas tava achando meio difícil. Por isso, fiquei na minha e não falei nada.
Só que eu tava morrendo de vontade de praticar meu italiano, já que praticamente nunca tive essa oportunidade. Sou tímida, tava com medo, mas virei pra trás e lancei um: "scusa, voi siete italiani?"
O sorriso que o cara abriu valeu o caminho de volta inteiro (foram umas 2h na estrada). Derreti, mas tentei manter a compostura quando ele disse: "Sì, siamo italiani. Da dove vieni?"
Aí falei que vinha de São Paulo. Ele perguntou se o Ney era "il mio ragazzo" ao que logo respondi: "No, lui è il mio amico. Sono qui per visitarlo". Hahahaha.
Mais algumas palavras trocadas e perguntei "Come ti chiami?" e ele disse "Angelo", estendendo o braço para um aperto de mão. Nessa hora pensei: "Ô meu deus, não me deixe parecer uma besta na frente dele!". Risos.
Mas, brincadeiras à parte, é nessas situações que eu sinto na pele como os meus alunos se sentem. Entendi praticamente tudo o que ele disse (percebi que ele tava falando um pouco mais pausadamente, mas só pedi pra ele repetir umas 3 ou 4 vezes), mas não conseguia pensar em frases rápidas pra responder. Vinham palavras soltas, uma misturinha com português aqui outra ali, mas no final, deu tudo certo.
Falamos de futebol - ele disse que lá eles acompanham os times brasileiros, Copa do Mundo, trabalho, lugares do Brasil. Na hora de ir embora, demos as mãos novamente, eu disse "piacere" e ele disse: "Bárbara, piacere averti conosciuto!". Morri.
Meu amigo Ney já havia comentado comigo que ainda há muito turismo sexual por essas bandas - principalmente pelos espanhóis e italianos. De fato, vi/ouvi muitos italianos por Fortaleza, sempre homens com amigos, nunca nenhuma mulher. Uma pena! Mas pelo menos valeu como experiência poder praticar il mio povero italiano!