Barcelona - overdose de Gaudí

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Última dia em Barcelona, uma segunda-feira. Felizmente, o mercado La Boquería estaria aberto - como já tínhamos ido no dia anterior (pra dar de cara na porta), foi mais fácil chegar pois sabíamos o caminho.

Toda cidade que se preze tem o seu "mercadão" e com Barcelona não é diferente: ele é um dos primeiros mercados municipais da cidade e foi inaugurado em março de 1840 (caramba!). Ele fica onde antes ficava o Convento de São José, sendo que no século XIII era o local de vendedores de carne. Basicamente é um daqueles mercados onde você encontra frutas, doces, artesanato, carnes, peixe, etc, etc, etc. 


 



Os bichinhos estavam vivos, gente!


Ao perguntar pra vendedora o que era, a resposta: "cabeza" - não me diga??!!!



Tem muita coisa legal pra ver mas não compramos nada. Depois de uns 20 minutinhos andando pelas "ruas" do Mercado, seguimos pro metrô. O destino? Park Güell.

A maravilha de chegar nesse parque é, apesar dele ficar no alto do alto do alto do morro, tem escada rolante até lá. Isso mesmo! Diversos lances de escada rolante no meio da rua até lá. Minhas pernas agradeceram muito!

O Park Güell é um grande parque urbano concebido pelo Gaudí (encomenda do empresário Eusebi Güell, por isso o nome). Momento wikipédia: o parque foi pensado por Güell e Gaudí como um conjunto estruturado onde, dentro de um incomparável quadro de beleza natural, se situariam habitações de luxo, com todos os progressos tecnológicos da época e acabamentos de grande qualidade artística.




Aparentemente essa ideia não vingou, mas na década de 80 o local foi classificado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade por conta do trabalho do Gaudí.

Pra ser sincera, eu não sabia muito bem o que esperar. Não fui surpreendida nem fiquei decepcionada, sabe? Realmente, o lugar é bonito e dá pra tirar lindas fotos com aqueles azulejinhos coloridos famosos, mas no geral, that's pretty much it. E Barcelona vai faturando muita grana com essa atração! Agora, uma coisa eu digo: viajar no inverno é muuuuito melhor do que no verão. Imagino que na alta estação mal dê pra arrumar um cantinho naquele parque pra tirar uma foto sem outros turistas aparecerem de fundo, eu hein!









Na saída do Park resolvemos descer a pé, sem pegar as escadas rolantes. E nos deparamos com uma loja que vendia diversos souvenirs chiques e oferecia uma experiência 4D sobre o Gaudí! Não demos muita bola (eu mesma só queria ver as coisas na loja), mas o Rick se interessou e comprou o ingresso. Eu não resisti e resolvi encarar também - 11 euros, ai meu bolso!

Eu já tinha ido num "cinema" 4D em Liverpool, exatamente na companhia desses dois, então foi um pouco nostálgico repetir a dose! O curta mostra como Gaudí teria se inspirado pra criar suas obras mais famosas pela cidade e o filme mistura fantasia, lendas, é lindo demais! As cadeiras balançam, espirram água e ar em você, sensacional! Valeu cada centavo.

Eu e o "hômi"

Aproveitamos mais uma dica do guia do walking tour e almoçamos num botecão de esquina. Explico: durante a semana os bares/restaurantes fazem promoções de "prato do dia" que saem super em conta - no caso, comemos batata frita, tortilla, salada, macarrão e frango por o quê, uns 8 euros? Maravilha, gente! Eu não comeria num boteco em São Paulo, mas viajar te faz perder uns preconceitos bobos... E NUNCA JAMAIS EM HIPÓTESE ALGUMA eu acharia um preço bom desse aqui em Dublin. Humpf.

Próxima parada: a Sagrada Família - um dos (senão O) pontos principais de Barcelona. Pois é, we saved the best for last!

A ideia não era entrar na igreja. Já tínhamos combinado. Quer dizer, EU queria entrar, mas quando você viaja em grupo tem que fazer concessões, né? Só que ao chegar lá, meus companheiros de viagem ficaram impressionados com a magnitude daquele lugar e resolveram ceder: entramos! A entrada mais barata, pra estudante, é uns 13 euros. Não é barato (honestamente podiam ser mais camaradas no preço), mas obviamente, vale a pena. Ela é maravilhosa!!!









Não vou entrar em detalhes (a wikipédia tá aí pra isso), mas basicamente a Sagrada Família foi/é um projeto assumido por Gaudí em 1883 (quando ele tinha 31 anos de idade) e que seguiu em andamento pelos próximos 40 anos de sua vida, até a morte. Nos últimos quinze ele chegou a morar lá, tamanha era a dedicação. E não, ela não está pronta ainda! Estima-se que em 2026, no centenário de morte do Gaudí, ela seja finalizada.



Ela tem toda uma relação com a Bíblia - as torres representam personagens (Santíssima Trindade, etc e tal) e tudo mais. É um negócio que foi pensado nos mínimos detalhes, sabe? Fiquei tentando imaginar se Gaudí era só apaixonado pelo seu trabalho ou completamente obcecado mesmo. Confesso que senti falta de ter feito um tour guiado, tipo o tour que fiz no Vaticano. Da próxima vez farei!

Por dentro a luz da Catedral é simplesmente divina. Maravilhosa. Você não consegue parar de olhar pra cima!







Nessa altura do campeonato eu já tava mooooooooooooorta, mas ainda tinha duas paradinhas rápidas pra fazer - e sim, mais duas referências quando o assunto é Gaudí: a Casa Milà e a Casa Batló.





Depois disso ainda deu tempo de passar no Correio pra mandar uns postais, voltar pro hostel pra pegar as mochilas e seguir pro aeroporto - nessa parte da viagem nos despedimos da Bia pois ela ia pra Madrid de ônibus mais tarde, enquanto eu e Rick pegamos o vôo pra Dublin à noite. O aeroporto foi tranquilo e rápido, mas quase perdemos o vôo por bobeira. No fim deu tudo certo e meu querido e amado R. estava nos esperando no aeroporto.

Barcelona é uma cidade linda, com uma vibe super gostosa, sabe? Todo mundo foi bacana e transporte, acomodação e alimentação são baratos (mesmos preços de Portugal) - pena que as atrações são overpriced (não deixo de recomendar todas, mas que são caras, são!).

Só com essa lente pra essa Catedral gigantesca caber na foto
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