Após o walking tour, resolvemos provar as famosas batata-fritas belgas. Siiiim, porque as french fries não são francesas e sim da Bélgica. Aparentemente soldados americanos chamaram as batatas de "francesas" porque também se fala francês na Bélgica e cêis sabem como é a fama dos americanos, né? hahaha.
SÍMBOLO #1: BATATAS-FRITAS
As frites (fr)/frieten (hol) são muito populares por lá. Você vê várias barraquinhas e pequenos negócios bombando de turistas fazendo fiiiiilas pra comer as batatas. A gente foi num local chamado Georgette, indicação do guia do walking tour. A fila demorou um pouco (e naquela altura do campeonato já estávamos mortos de fome!), mas valeu a pena, viu? Primeiro porque não foi caro. Segundo porque, como manda a tradição, você come as fritas com molho e nós escolhemos um molho chamado Brazil só a título de curiosidade. Não é que o trem era bom? Parecia molho de estrogonofe. Sucesso!
SÍMBOLO #2: WAFFLES
De sobremesa resolvemos chutar o balde de uma vez e comer um waffle belga. Existem vários lugares vendendo waffle bem baratinho e cheio de coberturas tentadoras, mas a gente queria sentar. Vimos um café na Grand Place e entramos. Tipo, obviamente pagamos caro num waffle que podia ter custado uns 2 euros, mas a gente estava num café, sentadinhos, no coração da cidade - ia pagar caro mesmo, né? De qualquer forma, valeu cada centavo, porque tava uma delíciaaaaaa.
Apesar de origem belga, os waffles ficaram populares mesmo nos EUA, onde eles comem no café-da-manhã (achei esse site que dá mais detalhes de maneira super bem-humorada!). Existem algumas diferenças de ingredientes entre os waffles belga e americano e até mesmo na Bélgica existem algumas distinções.
SÍMBOLO #3: CHOCOLATE
Ahhhh, o chocolate belga! Por onde começa a falar disso, meu deus? Basicamente a associação de chocolate com a Bélgica vem desde 1635 quando o país estava sob domínio espanhol (os espanhóis tavam trazendo cacau das Américas adoidado!). Lá pelo século XVIII, o chocolate se tornou popular entre os ricos e famosos, que ao invés de comê-lo, o bebiam tipo um chocolate quente. Desde 1884 existem leis que regulam a produção dessa delícia na Bélgica - pra prevenir alteração no sabor com gorduras nada a ver, os chocolates lá tem um mínimo de 35% de cacau. Além disso, muitas fábricas produzem chocolates à mão e é por isso que há tantas marcas e lojas trabalhando com isso.
Tem um Museu do Cacau e Chocolate pertinho da Grand Place e nós fomos conhecer. O museu é pequeno e não muito moderno e interativo, mas de tempos em tempos rola uma demonstração de chocolate, onde o cara faz vários malabarismos e mostra como derreter a barra, como fazer desenhos, misturas, etc. É bem legal! Tem amostra grátis e a gente provou vários tipos de chocolate - 75% cacau, 50%, chocolate ao leite, chocolate branco, etc, etc...
Europeus roubando cacau americano |
Tá sem foco, mas tinha um monte de gente na minha frente, perdoa, vai |
Onde a alta sociedade servia o chocolate quente |
À noite, quando saímos do museu, fomos passear pela Galeria Hubert que tem muuuuuuuuuitas lojas de tudo que é coisa, mas principalmente de chocolate! Compramos algumas coisas e tirei várias fotos. Cêis já enjoaram de ver de comida por hoje aqui?
Um ps: quando eu pesquisava sobre chocolate belga achei esse link muuuuito útil que explica a diferença de preço e qualidade entre as marcas. Ajudou bastante!
SÍMBOLO #4: QUADRINHOS (Incluindo Tin Tin e Smurfs!)
Quando eu era criança, amava o desenho do Tin Tin. Mal podia imaginar que ele era tão antigo - foi criado em 1929! O criador, Georges Remi (conhecido como Hergé - pronuncia algo como RG, suas iniciais invertidas) apresenta Tin Tin como um jovem repórter que de modo geral, nunca muda muito a sua aparência. Em compensação, suas atitudes ao longo dos anos foram mudando de acordo com a visão de mundo do autor. Por isso, nos anos 30 o personagem estava no Congo dando lição de moral nos locais, quando décadas depois, Hergé disse que não era preconceituoso, mas que escrevia as histórias de Tin Tin de acordo com o mundo e crenças ao seu redor.
Pela cidade tem algumas referências ao querido personagem, mas o mais legal em Bruxelas é o Comic Strip Museum, museu que abriga diversas fotos e explicações sobre não só o Tin Tin e seus amigos, mas também vários outros quadrinhos belgas - afinal de contas, a Bélgica é muito famosa por seus cartunistas!
O museu, como mencionei acima, ainda traz exposições sobre outros ilustradores e uma sala dedicada somente à cidade de Bruxelas, o que achei muito legal: são vários desenhos e quadrinhos sobre pontos turísticos e regiões da cidade, uma homenagem no mínimo interessante! Nunca tinha visto nada assim.