A cidade das tribos

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A primeira vez que ouvi falar de Galway foi quando vi o Gerard Butler cantando "Galway girl" no filme "PS I love you". Já me apaixonei ali, né? (R., não fica bravo - o Gerard Butler tem sotaque chinfrim, o seu é de verdade!)

O nome da cidade vem do irlandês Gaillimh, mas é tudo meio incerto. Uma teoria sugere que Galway foi nomeada por causa de um rio de mesmo nome (hoje chamado Corrib), das palavras gall e amh, que significam "rio com pedras". Há uma lenda que diz que a cidade na verdade tem esse nome por causa da filha do rei Breasal, que morreu afogada nesse mesmo rio.

Galway fica do outro lado da ilha, na costa oeste, e é a segunda maior cidade da Irlanda. É conhecida como a "cidade das tribos", por causa das famílias de comerciantes que dominavam a região nos séculos 15 à 17. Embora as famílias fossem de origem inglesa ou galesa (no total eram 14, sendo que duas eram irlandesas mesmo), eles logo se adaptaram ao way of life gaélico da região e incorporaram costumes e modos locais rapidamente. Essas famílias foram responsáveis pelo desenvolvimento da área e eram envolvidos em diversos aspectos sociais, religiosos e administrativos de Galway, além de terem construído diversos prédios e casas. Dois desses prédios ainda existem, sendo que um deles, o Lynch's Castle, pertence hoje ao banco AIB:


Outono é sempre igual, as folhas caem no quintal

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Ah, o outono! 

O outono sempre foi minha estação preferida - juntamente com o inverno. Que delicia poder usar uma blusa de frio, um cachecol de vez em quando, uma bota bonita! Que delicia poder andar e não suar, passar maquiagem e ela não derreter!

No Brasil a diferença entre as estações não é assim tão clara - pelo menos em SP, claro que o outono é mais frio que a primavera, mas a gente não vê folhas caindo e a paisagem amarelada como nos filmes, né?

Esse era um dos aspectos que mais me animava de vir morar na Irlanda: estações definidas. Aí cheguei dia 20 de março e tava sensação térmica de -3, nevando, com árvores todas secas. ARE U KIDDING ME?



Pedalando

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Tenho andado de bicicleta nas duas últimas semanas e já deu pra pegar um pouquinho da ginga pelas ruas da cidade. 

Da minha casa até o trabalho tem ciclovia 90% do caminho, o que é ótimo por me dar maior segurança de poder ir no meu ritmo sem medo de ter algum ônibus gigante atrás de mim. Sim, eu acabo cruzando diversos cruzamentos (não diga?!) e no começo me deu um pouco de medo porque tem que prestar atenção se o carro ao seu lado vai virar à esquerda e se os carros na direção contrária vão virar à direita. Depois dos primeiros dias eu acabei acostumando, mas às vezes, na avenida próxima de onde trabalho, eu desço da bicicleta e atravesso andando. 

Já pedalei no sol, no calor, na garoa, na chuva e no vento. 

Chega de ônibus!

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Aqui em Dublin tem várias formas diferentes de transporte: o ônibus, o luas, o trem, a bicicleta, o carro e os pés, cada um com suas vantagens e desvantagens. 

Já peguei bastante luas e dart e principalmente ônibus. São serviços bons, que funcionam, mas que tem um custo muito alto. O ônibus da minha casa para o centro, por exemplo, é 2,15! Existem os cartões que te ajudam a economizar, claro: pra mim, que pego 4 ônibus por dia (2 pra ir 2 e 2 pra voltar) pra ir pro trabalho, comprar o cartão semanal de 18,50 tava compensando muito. 

Só que além de gastar, eu comecei a  ficar incomodada com outra coisa: os ônibus cheios de manhã. Sim, aqui também tem ônibus cheio - com a diferença de que se ele está cheio, o motorista não deixa ninguém subir. Eu acho justo, até porque não era muito fã do modelo brasileiro do motorista ficar minutos parado esperando o povo se espremer ou ouvir o clássico "dá um passinho pra trás" na lotação. Só que todos os ônibus que eu poderia pegar passavam cheios e às vezes eu tinha que esperar uns 4 ônibus pra poder conseguir entrar. 

Desculpa, mas já peguei ônibus cheio demais na vida, não mereço mais. 

Aí pensei: quer saber? Esquece essa droga de ônibus. Vou andar de bicicleta!


Nas madeiras

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No final de semana retrasado fui mais uma vez pra Cork com o R. Fizemos o que tínhamos pra fazer, vimos quem tínhamos que ver, e antes de voltar pra Dublin, R. sugeriu de irmos num lugar ali perto. Eram as Farran Woods - ele me disse que sempre tinha excursão da escola pra lá quando ele era pequeno e que tinha boas lembranças da época. 

Ao chegar no parque, paramos o carro na entrada e seguimos a pé. Tem um quadro com algumas informações sobre o local, além de um mapa e sanitários próximos também. 




Secando as roupas - a missão

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Desde que cheguei em Dublin, sequei minha roupa no varal na maioria das vezes. É que dei aquela sorte de pegar o melhor verão em anos daqui e ao colocar a roupa lá fora, ela secava em poucas horas.

Mudei de casa e continuei no meu esquema de pendurar a roupa no varal lá fora. Sim, já dei azar de sair de casa e chover e ter que pendurar a roupa na janela e porta do guarda-roupa no quarto pra elas poderem secar depois, mas nada incômodo, sabe?

No entanto, agora fico fora de casa grande parte do dia devido ao trabalho. O outono chegou e vez ou outra cai uma chuvinha inesperada, me impedindo de colocar roupa pra secar lá fora. Resolvi então fazer o que todo mundo nesse pais faz: secar a roupa num varal portátil dentro de casa. 


Repeteco: castelos e portos

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Seguindo o plano de gravação do programa "O mundo segundo os brasileiros" paramos em Malahide pra falar um pouco do castelo, dos fantasmas que o assombram e de quem ali viveu.  Eu já tinha ido pra lá num lindo dia de sol e tinha gostado muito dos jardins e do castelo em si, então me senti um pouco mais "em casa".

A gente chegou super em cima da hora de fechar, mas conseguimos pegar o último tour. Nessa parte eu não precisei fazer nada pois eles tavam pegando imagens do castelo e da guia explicando os cômodos. 

Depois disso nos deixaram sozinhos lá dentro por uns 10 minutos pra gente gravar as partes que eu ia falar. Sozinhos no castelo, cara! O triste é que, apesar deu ter lido bastante a respeito do castelo e já ter feito o tour, não consegui desenvolver muita coisa em frente às câmeras. Edição, salva eu!

O staff todo foi extremamente simpático e prestativo, uns fofos. Ainda ofereceram da gente conhecer uns jardins por ali, mas só passamos rapidinho pra correr pro ultimo destino: Howth

Newgrange

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Como citei no post anterior, participei de uma gravação para um programa de TV sobre brasileiros na Irlanda. Acabei seguindo o roteiro proposto, que incluía um dos pontos turísticos mais famosos do país: Newgrange

Eu já tinha lido sobre Newgrange mas coloquei ele em algum lugar da cabeça que não tava muito acessível, tipo esqueci completamente. Se eu soubesse que esse lugar era assim espetacular, eu teria ido antes, muito antes. 

Você na verdade vai até o Visitor Centre. Lá você compra as entradas e pode ver algumas fotos e ler informações sobre o local - tem lanchonete com comida gostosa e banheiros, mesas pra sentar e tal. 

Quando você compra o ingresso eles informam a hora que o seu ônibus vai pra Newgrange - é que como o lugar é bem protegido, simplesmente não dá pra pegar seu carro e ir, sabe? Só com os ônibus do tour. Em 5 minutos eles te deixam "na porta" praticamente. 

Eu na TV, de novo e pra valer

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Num belo sábado de preguiça, já no final da tarde, recebo uma ligação da Tarsila. Ela dizia que tinha uma proposta pra me fazer. 

Por estar doente, Tarsila não poderia participar da gravação de um programa chamado "O mundo segundo os brasileiros" que passa na Band e também é colocado no YouTube. Ela estava me convidando pra participar no lugar dela. 

Fiquei meio sem reação mas topei. Logo em seguida a produtora do programa me ligou para combinarmos o que seria feito no dia seguinte - o roteiro na verdade já havia sido discutido com a Tarsila. O plano era sair de Dublin e ir pra Newgrange, Howth e Malahide

Agora, mais coisas de inglês irlandês

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Já fiz dois posts falando sobre o sotaque irlandês e até algumas expressões utilizadas pelo pessoal aqui. No primeiro post, que publiquei em Maio, foquei em alguns sons específicos e no segundo, publicado em Agosto... er, no segundo também.

Esse post não vai ser sobre sotaque de novo, mas sobre três coisas que notei recentemente: o uso das palavras "now" e "alright" e a estrutura de "to be + after + verbo com ing" ao invés do present perfect.


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