10 lugares pra (ainda) conhecer

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Apesar de ter conhecido muitas coisas em Dublin, arredores e Irlanda de uma maneira geral, ainda há muita coisa que eu gostaria de ver na Ilha Esmeralda. É que eu não me dou por satisfeita não - ainda guardo nomes de lugares que vi em algum lugar e achei interessante, salvo fotos no pinterest de cidades pelo país que eu quero ver de perto, enfim, não deixo o meu "sonho irlandês" morrer. 

Pro meu segundo ano de Irlanda ainda quero conhecer (em ordem aleatória):

1) A fábrica da Guinness

(conheci em julho de 2014 - leia o post "O ponto turístico mais visitado da Irlanda")

Pois é, eu sei. É meio bizarro morar aqui e ainda não ter ido lá, mas o fato é que eu não tenho o mínimo interesse por cerveja, muito menos pela Guiness (amarga, credo!). A única coisa que me faria pagar o preço caro da entrada é a vista que se tem lá de cima, no bar 360º:



Rapidinhas

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Sempre faço posts temáticos e dedico um texto a um assunto específico, mas como eu ando meio na correria e acabaram os meus posts-reserva (a lista de assuntos pra escrever tá grande, só falta a disposição pra sentar e escrevê-los), vou fazer um bate-e-volta aqui rapidinho:

- Essa semana e a próxima são semanas de férias para os estudantes aqui da Irlanda, afinal de contas, a Páscoa tá logo aí. Isso significa que a É., uma das meninas que eu cuido, não vai pra escola por essas duas intermináveis semanas. Só o primeiro dia já me deixou acabada, pois foi um tal de leva-aqui-leva-ali... Mas só levar elas no parque e tudo não é cansativo; o cansativo é ela não saber brincar sozinha e ficar me chamando O TEMPO TODO. Desculpa, mas que saco! Não consigo ir fazer um xixi que a menina vai atrás de mim perguntar o quê tô fazendo. Coragem pro resto da semana...


Os melhores cafés em Dublin

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Ahhhh, eu adoro comer! Mas isso eu já falei diversas vezes aqui no blog, tipo aqui ou aqui. Fiz até uma lista dos restaurantes que frequentei no meu primeiro ano de Irlanda.

Agora resolvi deixar registrado também os cafés dessa cidade por onde passei. Não que eu seja a maior fã de café - aliás, não sou! Já viu brasileira que não bebe café?

Pois é, eu gosto de ir em cafés pela atmosfera, pelo chocolate quente, pela comida gostosinha. O primeiro café que fui aqui na Irlanda foi o Costa - é uma rede grande no estilo Starbucks - você pede a bebida no balcão, paga e senta. O chocolate quente grande deles leva o conceito de grande ao pé da letra: a caneca é tão grandona que tem dois "handles" pra segurar com as duas mãos. É uma delícia!

E já que falei do Starbucks, vale fazer uma menção: não tem nada de muito especial, né? É igual ao do Brasil, nenhuma bebida particularmente maravilhosa mas também não é ruim.

De redes grandes também fui no Insomnia, que tem um chocolate quente muito gostoso e diferente de todos os que já tomei na vida - eles colocam chocolate derretido na bebida, então fica muito doce e muito bom. Também gosto muito do apple crumble, é crocantinho e delicioso.

O lado feio de Dublin

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Dublin, assim como qualquer outro lugar no mundo, não é perfeita. Disso eu sempre soube e pude comprovar aos poucos no meu primeiro ano morando aqui: apesar de agitada, limpa, literária, musical e rica culturalmente, Dublin tem áreas meio barra-pesada, muita gente folgada, transporte caro e não totalmente eficiente e muitos pedintes no centro.

Mas isso é só a ponta do iceberg - o motivo de tantos pedintes e de tanta gente sendo sustentada pelo governo que só vive de badernagem (os tais do knackers) existir vem láááá de trás. A cidade sempre teve pobreza (lembra nesse post que comentei que quando a rainha da Inglaterra veio pra cá e se hospedou no Dublin Castle mandaram construir muros pra esconder as favelas que podiam ser vistas do castelo?): foi a potato famine que matou milhões e deixou outros passando fome ou obrigando-os ir pra outros países a procura de uma vida melhor; foram famílias vivendo amontoadas em casas sem saneamento no começo do século XX... Dublin, apesar de não ter sofrido com os problemas que as Grandes Guerras trouxeram pra Europa de uma forma geral, também lidou com diversos tipos de adversidade ao longo de sua história.

Vergonha e orgulho

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Pode parecer bobagem, mas quando algum não-intercambista aqui pergunta com o quê eu trabalho, fico envergonhada de dizer que sou babá.

Nunca ninguém me distratou ou fez algum comentário que diminuísse esse fato, pelo contrário; sempre demonstram interesse e perguntam. Mas a verdade é que no fundo, no fundo, uma parte de mim se sente um pouco com vergonha de dizer se sou babá sim. Besteira, né? É um trabalho como qualquer outro. Um trabalho, aliás, que me permitiu viajar pra um monte de lugares na Irlanda e na Europa toda, que me permite pagar o aluguel, as contas, que dá conta da minha alimentação e de todos os meus passeios. Ora, no Brasil eu não conseguiria fazer nada disso com o meu salário de professora. 


Sempre sem dinheiro, mas pelo menos aqui, viajando.

Sehr interessant und lustig

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O povo adora falar que alemão é difícil, que isso é que aquilo, mas nunca ouvi ninguém focando nas coisas legais do idioma. Tipo, tudo na vida tem um lado bom e ruim, né? Eu sei que alemão é uma língua difícil pra caralho que pode apresentar dificuldades para quem se propõe a aprendê-la, mas eu vou vendo tudo de forma positiva. 

A começar por uma coisa não relacionada à língua em si, mas à atitude: eu não preciso aprender alemão. Não estou fazendo aula porque precisarei falar o idioma no emprego, não estudo porque vou precisar morar na Alemanha, nada disso. Estudo porque eu achei que seria legal e acrescentaria pro meu currículo pessoal. Só esse primeiro passo já tira um puta peso e pressão de mim. Eu lembro de alunos que claramente sofriam com pressões internas e externas de ter que aprender inglês o mais rápido possível ("teacher, em quanto tempo você acha que dá pra ser fluente?"). Isso acaba dificultando muito o aprendizado. 

Mas quem agüenta?

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Já fiz várias declarações de amor a Dublin e à Irlanda, mas ó, tem dia que é foda.

Mas vamos do começo: a primavera já chegou (e claro, escreverei com detalhes e postarei fotos). As árvores estão cada vez mais verdinhas, tá tudo florido e lindo e as temperaturas, subindo. Nas duas, três últimas semanas, já cheguei a ficar só de camiseta à tarde no parque alguns dias, sabe? Vai entardecendo e o friozinho bate, sim, mas de boa.

Ontem foi um dia excepcional. Tava 15 graus e fez muito calor! Fiquei de manga curta a tarde toda e só coloquei a blusa, que tava guardada há horas na bolsa, no final do dia ao voltar pra casa. Fiquei até desanimada pensando que esse ano seria quente de novo, mas Dublin e seu clima estão aí pra provar que não, que tudo pode mudar.

O blog

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Ter um blog é dos meus maiores orgulhos no sentido de projetos pessoais. Eu escrevo principalmente pra ter um registro mas fico feliz em saber que não somente amigos e familiares lêem o blog, como também desconhecidos que me acharam nesse mundão da internet. 

O mais legal é conhecer gente bacana através desse espaço (meus melhores amigos na Irlanda foram feitos por este e outros blogs) e poder compartilhar a minha experiência, seja ela boa ou ruim, por aqui. 

Até o momento foram 335 posts e quase 90 mil visualizações. Caramba! A média de visitas por dia é de 300 e pouco mas de uns tempos pra cá esse número aumentou bastante e já bateu quase 600 por dia. Aliás, outra coisa que achei esquisita/interessante foi o post sobre minha viagem de carro pela Irlanda, mais especificamente sobre o Blarney Castle, ter bombado de uma hora pra outra e entrado na lista dos mais lidos. 

Ter um blog é se surpreender com termos de busca do tipo "casas bonitas de gente famosa em sligo" ou "como ser prostituta em Dublin". Sim, bizarro é pouco!

E agora que renovei o visto na Irlanda fico pensando se ainda terei papo pra postar no ritmo quase diário que eu vinha fazendo desde que cheguei aqui. Ainda tenho alguns assuntos na lista "posts para escrever", mas eu queria jogar essa pergunta pra você leitor (anônimo ou não): que assunto você gostaria de ver aqui no blog? 

Assim eu mantenho o espírito de escritora e o blog vivos!

ps: Se essa não é a sua primeira vez aqui, deve ter reparado que o blog mudou. O banner quem fez foi a Mari Paint Art, indicação da minha amiga Jamile. O layout eu que modifiquei, com a ajuda do Pablo e do google. Ainda há algumas modificações que quero fazer, mas uma coisa de cada vez! :)

Chutei o balde e resolvi voltar a estudar italiano

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Um dia desses, não sei como, encontrei um site de um irlandês que se jogou no mundo e resolvi aprender diversos idiomas da maneira mais prática e um pouco auto-didata possível. Lembro que passei hooooras lendo os artigos dele no site (o cara escreve super bem) lendo a história dele com idiomas e as técnicas que ele usa pra aprender rápido. Ele cita em alguns posts vários sistemas que eu mesma utilizei quando estudava italiano sozinha: livros, sites, aplicativos, áudio-livros, etc.

Em termos de áudio-livros, gosto muito do Pimsleur mas ele é um pouco repetitivo e me cansa um pouco, pelo menos com o italiano, que é uma língua com sons muito fáceis de pronunciar - principalmente pra nós brasileiros. Acho que ele funciona mais pra quem tem dificuldade com pronúncia e memorização de frases prontas, tipo fazer pedido em restaurante, falar ao telefone, etc. 

Tem um outro método nesse estilo, que o Assimil,  um livro com diálogos em duas línguas - no caso o meu era em inglês e italiano. A ideia é que você aprenda a língua no contexto, como ela é realmente usada no dia-a-dia - há um cd com o áudio pra que você possa ouvir os diálogos e praticar. Acho um sistema bem legal, usei ele por um tempo, mas como o livro era meio pesadinho, não trouxe ele pra Irlanda. 


E o inglês, melhorou?

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Ninguém me fez a pergunta do título, mas esses dias conversando com o R., caímos nesse assunto. Depois de um ano morando fora, o meu inglês melhorou?

Não queria entrar no mérito do "morar fora". É que eu sempre fui do time (e prova viva) de que o tal do "morar fora" pode não fazer diferença nenhuma no inglês. Quantas pessoas eu conheci que moraram fora e voltaram com um bom nível de inglês? Poucas. Com quantos professores trabalhei cujo inglês era melhor do que o daqueles que nunca o haviam feito? Pouquíssimos. O fato é que eu tenho várias ideias sobre o assunto, mas o foco do post não é esse, porque eu ainda quero escrever, em detalhes, sobre a relação do morar fora com o inglês. 

O fato é que eu sempre tive esse crédito, essa carta na manga que fazia alunos ficarem curiosos- "teacher, você já morou fora"? E a resposta era negativa, e a surpresa era grande. Até brinquei com um amigo da Cultura que depois de vir pra Irlanda, toda vez que alguém perguntasse ou comentasse do meu inglês, ia dizer que eu era fluente porque morei aqui, o que não é verdade, já que eu falo inglês há muitos anos e nunca tinha saído do Brasil.

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