Cover teacher na UCD

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Eu já sabia que ao voltar do Brasil em pleno fim de outubro não seria fácil achar emprego de professora, principalmente uma vaga permanente. A verdade é que o mercado em Dublin é extremamente sazonal e a época de vacas magras sempre chega após o verão.

Mesmo assim, estava obstinada a encontrar alguma coisa. Com o R. montamos uma cover letter bem bacana, que fui adaptando a cada escola para a qual enviava um currículo. Sim, porque aqui, além do currículo, você precisa ter uma carta de apresentação onde fala o porquê de querer trabalhar naquela empresa e um pouco das suas qualificações, história, etc.

No entanto, mesmo antes de chegar em Dublin eu já tinha uma entrevista marcada: recebi um email do Applied Language Centre da UCD perguntando se eu estava interessada numa vaga como cover teacher - fui recomendada pela minha professora que hoje é diretora de todo o departamento. Aliás, essa é a mesma professora que me ajudou em mais de uma ocasião, inclusive conseguindo a bolsa de mestrado pra mim.

A vaga era pra dar aula para os alunos de EAP e EAS - English for Academic Purposes e English for Academic Studies. Nós falamos bastante disso no mestrado e essa área de inglês acadêmico tem crescido bastante no mundo todo, já que são muitos alunos querendo fazer suas graduações e pós-graduações no exterior. Eu pessoalmente não sou a maior fã de inglês acadêmico do mundo, mas como havia sido uma recomendação da minha professora, não pude dizer não.

Um dia em Ouro Preto

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[disclaimer: tá rolando sorteio no blog! já tá participando? nãoooo? então participe já! mais informações nesse link aqui. rápido, porque vou sortear na sexta!]

Já vou começar dizendo que bem... não chegamos passar um dia todo em Ouro Preto e que eu gostaria muito, muito de voltar. Minas é um dos meus estados brasileiros preferidos e as cidades históricas famosas por serem um ótimo destino turístico - e com razão!

Pegamos o ônibus na rodoviária de Ouro Preto e tivemos que lidar com um pequeno probleminha: pra viajar de ônibus no Brasil precisa apresentar documento e... R. não anda com o passaporte dando sopa, sabe? Tivemos que jogar a maior conversa no motorista no ônibus mas no fim deu tudo certo.

Em duas horas desembarcávamos na pequena rodoviária de Ouro Preto - e no segundo andar há uma sala com informações turísticas. A moça não só foi uma simpatia nos dando um mapa bacana, como presenteou o gringo com um livro sobre Ouro Preto em inglês. Assim mesmo, de graça, só porque ele era gringo. Brincadeira, viu?

ouro preto

Inhotim, uma mistura incrível de parque e museu

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Eu nunca tinha ouvido falar de Inhotim. Pra ser sincera, quando decidimos ir pra Minas, o plano era ficar um dia em Belo Horizonte e ir no outro dia pra Ouro Preto, nada muito elaborado. Já fui à BH algumas vezes quando mais nova e queria ver a cidade agora, com olhos de adulta, mas no fim das contas, os planos mudaram - e pra melhor!

Meu amigo Will, que mora no Rio de Janeiro, estaria justamente em BH na semana em que estaríamos lá! Seria a oportunidade pra passar um tempo com ele e sua esposa - e foi aí que ele sugeriu irmos pra Inhotim, alegando que BH não tinha nada demais (ele é de lá, hein!), e que Inhotim renderia um passeio melhor.

Convencida por ele, dei um google e não pensei duas vezes: Inhotim seria!

inhotim

4 anos de Barbaridades + um pequeno sorteio

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[atualização: acabei de fazer o sorteio e a vencedora foi a Gabi, aê! Gabi, entrarei em contato com você pra pegar seu endereço direitinho. Obrigada à quem participou!]

Dia 28 de outubro o blog completa 4 anos de existência. 4 anos se passaram desde que resolvi documentar não só o meu futuro intercâmbio mas também minha vida. Foram reclamações, alegrias, relatos de viagens e muitas, muitas outras coisas e é claaaaaro que eu quero comemorar!

Eu não poderia imaginar, lá em outubro de 2012, nos rumos que a minha vida tomaria em 4 anos. Na época eu trabalhava na Cultura Inglesa e no CNA, dava muitas horas de aula de segunda à sábado e já planejava, secretamente, minha viagem pra Irlanda. O que eu não sabia é que essa viagem de 1 ano (e na minha cabeça eu pensava que, caso gostasse, ficaria mais um, talvez...) se tornaria a viagem da minha vida!

Amo ter um blog, um espaço que pra mim é mais do que um simples diário aberto. Através dele fiz amigos pra vida toda, conheci muita gente especial e continuo conhecendo! Além disso, é muito bom poder voltar e reler alguns posts de vez em quando, é uma nostalgia gostosa, um sentimento bom demais pra descrever!

Nesses quatro anos de blog tivemos:

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737 postagens
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Casamento em Portugal: Lu e Kealan

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Antes de irmos pro Brasil, ainda em setembro, fomos convidados pra terceira (de quatro) festa de casamento do ano. Pois é. Já tinha rolado um casamento no interior em maio e um outro que não pude ir em junho, além do casamento do meu primo no Brasil que aconteceria em setembro.

Pelo jeito as pessoas acreditam forte no amor ainda, né? :)

Bom, o casamento era da minha amiga Lu com o irlandês Kealan. Eles decidiram se casar em Portugal e eu achei o máximo viajar pra fora só pra ir num casamento, sabe? Chique demais! Tanto a cerimônia quanto a festa aconteceram em Sintra, um lugar simplesmente deslumbrante que fica a uns 40min de trem de Lisboa.

Centro de Sintra

São Paulo, voltei!

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A boa filha à casa torna. Depois de 1 ano e meio longe de casa, desembarquei no aeroporto de Guarulhos com o R. para três semanas de férias mais do que merecidas no Brasil.

As passagens já estavam compradas desde janeiro e os planos sendo feitos desde então. Na verdade, ficamos tanto tempo sem ir justamente porque eu estava estudando - não teria como tirar férias no meio do mestrado. A ideia então era passar um bom tempo por lá (acho que essas foram nossas férias mais longas no Brasil) e aproveitar pra visitar minha família em Pernambuco e fazer uns passeios também. Assim, concluímos que alguma praia do nordeste entraria na jogada (e acabamos decidindo por João Pessoa). Mas, como também tenho amigos em Minas, achamos que uma paradinha por lá no meio do caminho não faria mal à ninguém. No fim, o roteiro ficou: uma semana em São Paulo, dois dias em Minas Gerais, 4 dias no interior de Pernambuco, 4 dias na Paraíba e mais 4 dias em São Paulo antes de voltar pra Dublin.

Voamos de British Airways, como da outra vez, e ambos os vôos foram tranquilos - aliás, fomos upgraded NOVAMENTE na volta! Agora só quero voar de BA! Tudo bem que o World Traveller Plus (uma forma chique de dizer classe econômica melhoradinha) não é assim uma primeira classe, mas só de ter mais espaço e um pouco mais de conforto, faz a diferença.

Chegamos em São Paulo de manhãzinha numa terça, e como não consegui usar o aplicativo do Uber por causa do wi-fi de merda do Desembarque do Terminal, pegamos um táxi pra casa. Estávamos exaustos!

Meu lugar preferido na cidade: a avenida Paulista!

Revisitando Wicklow e etc.

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No segundo dia da estadia dos nossos amigos Carol e Rudy por aqui, levamos eles pra Wicklow. Na verdade, o plano inicial era ficar num B&B no interior e passar o dia explorando, mas mesmo olhando com mais de um mês de antecedência, não conseguimos encontrar absolutamente nada. Tudo muito caro!

Sendo assim, resolvemos só passar o dia em Wicklow e voltar pra casa - afinal de contas, não é tão longe assim de Dublin.



O caminho até Glendalough já foi uma aventura e valeu a pena. Nossos amigos estavam super felizes de estar vendo aquelas paisagens maravilhosas, o verde, as montanhas, as ovelhinhas (nunca tinha visto ovelha no parque em Wicklow!)... era um "nossa que lindo!", "that's so beautiful" e agradecimentos por terem sido levados pra lá que eu e o R. ficamos até sem graça, mas super orgulhosos e contentes da Carol e do Rudy estarem curtindo. E a gente não tinha nem chegado no destino final!


Voltando a ser turista em Dublin

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Eu sempre tive medo de me acostumar demais com Dublin e simplesmente não ver mais beleza em nada, enjoar das paisagens, das coisas diferentes, sabe? Lembro de quando me senti quando cheguei aqui e tudo era descoberta, mas uma mistura de novo com um sentimento de que eu já conhecia tudo aquilo...

Três anos e meio se passaram e não tem jeito: por mais que eu ainda ache Dublin uma cidade legal, já conheci os problemas da cidade, já convivi com eles e já não sou tão ingênua de achar que por aqui é tudo lindo e maravilhoso - muito pelo contrário.

Pois bem. E aí que no comecinho de setembro recebemos um casal de amigos muito querido por aqui e foi uma delícia, além de revê-los, poder retomar um gosto por turistar pela cidade e mostrar à eles o que temos de melhor por aqui. A Carol e o Rudy moram na Holanda e amaram Dublin!

TAG - Wanderlust

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Eu vi essa tag nesse blog aqui e resolvi traduzi-la. Não sei se essa tag já existe por aí, mas de qualquer forma, os créditos estão dados. Adoro uma tag, especialmente de viagem!

tag wanderlust

1) Quando pra onde ia o seu primeiro avião?

Meeeeeu, eu não lembro! Acho que foi para Recife, visitar a família em Pernambuco. Se não me falha a memória, eu tinha 11 anos de idade.

2) Para onde você já foi e gostaria de voltar?

Vários lugares me conquistaram de um jeito que eu voltaria fácil: Alemanha, Áustria, Itália, Londres, Rio Grande do Norte...

3) Você está viajando amanhã e dinheiro não é problema. Pra onde você vai?

Nossa, assim de supetão é difícil escolher, né? Já que dinheiro não seria problema, eu iria logo pra Austrália e Nova Zelândia e faria um mochilão pela Ásia. Não que essas sejam minhas prioridades de viagem, mas as passagens para esses lugares costumam ser caras, então....

4) Método preferido de viagem: avião, trens ou carro?

Olha, depois que andei de trem pela Europa passei a ver esse tipo de viagem com outros olhos: não tem aquele estresse de aeroporto, de segurança, de achar o seu portão de embarque... também gosto de viajar de carro, desde que seja uma viagem curta.

Tem muito brasileiro na Irlanda?

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A Irlanda nunca foi um país muito procurado como destino imigratório no Brasil. Devido à distância entre os dois países e restritas relações econômicas e históricas, é curioso pensar porque tantos brasileiros buscam a Ilha Esmeralda pra chamar de casa. 


O Tigre Celta e Gort 


De fato, o primeiro consulado brasileiro no país foi aberto em 1930, mas somente durante o Tigre Celta, nos anos 90, quando a Irlanda gozava de rápido crescimento econômico, é que o número de brasileiros no país aumentou. Tudo começou numa cidadezinha do interior no oeste irlandês chamada Gort. Aproximadamente 70 brasileiros chegaram em Gort entre 1999 e 2000 para trabalhar em fábricas de processamento de carne que estavam prestes a fechar. Os donos de fábricas procuraram brasileiros justamente porque o Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo e também por conta da ausência de mão de obra local. 

Aos poucos o número de brasileiros na cidade foi aumentando e em poucos anos, a proporção já era de 1 brasileiro para 2 irlandeses na cidade. Festas como Carnaval e Festa Junina eram celebradas na comunidade, lojas que vendiam produtos brasileiros empregavam várias pessoas e vários brasileiros faziam seu pé-de-meia para voltar ao Brasil em melhores condições financeiras. Até a crise que assolou o país em 2008, muitos desses brasileiros acabaram voltando ao seu país de origem e aos poucos, a população brasileira de Gort (também chamada de Little Brazil) foi diminuindo: no censo de 2011, por exemplo, registrou-se cerca de 417 brasileiros na cidade, quando no ápice da imigração brasileira lá, esse número era quatro vezes maior. 


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