Vinte e sete

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Dia 1º de dezembro eu completei 27 anos de idade. Pois é, 27. Sabe quando você é adolescente e se imagina super adulta? Pra mim essa idade era 27. Acho que porque minha mãe com essa idade já era casada há dois anos e engravidou de mim, sei lá. Só sei que dos 17 pra cá foi um pulo e cá estamos!

"Dancin' queen, young and sweet only seventeen", já dizia a canção. Aos 17 eu fazia cursinho na Poli de manhã, dava aula à tarde e ia pra escola à noite (e aos sábados dava aula até às 20h!!!). Se me dissessem aos 17 que 10 anos depois eu estaria morando em outro país, que teria trabalhado na escola onde estudei inglês (e que tinha a maior admiração e respeito), que teria viajado pra vários lugares no Brasil e pra mais de 10 países no mundo, que falaria um pouquinho de espanhol e italiano, que faria uma graduação e pós-graduação, enfim, eu ia rir da cara dessa pessoa. Obviamente eu tinha muitas ambições e planos, mas a vida foi muito generosa e bacana comigo. Nada veio de mão-beijada, sempre teve muito esforço e sacrifício, mas eu posso me considerar uma pessoa de sorte, que sempre teve a família e amigos ao lado apoiando em tudo.

Irlandeses, vocês estão falando inglês "errado"

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Primeiramente, vamos levar o título desse post na esportiva, tá? Não é porque eu estudo inglês como segunda língua há 17 anos (porra, 17?!) nem porque fui/sou professora e muito menos porque adoro dar uma de sabichona quando se trata de idiomas. É porque gente, às vezes eu quero me contorcer quando ouço certas coisas ~irlandesas~ por aqui eu venho pensando sobre esse assunto há muito tempo e queria falar um pouco a respeito aqui no blog.

VAMOS POR PARTES: QUEM DECIDE O QUE É CERTO OU ERRADO?

Obviamente que essa discussão vai muito além dos irlandeses (ou canadenses, neo-zelandeses, americanos, etc...) falarem um inglês peculiar deles. Afinal de contas, existe um padrão na língua? Alguém é dono da língua pra dizer que x ou y é certo ou errado? Quem dita as regras? Estudiosos? Gramáticos? Linguistas? A língua pertence a quem a utiliza como nativo ou ela pode ser de estrangeiros também? A língua é de quem falou ela primeiro ou de quem faz parte da maior população que a fala?

Vou dar um exemplo: sou de São Paulo e lá a gente fala "bolacha" e não "biscoito". Eu posso afirmar que quem fala "biscoito" está errado? Não. Outro exemplo: em Pernambuco conjuga-se os verbos da segunda pessoa do singular corretamente (pelo menos no passado simples): tu comeste, tu fizeste, tu viste (não posso afirmar que isso ocorre no tempo presente, já que não lembro de ter visto pernambucanos dizerem "tu gostas" e sim "tu gosta" - já no sul do país eles conjugam da primeira forma). Com base nisso, posso dizer que os pernambucanos falam mais certo do que eu, paulistana?

Ou seja, o assunto é profundo (e maravilhosamente interessante), mas eu queria voltar pro inglês.

A calçada do gigante e a tal da ponte

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No feriado que teve no final de outubro fui com o R. pra Irlanda do Norte e passamos meio dia/uma noite em Belfast, onde visitamos o Museu do Titanic. No segundo dia seguimos ainda mais ao norte, com o objetivo de conhecer o Giant's Causeway e a Carrick-a-Rede Bridge, cartões-postais do país.

Tipo, desde que eu pesquisava sobre a Irlanda já tinha visto que muita gente que morava aqui fazia esse passeio pro Irlanda do Norte e eu ficava morrendo de inveja, sonhando com o dia em que eu pisaria naquele lugar. Várias vezes planejei ir pra lá, mas como tudo tem uma hora certa de acontecer, só foi dar certo há uns meses atrás, um bom tempo depois deu ter vindo morar aqui.

Fomos na ponte primeiro porque de acordo com pesquisas, o horário de fechamento dela era mais cedo que a Calçada dos Gigantes. Compramos o ingresso e caminhamos até ela - dá uns bons 20 minutos de caminhada, mas a vista compensa (como sempre aqui nessa ilha!):

Carrick-a-Rede Bridge na irlanda do norte

Tag - know your blogger

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No comecinho de Outubro a Taís me indicou nessa tag e eu deixei passar porque tava atolada de coisas do CPE pra estudar. Não queria deixar de responder e aproveitei que agora tenho mais tempo livre pra finalmente mandar bala nessa tag!

Funciona assim: você tem que falar 11 fatos sobre você, responder 11 perguntas, criar 11 perguntas e indicar 11 blogs. Gente, quem é que cria essas tags? RISOS.

11 fatos sobre mim: recentemente fiz um post com 50 fatos, acho que já tá de bom tamanho, né?

As 11 perguntas:

1. Qual foi a melhor coisa que te aconteceu este ano?

Estar no Brasil como madrinha de uma das minhas melhores amigas e rever amigos e família (e comer pizza de verdade, comida da vovó e tomar Fanta Uva!)

2. Uma foto que transmita o que você está sentindo agora:

Não sei qual era a velocidade dos ventos, mas quase fui derrubada da bicicleta diversas vezes hoje

O museu do Titanic propriamente dito

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Eu já tinha ido ao Museu do Titanic duas vezes, mas como comentei no post passado (de semanas atrás!), fui pra diferentes ocasiões e não visitei o museu em si. 


Belfast e a guerra dos tronos

A construção de Belfast e a construção do Titanic

Corrida colorida - the Color Run, em Belfast



Dessa vez, na presença do R., conseguimos fazer o passeio direito. O museu é gigante e tem preços diferentes pra visitar coisas diferentes - se nos tivéssemos mais tempo, talvez até teríamos visto mais coisas, mas por outro lado, a gente fica meio enjoado, né? Acho que o ingresso mais básico, que dá acesso às galerias, já está de bom tamanho. 

Quando chegamos pra comprar o ingresso, como em quase todo museu na Europa, a menina no caixa perguntou de onde éramos. Respondi que eu era brasileira e que R. era de Cork. E qual foi a minha surpresa ao ouvir ela responder num português lindo e claro: "Ah, eu falo português!"

OI? QUÊ? Mas o que essa menina aqui na Irlanda do Norte tá fazendo falando português?

E não só isso: ela continuou dizendo que era polonesa e que adorava aprender outras línguas, além de ter um namorado brasileiro, claro. Ela já tinha ido pra alguns lugares no Brasil e falava com um lindo sotaque de São Luís (namorado dela é de lá!). R. achou a maior graça da situação e disse pra ela, em português, que ela falava muito bem. No final da conversa ela nos entregou os ingressos e nos indicou o local onde o passeio começava - em português! ÊêêÊê mundo pequeno!


CPE - o grande dia!

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Acaaabooooooou! É tetr..... ops, não tô falando da Copa do Mundo de 94 não. Acabou o CPE! Acabou! Fiz a prova hoje, finalmente!!!



Que saudade que eu tava de postar no meu blog, de ler notícias, de comentar nos blogs dos amigos... foram dois meses de preparação para o exame que eu mais temia na vida. Temia porque tive a oportunidade de prestar essa prova há muito tempo e não o fiz porque não achava que tinha o nível pra passar, que não tava preparada, sei lá. O fato é que esse ano eu não deixei a oportunidade ir embora e não só me inscrevi pra fazer a prova como fiz um curso preparatório pra ajudar.

A semana toda foi tensa, cheia de pesadelos e noites mal dormidas. Eu tava bastante ansiosa, mas pelo menos consegui dormir 7 horas de ontem pra hoje, apesar de ter acordado duas vezes durante a noite. Acordei às 6h30, tomei café e fui pedalando pra UCD, onde faria a prova. Decidi ir de bike porque passo pela UCD todos os dias pra ir ao trabalho e não faria sentido ir de ônibus, a não ser que estivesse chovendo ou algo assim.

CPE - o último simulado e as expectativas

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Nem lembro a última vez que postei aqui - uma semana atrás? Acho que nunca fiquei tanto tempo longe do blog, mas foi por uma boa causa: estudar para o CPE. Mas a verdade é que nos últimos dias perdi muito da minha concentração pro exame - a data tá chegando (a prova é exatamente daqui a uma semana) e eu tô ficando ansiosa e um pouco insegura, o que me deixa confusa porque até pouco tempo eu tava bastante confiante.

A verdade é que eu fui bem em quase todos os simulados (por "ir bem" leia-se "passaria com essa nota"), tive um bom feedback das redações e tenho o apoio de muitas pessoas queridas que me incentivam no projeto. Inclusive na penúltima semana do curso preparatório que eu fiz na Your English School (excelente, por sinal) tivemos um simulado completo, na sequência de como seria na prova de verdade.

O simulado me pareceu muito fácil. Mas é porque dei um pouco de sorte - os temas dos textos não eram ruins e sei lá, acabou que a prova tava fácil pra mim naquele momento. Porque apesar do nível das provas de CPE ser sempre o mesmo, às vezes os temas e vocabulário de uma prova específica podem ser mais fáceis ou difíceis pra cada indivíduo - afinal de contas, tudo depende do nosso conhecimento e background, né?

A construção de Belfast e a construção do Titanic

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Já vou começar esse post chutando baldes e garantindo: o museu do Titanic é não só um dos mais legais que visitei na Irlanda, mas na vida.

E falo isso com propriedade de quem sabia diálogos do filme de trás pra frente na infância/pré-adolescência.

Siiiiiiim, eu sei que o museu não é sobre o filme de 1998, mas sobre o navio de verdade, que foi construído em Belfast, capital da Irlanda do Norte! Mesmo assim, não tem como não ficar comovido e impressionado com tudo que envolve esse acontecimento.

museu do titanic, belfast, irlanda do norte


20 meses

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Eu cheguei na Irlanda na amizade. A gente tinha coisa em comum, nos demos bem e começamos a ter um caso. A paixão foi grande e com o tempo fomos nos tornando cúmplices e hoje nosso relacionamento fica cada vez mais sério. Um ano e oito meses sob teto irlandês e continuo afirmando que apesar da constante saudade da família e amigos (cantar parabéns no aniversário do meu irmão pelo FaceTime foi foda), sigo muito feliz aqui na ilha.

Mesmo com as ventanias que me fazem pedalar ainda mais devagar, mesmo com as chuvas que insistem em me deixar encharcada no caminho pro trabalho, mesmo tendo que dividir casa com outras pessoas não muito legais (com exceção da A.!) e pagar caro numa manga que nem suculenta é.

Donegal, em outubro deste ano

Preparação para o CPE - parte IV

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No que se refere à preparação para o exame de proficiência de Cambridge, já falei do Paper 1 (Use of English e Reading), Paper 2 (Writing), e Paper 3 (Listening) mas faltou falar do último paper: o Speaking.

A parte oral da prova acontece num dia separado do restante e isso significa que você pode fazer essa parte tanto antes como depois do exame escrito. No entanto, para a minha surpresa, hoje saíram as datas dos exames orais e o meu caiu no mesmo dia da prova escrita! Pra ser sincera, até prefiro, porque aí não perco mais que um dia de trabalho tendo que ir até à UCD pra fazer a prova.

O speaking tem 3 exercícios principais. Ele é feito em pares (ou trios) e as notas são individuais apesar de haver interação entre os candidatos durante a prova.


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