Oi, 2014!

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2013 terminou corrido e 2014 começou do mesmo jeito. Foram muitas novidades, muitas viagens, Natal e Ano Novo, tanta coisa que fiquei afastada do blog. Senti muita falta de escrever aqui todo dia e tô louca pra começar a organizar as fotos e as ideias pra deixar registrado as experiências sensacionais que vivi nas últimas semanas. 

Neste exato momento estou no aeroporto Schönefeld em Berlin esperando o check in do meu vôo pra Dublin. Cheguei cedo porque eu não queria arriscar chegar mais em cima da hora e as coisas darem errado. Hoje passei o dia num campo de concentração e minha cabeça tá fervilhando de perguntas e inquietações. 

Aliás, é assim que Berlin me deixou: inquieta. Aprendi tanto em tão pouco tempo que acho que meu cérebro não vai dar conta de guardar tudo! Quero ver filmes sobre a guerra e o muro, quero ler a respeito, quero discutir esses assuntos.

E Berlin também me deixou besta por outro motivo: TEM MUITO BRASILEIRO AQUI! Nunca ouvi tanto português desde que saí do Brasil (ter amigos brasileiros em Dublin não conta, tô falando de estranhos na rua). 

Mas eu não posso deixar de mencionar Praga, uma cidade linda que me encantou e deixou com gostinho de quero mais (mas não quero lembrar do climão no restaurante perto do relógio astronômico - essa história merece detalhes). E não posso deixar de falar sobre Viena, uma cidade que me deixou boquiaberta e completamente apaixonada, e que me fez até querer aprender alemão. Já to craque no "danke schön"!

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Já em Dublin, fui trabalhar de ônibus na segunda com medo da velocidade dos ventos por aqui e tive um bom dia, com exceção da notícia que recebi quando a chefe chegou: meu salário vai diminuir! Uma das meninas vai passar mais tempo na escola e logo, terei "menos trabalho". Fiquei chateada, mas eu sempre soube que a chefe é dinheirista e pão dura, mas bola pra frente, né? Eu tenho um emprego e é isso que importa!

2014 chega com muitas perguntas, dúvidas e expectativas - que serão devidamente abordadas ao longo das próximas semanas aqui no blog. O tempo resolve tudo! Pode chegar, 2014!

Retrospectiva do ano, e que ano!

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2013, que ano! Mal posso acreditar que já se foram 365 dias desde que escrevi a retrospectiva 2012 aqui

O ano teve altos e baixos, como todos os anos, mas muito mais altos. Foram tantas coisas novas, tantas descobertas e tantas boas experiências que vou ter que me esforçar muito pra 2014 conseguir ser melhor. 


Aproximadamente 24h em... Bratislava - parte II

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Ao fazer check-out do botel, nos informamos com a recepcionista qual seria o melhor ônibus pra chegar na estação de trem, já que precisaríamos deixar as mochilas lá. Ela não sabia mas rapidamente pesquisou e imprimiu o número dos ônibus e os horários também. A gente poderia pegá-lo próximo à ponte e assim fizemos. Embaixo da ponte tinha um mini-terminal onde compramos a passagem na maquininha e de acordo com o painel, o ônibus sairia da plataforma 5, mas cadê a plataforma 5? A gente não achava de jeito nenhum. Perguntamos pra uma mulher numa lojinha: "do you speak English?" (ela balançou a cabeça negativamente) "German?" (ela balançou a cabeça e aí sim olhou pra nós dizendo: "slovenski"). Entendemos a mensagem. Tentamos perguntar prum outro cara numa outra loja, que também não falava inglês, mas um cliente tentou ajudar com as poucas palavras que ele sabia e indicou o caminho: a plataforma 5 não ficava nesse mini-terminal e sim do outro lado da rua. Afff.

Lá fomos nós e em menos de 5 minutos o ônibus veio. Foram 3 paradas até a estação e de lá foi fácil achar o local onde guardar as malas - vale lembrar que até aqui ninguém sorriu pra nós, ninguém fez questão nenhuma de ser simpático.

Como a gente havia pego o ônibus numero 51 pra ir até a estação, acreditamos que pegar o 51 de volta nos levaria pro mesmo lugar onde pegamos o ônibus lá perto do hotel, sabe? Ledo engano. O ônibus fez o mesmo caminho até um certo ponto, onde virou a atravessou o rio. AI MEU DEUS. Bateu um desesperozinho, mas descemos no ponto final, em frente a um shopping centre e pegamos o mapa. Estávamos do outro lado do centro histórico, mas veja só, muito próximos de um dos lugares que queríamos visitar: a torre panorâmica UFO. No fim, o ônibus parecia que nos levaria pro lugar errado, mas o errado deu certo.


Aproximadamente 24h em... Bratislava - parte I

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Bratis... o quê? Onde fica isso? É na Europa?

Pois é, eu também não sabia direito. Bratislava é a capital da Eslováquia, que fazia parte da finada Tchecoslováquia (juntamente com a República Tcheca) e que ganhou independência pacífica em 1993. Vou ser sincera: nunca tive intenção nenhuma de conhecer Bratislava, nunca tinha ouvido falar de nada de Eslováquia, nada. Mas eu fui pra lá e vou contar a história:

Era uma vez um negócio chamado ICQ. Se você tem menos de 25 anos, talvez não se lembre ou não conheça. Ele veio antes do whatapp, antes do MSN messenger, antes de todas essas tralha aí. O ICQ era lindo e tocava um som engraçadinho quando a mensagem chegava.

Aí que eu sempre gostei da Austrália e de coalas. Vivia pesquisando coisas na internet e um belo dia, no auge dos meus 14 anos, procurei pessoas da Austrália no ICQ pra poder fazer amizade e praticar o inglês. Acabei conhecendo o Tom, que de australiano não tinha nada, mas isso a gente só descobriu depois de uns minutinhos teclando. Ele era da Áustria!

Depois de 9 meses você vê o resultado

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Eu tinha toda uma piadinha engraçada com a música do saudoso É o Tchan e os meus 9 meses de Irlanda, mas a Jamile falou primeiro. Além disso, uma recente notícia me abalou e quase esqueci que hoje celebrava mais um mês de Irlanda. Mas a vida continua, o blog me ajuda a desabafar, então eu vim escrever, nem que seja só um pouquinho.

Do meu oitavo mês pra cá, poucas coisas mudaram. Continuei na rotina do trabalho e entrei de férias semana passada, o frio se manteve (com a exceção de uma semana de muito calor em pleno dezembro), não visitei mais nada em Dublin. Em compensação, vi o show da nova turnê da Laura Pausini e conheci Roma e acabei de chegar de uma viagem pra Bratislava, na Eslováquia e Viena e Salzburgo, na Áustria - que foi maravilhosa! Comemorei meu primeiro aniversário longe de casa e comecei a contagem regressiva pra minha viagem de Ano Novo com a família.

No entanto, nem tudo foram flores. No último dia 18 recebi a notícia do falecimento de uma pessoa muito próxima, mas que por diversos percalços e desvios da vida, já não era tão mais próxima. Mas ele era meu pai, sempre foi e sempre vai ser. E foi ele que sempre me incentivou a falar inglês, a ler, a escrever (como ele gostava de escrever!). E isso não foi pouca herança não: grande parte do que sou e do que faço deve-se a isso. Foi e está sendo difícil lidar com essa perda tão longe da família, mas me conforta saber que não estou sozinha (R., não preciso nem falar, né?) e que logo minha mãe e irmão estarão aqui comigo.

No meu aniversário minha amiga enviou alguns vídeos com depoimentos de familiares e amigos desejando "parabéns". No depoimento do meu pai, ele diz que eu tava "saindo melhor que a encomenda" e que ele estava muito orgulhoso de mim. Isso me conforta também.

9 meses de Irlanda, muitas alegrias, algumas tristezas, mas a vida continua! Que venham os 10.

O inverno - parte I

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Oficialmente o inverno começou dia 1 de novembro, após o Halloween. Eu sei, não é a data que deveria começar, mas o calendário das estações aqui é diferente e o Rick explicou direitinho nesse post aqui.

Como vocês sabem, o verão aqui na Irlanda esse ano foi excepcional: temperaturas de 22, 24 graus por dias, semanas seguidas. Foram poucos dias de chuva e muito sol pra alegrar a vida desse povo que vive reclamando do miserable Irish weather. Eu passei calor e não via a hora disso acabar e o inverno chegar.

Chegou setembro, chegou outubro, nada do frio. Em novembro as temperaturas caíram bastante, mas mesmo assim, nada da chuva constante e do frio de doer os ossos que eu ouvia dizer. R. dizia "calma, ele tá vindo", mas já passamos da metade do mês de dezembro e semana passada mesmo teve dia de fazer 14 graus. 14 GRAUS E EU PASSEI CALOR.

Acho que esse ano tá sendo excepcional, de fato.

Vocabulário infantil, em inglês

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E venho aqui contar mais um episódio das menininhas que eu cuido aqui na Irlanda. Não é bem um episódio em específico, mas um apanhado do vocabulário especificamente infantil que elas usam.  Lembra, por exemplo, quando você era criança e falava "pepeta" ao invés de "chupeta"? Tipo isso.


O Vaticano e a saturação da arte

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Meu último dia em Roma foi dedicado a conhecer o menor país do mundo, tanto em população como em área: o Vaticano.

Eu não sou católica, mas ir à Roma e não visitar o Vaticano não dá, né? Ainda mais depois que o R. me disse que eu tinha que ir ver a riqueza e a arte do lugar. Sendo assim, saímos de casa umas 10 e pouco da manhã e pegamos o metrô.

Descendo na estação Otaviano você dá de cara com milhaaaares de guias tentando vender a visita guiada pro Vaticano. É que funciona assim: você pode simplesmente pagar 16 euros e visitar o Museu, a Capela Sistina e a Basília de São Pedro, mas em nenhum desses lugares há muita informação escrita, então sem visita guiada ou áudio-guia perde-se muito. R. já tinha feito a visita guiada e recomendou demais, disse que aprendeu muita coisa interessante, então tá: eu tava disposta a fazer a tal visita. Na minha cabecinha pobre de estudante, imaginei que a entrada fosse uns 10 e a visita + entrada uns 20. Coitada de mim. Um dos vendedores que nos ofereceu o tour deu o preço: 46 euros.

QUARENTA E SEIS EUROS? PUTA QUE PARIU!

Fui pra Roma por causa dela

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Eu não sou pessoa de show. Não gosto do vuco-vuco, da bagunça, de sair tarde do local e não ter como voltar pra casa usando transporte público, etc. Durante meus 26 (ou 27?) anos de vida, estive em pouquíssimos shows: Eliana, Titãs, Five, Madona, Agridoce, RPM, Kid abelha e Laura Pausini, claro.

Depois do perrengue que passei no show da Madona no Morumbi, prometi a mim mesma nunca mais ver show em estádio (mas nem se Michael Jackson estivesse vivo e viesse pra Dublin!). Sendo assim, só ia em show que fosse em local fechado e de preferência, com assentos. Pode chamar de fresca, mas só quem tem o meu tamanho sabe como é foda enxergar com gente na sua frente (porque qualquer um será mais alto). 

Tudo isso pra dizer que eu amo a Laura Pausini e já fui em 3 shows dela: 2009 , 2012 e 2013.

O segundo dia em Roma

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O segundo dia em Roma foi muito proveitoso, já que acordamos bem cedo pra dar tempo de ver tudo com calma, sem aquela correria louca que fizemos na viagem pra Paris. 

A primeira parada foi o Fórum Romanoprincipal centro comercial da Roma Imperial. Lá ocorriam cerimônias, eleições, discursos públicos, discussão de assuntos comerciais, etc, etc, etc, mas hoje são apenas ruínas e local de escavações. Como tudo em Roma, o Fórum é muito grande e impressionante! Eu imaginava umas ruínas no tamanho de uma praça, mas imagina, o negócio é gigante. Tem templos, igrejas, estátuas, muita coisa. Há algumas placas com informações mas acho que teria sido válido pegar um áudio-guia ou fazer uma visita guiada. De qualquer forma, valeu a pena ver toda aquela grandiosidade de perto. 



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