Atravessando a rua em frente ao Coliseu paramos pra ver mais algumas ruínas - uma antiga escola de gladiadores! A Ludus Magnus era localizada nesta área justamente pra tornar mais fácil a utilização dos gladiadores no Coliseu. Havia uma ligação entre estes dois edifícios - uma galeria subterrânea os interligava. Legal, né?
Ontem eu falei das minhas primeiras horas em Roma e a visita ao Coliseu. Ele é realmente impressionante e muito bonito, mas Roma ainda tinha muito mais coisas tão impressionantes quanto o anfiteatro pra nos mostrar.
Acordamos antes das 4 da manhã pra poder pegar o vôo às 6:35. Como ainda era madrugada, compensou ir de carro e deixá-lo num estacionamento próximo ao aeroporto: você deixa o carro lá é um ônibus leva as pessoas pro aeroporto. Pelo que lembro, são uns 6 euros a diária, o que valeu a pena pra nós, que dividimos o valor.
Check-in tranquilo, o vôo atrasou um pouco mas nem vi quando o avião decolou porque dormi logo e dormi o caminho todo. Acordei quando o comandante avisou que estávamos chegando em Roma e avistei o Coliseu de lá de cima. Surreal!
Ao chegar no aeroporto Ciampino tivemos que entrar num ônibus que nos levaria pro terminal correto. O bizarro é que esperamos uns 10 minutos pra todo mundo subir no ônibus pra ele andar praticante 10 segundos até o local. Sim, poderíamos todos ter andado, porque pegar o ônibus? Coisas de Itália.
Amanhã de manhãzinha eu tô embarcando pra Roma com o R.
E acho que não vou me acostumar com essa de "tô embarcando pro lugar X" porque olha... é emoção e felicidade demais! Primeiro que viajar é sempre bom e esse um dos motivos pelos quais vim aqui pra Irlanda, segundo porque o motivo dessa viagem é ver o show da minha cantora preferida e terceiro porque tudo isso vai acontecer na Itália! Itália, gente!
Eu adoro a Laura Pausini e fui nos dois últimos shows em São Paulo. Quando fiquei sabendo dessa turnê em comemoração aos 20 anos de carreira dela, enlouqueci. E enlouqueci mais ainda quando vi que o show cairia bem num domingo, dia em que eu poderia estar em Roma. Marquei a data que a venda começaria no celular e tentei comprar um bom lugar. Logo que comecei a trabalhar como childminder eu já sabia que teria que pedir a segunda-feira dia 9 off, afinal de contas, como voltar de um show que acaba lá pra meia-noite em Roma pra trabalhar às 9 da manhã em Dublin na segunda?
E acho que não vou me acostumar com essa de "tô embarcando pro lugar X" porque olha... é emoção e felicidade demais! Primeiro que viajar é sempre bom e esse um dos motivos pelos quais vim aqui pra Irlanda, segundo porque o motivo dessa viagem é ver o show da minha cantora preferida e terceiro porque tudo isso vai acontecer na Itália! Itália, gente!
Eu adoro a Laura Pausini e fui nos dois últimos shows em São Paulo. Quando fiquei sabendo dessa turnê em comemoração aos 20 anos de carreira dela, enlouqueci. E enlouqueci mais ainda quando vi que o show cairia bem num domingo, dia em que eu poderia estar em Roma. Marquei a data que a venda começaria no celular e tentei comprar um bom lugar. Logo que comecei a trabalhar como childminder eu já sabia que teria que pedir a segunda-feira dia 9 off, afinal de contas, como voltar de um show que acaba lá pra meia-noite em Roma pra trabalhar às 9 da manhã em Dublin na segunda?
Como eu sei que você gostam quando eu falo das menininhas que eu cuido, resolvi gravar mais um vídeo. O foda é que quando a É. fala as pérolas dela tô longe do celular e não dá pra pedir pra falar de novo, perde toda a espontaneidade, né? Esses dias resolvi fazer umas perguntas aleatórias pra ver se saía alguma coisa engraçada, e como sempre, saiu.
Antes, vou contextualizar: a É. vai fazer 3 anos em fevereiro é super tagarela - fala e canta o dia inteiro, pergunta o porquê das coisas e tem boa memória. Um exemplo: os pais dela tem amigos na Noruega e já levaram as meninas pra lá numa viagem. Pois até hoje ela fala da "Norway" (ainda que erre o tempo correto da viagem - às vezes diz que foi pra lá "ontem", às vezes "semana passada", às vezes "quando era bebê"), das coisas que fez lá e das pessoas que conheceu.
Eu tava com ela na sala e perguntei onde estava a mãe dela, a irmã e o pai. O pai das meninas é músico e está em turnê pela Europa e ela sabia até o lugar onde ele tava naquele dia! Na parte em que ela fala da irmã no vídeo dá pra observar um dos erros que citei nesse post aqui.
Antes, vou contextualizar: a É. vai fazer 3 anos em fevereiro é super tagarela - fala e canta o dia inteiro, pergunta o porquê das coisas e tem boa memória. Um exemplo: os pais dela tem amigos na Noruega e já levaram as meninas pra lá numa viagem. Pois até hoje ela fala da "Norway" (ainda que erre o tempo correto da viagem - às vezes diz que foi pra lá "ontem", às vezes "semana passada", às vezes "quando era bebê"), das coisas que fez lá e das pessoas que conheceu.
Eu tava com ela na sala e perguntei onde estava a mãe dela, a irmã e o pai. O pai das meninas é músico e está em turnê pela Europa e ela sabia até o lugar onde ele tava naquele dia! Na parte em que ela fala da irmã no vídeo dá pra observar um dos erros que citei nesse post aqui.
Ai gente, eu adoro uma meia-calça. Sempre gostei, mas comecei a dar mais atenção lá pelos idos de 2005, quando procurava meia-calça colorida por São Paulo e não achava em lugar nenhum. Aí chutei o balde, comprei uma branca mesmo, comprei pó e tingi a bichinha na panela com água quente.
Depois achei modelos coloridos na Renner (inclusive uma delas tenho até hoje - a cintura tá meio larga mas a meia tá novinha, sem desfiar nem nada) e com o advento do Mercado Livre e Ebay, só alegria. Sempre comprava com uma vendedora no ML que fazia promoções e frete grátis e tal.
Quando eu vim pra Irlanda, não trouxe muitas meias porque sabia que elas não seriam suficientes para o frio daqui - a maioria das minhas meias era fio 40 ou 60 (quanto maior o fio, mais grossa ela é). Além disso, várias amigas que já moravam na Irlanda me diziam pra eu não me preocupar, que tinha meia calça barata aqui. E até tinha, mas não na variedade de cores que eu esperava. Na Penneys, por exemplo, tem época que eles vendem cores diferentes (azul, vermelho, mas sempre em tons mais sóbrios). Já na loja American Apparel tem de tudo quanto é cor, mas os preços são altos.
Depois achei modelos coloridos na Renner (inclusive uma delas tenho até hoje - a cintura tá meio larga mas a meia tá novinha, sem desfiar nem nada) e com o advento do Mercado Livre e Ebay, só alegria. Sempre comprava com uma vendedora no ML que fazia promoções e frete grátis e tal.
Quando eu vim pra Irlanda, não trouxe muitas meias porque sabia que elas não seriam suficientes para o frio daqui - a maioria das minhas meias era fio 40 ou 60 (quanto maior o fio, mais grossa ela é). Além disso, várias amigas que já moravam na Irlanda me diziam pra eu não me preocupar, que tinha meia calça barata aqui. E até tinha, mas não na variedade de cores que eu esperava. Na Penneys, por exemplo, tem época que eles vendem cores diferentes (azul, vermelho, mas sempre em tons mais sóbrios). Já na loja American Apparel tem de tudo quanto é cor, mas os preços são altos.
Eu sou louca por aniversário. E num momento totalmente egocêntrico, não nego: ainda mais o meu. Gosto mesmo. Faço contagem regressiva, faço festa, faço coisas diferentes e invento moda. Inclusive falei do meu aniversário do ano passado aqui.
Deste modo, eu já imaginava que ia ser difícil passar meu aniversário longe dos amigos, da família, de casa. Desanimei, não queria fazer nada. Fazer coisas outdoors não dá porque "tá frio"; em pub eu não queria porque não curto muito... em casa? Mas minha casa é tão minúscula! Até que um dia desses, conversando com a Jamile sobre isso, ela acabou oferecendo a casa dela pra eu fazer minha festa. Fofa, né?
Não sou a pessoa mais popular aqui em Dublin, ou seja, tenho poucos, mas MUITO POUCOS amigos. Não sei o motivo, mas nunca me incomodou. Fiz a minha seleta listinha de convidados, comprei uns salgadinhos, batata frita e finger food e marquei a data.
A verdade é que eu já sabia quem realmente esperar pra "festa". A gente sempre fica um pouco chateado de ver aquele monte de comida sobrando porque as pessoas não foram, mas tudo bem - pelo menos tenho comida pra toda a minha vida em Dublin! hahahaha
Deste modo, eu já imaginava que ia ser difícil passar meu aniversário longe dos amigos, da família, de casa. Desanimei, não queria fazer nada. Fazer coisas outdoors não dá porque "tá frio"; em pub eu não queria porque não curto muito... em casa? Mas minha casa é tão minúscula! Até que um dia desses, conversando com a Jamile sobre isso, ela acabou oferecendo a casa dela pra eu fazer minha festa. Fofa, né?
Não sou a pessoa mais popular aqui em Dublin, ou seja, tenho poucos, mas MUITO POUCOS amigos. Não sei o motivo, mas nunca me incomodou. Fiz a minha seleta listinha de convidados, comprei uns salgadinhos, batata frita e finger food e marquei a data.
A verdade é que eu já sabia quem realmente esperar pra "festa". A gente sempre fica um pouco chateado de ver aquele monte de comida sobrando porque as pessoas não foram, mas tudo bem - pelo menos tenho comida pra toda a minha vida em Dublin! hahahaha
Sim, eu já falei que adoro cuidar da É. e da C., que elas são fofinhas e mordíveis e tal tal tal. O que eu nunca contei é que a parte preferida de conviver com elas é ver as bichinhas falando inglês. A É. já me surpreendeu de cara, pois eu jamais imaginei que uma criança de 2 anos e meio pudesse ser tão falante e tão eloqüente. A C. tinha poucas palavrinhas mas em 3 meses consegui ver uma evolução absurda: hoje, além de ter vááárias palavras e inclusive juntar 2 ou mais palavras (more juice ou look at this), entende tudo, tudo. Se eu fizer perguntas fechadas (você quer o x ou o y? quer colocar ou tirar a blusa?) ela sempre entende e responde.
Mas elas são crianças e por serem crianças, comentem erros de gramática. O interessante, nesse caso, é que venho observando que os erros que a É. comente são erros que os meus alunos brasileiros cometiam. Se há alguma relação ou motivo pra esses erros acontecerem tanto com uma criança nativa no idioma como para alguém que está aprendendo o inglês como segunda língua já adolescente ou adulto não sei, mas o assunto me intriga bastante.
Por outro lado, ela utiliza palavras e pequenas construções que costumam ser ensinadas em níveis um pouco mais avançados no estudo de línguas; É. também faz uso de coisas que meus alunos viviam esquecendo ou ignorando.
Tomei nota de três erros constantes que ela comente, assim como três coisas positivas.
Mas elas são crianças e por serem crianças, comentem erros de gramática. O interessante, nesse caso, é que venho observando que os erros que a É. comente são erros que os meus alunos brasileiros cometiam. Se há alguma relação ou motivo pra esses erros acontecerem tanto com uma criança nativa no idioma como para alguém que está aprendendo o inglês como segunda língua já adolescente ou adulto não sei, mas o assunto me intriga bastante.
Por outro lado, ela utiliza palavras e pequenas construções que costumam ser ensinadas em níveis um pouco mais avançados no estudo de línguas; É. também faz uso de coisas que meus alunos viviam esquecendo ou ignorando.
Tomei nota de três erros constantes que ela comente, assim como três coisas positivas.
Pois é... há pouco mais de 3 meses eu comecei a trabalhar pra família M. todos os dias, das 9h às 17h.
Honestamente, não achei que eu fosse gostar tanto. Eu tava fugindo disso como diabo foge da cruz, já que criança nunca foi o meu forte, e não é que me surpreendi? As meninas são umas fofinhas e a cada dia que passa, gosto mais delas. Genuinamente tenho momentos de diversão e a hora até que passa bem rápido com elas.
A rotina está bem estabelecida e elas comem direitinho, dormem um pouco à tarde, brincam de tudo - são raros os momentos de estresse. Esses dias a É. soltou do carrinho e foi andando em direção à rua quando vinha um caminhão (que buzinou, claro), mas eu segurei no braço dela bem antes da bichinha chegar perto da rua. Dei a maior bronca, disse que ela não podia sair assim correndo e por dentro eu tava era desesperada - já pensou se essa menina me corre pra rua em direção ao caminhão e um acidente acontece? Ela só olhou pra mim com os olhos arregalados e disse "yes" quando eu pedi pra ela confirmar que tinha entendido o perigo da situação.
Mas isso, como eu disse, é raro.
Honestamente, não achei que eu fosse gostar tanto. Eu tava fugindo disso como diabo foge da cruz, já que criança nunca foi o meu forte, e não é que me surpreendi? As meninas são umas fofinhas e a cada dia que passa, gosto mais delas. Genuinamente tenho momentos de diversão e a hora até que passa bem rápido com elas.
No parquinho, fim do verão... |
A rotina está bem estabelecida e elas comem direitinho, dormem um pouco à tarde, brincam de tudo - são raros os momentos de estresse. Esses dias a É. soltou do carrinho e foi andando em direção à rua quando vinha um caminhão (que buzinou, claro), mas eu segurei no braço dela bem antes da bichinha chegar perto da rua. Dei a maior bronca, disse que ela não podia sair assim correndo e por dentro eu tava era desesperada - já pensou se essa menina me corre pra rua em direção ao caminhão e um acidente acontece? Ela só olhou pra mim com os olhos arregalados e disse "yes" quando eu pedi pra ela confirmar que tinha entendido o perigo da situação.
Mas isso, como eu disse, é raro.
Andar de bicicleta não é só flores como comentei nesse post aqui. Tem que ter habilidade, tem que ter disposição, já diria o poeta do funk carioca.
A verdade é que muitos imprevistos podem acontecer. Você pode atropelar pedestres, ser atropleado por outras bicicletas ou carros, ter sua corrente solta sem mais nem menos, entre outras coisas. Eu sou bem cuidadosa mas percebi que depois de dois meses andando de bike todo dia, me tornei mais reckless em algumas situações e trechos do caminho - o vão entre carro e calçada que antes eu julgava ser estreito já não parece tão estreito assim, ultrapassar carros parados no trânsito não parece tão perigoso assim, etc. No entanto, eu paro e desço da bicicleta em dois momentos distintos e específicos do caminho casa-trabalho por não me julgar malandra o suficiente pra atravessar o cruzamento no meio de tudo - nisso, sou medrosa mesmo. Enfim, aqui vão algumas considerações:
A verdade é que muitos imprevistos podem acontecer. Você pode atropelar pedestres, ser atropleado por outras bicicletas ou carros, ter sua corrente solta sem mais nem menos, entre outras coisas. Eu sou bem cuidadosa mas percebi que depois de dois meses andando de bike todo dia, me tornei mais reckless em algumas situações e trechos do caminho - o vão entre carro e calçada que antes eu julgava ser estreito já não parece tão estreito assim, ultrapassar carros parados no trânsito não parece tão perigoso assim, etc. No entanto, eu paro e desço da bicicleta em dois momentos distintos e específicos do caminho casa-trabalho por não me julgar malandra o suficiente pra atravessar o cruzamento no meio de tudo - nisso, sou medrosa mesmo. Enfim, aqui vão algumas considerações:
Eu preciso começar esse post dizendo que eu adoro comer. Sempre comi de tudo: fruta, salada, peixe, frango, massa, doce, enfim, de tudo. Aprecio comida italiana, japonesa, chinesa, indiana (essa eu não aprecio não, amo!), tailandesa, etc etc.
Comentei num post há meses que os brasileiros aqui vivem num mundinho brasileiro. Desculpa, mas é verdade. Vai na loja brasileira, come carne brasileira, arroz e feijão, bolacha passatempo, etc etc. Não tô julgando: cada um faz o que é melhor pra si e tem gente que não come qualquer tipo de comida, leva tempo pra se adaptar, etc. Normal.
Eu, particularmente, adoro comida e doces brasileiros: carne de panela com batata, arroz de forno, pizza paulistana, doce de leite, beijinho, pudim de leite e a lista vai embora. Massss, eu não comia essas coisas todo dia - justamente por isso não entendo o povo morrendo de saudade de feijoada, uma comida que eu comia, sei lá, uma ou duas vezes por ano.