Pra quem não viu o post, explico: chateada com o pequeno número de filmes vistos em 2014, resolvi chutar o balde e fazer uma lista de grandes diretores e seus filmes mais famosos/recomendados/etc pra ver em 2015. Selecionei alguns diretores e por ordem alfabética a lista saiu - janeiro começou com Allen (Woody Allen).
Woody Allen não é um diretor estranho pra mim - eu já tinha visto vários de seus filmes e gostado bastante de todos. Mas ainda faltavam os "clássicos" do neurótico nova-iorquirno, e com a ajuda de amigos aqui e no Facebook, minha lista ficou:
- A rosa púrpura do Cairo
- Manhattan
- Noivo Nervoso, Noiva Neurótica
- ??? (fiquei de escolher mais um título pra última semana do mês, mas no fim... bom, calma que já explico)
A Rosa Púrpura é um filme muuuito gostosinho de se assistir. Não tem aquela pretensão toda nem aqueles personagens cheios de si típicos dos filmes do Allen. Aqui, a mocinha é uma fascinada por cinema e vive sonhando com os personagens e locações que ela vê na telona. Na vida real, sua vida não é muito bacana: trabalha numa lanchonete com um chefe uó e tem um marido agressivo.
Um belo dia o personagem principal do filme que ela sempre vê no cinema, chamado "A rosa púrpura do Cairo" saiu da tela. Ele começa a interagir com ela e resolve sair pra conhecê-la melhor e a partir daí o filme fica muito legal porque enquanto ele passeia com ela pela cidade, os outros personagens do filme estão preocupados com o ator que fugiu e ficam sem saber o que fazer.
É uma ideia totalmente absurda e até um pouco boba, mas se você se deixar levar, vai curtir muito a obra. Eu assisti com o R., que achou tudo meio fuén, então eu diria que a temática é mais atrativa pras meninas mesmo. Gostei muito!
Depois assisti, sozinha a "Annie Hall" (Noivo Nervoso...). A cena de abertura, com o personagem de Allen falando com a câmera já me ganhou porque gosto de obras audiovisuais que quebram a quarta parede, sabe? No filme ele vai relembrando alguns momentos de seu relacionamento com Annie e tenta buscar a resposta do porquê ele ter chegado ao fim. Os diálogos são excelentes e apesar deu achar o Allen já exagerado em sua ideia de si mesmo aqui, não tem como não rir de cenas como aquela em que o casal está no terraço conversando e tentam impressionar um ao outro com papos de arte quando na verdade não fazem a mínima do que estão falando (na cena o pensamento deles vem em legenda - bem divertido!).
O filme é ótimo entretenimento, tem boas atuações e gosto da maneira como ele conduz a história de uma maneira não muito linear.
Depois resolvi encarar oooutro clássico, "Manhattan". E não me joguem pedras, mas puta filme chato, hein? Quer dizer, é lindo ver toda a ode à cidade de Nova York e visualmente falando, Manhattan é incrível mesmo - filmado em preto e branco, ele mostra várias nuances e lugares de Nova York simplesmente fantásticos.
A história é sobre um cara que se relaciona com uma menina de 17 anos (e todo mundo acha normal, problema nenhum) mas que se vê dividido quando conhece uma mulher mais velha, toda cheia de ideias e super culta e tal.
Ai gente, desculpa, mas aqui toda a pretensão dos personagens/Woody Allen me encheu. Os diálogos então, socorro! Não dá. Too much pra mim.
O último filme do mês seria um que a Bia me indicou, mas nessa altura do campeonato eu já tava tão cansada da neurose de Woody Allen que resolvi deixar por isso mesmo.
Mês que vem tem um diretor que gosto muito: Almodóvar!