Liverpool - os preparativos

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Nunca nos meus 25 anos de existência imaginei que estaria na terra onde os Beatles surgiram. Nunca mesmo. Já sonhei estar em vários lugares - Inglaterra certamente, mas quando pensava em Inglaterra, imaginava Londres, mas nunca Liverpool.

Há mais ou menos um mês, conversava com minha amiga Bia sobre viajarmos juntas antes da volta dela pro Brasil. Cogitei ir com ela pra Bruxelas, Amsterdã e Berlim, mas depois de fazer minhas contas, achei melhor não arriscar. Um dia, numa conversa despretensiosa ela sugeriu Liverpool, já que é bem pertinho de Dublin e as passagens costumam ser baratas.

Praticamente em frente!


Logo pensamos em chamar o Rick, que abraçou a ideia na maior empolgação.

2 meses na Irlanda

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Hoje é dia de festa! Dia de 2 meses na Ilha Esmeralda!

Caramba, 2 meses. Parece que foi ontem que eu tava igual louca lendo blogs sobre Irlanda (ainda faço), pesquisando sobre Dublin (faço às vezes), me despedindo de São Paulo. E falando em São Paulo, não sinto falta da minha cidade-natal. Não sinto falta do trânsito, não sinto falta do metrô lotado, não sinto falta do calor, não sinto falta de nada disso. Há 2 meses eu não sei o que é usar regata na rua (YES!), não sei o que é passar calor (YES!), não sei o que é trabalhar mais de 8 horas por dia (YES!).

Claro que eu sinto falta da família, dos amigos, da minha cama e tal, mas a internet tá aí pra matar a saudade e manter contato quase diário com os meus.

Em frente ao Spire, "cartão-postal" da cidade

Father Ted

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Eu sou totalmente viciada em séries de TV. Já falei até um pouco sobre o assunto aqui, quando elegi as melhores séries de 2012 pra mim.

Atualmente, acompanho em torno de 12 séries. E tenho muitas na lista pra serem vistas. Só que a temporada de séries tá acabando esse mês e ficarei temporariamente orfã de vááárias dessas 12 aí.

Paralelamente a isso, desde que cheguei na Irlanda, vários locais me recomendaram a série "Father Ted". Resolvi furar a fila da minha listinha com ela e não me arrependi nem um pouco!


Uma noite musical

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Uma das minhas melhores noites aqui em Dublin aconteceu terça-feira passada.

Fui num pub chamado Doyle's, em frente ao Trinity College, logo na esquina. Toda terça-feira eles tem um negócio chamado "The Ruby Sessions" - 4 artistas diferentes tem 20 minutos pra apresentar músicas de seu repertório. Essas sessões existem há mais de 10 anos e o dinheiro arrecadado (6 euros a entrada) é doado a instituições.

Vários famosos irlandeses passaram por lá no início da carreira: The Frames, Damien Rice e Glen Hansard só pra citar uns exemplos. Ou seja, você vai sabendo que vai ouvir música de qualidade!



No geral, é uma pegada mais acústica, mais voz e violão, mas alguns artistas usam mais instrumentos também.

Mais uma entrevista

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Já comentei aqui da minha primeira entrevista de emprego em Dublin e do início da busca por um emprego.

Consegui tirar o visto na semana retrasada, e por conta disso, investi pesado no lance de enviar CVs e me inscrever em vagas na internet. No meio da semana passada recebi um email dizendo que estavam interessados no meu currículo e me convidaram para uma entrevista em grupo. A vaga era pra ser fundraiser da Unicef.

Fundraiser é o cara que sai pedindo doações na rua, na chuva, na fazenda, ou numa casinha de sapê, enfim, batendo de porta em porta mesmo. O salário é maior do que a hora mínima aqui (8,65).


Lendas, mitos e folclore irlandês

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Lembra do Saci, do Negrinho do Pastoreio, da Mula-sem-cabeça, do Boto cor-de-rosa, do Curupira, entre outros personagens do folclore brasileiro?

Pois é. Aqui na Irlanda tem um monte de personagem e história maluca (porque gente, o boto é um cara que conquista a mulherada, engravida e cai fora, o curupira tem os pés pra trás, o saci é mó malandrinho e tal... tudo meio bizarro/esquisito, né?) também.

Antes de vir pra cá, eu basicamente conhecia o Leprechaun, que esconde o pote de ouro atrás do arco-íris e usa roupinha verde.

Mas, tem muito, muito mais coisa.

Domingo passado fui ao Leprechaun Museum com o Rick aprender um pouco mais sobre o folclore irlandês. A entrada de estudante é 10 euros (o que achei bem caro para o que o museu oferece, mas enfim), a visita é guiada e dura em torno de 1 hora.


Vida de professora (revisited)

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Já são mais de 50 dias desde quando saí de casa. Uns 3 meses que não dou aula e...

Já deu uma saudadinha. Mas só um pouquinho.

É que dar 8 horas de aula por dia, 6 vezes por semana, vira mais do que rotina, vira basicamente sua vida.

Não sinto falta de preparar aula - apesar de ainda ver uma cena de seriado e pensar "putz, seria perfeito pra uma aula disso" ou ouvir uma música e imaginar "nossa, daria pra trabalhar tal assunto". Não sinto falta de corrigir redações, aos montes. Não sinto falta de corrigir lição de casa. Também não sinto falta de ligar pra aluno que faltou, pra aluno que quer desistir do curso, pra pai de aluno-problema.

Não sinto falta de cobranças, de metas, de ter que executar outras tarefas a não ser dar aula. Não sinto falta de ter que lançar chamada no sistema, não sinto falta de reunião de pais.

Esse iogurte não tem gordura!

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A frase do título foi proferida por mim por aproximadamente 150 vezes no meu primeiro dia de trabalho como food demonstrator.

Mas, vamos do começo.

Acordei cedo, bem antes do horário em que eu deveria estar no supermercado Tesco para poder comprar a calça preta e camiseta branca do uniforme. Passei na Penneys e peguei umas peças a olho mesmo, porque não sei como funciona a numeração do Reino Unido nem da Europa - mas pelo menos dá pra escolher calça curta, média ou comprida!

Comprei a calça e a camiseta, peguei o Luas e fui pro trabalho.

O teste do supermercado

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Há umas duas semanas, me responderam de um dos mais de 150 currículos que enviei. Sim, cento e cinquenta.

Era uma empresa de marketing. Me pediram pra responder um formulário cheio de perguntinhas do tipo "o que você faria se..." o mais rápido possível. Tinha umas perguntas relacionadas à vendas também. Não menti nem inventei nada, respondi usando o meu conhecimento e experiência.

No mesmo dia ela respondeu dizendo que me ligaria no dia seguinte pela manhã para uma entrevista por telefone.

Ah não, falar no telefone com irlandês nãããããããoooo.

Mas eu preciso trabalhar, né?

O lugar de nome difícil

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Os dias aqui tem sido muito ensolarados e segundo todo mundo, dia ensolarado na Irlanda é raridade (o que nesses quase 2 meses aqui me parece equivocado, porque mais fez sol do que choveu). De qualquer forma, pegamos o ônibus que passa aqui perto de casa e fomos pra Dun Laoghaire.

É, eu também não sabia ler esse nome. Como muitos nomes próprios por aqui, faço uma consultinha básica no google pra saber a pronúncia certa. Nesse caso, como ouvi muita gente falando o nome desse lugar, ficou fácil: lê-se Dun Leary.


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