Quem manda aqui sou eu!

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De vez em quando eu assistia Supernanny no Discovery Home and Health. Apesar de não ser fã de crianças, gostava de ver as soluções que a nanny encontrava e também de julgar os pais pensando "Bem feito! A culpa é sua". Sei que julgar é feio, mas eu fazia isso, vou mentir pra quem?

Agora, trabalhando de babá, posso colocar em prática algumas coisas que vi no programa. Não que eu goste, porque me irrita e afeta muito. 

Outro dia voltando de um playdate na casa da Nivea, É., a mais velha das meninas que cuido (2 anos e meio), sentou na calçada e não queria mais andar. Mas ela não queria mesmo. Tentei conversar, tentei negociar em troca de água e comida, nada funcionou. Juro, tentei respeitar o espaço e vontade dela, mas depois de muito tentar e nada, perdi a paciência: segurei ela pelo braço e disse "cê vem comigo agora!". Ela começou a chorar pedindo pelo pai e jogou o corpo pra trás, sabe? Agora imagina que eu tava empurrando o carrinho da mais nova, que começou a chorar também! Pensei comigo: não vou deixar uma criança tão pequena me tirar do sério assim - quem manda aqui sou eu, eu sou a adulta!


Kylemore Abbey e Connemara

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No mesmo final de semana que fui pra Galway também visitei o Parque Nacional de Connemara e a Kylemore Abbey. Mas vamos por partes.

Saímos de Galway já meio tarde e em uma hora e meia avistamos a Kylemore. É um negócio meio surreal, porque é uma construção linda - parece um castelo no topo da montanha! Há um estacionamento e toda a infra-estrutura para visitantes: loja, restaurante, etc. 



Opa, te conheço?!

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Dublin é a maior cidade da Irlanda, com pouco mais de um milhão de habitantes. Parece pouco, mas pra padrões irlandeses, é muito. Pense que 1/3 da população do país está aqui. 

Agora, qual é a probabilidade de você encontrar pessoas conhecidas entre um milhão de pessoas? 

Já aconteceu comigo diversas vezes. 

Acho até meio bizarro porque eu nunca encontrei tanta gente conhecida assim na minha vida inteira. No meu segundo mês aqui, por exemplo,  encontrei duas pessoas: a K., quando fui comprar a calça preta pro meu teste no primeiro emprego aqui, e a Laila, no shopping Dundrum. 


+ Galway

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Nas primeiras horas em que estive em Galway, conheci a praia de Salthill, que fica muito próxima ao centro. Não tinha areia, mas o local é bem agradável e tinha muita gente caminhando e andando de bicicleta no calçadão. Além disso, na área tem vários restaurantes e comércio bem ativo, além de um cassino e um fliperama - na verdade, aqueles lugares que tem todo o tipo de jogo e máquina (lembra daquelas que você coloca a moeda e tenta pegar o ursinho?!) e eu e o R. nos divertimos muito jogando air hockey e sendo clichês e tirando fotos naquelas cabines.


salthill




A cidade das tribos

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A primeira vez que ouvi falar de Galway foi quando vi o Gerard Butler cantando "Galway girl" no filme "PS I love you". Já me apaixonei ali, né? (R., não fica bravo - o Gerard Butler tem sotaque chinfrim, o seu é de verdade!)

O nome da cidade vem do irlandês Gaillimh, mas é tudo meio incerto. Uma teoria sugere que Galway foi nomeada por causa de um rio de mesmo nome (hoje chamado Corrib), das palavras gall e amh, que significam "rio com pedras". Há uma lenda que diz que a cidade na verdade tem esse nome por causa da filha do rei Breasal, que morreu afogada nesse mesmo rio.

Galway fica do outro lado da ilha, na costa oeste, e é a segunda maior cidade da Irlanda. É conhecida como a "cidade das tribos", por causa das famílias de comerciantes que dominavam a região nos séculos 15 à 17. Embora as famílias fossem de origem inglesa ou galesa (no total eram 14, sendo que duas eram irlandesas mesmo), eles logo se adaptaram ao way of life gaélico da região e incorporaram costumes e modos locais rapidamente. Essas famílias foram responsáveis pelo desenvolvimento da área e eram envolvidos em diversos aspectos sociais, religiosos e administrativos de Galway, além de terem construído diversos prédios e casas. Dois desses prédios ainda existem, sendo que um deles, o Lynch's Castle, pertence hoje ao banco AIB:


Outono é sempre igual, as folhas caem no quintal

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Ah, o outono! 

O outono sempre foi minha estação preferida - juntamente com o inverno. Que delicia poder usar uma blusa de frio, um cachecol de vez em quando, uma bota bonita! Que delicia poder andar e não suar, passar maquiagem e ela não derreter!

No Brasil a diferença entre as estações não é assim tão clara - pelo menos em SP, claro que o outono é mais frio que a primavera, mas a gente não vê folhas caindo e a paisagem amarelada como nos filmes, né?

Esse era um dos aspectos que mais me animava de vir morar na Irlanda: estações definidas. Aí cheguei dia 20 de março e tava sensação térmica de -3, nevando, com árvores todas secas. ARE U KIDDING ME?



Pedalando

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Tenho andado de bicicleta nas duas últimas semanas e já deu pra pegar um pouquinho da ginga pelas ruas da cidade. 

Da minha casa até o trabalho tem ciclovia 90% do caminho, o que é ótimo por me dar maior segurança de poder ir no meu ritmo sem medo de ter algum ônibus gigante atrás de mim. Sim, eu acabo cruzando diversos cruzamentos (não diga?!) e no começo me deu um pouco de medo porque tem que prestar atenção se o carro ao seu lado vai virar à esquerda e se os carros na direção contrária vão virar à direita. Depois dos primeiros dias eu acabei acostumando, mas às vezes, na avenida próxima de onde trabalho, eu desço da bicicleta e atravesso andando. 

Já pedalei no sol, no calor, na garoa, na chuva e no vento. 

Chega de ônibus!

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Aqui em Dublin tem várias formas diferentes de transporte: o ônibus, o luas, o trem, a bicicleta, o carro e os pés, cada um com suas vantagens e desvantagens. 

Já peguei bastante luas e dart e principalmente ônibus. São serviços bons, que funcionam, mas que tem um custo muito alto. O ônibus da minha casa para o centro, por exemplo, é 2,15! Existem os cartões que te ajudam a economizar, claro: pra mim, que pego 4 ônibus por dia (2 pra ir 2 e 2 pra voltar) pra ir pro trabalho, comprar o cartão semanal de 18,50 tava compensando muito. 

Só que além de gastar, eu comecei a  ficar incomodada com outra coisa: os ônibus cheios de manhã. Sim, aqui também tem ônibus cheio - com a diferença de que se ele está cheio, o motorista não deixa ninguém subir. Eu acho justo, até porque não era muito fã do modelo brasileiro do motorista ficar minutos parado esperando o povo se espremer ou ouvir o clássico "dá um passinho pra trás" na lotação. Só que todos os ônibus que eu poderia pegar passavam cheios e às vezes eu tinha que esperar uns 4 ônibus pra poder conseguir entrar. 

Desculpa, mas já peguei ônibus cheio demais na vida, não mereço mais. 

Aí pensei: quer saber? Esquece essa droga de ônibus. Vou andar de bicicleta!


Nas madeiras

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No final de semana retrasado fui mais uma vez pra Cork com o R. Fizemos o que tínhamos pra fazer, vimos quem tínhamos que ver, e antes de voltar pra Dublin, R. sugeriu de irmos num lugar ali perto. Eram as Farran Woods - ele me disse que sempre tinha excursão da escola pra lá quando ele era pequeno e que tinha boas lembranças da época. 

Ao chegar no parque, paramos o carro na entrada e seguimos a pé. Tem um quadro com algumas informações sobre o local, além de um mapa e sanitários próximos também. 




Secando as roupas - a missão

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Desde que cheguei em Dublin, sequei minha roupa no varal na maioria das vezes. É que dei aquela sorte de pegar o melhor verão em anos daqui e ao colocar a roupa lá fora, ela secava em poucas horas.

Mudei de casa e continuei no meu esquema de pendurar a roupa no varal lá fora. Sim, já dei azar de sair de casa e chover e ter que pendurar a roupa na janela e porta do guarda-roupa no quarto pra elas poderem secar depois, mas nada incômodo, sabe?

No entanto, agora fico fora de casa grande parte do dia devido ao trabalho. O outono chegou e vez ou outra cai uma chuvinha inesperada, me impedindo de colocar roupa pra secar lá fora. Resolvi então fazer o que todo mundo nesse pais faz: secar a roupa num varal portátil dentro de casa. 


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