Curso superior na Irlanda - por onde começar?

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Na teoria não é muito difícil se matricular num curso superior (pós-graduação e mestrado) aqui na Irlanda. O processo comigo foi relativamente rápido e eu vou explicar aqui o que rolou em cada fase do processo.



FASE I: A INSCRIÇÃO

A primeira coisa é fazer a inscrição no site. No meu caso, a UCD oferece todo o processo de application online e além de dados pessoais e acadêmicos, você deve também fazer o upload de toda a sua documentação - certificados, diplomas, históricos - tanto originais como as traduções. Como tanto a minha faculdade como pós-graduação são reconhecidas na Irlanda (eu já tinha me informado  pelo site do QQI, que é responsável pelo reconhecimento de diplomas estrangeiros por aqui), não precisei de nada além disso. Tem que também falar sobre sua experiência profissional detalhadamente.

No caso do meu curso em específico, eles exigiam algumas outras coisas:

  • Algum tipo de qualificação prévia em English teaching
  • Um mínimo de 2 anos de experiência em sala de aula (na Irlanda ou no exterior)
  • Um diploma de bacharel ou licenciatura
  • Uma nota mínima de 7 no IELTS

Blog Day (atrasado, mas tá valendo)

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Eu sabia que vários blogs estavam fazendo um post por dia no mês de agosto mas tinha esquecido completamente que dia 31 foi o Blog Day!

Eu tive blog na adolescência por algum tempo e retomei a ideia em 2012, um pouco antes de vir pra Irlanda. Em outubro serão 3 anos do Barbaridades no ar, com quase 600 posts publicados e muitas histórias pra contar.

Acompanho vários blogs "pequenos" e "grandes" e percebo essa tendência de vários blogs só serem blogs com um intuito financeiro por trás. Não somos burros, a gente percebe quando o blog é feito com carinho e amor e quando ele é uma desculpa pra ser famoso na internet ou coisa parecida.

Pra mim, ter um blog é ter uma oportunidade de compartilhar minhas experiências, de registrar minhas aventuras e pensamentos, mas principalmente, poder conhecer gente. Através do blog (e não só desse, o Barbaridades, mas também do blog que tive na adolescência) conheci (virtual e pessoalmente) muita gente legal (e fiz amigos pra vida toda!), aprendi sobre diversos assuntos, pude participar da vida de outros. Eu adoro ter um blog e espero nunca parar.

O Rotaroots (aquele grupo de blogueiros super bacana!) realizou um tributo ao Blog Day e sugeriram uma postagem coletiva pra marcar a data! Como eu não participei ano passado, deixo aqui a minha contribuição (um pouco adaptada do original, mas beleza):

  • 3 blogs que não saem do meu feed

Andanças por Bristol, Inglaterra - parte II

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(continuação do post anterior)

-  Street Art

Bristol é famosa por ter muita street art - não coincidentemente o artista Banksy é de lá! Eu dei bobeira e não tirei nenhuma foto de artes dele, mas tudo bem. Andamos por algumas ruas com vários exemplos de arte, tanto em muros como em prédios. Nas lojas de souvenirs havia diversos livros e fotos desse tipo de arte por Bristol. Como não sou muito fã, não dei muita bola, mas acredito que seja um prato cheio pra quem curte street art.


Andanças por Bristol, Inglaterra - parte I

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Eu ainda tinha uma semana de férias pra tirar esse ano e junto com o R. conseguimos bolar um plano que unisse nossos dias disponíveis + passeios baratos + visitar amigos: o resultado foi Bristol, onde um dos amigos do R. mora e cidade que abriga um festival de balões todo ano, em agosto.

Eu já sabia desse festival desde a época que estava vindo pra Irlanda, quando pesquisei sobre o passeio de balão na Turquia (pra quem não sabe, vim de São Paulo e parei em Istambul por 4 dias antes de seguir pra Dublin). Como não daria pra fazer o passeio na Capadócia, pensei que morando na Irlanda seria mais fácil andar de balão em Bristol, já que é um vôo que dura tipo 40 minutos de Dublin e costuma ser baratinho.

No entanto, passeios de balão não são nada baratos (estamos falando de mais de 200 euros por pessoa, ok?). Sendo assim, tanto R. como eu nos contentaríamos em pelo menos ver os balões de perto, sua "decolagem" e tudo mais. Juntou o fato de que poderíamos nos hospedar na casa do N. e pronto: fomos pra Bristol por dois dias.

Bristol é uma cidade de pouco mais de 400 mil habitantes e é a 6ª cidade mais populosa da Inglaterra. Não há muitas atrações turísticas por ali e no fim das contas nós pegamos leve: visitamos o que deu, andamos tranquilos pelas ruas (e gente, cidade com mais ladeira que essa só Lisboa mesmo, o negócio foi foda!), comemos e batemos muito papo. Foi um tipo de viagem mais tranquila, sem prazos, sem correria. Sendo assim, vou só listar as atividades que fizemos pela cidade de maneira mais geral (e também, claaaaaro, falar das comidas que provamos por lá - tivemos muita sorte com os restaurantes!):

Um novo capítulo na minha vida irlandesa

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Em abril de 2015, menos de um mês após ter renovado o meu visto de estudante aqui na Irlanda, minha escola fechou.

Não foi só exclusividade dela, claro - desde o ano passado foram mais de uma dezena de escolas fechadas por diversos motivos: má administração, má fé dos donos, intervenção da imigração, etc, etc.

A verdade é que eu sempre soube que a MEC não era a melhor escola do pedaço - inclusive fiz diversos posts que falam sobre a qualidade duvidosa das aulas. Mas percebi, principalmente no final de 2014 e começo de 2015, um esforço da equipe em melhorar diversos aspectos - mudaram a escola pra um prédio melhor que pudesse abrigar mais alunos e que oferecia uma infra muito melhor; alguns professores até pareciam ou fingiam muito bem que preparavam aula e assim por diante. Renovei com eles por uma questão de praticidade: a minha frequência estava em 70 e poucos % e se eu mudasse de escola, seria difícil conseguir renovar com menos da frequência recomendada, que é de 85%.

Paguei os mil euros do curso e renovei meu visto sem nenhum problema e nenhum tipo de pergunta.

Quando voltei das férias no Brasil comecei a acompanhar notícias de que os professores estavam protestando por falta de pagamento e os boatos de que a escola fecharia espalhavam rapidamente pelos fóruns e sites de intercâmbio na Irlanda. E não muito tempo depois o que eu já desconfiava aconteceu: a escola fechou as portas, deixando dezenas de professores e funcionários sem pagamento e centenas de alunos sem aula - além de terem perdido seu dinheiro também.

Cinemateca #8 - filmes latino-americanos

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Cinemateca edição número 8 na área e ganhamos uma participante! A Aline, do Nuviando.

O tema desse mês era filmes latino-americanos e sem querer eu acabei vendo um filme que se encaixava.



É que um dia desses, não sei porquê, lembrei que queria muito ver o tal do "Relatos Selvagens". Na época do lançamento todo mundo na minha timeline do facebook viu o filme e falou maravilhas dele. Eu fiquei a ver navios aqui na Irlanda, já que não há uma demanda aqui por filmes argentinos, né? O jeito foi esperar pra poder baixar na internet. Eu sei que é ilegal, mas se eu pudesse ter pago pra ver esse filme, eu juro que teria pago!

Desculpas à parte, baixei o filme e vi com o R. e só depois lembrei que o tema desse mês era filmes latino-americanos, então meu subconsciente ajudou bastante! :)

Resenha: musical "Once" no Olympia Theater

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Quando meu irmão chegou em casa super animado contando de um filme irlandês que ele viu num cinema da Paulista, eu jamais imaginaria que um dia seria fã do filme, muito menos que estaria morando na cidade onde ele foi idealizado e gravado anos depois.

A verdade é que eu adoro musicais, e Once é um daqueles musicais de encher o coração, de mexer com a gente de verdade - seja pela sua simplicidade, pelo talento dos músicos, pelas letras melancólicas.

Já vi o filme dezenas de vezes (e já falei dele aqui no blog!) e quase surtei quando vi em diversos outdoors pela cidade que o musical estaria por aqui no verão.

R. não é muito fã de musicais, mas gostou do filme Once e por isso não hesitou em ir comigo. Queríamos ter comprado ingressos pra estréia que foi dia 4/julho mas quando fomos comprar, já não tinha mais. Tudo bem, porque conseguimos bons lugares pro domingo dia 5!


Alunos brasileiros vs alunos europeus

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Já quero começar dizendo que esse post é totalmente pessoal, baseado nas minhas experiências como professora e que posso estar falando muita besteira - não tome nada do que falarei aqui como verdade absoluta, afinal de contas, estaremos falando de pessoas e pessoas são sempre diferentes e causam impressões diferentes, né?

Eu dou aula de inglês desde os 17 anos e até os 27 só havia dado aula pra brasileiros. Foram diversas escolas (pequenas, de bairro; grandes franquias; alunos particulares) e alunos de várias faixas-etárias, sexo e regiões diferentes de São Paulo.

Aqui em Dublin tive a oportunidade de trabalhar com adolescentes (de 11 aos 17) espanhóis, franceses, italianos, alemães e russos por apenas dois meses. Logo, já dá pra ver que tenho um "conhecimento" muito maior do perfil do aluno brasileiro do que o de alunos de diferentes países na Europa. Mesmo assim, não quero perder a oportunidade de registrar uma comparação entre eles já que comparações foram inevitáveis pra mim.


Adolescentes por adolescentes


Pude finalmente concluir que adolescentes são adolescentes em qualquer lugar do mundo (ou pelo menos no mundo ocidental). Eles podem ser "rebeldes", desrespeitosos, desinteressados e em alguns (poucos) casos, jovens actually interessados em aprender e em compartilhar. Trabalhar com essa faixa-etária não é pra qualquer um e demanda muita firmeza, calma e um pouco de "foda-se", já que você vai ter que fingir que não está vendo e ouvindo certas coisas.

Como foi ser ~teacher~ na Irlanda nesse verão?

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Pra quem lê o blog já deve ter visto um ou outro post onde comento sobre um emprego que consegui no verão: professora de inglês numa escola que tem como foco adolescentes europeus que vem estudar por curtos períodos de tempo aqui na Irlanda. Eu tô devendo vários posts sobre essa experiência e sobre os alunos de maneira geral também, eu sei. Mas é que em minha defesa, esse negócio de trabalhar de manhã, de tarde e ser dona-de-casa à noite não é nada legal. Nunca estive tão cansada e no fim de julho qualquer coisa me fazia chorar.

O que era pra ser só um contrato de 4 semanas dobrou e me pediram pra trabalhar em Agosto também. Por conta disso, continuei super ocupada mas tive uma folga pois já tinha férias programadas pra segunda semana do mês (Bristol, Cardiff, Kerry e Waterford - ainda contarei tudo por aqui!). Sendo assim, hoje foi meu último dia lá na escola, já que não poderei trabalhar semana que vem por outros motivos (que logo contarei aqui também!) - ui, essa Bárbara tá cheia de segredos!

A verdade é que voltar à sala de aula depois de mais de dois anos longe dela foi muito estranho. E gostoso. E overwhelming. Sempre dá aquele frio na barriga e depois de alguns dias você já se sente à vontade, mas estar num emprego novo, num lugar diferente, altera um pouco esse "sentir-se à vontade": você não conhece direito seus colegas de trabalho, seu chefe, os procedimentos da escola, a papelada, etc, etc, etc. Sabe quando você fica igual barata tonta meio perdida sem saber o que fazer? Pois é.

Passados os primeiros dias, comecei a me sentir um pouco mais segura e confortável, o que não significa inteiramente feliz: é complicado trabalhar com adolescentes. Muito complicado. E nesse caso, adolescentes que estão de férias da escola e vieram passar uma temporada com amigos longe dos pais "aprendendo inglês" - você acha MESMO que eles querem aprender inglês?

Kinsale, uma cidadezinha fofa em Cork

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Eu já tinha dado uma voltinha em Kinsale em 2013, quando passamos um dia em Nohoval Cove - no entanto, por causa do horário, só almoçamos e não consegui ver muito da cidade nem do que ela tem a oferecer. Foi quando em junho deste ano, num final de semana que passamos em Cork, resolvemos fazer uma parada por lá pra aproveitar melhor.

Kinsale é simplesmente uma gracinha. E bomba no verão, justamente porque quem mora por ali quer curtir as praias, as lojinhas e os restaurantes locais!

Nossa primeira parada foi no Charles Fort, um forte que fica no porto da cidade. Ele foi construído entre 1670 e 1680 e tem o desenho de uma estrela - design que tenta prevenir ataques por canhões. Ele foi desenhado pelo mesmo cara que fez o Royal Hospital em Kilmainham, aqui em Dublin (local onde fica o Museu de Arte Moderna).




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