Namorar um estrangeiro

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Ter um blog pra mim é meio como ter um diário público - nele escrevo meus pensamentos, acontecimentos, opiniões, enfim, coisas que acontecem na minha vida dando um foco especial no que diz respeito à Irlanda.

Apesar deu falar de família, amigos, citar uns nomes e postar umas fotos de conhecidos de vez em quando, nunca fui muito específica em relação ao meu namoro. Primeiro porque acho que é muito pessoal pra ficar contando pra todo mundo, segundo porque o meu namorado não gosta de redes sociais nem de ficar se expondo na internet. Com exceção da participação dele nos posts sobre o Brasil, ele sempre foi bem anônimo por aqui, apesar de sempre mencionado.

Já vi muitos posts pela internet de "como é namorar um estrangeiro" ou "10 coisas que você precisa saber sobre os irlandeses" e não vou mentir: sempre os leio e sempre acho uma ou outra coisa interessantes. Só que as pessoas são diferentes, não importa de onde elas vêm. Não dá pra fazer um "particularidades de namorar um brasileiro" porque os brasileiros são diferentes e você pode ter experiências diversas com cada um, certo?

Leia também: Namorar um estrangeiro (2ª edição)


Um ano e quatro meses

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Hoje é dia 20! Dia de comemorar mais um mês vivido na Ilha Esmeralda - não sei o porquê, mas quando nunca uso o termo "Ilha Esmeralda" por aqui. Não gosto, não sei.

Quem diria, minha gente, quem diria. Quando renovei o visto em março, não pensei que ia continuar tendo assunto praticamente diário por aqui, mas não é que mantive o ritmo de 5 postagens semanais praticamente desde quando cheguei aqui? Yes!

Só que desde o dia 20 de junho, meu último post de comemoração, muita coisa mudou.

Cheguei do Brasil, trabalhei um pouco e logo minha chefe veio me dispensar para o verão, já que ela teria férias por 2 meses. Ela não me mandou embora, porque deixou bem claro que me quer de volta em setembro, mas ela acha o quê, que vivo de luz? Logo no anúncio da notícia comecei a mandar currículos e fazer algumas entrevistas. Desde então já foram várias - algumas famílias eu dispensei, outras não me quiseram, outras não deram resposta.

Queda d'água

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Sempre gostei muito da simplicidade da língua inglesa - seja na falta de gênero dos substantivos ou da não conjugação de verbos na mesma quantidade do que em outras várias línguas, o fato é que além de ter um amplo e rico vocabulário, o inglês tem umas sacadas bem interessantes. Veja a palavra cachoeira, por exemplo. Tentei pesquisar a origem dela na língua portuguesa e o que encontrei foi que o termo talvez tenha sido derivado do latim coctionis, “fervura”. Acho isso esquisito. Mas a questão não é essa: a questão é que em inglês, cachoeira é waterfall - queda d'água - não é muito mais simples e bonito (nesse caso específico)?

Não vamos nem comparar cachoeiras brasileiras com cachoeiras irlandesas - apesar de haver muita água por aqui, elas não tem a beleza e imponência das nossas. Mas tudo bem, eu continuo querendo vê-las!

Aqui na Irlanda não há muitas cachoeiras não - eu mesma só conhecia uma, a Torc Waterfall, no parque nacional em Killarney (quem lembra?). Há também a Powerscourt Waterfall que não conheci apesar de já ter ido lá duas vezes - ela fica a 7km de caminhada do parque e nunca tive tempo/pique suficiente pra encarar. Enfim, pesquisando acabei por encontrar um link legal que mostra as cachoeiras fotografáveis no país: http://www.photographers-resource.co.uk/locations/Nature/Waterfalls/lists/Waterfalls_Ireland_list.htm.

As praias de Sligo

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Desde que meu amigo Rick foi morar em Sligo, esse lugar já ganhou a minha atenção (mentira, eu sempre soube da existência de Sligo porque o Westlife é de lá! RISOS). E desde o verão passado, quando R., eu e Bia fomos visitar o Rick por lá, ficou no ar a promessa de voltar pra conhecer as praias da região. A Bia foi embora, o verão acabou e essa ida a Sligo só foi sendo adiada - até que o aniversário do Rick surgiu no calendário e com ele, um convite pra sua festa lá.

Fomos pro aniversário (R. e eu) e curtimos a festinha do Rick (que teve bebidas, salgadinhos e bolo delícia!). No dia seguinte tentamos não acordar muito tarde pra aproveitar o que esse condado no noroeste da Irlanda tinha pra oferecer.

O Rick já falou mil vezes no blog dele o quão badaladas as praias de lá são, especialmente pra quem surfa e tal. Fomos conferir!

strandhill, praias em sligo


Algumas entrevistas - childminder

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Estou desempregada há pouco tempo mas logo que que fiquei sabendo que sairia do emprego, saí procurando vagas igual doida. Atualizei meu cadastro nesses sites de au pair e comecei a mandar CV pra vários anúncios e falar com todo mundo que eu conhecia. Algumas dessas táticas funcionaram e na primeira semana consegui uma entrevista.



Entrevista 1

A vaga era part-time, pra cuidar de dois meninos - um deles tinha leve grau de autismo e a mãe, quando conversou comigo ao telefone, pediu pra que eu pesquisasse um pouco sobre isso pra ter certeza que podia "encarar" a vaga. Não vi problemas nisso e fui pra entrevista, em Rathfarnham.

Eu e ela: um caso de amor

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Não, você não leu errado não. Eu a amo, de paixão. Não quero saber de mais nada.

Desculpa R., você também é dono do meu coração, mas ela é tudo, ela é demais. Ela também me faz feliz.

Às vezes ela me dá uma canseira, mas nossos bons momentos compensam qualquer coisa ruim.

Ela me deixa ir pra quase todo lugar, me dá liberdade.

Ela me traz paz e sossego em Dublin.

Ela quase nunca me deixou na mão, é fiel e companheira.

Já sabem de quem tô falando, né?

O ponto turístico mais visitado da Irlanda

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Sim, finalmente eu coloquei meus pés no lugar mais visitado de Dublin da Irlanda- a fábrica da Guinness!

Quem me conhece, sabe: eu não bebo nada alcoólico. Por conta disso,  nunca achei que seria interessante gastar 13 euros pra visitar a fábrica de uma bebida que eu não curto - e que aliás, muita gente não gosta. Mesmo assim, como boa curiosa e desbravadora de Irlanda, resolvi que tinha que conhecer o lugar. Até coloquei a fábrica como número 1 da minha lista "Lugares pra ainda conhecer na Irlanda". Sempre vejo muitos turistas pela região toda vez que passo por ali e pensei: "se tem tanta gente, não pode ser assim tão ruim".

E pra você ter uma ideia, eu, que não gosto de cerveja, fiquei quase 2 horas e meia lá dentro. Pois é! A fábrica da Guinness é surpreendentemente interessante e interativa.

Fiz a visita com o Arthur (não o inventor da cerveja, um amigo! hahahaha), que conheci aqui através do blog. Nós chegamos à tarde e pegamos uma pequena fila pra comprar o ingresso.



E o Rio de Janeiro continua liiiiindo

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O último dia no Rio foi uma tentativa de ver mais alguns pontos principais na cidade - ainda faltaram vários, como o Jardim Botânico, o Parque Lage ou a Biblioteca Nacional, mas esses ficam pra uma próxima, porque nessa vida, eu ainda volto pra lá!

Tomamos café da manhã e paramos perto do Maracanã. Tava muito calor e eu tava ficando irritada, por isso não andamos muito por ali não. Vi a grande movimentação de turistas e como nem eu nem o R. somos muito fãs de futebol, não estávamos interessados em fazer uma visita por dentro - ficamos então só do lado de fora:

Meu amigo Will que gentilmente cedeu sua casa e seu tempo! :)

Arraial do Cabo

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Desde que decidimos ir ao Brasil, eu queria muito levar o R. numa praia legal. Tá, tem praia na Irlanda (inclusive umas maravilhosas), mas não é a mesma coisa, né? Se tivéssemos tempo e dinheiro, em com certeza o levaria pro nordeste, mas como a situação não era essa, descartamos a possibilidade. 

Ao mesmo tempo já havíamos decididos que o Rio entraria no nosso roteiro. Só que eu não queria ira pra praia no Rio de Janeiro capital. Lá tem praias bonitas, claro, mas eu quera ir pra uma praia de tirar o fôlego. Foi quando comecei a pesquisar que o litoral carioca é abençoado nesse sentido. Seria longe ir pra qualquer lugar tipo Arraial do Cabo, Búzios e Angra saindo da capital, mas resolvemos ir mesmo assim. Pedi a opinião do meu amigo que nos hospedou lá, que disse que Arraial seria mais bacana do que Búzios ou Angra, que acabam sendo muito turismo-ostentação. 

Deixamos pra comprar a passagem de ônibus no Rio mesmo (ficamos com medo de comprar muito antes e a previsão do tempo não estar boa pra'quele dia, coisas assim). Foi uns 70 reais ida e volta e a viagem dura 3 horas. 

A cidade maravilhosa

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Nos 3 dias em que estive no Rio, não conseguia parar de pensar em canções que remetiam a cidade - seja aquela da Fernanda Abreu ou outras famosas como "Garota de Ipanema", o fato é que o Rio de Janeiro é um lugar que eu sempre tive um certo medo em conhecer. A gente sabe que é bonito e que os turistas amam, mas a gente também sabe das favelas, da violência, das balas perdidas. 

Eu tenho um amigo que mora no Rio há alguns anos e sempre me chamou pra ir visitá-lo lá. Eu nunca quis ir por medo. Olha que bobeira, como se São Paulo fosse muito diferente (e é - o Rio pareceu menos caótico!). O fato é que eu não podia estar mais enganada: não me senti ameaçada na capital carioca em nenhum momento! Pra me contrariar ainda mais, as pessoas foram extremamente gentis - eu como paulistana sou programada pra achar que cariocas são folgados, mas que grande mentira essa! 

O Rio me impressionou e eu adoraria voltar. 


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