De vez em quando eu assistia Supernanny no Discovery Home and Health. Apesar de não ser fã de crianças, gostava de ver as soluções que a nanny encontrava e também de julgar os pais pensando "Bem feito! A culpa é sua". Sei que julgar é feio, mas eu fazia isso, vou mentir pra quem?
Agora, trabalhando de babá, posso colocar em prática algumas coisas que vi no programa. Não que eu goste, porque me irrita e afeta muito.
Outro dia voltando de um playdate na casa da Nivea, É., a mais velha das meninas que cuido (2 anos e meio), sentou na calçada e não queria mais andar. Mas ela não queria mesmo. Tentei conversar, tentei negociar em troca de água e comida, nada funcionou. Juro, tentei respeitar o espaço e vontade dela, mas depois de muito tentar e nada, perdi a paciência: segurei ela pelo braço e disse "cê vem comigo agora!". Ela começou a chorar pedindo pelo pai e jogou o corpo pra trás, sabe? Agora imagina que eu tava empurrando o carrinho da mais nova, que começou a chorar também! Pensei comigo: não vou deixar uma criança tão pequena me tirar do sério assim - quem manda aqui sou eu, eu sou a adulta!