Dublinia - um museu viking

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A Bia já tinha me chamado pra ir no museu na semana passada, mas por conta das correias pra encontrar casa, ir na escola, não tinha rolado. Fomos no sábado à tarde, finalmente.

Esse museu chama Dublinia. Ele fica perto da Christ Church em D8, tem meio que um portal lindo na rua que já te deixa no clima medieval. O Dublinia é um museu Medieval e Viking, conta a história dos vikings que se estabeleceram aqui, o que faziam, o que comiam, como viviam. A entrada de adulto custa €7.50 e estudante paga €6.50.


Neve? Em Dublin? Na primavera? SIM!

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Planejei vir em Março pra Irlanda por dois motivos:

1) Seria antes do início letivo de aulas na escola onde eu trabalhava em São Paulo, ou seja, eu não precisaria iniciar turmas regulares pra abandonar no meio do semestre;
2) Seria começo de primavera - logo, temperaturas mais amenas pra uma melhor adaptação.

Embora eu goste muito de frio e tenha clamado por ele toda a minha vida, assustei quando cheguei aqui.

Sensação térmica negativa, chuva e até, veja bem, neve! Neve em Dublin, em março? Pois é.

Só que a neve aqui é daquelas que derrete quando toca o chão, nada que acumule e tal.

Resultado da prova, carteirinha de estudante e PPS

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Na quinta-feira fui na escola buscar o resultado da prova de classificação.

Cheguei e a recepção estava lotada. Eles estavam entregando uma única lista com o nome de todo mundo que fez prova no mesmo dia que eu (em torno de 20 pessoas). Na lista constava o nome da pessoa, o nível que ela "caiu", o horário que ela estudaria (manhã ou tarde) e o nome do professor. O meu nome era o primeiro da lista e o único que estava na turma do Advanced. A diretora (dona, supervisora, ou sei lá o quê) estava lá e logo perguntou:

- Who's Barbra?

Ai, que constrangedor.

Levantei o braço timidamente.

- Hey Barbra, congratulations! You have very good English.

Nessa hora eu queria me enfiar dentro do casaco, tava mundo olhando pra mim. Uma menina disse: "noooooooossa, parabéns!" num tom que não consegui identificar como sendo positivo e amistoso.

Depois disso, um funcionário da escola acompanhou os alunos pra fazer a carteirinha de estudante e o PPS. Aproveitei a carona e fui junto.

A carteirinha faz lá no Trinity College. Depois da entrada principal, só virar à esquerda e entrar na portinha no canto. Você entrega o formulário preenchido e previamente carimbado pela escola, senta, tira foto, paga 15 euros e já sai com a carteirinha na hora. Estudante aqui não é como no Brasil que paga meia, mas as coisas são levemente mais baratas, e se é mais barato, tô aceitando, certo?

Depois, o cara do escola nos levou no Social Welfare pra fazer o PPS, uma espécie de CPF irlandês. Você chega, entrega a carta da escola, preenche um formulário e pega uma senha.

Esperei aproximadamente 50 minutos. Na minha companhia, dois mineiros também alunos da mesma escola que eu! (Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais, hein?)

Galera na fila pra pegar a senha

Quando chega sua senha aparece no painel e eles anunciam também. Você senta, apresenta o formulário, carta da escola e passaporte (nem lembro se mostrei passaporte, mas acho que sim). O cara digita algumas coisas, tira um foto sua, pergunta uma ou outra coisinha e pronto! Em poucos dias você recebe o número do PSS pelo correio em casa. Fácil fácil!

Semana que vem não tem aula, porque aqui na Páscoa tem o Easter Break - uma semana de boa. Sendo assim, fico no aguardo dos outros documentos chegarem pelo correio pra eu dar sequência na obtenção do visto de estudante...

7 dias de Dublin

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Estou, oficialmente, há pouco mais uma semana na terra da Guinness. E pra ser bem sincera, aproveitei pouco da cidade. 

Fui numa loja aqui outra ali, comi num lugar aqui outro ali, mas não fui a pubs nem parques (que absurdo, vai pra Irlanda e não foi pra pub nem parque). 

Eu tava bem preocupada com a questão da acomodação e por causa disso, não me deixei curtir, porque obrigação e moradia em primeiro lugar. 

Mas já posso divagar um pouco sobre Dublin e as pessoas nesta ilha...

Primeira foto tirada aqui (Do lado do Stephen's Green Park)

Nos 45 do segundo tempo

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Já contei das minhas sagas pra encontrar um lugar pra morar aqui e aqui

Peguei vááários ônibus, andei muito (meus pés doem até hoje), passei até calor de tanto andar (considerando que tem feito 1 grau com sensação térmica de -6, tô bem, né?). 

Aí que depois de ser rejeitada por brasileiros, de ter sido deixada esperando em porta, de ter ficado aguardando respostas... Consegui um lugar pra morar. 

Eu já tinha falado com esse casal através de um grupo do facebook. Eles só dariam resposta na segunda, e como eu tava meio desanimada, continuei minha busca. Acordei na terça disposta a pegar mais noites no hostel até encontrar uma casa. Mas mesmo assim, fui de manhã conhecer a casa que esse casal tava oferecendo. 

Prova de nível na escola - divagando sobre os processos

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Antes de mais nada, gostaria de deixar claro que esse blog é pessoal, portanto, me sinto livre pra postar minha opinião sobre qualquer assunto (seja ela favorável ao mesmo ou não). Não tenho vínculo com escola nem agência nenhuma. O texto a seguir expressa visões bem pessoais sobre o teste de nível na escola que contratei aqui - visões de consumidora (afinal, paguei barato mas paguei), com um toque de olhos de professora, porque afinal, 8 anos de sala de aula não me deixam ignorar este fato. Sendo assim, vamô lá!

Atualmente um intercâmbio pra Irlanda é o intercâmbio de longo prazo mais barato para o brasileiro. 

Apesar de existirem outros destinos bem procurados como Canadá, Austrália, Nova Zelândia e EUA, a Irlanda despontou nos últimos anos como queridinha por conta do baixo investimento e pouca burocracia: você basicamente compra um curso (que varia de 2 a 10 mil reais - incluindo o seguro-saúde irlandês), compra as passagens (que variam de 1900 a 3 mil reais), junta 3 mil euros e vem. 

Visto tira aqui, acomodação arruma aqui, trabalho consegue aqui. 

Procurando uma casa - continuação da saga

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Hoje foi um dia que durou eternidade. Saí do hostel às 9h e cheguei às 22h. Peguei uns 4 ônibus diferentes, andei muito e estou com os pés pedindo socorro.

De manhã fui até a escola pois era meu primeiro dia. O cara me mandou voltar à tarde! Legal. Como eu tinha que visitar uma vaga um pouco mais tarde, resolvi ir a pé mesmo. Pelo menos assim matava o tempo e ia conhecendo a cidade, certo?

Mais ou menos.

Aonde você mora? Aonde você foi moraaaar?

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Eu adoro planejar.

Planejei tudo na vida com antecedência, inclusive o intercâmbio. Mas já sabia que o intercâmbio ia me ensinar que planejamento nem sempre dá certo.

Ainda no Brasil, eu já tinha olhado algumas vagas no site www.daft.ie. Todo mundo anuncia lá, todo mundo procura lá.

Lembro que tinha visto boas vagas, em boas regiões. Tinha até trocado alguns emails com umas duas ou três pessoas a respeito.

Aí cheguei aqui com uma semana de acomodação num hostel.

No meu primeiro dia, já fui separando anúncios e entrando em contato por telefone. Liguei e mandei mensagem pra umas 7 pessoas. Uma me respondeu agendando uma visita na casa, outra disse que a vaga já tava preenchida e os outros... bem, os outros quando responderam, me rejeitaram no instante em que eu disse ser brasileira.

Carta à Dublin

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Oi Dublin!

Você ainda me conhece pouco, mas eu tinha ouvido falar de você e pesquisado sobre você (stalker feelings, eu sei...). Inclusive alguns amigos me disseram que você era linda, demais, bacana e fria. Eles não me enganaram.

Eu cheguei e você não quis saber muito de mim. Me deu uma bela chuva na cabeça que durou o dia todo, além do frio e vento que fazia as pessoas desistirem dos guarda-chuvas no caminho.

Aí fui de mansinho te conhecendo, e acho que a gente pode se dar bem.

Claro que você recebe tantos, mas tantos, que deve estar cansada desse monte de brasileiros por aqui... aliás, até os próprios brasileiros devem estar, porque nem aceitar compatriotas pra dividir apartamento estão aceitando. No entanto, você tem esse poder de atrair gente legal também, gente que se dispôs a me ajudar, me levar pra almoçar, me convidar pra jantar, passear pelo centro comigo.

Dublin Dublin... toda espertinha me fez dar voltas e voltas ontem tentando achar uma rua específica pra pegar o ônibus. Mas depois de andar na chuva (e de ligar mil vezes pra Bia), consegui me achar. E peguei um ônibus e desci no ponto certo, e soube voltar direitinho. Rá! Tô te sacando.

A propósito... percebi que você é modesta em algumas coisas, gosta de prédios baixos, nada muito chamativo. Em compensação, tem umas igrejas lindas, de tirar o chapéu, né? Fora os letreiros das lojas, tudo bem colorido e diferente do que eu acostumei a ver em São Paulo...

Dublin, nem acredito que finalmente pude te ver pessoalmente. Vamos nos conhecendo melhor, certo?

Beijos e mantenha o clima estável até eu ter roupas de frio melhores! hahahaha

Bárbara

O último da Turquia

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Algumas considerações que fui observando e compilando nos meus três dias e quatro noites de Turquia:

- Vi, na maior parte do tempo, somente homens no comércio. Mulher vi uma na farmácia e uma no caixa do mercado, só. 

- Acho esquisito uma mulher de burca entrar numa loja da Clinique ou usar uma super câmera Nikon. Lá eu vi várias! Além disso, muitas, mas muitas com iPhones e iPads nas mãos. Unhas bem feitas e a maioria bem maquiada. Achei isso um contraste no mínimo interessante. 

Tentei ser discreta na hora de tirar a foto, mas observe bem

- As pessoas fumam muito, muito! Engoli fumaça o tempo todo em que estive na rua. Nos corredores do hostel o povo fumava também. 

- Pegar o tram é bem fácil porque dá pra economizar os pés um pouco, e você aproveita e foge do trânsito caótico. 

- Não acho que visita guiada seja bom, mas no caso do Palácio Topkapi, tenho certeza que teria aproveitado mais se tivesse um guia explicando os detalhes. 

- Tripé pra viajar pelo jeito não é boa idéia: no primeiro dia choveu, então não tive como armar tripé na chuva, deixar câmera na chuva e ir posar pra foto. Além disso, não pude entrar com ele em nenhuma atração. Ou seja, nos outros dias nem o carreguei  mais. 

- Comida é muito gostosa e muito barata: seja doce ou salgada, "chique" ou mais simples.

Peixinho delícia!

- Os turcos são muito simpáticos e receptivos. Não sei se porque sou mulher, mas notei esforço de todos em me ajudar quando precisei. Mesmo quando não falem bem inglês.

- Quando você estiver viajando sozinha e vier um chato, apenas diga "no English". Só fui ter essa brilhante idéia depois do turco grudando e do tiozinho me chamando pro café...

- Eu achava que Istambul estaria cheia de brasileiro, mas a verdade é que não ouvi português nenhuma vez. E olha que quando eu perguntava aos vendedora sobre brasileiros, todos diziam que muitos iam pra Istambul sempre.  

- Os vendedores sabem todos falar coisas simples em outros idiomas. Mas no geral, todos falam muito bem espanhol! Fiquei até espantada porque quando me viam, já lançavam um "hola". Ouvi vários "muy guapa" e "muy hermosa" nesses dias. 

- Tem muito estrangeiro lá. Acho que deve ser assim em qualquer lugar turístico, e como nunca tinha passado por isso, foi uma experiência incrível conhecer iranianos, russos, coreanos, franceses, etc. 

- Acho que visitar a Turquia no frio deve ser melhor. Tudo bem que sou suspeita pra falar, porque não gosto de calor, mas fico pensando entrar naquelas mesquitas e palácios no calor, deve ser de matar. 

- Somente no meu terceiro dia ouvi referências ao samba. Até então só tinha ouvido "ah, são Paulo, football" e tal. 

- Por causa da primavera, a cidade estava muito florida em todos os lugares, coisa linda de se ver!





Istambul é linda, exótica, imponente, histórica, e cheia de coisa interessante. Apesar dos estranhos me abordarem muito e deu ter ficado meio "pé atrás" com alguns, não tive medo de andar sozinha muito menos de ser assaltada. A cidade é simplesmente adorável! 
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