As aranhas

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Começo esse post trazendo a seguinte reflexão:

O que é melhor - baratas no Brasil ou aranhas na Irlanda? (minha opinião pessoal no final do texto)

Sabe o Saint Patrick, ou em português, São Patrício? Ele é padroeiro da Irlanda e trouxe o Cristianismo pra cá. Saint Patrick foi um cara muito bacana porque expulsou as cobras da Irlanda pra sempre, lindo! Mas ele esqueceu de expulsar as aranhas.

Tem aranha no chão, no teto, nos cantos, nos quartos, na sala, no jardim, até na sua alma.

Aranhas devem viver predominantemente em ambientes úmidos, porque cara... elas adoram esse país. Você encontra teias de aranha em todas as casas - nos portões, nos cantos, nas quinas dos tetos... é absurdo! E não tem nada a ver com limpeza não: aqui em casa por exemplo fazemos limpeza toda semana mas vira e mexe aparece uma amiguinha em algum canto.

Há mais ou menos um mês eu tava deitada na minha cama lendo quando vejo uma pequena aranha na parede próxima ao teto. Peguei minha havaiana e dei uma chinelada nela - problema resolvido! Voltei a ler. Uns 30 minutos depois, observo uma OUTRA ARANHA descendo por sua teia na direção do meu edredon na região dos meus pés - surtei na hora. Peguei o chinelo e me livrei do monstrinho.

A saga do carrinho

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Quando cheguei na Irlanda, logo notei que tinha muita criança por aqui. E muitos carrinhos de bebê.

Sério, em 25 anos em São Paulo nunca vi TANTO CARRINHO DE BEBÊ como vi em quase 6 meses aqui na Irlanda. É absurdo: nas ruas, nos trens, nos ônibus, em todo lugar.

Tem carrinho grandão, carrinho pequeno, carrinho que deita 90 graus, carrinho pra duas crianças uma ao lado da outra, carrinho pra duas crianças uma trás da outra, carrinho pra duas crianças uma em baixo da outra, carrinho com três rodas potentes, carrinho com quatro rodas leves, etc, etc, etc.

É carrinho pra caralho.

Aqui eles os chamam de "buggy", mas eu conhecia como "stroller" (e olhando no dicionário agora, achei "pram" também).

Pensando bem

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Então ser childminder não é tão ruim quanto eu pensava.

Às vezes perco a paciência e tenho vontade de mandar pro inferno. Às vezes acho as meninas fofas e quero mordê-las.

Fiquei pensando esses dias que, na verdade, esse emprego não é ruim mesmo. Por vários motivos:

1) O chefe não tá no seu pé



Quando chego, o pai está se arrumando pro trabalho. Às 17h a mãe vem buscar e conversamos uns 10 minutinhos. Durante o dia não tem ninguém no meu pé olhando o que tô fazendo e como tô fazendo. Me sinto um pouco como quando dava aula em escola - fechou a porta, a aula é sua, a sala é sua. Não importa coordenador, chefe, gerente, porra nenhuma. A aula é sua, você é profissional e sabe que vai fazer bem o seu trabalho.

Post office museum - o melhor museu!

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Quando fui no Print Museum acabei pegando um folheto que mostrava várias atrações literárias/culturais na cidade. Uma que me chamou a atenção foi o Post Office Museum porque nunca vi ninguém comentando nada desse museu e adoro cartas!

Acordei num sábado de manhã chuvoso e fui com o R.

O museu fica dentro do correio central, ou o GPO (General Post Office) em frente ao Spire. A entrada é 2 euros, mas eu já digo de antemão: pelo conteúdo, deveria ser bem mais caro! Eu já paguei 6, 7, 10 euros pra entrar em museu aqui e posso assegurar que nenhum desses foi tão interessante e interativo quanto o Post Office Museum.


Logo na entrada você dá de cara com um armário com gavetas verticais cheeeeios de selos de vários lugares do mundo - tudo coisa do Gerald Fitzgerald, 5º duque de Leinster (aqui na Irlanda). Além disso, na segunda parte das gavetas, dá pra ver a evolução dos selos na Irlanda, mas eles dão maior foco para os selos mais antigos.


Lixo, lixo, lixo

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Na primeira casa que morei em Dublin, o Carlos, meu ex-flatmate, tinha acabado de contatar uma empresa que recolhe seu lixo semanalmente - até comentei um pouco aqui. Você paga uma taxa anual e toda semana eles recolhem um tipo diferente de lixo: ora reciclável, ora orgânico.

Era super tranquilo porque eles avisavam o Carlos por SMS que lixo eles recolheriam na quinta-feira e ele colocava o latão pra fora de manhãzinha ou na noite anterior. 

Quando mudei de casa, o sistema de lixo não era bem assim. 

Conheço, mas não conheço

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Eu não sou a maior fã de criança do universo - apesar de já ter dado aula pra pequenos e de estar trabalhando full-time com duas mocinhas: uma de 15 meses e uma de 2 anos e meio. 

No entanto, o mais interessante e fascinante pra mim é acompanhar a evolução da fala das crianças. Acho impressionante, por exemplo, como a E., mais velha que eu cuido, tem até um sotaquinho irlandês. Ela fala, fala, conversa pelos cotovelos. O vocabulário dela é bem extenso e apesar dela cometer alguns errinhos de gramática (como verbos no passado), E. conhece diferentes estruturas da língua. 

Ela pega o telefone de brinquedo, finge que tá ligando pro tio e diz "what's the craic?!", hahaha! Claro que, por ser uma criança, nem sempre entendo o que ela fala. Quando isso acontece, peço pra ela me mostrar ou apontar o que ela quer, funciona sempre. 

Outro dia brincávamos com o canguru de pelúcia. Eu comecei:

De Gutenberg às mais modernas

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Sábado retrasado aproveitei uma dica da Tarsila e fui conhecer o Print Museum, museu que exibe diferentes prensas e contém informações sobre tipos de impressão feitas desde o inicio da mesma aqui na Irlanda. 

O museu fica perto do meu trabalho (e do Aviva Stadium), dá pra ir de ônibus e DART. 

Logo na entrada você percebe que no local existem diferentes museus e escritórios. O Print Museum fica bem atrás - é virar a direita e seguir em frente. A entrada é grátis, mas há um tour guiado de 3,50 pra quem tem interesse. 



Laura, Harry, a internet e eu

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Eu já comentei aqiu no blog do quanto gosto de italiano nesse e nesse post.

A paixão continua viva, viu?

Ainda mais porque em dezembro vou ver a minha cantora preferida abrindo a turnê em comemoração aos 20 anos de carreira em Roma.

Deixa eu ler essa frase de novo e tentar acreditar nela.

Sim, é isso mesmo: eu vou ver o show de abertura da turnê da Laura Pausini em Roma em dezembro. Melhor presente de aniversário que pude me dar. É maravilhoso e inacreditável!

Estive nos shows da Laura em São Paulo em 2009 e em 2012. No último, tive a sorte de estar bem mais perto do palco e ao lado do corredor, onde Laura passou cantando no meio do show:

Laura do meu lado (2012),  e turnês de 2009 e 2012 no Credicard Hall em SP


E já que vou pra Roma... bóra praticar o italiano, porque não quero pagar o mico de falar inglês na Itália... não dá, né?

Corrida colorida

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Esta foi minha segunda vez em Belfast, capital da Irlanda do norte. E  assim como da primeira vez, não fui pra lá pra turistar nem nada disso, e sim pra participar de uma corrida. 

Corrida? A Bárbara? RISOS.

Meu querido amigo Rick ganhou ingressos numa promoção do Twitter para a tal da Color Run. É uma corrida de 5 km toda divertida, já que eles jogam tinta (que na verdade não é tinta) na galera e todo mundo acaba feliz e colorido. 

A corrida acontece em vários lugares do mundo e sinceramente não entendi porque não aconteceu em Dublin também. 

A montanha-russa

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Olha, eu já esperava que em algum momento do intercâmbio uma crise de leve ia bater. Passaram-se 1, 2, 3 e até 4 meses e eu ainda amando e defendendo Dublin. No entanto, depois de 5 meses aqui, algumas coisas tem começado a me incomodar. É o tal do choque cultural (Tarsila, li seu texto: minha fase 2 demorou pra chegar!).

No meu caso especificamente, a língua não é barreira nem motivo pra eu me sentir pra baixo. Também não tenho problemas com o clima, já que gosto de frio e "dei sorte" do verão aqui ter sido excepcionalmente lindo e quente (e ainda estar sendo, porque cara, ainda tá calor, não aguento mais!). Fiz amigos brasileiros e gringos, consegui alguns alunos particulares e até preencher o meu coração eu preenchi. Mas então, qual o problema?




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