Sábado no zoológico

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Fazia um tempinho que eu queria ir no zoológico de Dublin, mas nunca "dava". Sabe quando você fica adiando, adiando, adiando, e não tira a bunda da cadeira pra resolver? Pois é.

Queria ter ido no final de semana passado, mas eu e R. estávamos com muita preguiça e deixamos pra lá, mas do último sábado não passou.

Parecia que ia chover, mas na verdade o dia foi bem quente com alguns ventinhos fortes ao longo do dia.

O zoológico de Dublin fica no Phoenix Park - a entrada pra estudante é 12 euros e a de adulto, 16. Meio salgadinho, mas se você pensar que é um passeio que dura o dia todo, vale a pena.

Logo na entrada uma funcionária simpática tirou uma foto nossa com o lago de fundo - na saída seria possível ver a foto exposta e comprá-la se quiséssemos, coisa que não fizemos (mas a foto ficou bonita).

Tô ficando boa nesse negócio de entrevista

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Minha segunda entrevista pra ser childminder foi muito, muito mais sossegada do que a primeira.

Foi assim: vi o anúncio no Roller Coaster (assim como na primeira entrevista!), que tinha o telefone da mãe. Liguei à noite e ela não atendeu. Aí liguei no dia seguinte no horário de almoço, e ela atendeu com a maior simpatia do mundo. Ficamos no telefone uns 10 minutos e ela me explicou que precisaria de alguém pra 3 dias part-time e 2 full-time. Três meninos (de 2, 4 e 6 anos) e o salário era bem ok. Fiquei interessada, principalmente porque a localização era muito interessante, perto da minha casa, distância que dá pra ir até a pé.

Ela disse que conversaria com o marido e que me mandaria mensagem pra confirmar uma entrevista.

Mais tarde recebo a mensagem me chamando pra uma entrevista no dia seguinte.

Eles me receberam com muita alegria e informalidade. Os meninos jogavam video-game na sala e o pequeno tava andando pela cozinha e em cima da mesa.

150 dias, 21 semanas, 5 meses

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Ah não. 5 meses não! Já? Como assim? Cadê o 4º mês? E o 3º? E o 2º, e o 1º?!

Confesso: fiquei bem chateada há alguns dias porque estava perto de completar 5 meses de Irlanda com poucos euros na conta, nenhum emprego e irritada com esse calor.

Eu, na minha fase pré-intercâmbio, achava que com 5 meses já estaria trabalhando há meses - que teria juntado dinheiro pra viajar e que já teria começado a desbravar o mundo. Não foi bem assim.

Em 5 meses eu conheci muita coisa de Dublin e muita coisa da Irlanda. Se tivesse que voltar agora, voltaria feliz, mas um pouco frustrada.

Massssss, a frustração deu lugar à esperança quando fui aceita no meu emprego.

Museu de Cera - Agosto de 2013 (vou usar essa foto no Natal!)

Por tópicos, seguindo a tradição:

Sobre a língua irlandesa (ou gaélica, como preferir)

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Aqui na Irlanda existem dois idiomas oficiais: o inglês e o gaélico (chamado também de irlandês).

O Irlandês é língua indo-européia considerada uma das línguas oficiais da União Européia.

Pra resumir: as pessoas falavam irlandês. Os ingleses chegaram botando banca, mandaram o irlandês à puta que pariu proibiam o uso de irlandês e lá pelo século 17 a influência do inglês foi aumentando. Mas o que causou a brusca queda do irlandês aqui foi a Grande Fome no século 19, quando a Irlanda perdeu em torno de 25% de sua população por causa de mortes ou emigração - mais ou menos duas milhões de pessoas a menos em território irlandês.

No senso de 2006, 80 mil pessoas disseram usar o irlandês no dia-a-dia. Em 2001, mais de 90 mil pessoas disseram usar o irlandês em seu cotidiano, então os números tem aumentado!

Coisas de irlandês

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Eu moro na Irlanda há praticamente 5 meses, mas contato com irlandeses e convivência com os locais tive pouco, já que não morei em casa de família quando cheguei (fiquei em hostel) nem fiz amizades com pessoas daqui, a não ser um ou outro contato nos trabalhos e tal.

No entanto, nos últimos meses, tenho observado bem de perto algumas características da vida dos irlandeses. Desculpa R., não resisti! Preciso compartilhar essas coisas:

1) DIZENDO OI
Irlandeses não se tocam. Não dão beijo pra cumprimentar, nada disso. Já vi amigos se cumprimentando e basicamente eles dizem "hey, tudo bem?" e pronto. Pra despedidas é a mesma coisa: nada de beijo no rosto, de abraço, de aperto de mão. Imagina a cara do R. quando eu o cumprimentei com beijo no rosto nas primeiras vezes em que nos vimos? hahaha!

Assim também nunca vi

Relembrar é viver: Brasília

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Estive na capital do Brasil em março de 2009.

Na época, até criei um blog pra contar da viagem, mas fiz uns 3 posts e ficou por aquilo mesmo. Aí resolvi rever as anotações e fazer um post só aqui pro Barbaridades.

Era aniversário de um grande amigo, o Thiago. A gente se conheceu pela internet lá pelos idos de 2004 e desde então, foram muitos encontros em São Paulo e este em Brasília. O aniversário era dele mas quem ganhou o presente fui eu: Thi pagou minha passagem de ida e volta e ofereceu estadia na casa dele, na época, uma kitnet super pequenininha!

Cheguei relativamente cedo ao aeroporto em São Paulo, e fiquei aguardando o horário do meu vôo. Logicamente já fui ouvindo uma das mais famosas bandas de Brasília (e minha banda nacional preferida): Legião Urbana – pra ir entrando no clima.

Entrevista de emprego: childminder

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Eu tô há meses mandando currículo para um monte de vagas diferentes: assistente em loja, operadora de telemarketing, recepcionista, vendedora, etc.

Cheguei a mandar alguns currículos pra ser au pair live out (cuidar de crianças, mas que não mora com a família), mas não tive resposta. Me cadastrei no Au Pair World, no Kangaroo, e nada.

Quando a Bia ainda tava aqui, ela me falou de um site chamado Roller Coaster - tem vários artigos e fóruns para mães no geral, e uma sessão de anúncios de nanny, childminder, au pair, etc. Você lê o anúncio, e se interessar, manda mensagem pra pessoa. A partir daí, vocês podem trocar email ou telefone pra combinar entrevistas e tal.

Museu de Cera

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No mesmo sábado que visitei a Science Gallery também dei uma passadinha no Museu de Cera que fica ao lado do Banco da Irlanda.

Sélim me acompanhou. Logo na entrada, já paramos pra tirar foto na forca:



A entrada de estudante custa 10 euros (salgadinha, mas ao contrário do Leprechaun Museum, aqui vale mais a pena) e o passeio é livre: você entra nas salas que quiser, lê as placas sobre as estátuas que quiser e se tiver a fim, aperta o botão verde na entrada das salas pra ouvir um pouco mais sobre aqueles personagens.

Ilusões

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Sábado retrasado tava um dia meio graça. Eu acordei desanimada, com vontade de ficar na cama o dia todo. R. tava ocupado e eu tinha o dia todo livre.

Ainda na cama, chequei meus emails do celular: tinha um da Lê dizendo pra eu não desanimar e pra fazer alguma coisa no sábado, ir passear. Ao mesmo tempo, meu amigo francês me mandou mensagem no facebook perguntando como eu estava.

Digitei "free things to do in Dublin" no navegador do celular e das opções da lista me restaram poucas, já que visitei bastante lugar por aqui. Tinha uma tal de "Science Gallery" que pareceu interessante e convidei o Sélim pra ir comigo.

A galeria fica na Pearse Street e não tem como não vê-la porque a entrada é enorme e tem um letreiro grandão no muro.

Uma vez professora, sempre professora

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"Filha de peixe, peixinha é", mas no meu caso, "irmã de peixe, peixinha é", "prima de peixe, peixinha é", "sobrinha de peixe, peixinha é" e derivados.

Tem mó galera na família que é professor. De inglês especificamente, somente eu e o Cé.

No ano passado eu tava meio puta e fiz um post falando que tava cansada de ser professora. Mas isso logicamente era stress de final de semestre e alguns meses depois, me deu muita saudade de dar aula.

Sugeriram que eu oferecesse aulas de inglês aqui em Dublin. A princípio, não imaginei que as pessoas fossem querer - afinal de contas, eu sou só mais uma brasileira, e gringo é que é bom professor.

Anunciei aulas no grupo de Dublin no facebook e tive um bom retorno. Várias pessoas interessadas, mas quando eu falava o preço (que NÃO É ALTO, veja bem, praticamente metade do que eu cobraria no Brasil), as pessoas diziam que "iam ver". Algumas chegaram até a marcar aula, mas desmarcaram em cima da hora e desanimei.

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