Rapidinhas de novembro - 2ª edição

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Não sei bem o motivo, mas me parece que novembro é sempre um bom mês para fazer um balancinho rápido - descobri fuçando o blog que eu já tinha feito um post do tipo e pensei, ué, por que não fazer outro?

A verdade é que novembro tem sido um mês bastante atribulado - se há um ano eu estava enlouquecendo com os trabalhos da faculdade, esse ano estou aliviada e contando os dias para a formatura! Dia 5 de dezembro ocorrerá a cerimônia de formatura onde receberemos nossos certificados - e fiquei muito feliz em saber que minha nota final foi um Second Class Honours, Grade 1. Na verdade, eles fazem uns cálculos malucos das suas notas de todos os semestres e chegam num negócio mais ou menos assim, da classificação mais alta pra mais baixa:

1st Class Honours
2nd Class Honours, Grade 1
2nd Class Honours, Grade 2
Pass

Por muito, muito pouco mesmo, não obtive um 1st Class Honours. Confesso que fiquei um pouquinho chateada, mas fazer o quê? Pra sair com um 1st Class no final tem que ter ido muito muito bem em tudo, ser bem excepcional mesmo. Mesmo assim, tô feliz com minha nota!

Back to teaching

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E não é que eu consegui um emprego?

Tudo bem, não é o emprego dos sonhos - por enquanto é só meio-período na verdade agora também tô fazendo algumas horas a mais com trabalho administrativo - o salário não é dos melhores, mas já é alguma coisa um pouco mais estável.

A história começou quando recebi uma resposta dessa escola ao enviar o meu currículo - o diretor queria saber se eu poderia pegar uma turma a partir da semana seguinte e que essa vaga, apesar de não ser permanente, poderia dar em algo mais sólido no ano que vem.

Respondi que não poderia começar na semana seguinte, já que já havia me comprometido com duas escolas para cobrir professores. Ele disse que mesmo assim gostaria de conversar e marcamos uma entrevista pro dia seguinte pela manhã.

Me deu um déjà vu fodido entrar no prédio da escola porque ela fica num prédio georgiano igual ao prédio de onde ficava a falecida MEC, escola onde estudei inglês quando cheguei aqui. Fiquei pensando no tempo que perdi naquelas aulas mequetrefes...

A entrevista foi super tranquila, nem nervosa eu estava. Pra dizer a verdade, como eu sabia que não era assim, a vaga que eu queria, meio que fui levando... e no fim ele já estava me apresentando pros outros professores e me dando detalhes da turma que eu ia pegar!

João Pessoa [2/2] Um passeio pelo litoral

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No nosso segundo dia em João Pessoa, acordamos cedo pra tomar café e às 08h o nosso guia, Rafael, já estava na porta no hotel nos esperando para o passeio de buggy pelo litoral sul. Eu já tinha feito esse tipo de passeio de buggy outras vezes no litoral nordestino, então não tinha grandes expectativas, mas de ver o tanto que o R. adorou acabei me contagiando também!

Todas as praias por onde o buggy passa ficam no município do Conde e são lindíssimas! Claro que não é um tipo de passeio ideal, porque você acaba fazendo algumas paradas muito rápidas apenas pra fotos, mas como éramos só eu e o R., tivemos uma certa flexibilidade em pedir pra ficar mais um pouco em uma e coisa e tal. O valor total foi de 130 reais por pessoa, o que achei super ok (em Natal pagamos 400 reais no buggy para eu, minha mãe e irmão, para breve comparação).

A primeira parada foi na Barra do Gramame, onde rio e mar se encontram. Eram pouco mais de 9 da manhã e o sol estava extremamente quente - e como no dia anterior o R. tinha se queimado um pouco, ficamos debaixo do guarda-sol tomando uma água de coco e demos umas voltinhas rápidas pra tirar foto. A areia tava tão quente que fiquei sem coragem de andar demais!

barra do gramame

João Pessoa [1/2] A chegada e o nascer do sol

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João Pessoa é capital do estado da Paraíba e tem aproximadamente 800 mil habitantes. É conhecida como "Porta do Sol" já que contém a Ponta do Seixas, ponto mais oriental das Américas e também leva o título de cidade mais verde do Brasil.

Eu já sou meio macaca velha de nordeste, mas como não sossego, quero conhecer todos os estados dessa região do Brasil. Sendo assim, convenci o R. que deveríamos ir pra lá nas nossas férias - e nem precisei convencê-lo muito, na verdade, já que ele ama uma praia e eu tinha certeza que ele ia gostar da Paraíba!

Ajudou o fato de que minha mãe tinha ido uns meses antes e nos deu várias dicas de passeio e hotel. Sendo assim, o planejamento dos nossos três dias por lá foi super tranquilo e seguiu a seguinte rota: saímos da casa da minha vó, interior de Pernambuco, na segunda de manhã. Chegamos em Caruaru, pegamos um carro até Recife. Em Recife, pegamos um ônibus que levou quase três horas pra chegar em Jampa. Não que esse trajeto todo tenha sido fácil e agradável, mas vamos poupar esse post de coisas ruins e ir direto pro que o povo quer?

Ao chegar no hotel largamos nossas coisas, colocamos roupa de banho e corremos pra praia. Como já era umas 4 da tarde, em pouco tempo o sol começaria a se pôr, e ele ficava coberto pelos hotéis na avenida, deixando a praia mais escura bem rápido. Não levamos absolutamente nada pra praia, somente o cartão do quarto e uma toalha e partimos pra água. Ahhhh, que saudade das águas do nordeste!

Musical "Wicked" em São Paulo

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Eu adoro um musical, mas confesso que não tive a oportunidade de assistir muitos deles, especialmente ao vivo. Minha primeira vez foi a peça "Priscila, a Rainha do Deserto" em agosto de 2012. Lembro que fiquei absolutamente fascinada com tudo e chorei horrores quando as luzes apagaram e a cantoria começou...

Na entrada do teatro pra ver Priscila - e MEUDEUS, como eu era morena!


Depois vi "Once" em julho de 2015 aqui em Dublin, peça adaptada do filme irlandês que é um dos meus preferidos da vida. Ri, chorei, me diverti, baixei trilha sonora, enfim, curti demais a experiência e já venho falando pro R. que não posso morrer sem ver um musical na Broadway.

Pois bem, corta pra setembro de 2016. Estávamos em São Paulo e eu havia combinado de encontrar meu amigo Will para um jantar. Até aí tudo bem, não fosse o fato dele mudar os planos um dia antes: Will queria saber se eu e o R. estaríamos a fim de assistir uma peça, já que ele havia ganhado os ingressos. Por mim já teria tido um "siiiiiiiiim" na hora, mas queria confirmar com o R. que ele estaria confortável o suficiente pra assistir uma peça 1) em português e 2) um musical (R. não é tão fá quanto eu).


Cover teacher (de novo?!)

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A busca por emprego não tinha parada, porque eu sou brasileira e não desisto nunca. Essa não seria uma boa época do ano pra encontrar trabalho como professora de inglês, muito menos um trabalho permanente: não há vagas em lugar nenhum. Porém, nada me impedia de continuar tentando até conseguir, não é mesmo?

Como minha pesquisa de mestrado foi justamente sobre professores não-nativos em Dublin, eu já tô ligada em muita escola onde eu não gostaria de trabalhar. Na verdade, uma das coisas que eu fiz pra minha pesquisa foi analisar mais de 50 sites de escolas em Dublin pra ver o que essas escolas falavam sobre a questão "professores nativos". No fim das contas, algumas escolas usam sim esse argumento - o que é completamente discriminatório de acordo com leis da União Europeia e irlandesas. De todo modo, eu meio que tenho uma "lista negra" de escolas, uma lista de escolas que são ok e uma lista de escolas super legais onde eu adoraria trabalhar.

Então comecei mandando currículo justamente pras escolas super legais e ok - e claro, não tive muitas respostas. É normal, né? Quer dizer, tive uma ou outra resposta dizendo que no momento não estavam contratando mas que manteriam meu currículo e uma outra dizendo que não tinham nenhuma vaga permanente, mas que eu poderia começar como professora substituta e que geralmente isso pode virar uma vaga permanente.

Respondi que toparia na hora!

Pernambucando

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Minha mãe nasceu no interior de Pernambuco e foi pra São Paulo antes de se casar. Sendo assim, todos os meus tios, tias, primos e avós da parte materna estão lá, na mesma cidadezinha perto de Caruaru. Quando éramos crianças fomos poucas vezes pra lá porque convenhamos, viajar no Brasil não era fácil. No entanto, eu me lembro das duas ocasiões: em uma delas eu tinha uns 4 ou 5 anos de idade e na outra, uns 10. Eram 3 longos dias e noites num ônibus que saía do Terminal Rodoviário Tietê - lembrando que na época não existia wi-fi, iPad, nada disso. Quando vejo pais reclamando de viajar com crianças lembro dos meus pais tendo que lidar com duas sem nenhuma dessas facilidades, mas divago.

Na adolescência ficou mais fácil visitar a família - passamos a ir de avião a cada 3 ou 4 anos. E as coisas foram melhorando, porque depois que tanto eu como meu irmão começamos a trabalhar, poderíamos pagar pelas nossas próprias passagens e as viagens ficaram cada vez mais frequentes.

Em algum momento do início dos nos 90...


A última vez que eu estive por lá foi em janeiro de 2013, antes de vir pra Irlanda. Eu não sabia que ficaria tanto tempo sem vê-los novamente, mas a verdade é que quando planejamos nossa viagem pro Brasil esse ano, eu disse ao R. que não poderia deixar de ir à Pernambuco visitar minha família, principalmente pelos meus avós.

Morar na Irlanda é muito bom, mas quando alguém da sua família se vai e você não pode simplesmente pegar um vôo e dizer adeus, é muito difícil. Passei por isso duas vezes - e pelo menos pude passar um tempo com minha vó paterna antes dela partir, fato que acalmou muito meu coração, de verdade.

Resenha: Dolce Sicily e seu cannolo dos deuses

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Estou pra escrever sobre esse lugar há um tempão, desde a primeira vez que fui lá no início do ano. Dolce Sicily é um café tipicamente italiano na Dawson Street que vende o melhor canolo que já comi na vida!

Na verdade, eu tava meio na dúvida se fazia esse post ou não, porque... eu não provei muitas coisas nesse lugar. Pra ser sincera, apesar deu sempre variar entre o hot chocolate normal e o hot chocolate super cremoso, eu sempre acabo comendo o canolo de custard. Não tenho coragem de desperdiçar a oportunidade de comer um negócio gostoso desse, de verdade!

Mas vamos por partes: o local, apesar de apertadinho, tem um clima super gostoso e você se sente de fato na Itália, já que só ouve os funcionários conversando na língua mais linda do mundo em italiano. Além disso, essa "falta de espaço" acaba deixando o ambiente mais aconchegante - fora que a decoração é uma gracinha! Ele fica num subsolo, então é até fácil passar batido por esse lugar.


Rapidinhas de Belo Horizonte

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Nessa última viagem ao Brasil, não pudemos passear pelas ruas arborizadas de Belo Horizonte, mas por um bom motivo: mal ficamos na cidade. Apesar de BH ter sido nossa base nos dois dias em que ficamos em Minas, não visitamos nada por lá!

Ao chegar no aeroporto de Confins na terça de manhã fomos direto pra Inhotim e só voltamos pra capital no fim do dia. Tava um super trânsito voltando de Brumadinho pra BH e meu amigo acabou nos deixando um pouco antes do destino final e pegamos um táxi até o hotel.

Eu e R. ficamos no Royal Savassi Express Hotel. Tem pinta de caro, mas acredite, em euros, sai por um ótimo preço! Pagamos 45 euros na diária - e se pensarmos que já pagamos até mais pra ficar em hotel muito mais meia boca na Europa... de verdade. Claro que 45 euros não é barato, mas pela qualidade e localização do hotel, foi um ótimo treat.

Foi engraçado fazer o check in porque o moço da recepção só percebeu que o R. não era brasileiro quando pediu nossos documentos... e eu me divirto com ele fingindo ser brasileiro, falando português numa boa, e as pessoas acreditando. O moço da recepção pelo jeito queria praticar seu inglês, pois começou a bater o maior papo sobre a Irlanda com o R.

O pessoal de lá foi extremamente solícito e nos ajudaram demais, inclusive com um adaptador que salvou a vida. É que sim, eu tenho adaptadores pras tomadas brasileiras, mas agora parece que o esquema é fazer aquela tomada funda, então meus adaptadores não entravam direito e consequentemente a energia elétrica não fluía. Ô dificuldade! Estou sonhando com um futuro próximo onde tomadas não serão mais úteis e poderemos carregar nossos eletrônicos pelo wi-fi.

Cover teacher na UCD

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Eu já sabia que ao voltar do Brasil em pleno fim de outubro não seria fácil achar emprego de professora, principalmente uma vaga permanente. A verdade é que o mercado em Dublin é extremamente sazonal e a época de vacas magras sempre chega após o verão.

Mesmo assim, estava obstinada a encontrar alguma coisa. Com o R. montamos uma cover letter bem bacana, que fui adaptando a cada escola para a qual enviava um currículo. Sim, porque aqui, além do currículo, você precisa ter uma carta de apresentação onde fala o porquê de querer trabalhar naquela empresa e um pouco das suas qualificações, história, etc.

No entanto, mesmo antes de chegar em Dublin eu já tinha uma entrevista marcada: recebi um email do Applied Language Centre da UCD perguntando se eu estava interessada numa vaga como cover teacher - fui recomendada pela minha professora que hoje é diretora de todo o departamento. Aliás, essa é a mesma professora que me ajudou em mais de uma ocasião, inclusive conseguindo a bolsa de mestrado pra mim.

A vaga era pra dar aula para os alunos de EAP e EAS - English for Academic Purposes e English for Academic Studies. Nós falamos bastante disso no mestrado e essa área de inglês acadêmico tem crescido bastante no mundo todo, já que são muitos alunos querendo fazer suas graduações e pós-graduações no exterior. Eu pessoalmente não sou a maior fã de inglês acadêmico do mundo, mas como havia sido uma recomendação da minha professora, não pude dizer não.

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