Cinemas em Dublin

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Eu sempre gostei muito de ir ao cinema, mas confesso que em São Paulo me dava um certo desespero: fila pra comprar o ingresso, fila pra pipoca, fila pra entrar na sala. Se não fosse o Bourbon com o sistema de poder escolher assentos, eu acho que teria ido bem menos ao cinema do que eu costumava. 

A primeira vez que fui ao cinema aqui em Dublin fiquei chocada: não compramos ingressos com antecedência e foi super tranquilo. Aliás, chegamos coisa de 10 minutos antes do filme começar e entramos numa boa, pegamos bons lugares... Que libertador. No ano passado fui pouquíssimas vezes ao cinema, mas só nesse começo de 2014 devo ter ido mais vezes do que ano passado inteiro. 

É só entrar? Não tem fila????!!!!

Não acho muito barato aqui não - ao contrário, em comparação com outras atividades que faço em Dublin, ir ao cinema sai bem caro - não tem desconto de estudante e o ingresso gira em torno de 9, 10 euros. Pipoca, assim como Brasil, também é bem cara. 

Bom, já que fui a alguns cinemas diferentes na cidade, resolvi fazer umas observações báááásicas:

Cineworld
O cineworld fica bem no centro, na Parnell, e é um cinema enoooorme. São 3 andares e muitas salas, além de um bar, doceria, sorveteria, etc. Tem muita variedade de filmes e é bem confortável! Eles tem um lance de uma carteirinha que você paga 20 euros por mês e pode ir quantas vezes quiser ao cinema, além de ganhar 10% de desconto dos comes e bebes. Acho que pra quem mora perto de lá, é super vantagem, já que mais de 2 filmes por mês já paga a carteirinha. 



Savoy
O savoy é um cinema bonitão localizado no coração da cidade, na O'Connell Street. É lá que acontecem as grandes estréias e onde celebridades passam no tapete vermelho, caso seja um filme bem famoso e tal. Ele tem uma decoração mais clássica por dentro, mas nada de mais. Me lembrou muito o falecido Gemini, na Paulista. 



Lighthouse cinema
O Lighthouse está em Smithfield, num lugar meio escondidinho entre uns cafés e restaurantes. Ele é tipo moderninho, do tipo que a galera "alternativa" freqüenta. Foi uma ótima surpresa conhecer esse cinema e as salas (pelo menos a que eu fui) parecem ser enormes. 



Vue cinema
Essa rede seria o mais parecido com o que eu estava acostumada em São Paulo: dentro do shopping, bilheteria na frente e salas ao fundo, etc. Nada de mais, mas é bom porque já conseguimos pegar umas sessões nuns horários mais tarde, coisa que não conseguimos em outros cinemas.



Irish film institute - IFI
Ah, esse sim é totalmente ~alternativo~. Esse cinema fica dentro do instituto irlandês de cinema, no Temple Bar. Tem um café que parece ser bem gostoso (tava lotado) e as salas são pequenas e aconchegantes - me lembrou um cinema que eu ia na Pompéia, que tinha umas salinhas super gostosas. A seleção de filmes é mais diversificada, então é possível ver filmes que estão fora do grande circuito. 



É claro que ainda há outros cinemas na cidade, mas estes foram o que freqüentei até agora. Quem sabe até o fim do ano eu não conheça outros?

O ônibus-fantasma

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Desde quando vim pra Dublin observei que há muitos, muitos ônibus de turismo pela cidade. Tendo morado a vida toda em São Paulo, nunca tinha visto nada igual.

Além dos ônibus comuns de turismo, eu sempre via um tal de ghost bus e que parecia ser legalzinho, mas eu tava tão ocupada com tanta coisa que fui deixando pra depois. Até que um dia, há uns meses, R. viu uma promoção no groupon pra fazer o tour - que custa 28 - por 12 euros cada. Ótimo, né? Compramos os vouchers e ele ligou lá pra agendar o dia.

No sábado que iríamos fazer o tour, não deu certo: um dos ônibus da frota deles havia quebrado e não tinha nada que pudesse ser feito. Que pena! Tivemos que voltar pra casa e marcamos uma nova data.

O ônibus sai da O'Connell, em frente ao escritório do Dublin Bus. Há um ator que faz o tour todo - ele faz várias piadinhas sem graça e tal, mas muita coisa foi bem divertida. Não acho que seja um passeio pra ser levado muito a sério, é mais a diversão mesmo! O ônibus por dentro é todo decorado e escuro.

Instrução, modelos e repetição

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Eu sou professora de inglês desde os 17 anos de idade e já participei de inúmeros treinamentos. Sério, não consigo nem contabilizar porque foram muitos meeeesmo. E sobre todo tipo de assunto relacionado ao ensino de língua que você possa imaginar.

Quando eu trabalhava na Cultura sempre rolava treinamento e coaching (alguns professores eram "acompanhados" semanalmente por outro professor mais experiente ou do departamento acadêmico a fim de melhorar suas aulas e tal) e sempre rolava um papo que eu já tava cansada de ouvir: instrução, modelos e repetição. Eu não aguentava mais ouvir esses termos ou seus sinônimos, por mais que eu acreditasse neles - era bem aquela coisa "ahhh meu, já sei disso, já sei, não quero mais ouvir falar!!!".

Só que só agora, na pele de aluna (de básico 1 de alemão) eu vejo ali na minha frente o quão certeiro é esse tal "mantra".

Não me conformo

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Eu sei, vivo falando da fala das meninas de 3 e quase 2 anos que cuido. Mas é que elas não páram de me surpreender. A cada dia, a cada semana, eu vou vendo o quão fluída é a fala delas e o quão esperta elas são e fico me perguntando: como não vi isso acontecer?

Quando comecei a trabalhar lá, a mais velha, na época com pouco menos de 2 e meio, já falava tudo. A mais nova só tinha algumas palavrinhas e aos poucos foi adquirindo linguagem de uma maneira espantosa. Muito disso certamente deve-se ao fato de que ela tem a irmã pra usar de exemplo: a C. é um verdadeiro papagaio, copia TUDO que ouve ao seu redor. Aliás, tenho que tomar cuidado com o que falo porque ela repete tudo e acha a maior graça.

Não vou expô-las, mas acredite, elas são lindas!

A cor do meu batuque tem o toque tem o som da minha voz

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Se você leu o título desse post e completou com "Vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhante, vermelhão", cê tá ficando velho, hein? hahaha (e se você não entendeu porra nenhuma, clica aqui e aqui).

Brincadeirinha. É que eu enjoei do cabelo rosa - depois de quase um ano com ele assim, eu queria mudar mas não pra uma cor muito diferente, já que eu não queria ter que descolorir o cabelo de novo. O foda de descolorir é que o cabelo fica muuuuuito seco por algumas semanas. Haja cuidado e hidratação pra fazer o bichinho voltar a um estado aceitável!

Dentro dessa limitação que impus (a de não querer descolorir e ter que passar tinta por cima do rosa desbotado), não tinha muito como fugir do vermelho. Na verdade, eu gosto muito da cor e acho que combina com a cor da minha pele, já usei vermelho das pontas antes e gostei do resultado. 


turista X morador e um texto do Estadão

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Esses dias uma galera que mora aqui na Irlanda divulgou um artigo que saiu no Estadão sobre a Irlanda e a Irlanda do Norte. A autora do texto foi convidada pela British Airways e Tourism Ireland pra escrever a matéria.

Bom, aí que quando eu li o texto fiquei pensando em como a nossa percepção é diferente quando moramos num lugar e quando somos só turista. E comentei isso com Bia e Rick e eles também tinham vários pontos interessantes sobre o tal artigo. Aí resolvemos nós três escrever sobre o assunto.

A autora começa o texto citando a coisa dos clichês, que aqui na Irlanda, têm a ver com a bebida, com os ruivos, U2, etc. Menciona também nomes de grandes escritores irlandeses como Wilde, Shaw e Joyce; beleza, a introdução tá bacana e engraçadinha. Até o momento em que ela faz um parágrafo super "classe média sofre": "Você já foi mil vezes para Londres, conhece Paris de ponta-cabeça e pega o metrô em Berlim com mais tranquilidade do que em São Paulo, mas não conhece Dublin nem Belfast. Que tipo de globetrotter é você, afinal?". Ai gente, me poupe, quanta arrogância!

Edimburgo - parte V

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Caramba, como menos de 48h num lugar rendeu tanto assunto aqui no blog?

É que eu fiquei apaixonada por Edimburgo mesmo. Apesar de muitas coisas serem parecidas com Dublin (e não que isso seja ruim), a cidade tem características próprias, um lance bem legal no ar. Nos posts sobre a cidade contei sobre o Castelo, o tempo medieval, o cemitério, alguns personagens curiosos na história de lá, alguns museus e o Calton Hill, mas olha só, ainda faltou coisa. E vamos começar com coisa boa? Vamos começar falando de comida.

Eu adoro provar culinária de outros países, adoro. Já tinha ouvido falar do haggis e não havia me animado muito com a descrição do prato não - um bucho de carneiro recheado com vísceras, ligadas com farinha de aveia. O prato vem com turnips e potatoes e é...

Edimburgo - parte IV

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Continuando a minha série de posts sobre Edimburgo - eu esqueci completamente de mencionar o cemitério que visitamos no primeiro dia! Não que eu seja fã de cemitérios, porque não sou, mas o walking tour passa rapidamente por lá e tem bastante história macabra e curiosa sobre o local.



O Greyfriars é um cemitério que começou suas atividades em 1561 (não me conformo em ver essas datas e pensar que nessa época os Portugueses haviam chegado há pouco no Brasil) e tem várias histórias e mitos que o rondam. Uma delas é sobre o roupo de corpos no cemitério. É que os professores de medicina na época precisavam de corpos pras aulas mas cada aluno estudava somente um corpo por ano. Foi quando um dos professores, Robert Knox, resolveu contratar uns caras pra não só roubar corpos do cemitério como matar pessoas pra que ele tivesse "corpos frescos" para o estudo de anatomia.

O negócio era tão sério que quando alguém importante ou que tivesse grana morria, contratava-se um guarda pra ficar de olho no túmulo da pessoa, pra garantir que ninguém o roubasse. 

Edimburgo - parte III

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O segundo dia em Edimburgo começou cedo e corridinho - queríamos ter colocado os pés na rua mais cedo, mas estávamos tão cansados do dia anterior que não conseguimos sair antes das 9h. Mesmo assim, fizemos o check out, tomamos café num lugar ali perto (aliás, um deal ótimo de 5 libras com um lanchão, bebida e um pedaço de shortcake) e seguimos pra estação Waverley pra deixar as malas no lockers enquanto faríamos os passeios pela cidade.

Só que o locker de Edimburgo tá achando que é a última coca-cola do deserto. Cara, era um negócio tipo 9 libras por item. Aí não dá, sem condições! R. colocou a minha mochila (que tava bem vazia até, beijos) dentro da dele e levou ela na costas durante o dia.

Começamos direto no Castelo de Edimburgo.



Edimburgo - parte II

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Como eu tava comentando no post passado, teve muita informação interessante e curiosa no walking tour por Edimburgo. Uma das que mais me chamou a atenção foi a história da tal pedra do destino. Vou confessar que a guia explicou meio por cima e eu não entendi de onde veio a pedra, afinal. Aí pesquisando pra escrever esse post achei um texto bem bacana e fácil de entender - retirado do site "Hunky-Dory":

"Talvez a pedra mais famosa da Grã-Bretanha seja a Pedra do Destino, também conhecida por Pedra de Scone. A disputa dessa pedra tornou-se uma questão de honra para os escoceses, pois representa para eles um dos mais importantes símbolos de sua pátria. Conta-se que a Pedra serviu de travesseiro para Jacó, o rochedo onde repousou sua cabeça quando sonhou da escada que se erguia aos Céus. A lenda continua, afirmando que a Pedra foi levada para a Escócia por descendentes de Scota, filha do faraó do Egito, e instalada num local chamado Scone por um rei que uniu o reino dos escoceses com o de outro grupo autóctone, no séc. IX. No entanto, o arenito da Pedra do Destino é do tipo que se encontra na área de Perthshire, um condado a leste da Escócia. Por aproximadamente 400 anos, os reis dos escoceses eram coroados, sentados na Pedra do Destino. Com o passar dos anos, a realeza escocesa foi se enfraquecendo, e a inglesa se fortalecendo, a ponto dos reis ingleses encararem os escoceses como seus vassalos, inaceitável para os escoceses até os dias de hoje."

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