Dublin não é pequena

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Pedalar por caminhos conhecidos é fácil, quero ver pedalar no desconhecido. Nessas horas, eu queria mesmo era um óculos tecnológico que me mostrasse o caminho tipo um gps na minha cara, porque não tá fácil parar de 5 em 5 minutos pra checar endereço.

Não, e não é só checar endereço não. É pedalar um tempão na rua errada e depois perceber que você tem que voltar, é ficar agoniada com o possível atraso pro compromisso. Mas pelo menos tô conhecendo altas regiões da cidade! Lembro quando cheguei em Dublin: era um tal de checar caminho de ônibus, já que fui pra vários cantos a procura de casa e passei por D4, D5, D3...

Na semana passada eu tinha que estar às 7h30pm em Rathfarnham pra uma entrevista. Nunca tinha ouvido falar no lugar mas aceitei porque preciso de emprego, né? Pesquisei no maps, que me deu um caminho meio difícil, mas eu fui.

O vermelho são as paradas, idas e vindas...

Não preciso mais de você

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Há duas semanas minha chefe veio conversar comigo pois ela teria férias e queria acertar as datas. No auge da minha inocência, achei que seriam assim umas 2 semanas em julho que eu deixaria de trabalhar - o que seria ruim pela grana, mas tudo bem, paciência. Só que não. Minha chefe não teria 2 semanas mas sim 2 MESES de férias e não precisaria de mim nesse período.

OI? DOIS MESES? MAS QUE PORRA É ESSA?

Tipo, como assim? Mas por que você tá me avisando com 15 dias de antecedência? Por que não me disse antes?

Ela simplesmente sabia que teria o verão todo de folga e não me avisou pra que eu pudesse tomar medidas (guardar dinheiro, procurar outro emprego...). Fiquei chateada, muito chateada.



Mudando de operadora - o retorno

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Quando cheguei na Irlanda comprei um chip da Vodafone, que é que me recomendaram. Que erro! A operadora é ótima, muito boa, mas não serve pra estudante pobre de poucos recursos financeiros como eu. Em poucos meses arrumei um jeito de fazer portabilidade pra uma mais barata, a Lyca. Fiz até post aqui no blog explicando como o processo acontecia.

Só que com o passar dos meses a Lyca deixou de ser vantajosa pra mim. É que antes, ao colocar 10 euros de crédito pelo site você ganhava mais 10 e recentemente essa promoção acabou. Colocou 10? Com sorte ganha uns 2 de bônus. Aí eu colocava 10 e queria comprar o plano de dados (também 10), e como manda mensagem e liga pras pessoas? Tinha sempre que colocar mais 5 aqui, 10 ali - no fim, gastava muito por mês.

Foi quando ainda antes de ir pro Brasil meu amigo Carlos me deu a dica de mudar pra Tesco Mobile. Fui dar uma olhada no site e o plano deles é assim: coloca 15 euros de crédito (de uma só vez) e ganha ligações ilimitadas pra Irlanda (fixo e celular), ligações e mensagens de graça pra outros Tesco Mobile, 250 mensagens de texto via web e ainda mantém os seus créditos de 15! Aí com essa grana você pode comprar plano de sms, plano de dados, enfim, escolhe o que é melhor pra você e ainda fica com uns troquinhos pra ligar a 1 centavo o minuto pro Brasil.

Opiniões de um irlandês sobre o Brasil - a última parte

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Esse é o último post da série "Opiniões de um irlandês sobre o Brasil" e eu queria muito deixar registrado o quão feliz fiquei com a participação do R. aqui no blog. Muita gente veio elogiar por mensagens através do facebook e pelos comentários aqui e eu mostrei tudo pra ele, que ficou muito contente também. R., muito obrigada!!! :)

O assunto que deixei pro final é das barreiras linguísticas. Eu não queria deixar de dar o meu pitaco, pois é um assunto que muito me interessa e intriga. Vamos lá!

Language barrier

I don’t speak Portuguese.  While I do have some comprehension from my time with Bárbara, my vocabulary is extremely limited.  While I know the most important words “gatinha, lindinha, bonita” these aren’t much help when you need to ask the front desk of a hotel how to make a call from your room.  I was surprised that the staff at the hotel I had chosen had little to no English – that was the case with at least the night time staff.  I’ve been spoiled by travelling in Europe where staff are multilingual almost everywhere.

Opiniões de um irlandês sobre o Brasil - parte III

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Este é o terceiro de quatro posts com as impressões do R. sobre o Brasil. Resolvi seguir uma lógica meio não-linear e deixei um último assunto para o final (a barreira linguística) - é um tópico que me interessa e que quero desenvolver melhor.

Bom, no primeiro post nós lemos a introdução e as opiniões do R. sobre a comida e o povo brasileiro. No segundo, sobre o transporte, segurança e paisagem e arquitetura. Neste terceiro, riqueza e pobreza, SP X Rio e outras observações gerais. Bóra!

Wealth and poverty

Like every country in the world, there is a gap between the rich and poor in Brazil.  I don’t think I can quantify the gap, but I can say that the amount of homeless people in São Paulo caught me by surprise.  I don’t know how much bigger of a problem homelessness is in Brazil compared with Ireland, but it certainly seemed a lot bigger.  However that could just be a consequence of the size of the city – it’s much bigger than Dublin and logically there will be many more homeless people.  Furthermore, the stories from Bárbara and her friends about the wealthy students they teach were hard to believe.  I think the middle class in Brazil is quite large, as it is in Ireland, but middle class in Brazil appears much more challenging than Ireland – in São Paulo at least.

Opiniões de um irlandês sobre o Brasil - parte II

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Ontem eu postei a primeira parte das impressões do R. sobre o Brasil. Hoje eu publico a segunda, que fala sobre transporte, segurança e paisagens. Resolvi adicionar também umas observações minhas ao final. E lembrando, primeiro o texto original em inglês e lá em baixo minha tradução beeeem livre - hahaha.

Transportation

Buses in Brazil are nothing like buses in Ireland – they have more in common with rollercoasters – that is when they’re not stranded in traffic.  While Bárbara had warned me about very long journey times, I was not prepared for the action-packed adventure of boarding a crowded bus in São Paulo.

The buses are old, driven very aggressively and the roads are hilly and bumpy.  The result of this combination?  They have virtually no suspension!  I nearly fell so many times while trying to reach a safe place to stand after boarding, because the buses bounce around and the driver’s swerve so quickly.  One day there was a particularly aggressive driver who was shouting at other road users and driving so dangerously I was amazed that we didn’t crash.  I think he was just having a very bad day.

Opiniões de um irlandês sobre o Brasil - parte I

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Como comentei por aqui, eu queria muito que o R. desse as opiniões dele sobre o Brasil aqui no blog. A princípio não achei que ele fosse querer, já que ele não gosta de redes sociais, de se expor na internet e tal, mas não é que ele gostou da ideia? Confesso que tô até com medo das pessoas pedirem pra ele ser o escritor oficial do Barbaridades, já que ele escreve muito muito bem! :)

Vou dividir o texto em algumas partes e vou sempre colocar o texto dele em inglês primeiro, seguido da minha tradução livre, assim, quem lê em inglês pode ter o gostinho da "obra original". Os posts não serão muito grandes porque levo muito tempo traduzindo tudo, então de pouquinho em pouquinho a gente vai postando.

Vamos lá! O que será que o meu irlandês achou do meu Brasil? Parte 1.

Nós dois em Copacabana <3


Irlandês diz...

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Esses dias eu tava pensando no quanto eu aprendi sobre o vocabulário britânico/irlandês nesse tempo morando na Irlanda. Apesar de ter estudado numa escola que utiliza material didático britânico, sempre houve variedade de sotaques/estilos por parte dos professores - e pra ajudar, eu sempre assisti muitos seriados e filmes americanos, o que contribuiu para a expansão do meu "inglês americano". Então ao invés de dizer "lorry", eu digo "truck" (caminhão), mas é tudo a mesma coisa, não importa.

Só que esses dias eu tava pensando que a particularidade do vocabulário irlandês merecia um espaço aqui no blog. Afinal de contas, a professora em mim não me dá descanso!

E essa palavra maravilhosa?

O banho

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Não sei se você sabia, mas criança aqui na Irlanda NÃO toma banho todo dia. Não precisa, né, gente? Pois é. Para nós, brasileiros, vindos de um país onde você toma fácil 2 ou 3 banhos no calor, se deparar com esse fato na Irlanda é um certo choque cultural. Pra mim, não tem desculpa. Não diga que é o frio, porque aqui tem aquecedor e água quente. Não diga que a pele é sensível, porque isso não existe. Criança pula, brinca, se suja, tem que tomar banho. Sem contar outros cantos do corpo - só um lencinho umedecido ao trocar a fralda não é sabão...

Bom, aí ao voltar das férias do Brasil percebi que o cabelo da C. (agora com 2 anos e 1 mês) tava bem oleoso. A mãe até comentou comigo que achava que a menina tava passando a mão suja no cabelo, mas pra mim, esse não é o único motivo. O verão chegou e a mãe delas continua vestindo-as com manga longa - elas suam, passam calor também, porra! Lógico que o cabelo da menina vai ficar oleoso.

A chefe emendou esse papo dizendo que tava sem tempo aquele resto de semana pra dar um banho na menina (acho que elas tomam banho 1 vez por semana apenas) e eu me ofereci pra dar banho nelas no período em que estou lá. Ela agradeceu e disse que seria ótimo se eu pudesse banhar a menina no dia seguinte, pois elas estariam fora de casa no fim de semana.

Uns dias no Uruguai - parte V

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Ahhhhhhhhh, esse é o último post sobre minha viagem ao Uruguai. Mas antes, um parênteses: eu esqueci comentar de um lugar onde paramos no 2º dia lá, a fonte dos cadeados em pleno centro da cidade!


Segundo o que encontrei no site da Jamile, o Viver Uruguai, "a fonte de pedra vulcânica foi importada do México e ficou sem utilidade durante um longo período. Os proprietários do Restaurante Facal - que fica em frente a fonte - decidiram utilizá-la e por uma questão de segurança colocaram essa grade de proteção em volta, logo começaram a aparecer os cadeados, a principio eles pensaram que eram de pessoas que deixavam as bicicletas presas aí e mandaram retirá-los. Com o tempo descobriram que eram os cadeados do amor em referência a tradição da Ponte Milvio em Roma".

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