Teria eu me rendido aos brasileiros?

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Pra quem lê o blog desde quando pisei na Irlanda, já conhece o meu discurso "não fazer coisas brasileiras". Já expliquei que eu amo o Brasil, amo a língua portuguesa, amo a comida e coisa e tal, mas acho muito bizarro as pessoas gastarem um dinheirão pra fazer intercâmbio e continuar a vidinha de Brasil, frequentando baladas brasileiras, comendo comida brasileira e muitos etc.

R. tenta me convencer de que tudo bem eu querer fazer coisas brasileiras de vez em quando. E ele tá certo. Se fiquei um ano sem comprar guaraná aqui, tudo bem tomar um às vezes. Ou comer num brasileiro vez ou outra. É minha cultura, faz parte de quem eu sou. Ele tem razão - não faz mal, já que eu tento fazer tudo irlandês desde que cheguei (menos lavar a louça do jeito deles! hahahaha).

E na última semana eu acabei fazendo duas coisas que eu tentava ao máximo não fazer aqui.

Não, ir pra um sambão é a última coisa que eu faria na Irlan... na vida!

Finalmente, a biblioteca da Trinity

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Gente, desde que cheguei na Irlanda era um tal de combinar com o Rick que iríamos na biblioteca da Trinity juntos que nunca vi. Ele foi pra Sligo, eu comecei a trabalhar e nunca deu certo. Nunca. Os meses foram passando e depois de quase 1 ano e meio aqui, finalmente fomos conferir um dos lugares mais visitados pelos turistas!

Essa foto não foi tirada por mim - no dia em que fomos tava uma fila enorme!

A biblioteca da Trinity chamou a minha atenção por dois motivos: eu sabia que tinha alguma coisa a ver com o Harry Potter, que tinham usado ela de inspiração pra cenas do Star Wars e que o Book of Kells estava lá. Então vamos por partes:

Resultado da pesquisa

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Primeiramente, muito obrigada as 70 pessoas que responderam a pesquisa do blog. Fiquei muito contente de ter tido tantas respostas e sugestões legais!

Claro, muita gente pulou as perguntas dissertativas, mas beleza.



Quase 70% dos leitores que lêem o Barbaridades são do sudeste do Brasil - isso me leva a crer mais do que nunca que esses leitores são minha família e amigos em São Paulo, hahaha. Em segundo lugar vem o nordeste com 11% (a outra parte da minha família), seguido de centro-oeste e sul (7%) e norte (1%). Quatro pessoas são de outros lugares fora do Brasil.

A segunda pergunta era onde a pessoa morava - 51% respondeu que no mesmo lugar onde nasceu; 14% em lugar diferente de onde nasceu; 16% respondeu Irlanda e 11% em outros países - Itália, Canadá, Portugal, Holanda, Uruguai, EUA e Austrália! Caramba!!!

Roteiro de 2 dias em Dublin

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Sempre que estou me preparando pra alguma viagem, pesquiso e leio muito a respeito do destino. Os meus aliados nessa hora acabam sendo o Tripomatic e os blogs pelo mundo fora. Apesar deu também ler artigos mais "profissionais", acabo indo pros blogs porque eu gosto do toque pessoal que o blog oferecesse. Bom, não é à toa que tenho um, né?

Geralmente quando viajo pesquiso "cidade + número de dias + roteiro" pra ver o que google me traz. Sempre funcionou, sempre foi lindo.

Aí fiquei pensando um dia desses: e se eu só tivesse 2 dias em Dublin? Supondo que morasse no Reino Unido ou outro país da Europa e quisesse passar um fim-de-semana na capital irlandesa, o que daria pra fazer? Me pergunto isso porque recentemente recebi uma amiga brasileira que morava em Porto e ela ficou aqui 2 dias e pouco e me senti meio péssima guia, sabe?

roteiro 2 dias em dublin


Borboletas

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Em meados de setembro do ano passado, R. sugeriu que visitássemos uma tal de fazenda de borboletas. Na época o local na verdade já estava fechado - só abre nos meses de verão - e resolvemos deixar pra 2014.

2014 chegou, o verão tá no auge e não tínhamos esquecido das borboletas. Mas com tanta coisa rolando (viagem ao Brasil, eu desempregada, R. fazendo outras viagens pessoais e profissionais), quase que o verão acaba e a gente não vai na tal fazenda. Felizmente, deu pra fazer esse passeio num domingo de julho e valeu muito muito a pena! Já aviso: esse post tá saturado de fotos!

Straffan fica no condado de Kildare, mas Kildare é coladinho em Dublin então deu menos de 30 minutos de carro. Dei uma pesquisada e vi que tem ônibus de meia em meia hora pra Straffan saindo de Dublin. De lá, um táxi daria uns 30 euros até a fazenda. Se você vai em 3, 4 pessoas, acho que compensa o valor porque o lugar é bem legal.


Quando morar fora não faz nada pelo seu inglês

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Quantas e quantas vezes, em todos esses anos como professora de inglês, ouvi de colegas, chefes e alunos que o negócio era morar fora? Que a pessoa só ficava fluente depois de passar um tempo em outro país? Que fazer "cursinho" em escola de idiomas não era a solução pro problema de falar inglês?

São tantas besteiras que vão sendo propagadas sem ninguém saber de fato o que é real e o que não é que me dá até desgosto de trabalhar com isso às vezes. É conversa em sala dos professores, é você ouvir de alunos NA SUA CARA que depois do cuso ele vai "pra fora" pra melhorar o idioma... Mas eu sou brasileira e não desisto nunca. Não desisto de tentar fazer as pessoas entenderem que não, morar fora pode não fazer absolutamente nada pelo seu inglês.

E se antes poderia parecer inveja da minha parte porque eu nunca tinha morado fora (sim, já ouvi esse argumento!), depois de 1 ano e 4 meses de Irlanda posso garantir que vi com meus próprios olhos. Chega a ser constrangedor em alguns casos; em outros me dá até dó.

Mas vamos devagar. Primeiramente, o que é ser fluente?

Noruega: uma obsessão

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Na verdade, tudo começou no inverno passado: eu esperava muito frio, o que não aconteceu em Dublin. Fui passar Ano Novo em Praga e depois fui pra Berlin: um pouco de frio, nada de neve. Fiquei chateada, porque queria ver aquela paisagem linda e branca e não rolou! Em Dublin "nevou" um pouco em fevereiro, mas como aqui é muito úmido, a neve caiu no chão e derreteu.

Comecei a dizer, de brincadeira, que teria que ir pra Noruega pra ver esse inverno.

Em paralelo, descobri o blog da Marcela, que morou na Noruega por um ano e que vive postando fotos maravilhosas desse país. Meses depois, uma amiga me indicou uma série chamada Lillyhammer que foi gravada lá (embora ela tenha me indicado a série por outros motivos). Aí eu declarei amor mesmo.

A Noruega tem uma geografia relativamente diversificada: são montanhas, costa pro mar (e mais de 150 mil ilhas!), planaltos e fiordes.


A biblioteca nacional

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Desempregado é assim: tempo de sobra e dinheiro contado. O jeito foi continuar na minha saga de achar coisas grátis pra fazer em Dublin - confesso que não tá fácil... Mas ainda faltava a National Library. Achei que seria meio sem graça, mas resolvi encarar. Chamei as meninas aqui de casa e fomos.

A biblioteca fica na Kildare St., ou seja, de fácil localização. O salão da entrada é super bonito e lá pudemos observar placas indicando uma exposição sobre Joyce e outra sobre Yeats.

Vitrais do saguão homenageando diversos escritores

A última entrevista (?)

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Depois de três semanas procurando emprego, recebo uma ligação numa segunda à noite: a mulher tinha visto meu anúncio no Roller Coaster e queria saber se eu ainda tava procurando emprego. Eu disse que sim e marcamos uma entrevista pro domingo passado, já que ela estaria viajando a trabalho durante a semana.

Domingo eu tava lá no horário combinado. Eles estavam procurando uma babá nova porque a atual, que está com eles há mais de três anos, recebeu oferta de emprego em outro país e se mudaria em duas semanas. Putz, substituir alguém que tá com eles há tanto tempo seria foda, mas beleza. Os meninos tem 4 e 6 anos, idades que não me assustam muito.

Tanto o pai quanto a mãe estavam presentes na entrevista, a primeira que fiz assim em todo esse tempo. Acho isso bacana, pois já mostra que o pai é bem presente. E de fato, ele conduziu boa parte da entrevista e fez anotações sobre o que eu dizia - perguntaram da rotina no meu ex-trabalho, sobre meus planos de ficar mais tempo na Irlanda, etc.

Passeio furado

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(Já ia esquecendo! Se você não viu o meu post de anteontem, eu pedi aos leitores pra responderem uma pesquisa rapidinha sobre o blog. Responde também? É só clicar aqui: https://pt.surveymonkey.com/s/L2THLMZ. Valeu!)

Não, vou ser justa: não foi furado porque passei o dia todo com minha amiga Carol, mas o tour em si... bom, vamos do começo:

Na minha última semana de trabalho com a família M. minha chefe veio dizer que tinha comprado um tour pelo groupon para os pais dela mas que o tour ia vencer e eles não tinham feito o passeio. Ela me deu de presente e disse que eu poderia utilizar o voucher na sexta-feira, que seria o meu último dia de trabalho (a família viajaria pra uma outra cidade para um casamento, eu teria o dia off).

Convidei a Carol e fomos. O passeio é um daqueles do Dublin Bus, o ônibus verde Coastal Tours. O tour inclui Dun Laoghaire, Sandycove, Glendalough, Enniskerry (e uma parada no Powerscourt Gardens) e Bray.


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