Não é porque eu estou na Irlanda que vou dizer isso, mas olha... intercâmbio aqui não é para os fracos não.
Pra vir pra cá você não faz praticamente nada do Brasil, a não ser comprar o curso e a passagem. E juntar o dinheiro claro, mas até então, não precisa provar nada lá.
Aí você chega aqui, e se for como a grande maioria, não fechou acomodação em casa de família, e sim em residência estudantil ou hostel. Procura casa, adquire endereço fixo, tira o seu PPS, abre conta no banco, deposita dinheiro, pede extrato, pega seguro governamental na escola pra aí sim tirar o visto. Tudo isso sozinho, em inglês. Mas o cara veio pra cá aprender inglês, então só nesse processo todo ou ele vai ter que 1) ir com a cara e a coragem resolver as coisas, 2) contar com a ajuda de algum funcionário da agência/escola, 3) pedir ajuda dos amigos.
Dei um pouco de azar. Minha carta da escola atrasou, chegou sem carimbo, fui no banco algumas vezes até finalmente conseguir abrir a conta e a documentação do banco demorou pra chegar. Depois que depositei o dinheiro, o extrato até que chegou bem rápido e pude finalmente ir até o escritório da imigração tirar o meu visto, exatos 46 dias depois de chegar na Irlanda.
Eu já tive blog na adolescência, em boa parte dela, aliás.
Sempre gostei de escrever - seja em papel ou no virtual, gosto de ter as memórias registradas para futuras consultas. Nostalgia é um sentimento bom demais, e ter os registros ajuda muito no processo.
Comecei o "Barbaridades" em outubro de 2012, quando estava na fase de planejamento do intercâmbio. A ideia era, claro, focar nas coisas do intercâmbio mas também falar de outros assuntos, como seriados, cabelo, minha vida no geral.
Ele não era muito acessado nos primeiros meses, mas depois que vim pra cá, nossa! Mais de 150 acessos por dia. Tem semana que chega a 300 acessos por dia, sendo o auge o dia 24 de abril, que teve 428 acessos num dia só!
Geralmente as pessoas vêm no blog através do meu facebook. Depois, através do google e por blogs de amigos que também falam de intercâmbio e tal.
Sempre gostei de escrever - seja em papel ou no virtual, gosto de ter as memórias registradas para futuras consultas. Nostalgia é um sentimento bom demais, e ter os registros ajuda muito no processo.
Comecei o "Barbaridades" em outubro de 2012, quando estava na fase de planejamento do intercâmbio. A ideia era, claro, focar nas coisas do intercâmbio mas também falar de outros assuntos, como seriados, cabelo, minha vida no geral.
Ele não era muito acessado nos primeiros meses, mas depois que vim pra cá, nossa! Mais de 150 acessos por dia. Tem semana que chega a 300 acessos por dia, sendo o auge o dia 24 de abril, que teve 428 acessos num dia só!
Geralmente as pessoas vêm no blog através do meu facebook. Depois, através do google e por blogs de amigos que também falam de intercâmbio e tal.
Fiz um post falando do meu histórico capilar e dos planos que eu tinha antes de vir pra Irlanda, mas com tanta coisa acontecendo, acabei não contando que fim ele levou, né?
Então, vamos lá!
No início de março, assim que cumpri o aviso prévio da empresa onde trabalhava, marquei um horário no salão Novo Arte, que fica numa travessa da Augusta, pra fazer a transformação no cabelo. Fui lá pois eles são um salão ~alternativo~, que costuma trabalhar com cabelos diferentões e coloridos. A cabeleireira fez uma análise no meu cabelo e achou melhor não descolori-lo todo, pra não danificar muito o coitadinho.
A idéia era fazer um degradê, mas ela acabou fazendo mais mechas do que um degradê propriamente dito, porque o cabelo estava castanho escuro na raiz mas mais claro na altura da orelha pra baixo, pois eu o havia clareado há alguns meses.
O resultado foi esse aqui:
Então, vamos lá!
No início de março, assim que cumpri o aviso prévio da empresa onde trabalhava, marquei um horário no salão Novo Arte, que fica numa travessa da Augusta, pra fazer a transformação no cabelo. Fui lá pois eles são um salão ~alternativo~, que costuma trabalhar com cabelos diferentões e coloridos. A cabeleireira fez uma análise no meu cabelo e achou melhor não descolori-lo todo, pra não danificar muito o coitadinho.
A idéia era fazer um degradê, mas ela acabou fazendo mais mechas do que um degradê propriamente dito, porque o cabelo estava castanho escuro na raiz mas mais claro na altura da orelha pra baixo, pois eu o havia clareado há alguns meses.
O resultado foi esse aqui:
Mais um "check" pra minha listinha "lugares pra conhecer na Irlanda".
Sábado fomos visitar o castelo e a praia de Malahide, cidade próxima a Dublin. Dá pra ir de ônibus e trem (DART), e fomos de trem pra ir mais rápido (uns 20, 25 minutos).
Sábado fomos visitar o castelo e a praia de Malahide, cidade próxima a Dublin. Dá pra ir de ônibus e trem (DART), e fomos de trem pra ir mais rápido (uns 20, 25 minutos).
Eu comentei aqui há alguns dias que fui na biblioteca perto de casa e descobri que eles oferecem aulas de conversação de vários idiomas. E eu também já falei aqui há uns meses que estudei italiano por um tempo e adoro essa língua. Aí resolvi juntar o útil ao agradável e fui lá na conversação segunda-feira pra ver qual é que é.
Cheguei na biblioteca do shopping Ilac. Ela fica no último andar, vi uma placa no térreo e foi fácil encontrá-la. Pedi informação pro cara da recepção e ele me mostrou a sala onde a conversação acontece. Algumas pessoas estavam ao lado de fora, mas logo chegou um funcionário da biblioteca e abriu a sala.
As pessoas chegaram, pegaram as cadeiras que estavam num canto e foram formando um círculo. Tava um clima de awkwardness (não sei em português, "estranheza"?) na sala, ninguém sabia o que falar. Aí uma menina perguntou se eu era nova ali. Me senti na própria reunião do A.A tipo vamos-nos-apresentar e comecei a falar meu nome, de onde eu era, o que eu fazia aqui. Mais gente foi se juntando ao círculo mas ninguém mais falou de si. Ah não ser a menina, que ficou impressionada com o meu inglês ser tão bom mesmo eu sendo brasileira (ela disse mais ou menos assim). Aí fiquei com a cara de pateta esperando alguém falar alguma coisa. ONDE É QUE FUI ME METER?!
Cheguei na biblioteca do shopping Ilac. Ela fica no último andar, vi uma placa no térreo e foi fácil encontrá-la. Pedi informação pro cara da recepção e ele me mostrou a sala onde a conversação acontece. Algumas pessoas estavam ao lado de fora, mas logo chegou um funcionário da biblioteca e abriu a sala.
As pessoas chegaram, pegaram as cadeiras que estavam num canto e foram formando um círculo. Tava um clima de awkwardness (não sei em português, "estranheza"?) na sala, ninguém sabia o que falar. Aí uma menina perguntou se eu era nova ali. Me senti na própria reunião do A.A tipo vamos-nos-apresentar e comecei a falar meu nome, de onde eu era, o que eu fazia aqui. Mais gente foi se juntando ao círculo mas ninguém mais falou de si. Ah não ser a menina, que ficou impressionada com o meu inglês ser tão bom mesmo eu sendo brasileira (ela disse mais ou menos assim). Aí fiquei com a cara de pateta esperando alguém falar alguma coisa. ONDE É QUE FUI ME METER?!
Eu nunca pensei em fazer trabalho voluntário. Nunca achei que combinasse comigo e por conta de estar sempre trabalhado e estudando, nunca tive tempo.
Mas aqui na Irlanda as coisas são diferentes!
No dia em que fui pra biblioteca, uma funcionária de lá perguntou se eu era estudante e se gostaria de ser voluntária, já que isso ajudaria no inglês e tal. Peguei o folheto que ela me deu e fiquei pensando no caminho pra casa.
Resolvi me inscrever no site. Basicamente você você coloca seus dados pessoais e áreas de interesse - eu coloquei arte e educação, mas tem de tudo, tudo mesmo.
Uma semana depois, recebi email de uma tal de Eleanor perguntando se eu gostaria de participar do projeto Music Matters. É um coral comunitário que tem como membros pessoas com alguma deficiência física ou mental. O trabalho seria pra ajudar no café, ajudar com as cadeiras, ajudar quem precisa a se locomover. Achei bacana e disse que tava a fim.
A princípio, eles querem um compromisso de 6 meses, uma vez por mês. Moleza, né? Fui lá essa semana pra conhecer.
Sábado passado foi dia de conhecer o maior parque urbano da Europa: o Phoenix Park. De casa é bem pertinho! Na verdade, esse parque é gigantesco e engloba várias áreas de Dublin. Ele é um parque, mas não um parque fechado, tipo o Ibirapuera em São Paulo - há algumas entradas mas estas não fecham, porque afinal de contas, até carros e ônibus passam por dentro dele.
Eu planejei o intercâmbio há meses, juntei dinheiro a mais, enfim, fui mais cuidadosa do que sou de costume porque sair de casa pra morar fora é coisa séria e demanda dinheiro e planejamento.
Aí eu cheguei na Irlanda com dinheiro a menos, por conta de uma passagem que comprei em Istambul (fui burra, já aprendi a lição, mas estou no processo de reaver a grana, vamos ver) e por conta disso, tive que economizar ainda mais nos primeiros dias aqui.
Só que mesmo economizando, a gente gasta. Gasta com edredon, lençol, depósito, aluguel, passagem de ônibus... quando menos percebe, o dinheiro foi embora, você ainda não tem conta no banco, não pode gastar dos 3 mil que trouxe exigidos pela imigração pra tirar o visto e tá quase pedindo socorro pra sua mãe.
Gosto de como as irlandesas se vestem, com algumas exceções. Já até falei rapidamente aqui no blog, mas queria comentar mais a respeito.
No geral, elas estão sempre maquiadíssimas e com a base num tom mais escuro - geralmente alaranjado - do que a pele. Cílios postiços e batom rosa vi aos montes, e nas meninas novinhas também Essa é a única parte do vestuário delas que não gosto tanto. Não tenho fotos próprias pra ilustrar porque é meio tenso tirar foto das pessoas na rua, mas nada que uma busca no google não resolva:
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Já vi várias assim na rua, sério |
Confesso: a última vez que havia entrado numa biblioteca foi, provavelmente, por volta dos meus 17 anos. Eu freqüentava a biblioteca da escola mais de uma vez por semana e saia sempre com muitos livros. (saudade do tempo em que eu devorava Harry Potter e lia Agatha Christie numa tacada só!)
Depois que comecei a trabalhar, freqüentei bem mais livrarias e alguns sebos.
Essa introdução foi pra dizer que aqui perto de casa tem uma "filial" da Biblioteca Pública de Dublin. Meu flatmate já havia feito carteirinha e fui lá fazer a minha também. Precisa levar comprovante de residência e passaporte. Com a carteirinha é possível pegar 12 itens de uma só vez: livros, CDS, DVDs, etc. O prazo de entrega desses itens é diferente, mas pelo site é possível renovar, reservar, consultar, enfim.