Ok, ok, tô exagerando.... |
No dia seguinte ele apareceu na colônia, mostrando as fotos pra galera e imprimindo-as por 5 reais.
Meu irmão foi buscar o dinheiro e minha mãe foi ao banheiro e o momento que eu mais temia aconteceu: fiquei sozinha com ele. Segue o diálogo:
Eu: Você é daqui?
Ele: Sim, sou daqui. Tenho um estúdio fotográfico no centro - faço eventos, casamentos, o que tiver........ E aquela Nikon, é sua? (se referindo à minha máquina fotográfica, que eu carregava no dia anterior)
Eu: Sim! Tenho ela há pouco tempo. (mentira)
Ele: É uma Nikon D...?
Eu: (desesperada porque não lembrava a droga do modelo da câmera) É D51.
Ele: Não é D50? (como sou burrinha, fuck)
Eu: Isso! É que ainda to aprendendo a mexer nela. Tive aula de fotografia na faculdade, mas faz tempo e não me lembro direito...
Ele: Sim! Mas você não é daquelas que coloca no automático, né?
Eu: (rindo) Não! (Mentira!)
Eu: Mas o grande problema dessa maquina é pedir pra terceiros tirarem foto, porque como ela é grandona, assusta as pessoas.
Ele: Sim, até você explicar pra pessoa como segurar a câmera, a não olhar no visor...
Eu: Exatamente!
Nessa hora, alguém interrompeu pra ver as fotos tiradas na noite do Réveillon. Aí agradeci e dei um aperto de mão no fotógrafo gatinho.
Um aperto de mão.
E assim encerro minha já fracassada carreira de conquistadora, porque olha, não tá fácil. Pra quem sempre namorou por longos períodos, a arte de "chegar junto" continua sendo um grande mistério.