Antes de contar o que fiz na sequência, preciso contextualizar um negócio: desde que comecei o curso na UCD, fiquei sabendo através de uma das nossas professoras, que o ELT Ireland promove um chat no twitter duas vezes por mês sobre ensino de inglês. Você pode participar usando a hashtag e desse modo conheci várias pessoas e sempre tentei participar.
Num desses chats uma professora inglesa que trabalha em Milão me adicionou, mas nunca interagimos muuuito, só no nível profissional, quando tinha o chat mesmo. Aí eu postei uma foto de Milão no sábado quando tava lá e ela me mandou mensagem pelo twitter dizendo que gostaria de me conhecer e perguntou se poderíamos nos encontrar pra um café.
Como eu estava sozinha mesmo, achei que um café com alguém "conhecido" iria bem e topei. Combinamos de nos encontrarmos na Zara da estação central de Milão, mas como eu estava sem internet, mesmo tendo salvo o mapa do lugar, não consegui achá-la de jeito nenhum. Pedi informação, dei a volta na estação, até que consegui um wi-fi e a Sarah veio ao meu encontro, ufa!
Batemos um papo rapidinho, mas foi super legal. Eu já falei aqui no blog, mas esse mestrado na UCD foi maravilhoso não só pelo conhecimento, mas pelas portas que se abriram pra mim e pelas pessoas que estou tendo a oportunidade de conhecer através dessas aberturas, sabe? Tomei um suco de laranja maravilhoso e depois ela seguiu seu cmainho, pois tinha que encontrar o marido.
De lá, resolvi ir até o Museo Nazionale della Scienza e della Tecnologia Leonardo da Vinci. Eu tava com preguiça de ficar na rua porque estava muito abafado e um museu seria uma boa por causa do ar condicionado, né? hahaha
A entrada custou 10 euros e o museu é simplesmente gi-gan-tes-co. Eu já fui em dois museus grandes de ciências (em Londres e em Munique), mas esse em Milão não deve nada à eles. São vários prédios e vários andares que englobam vários assuntos relacionados à ciência como astronomia, astronautas no espaço, matemática, invenções, engenhocas, meios de transporte, meios de comunicação, etc, etc, etc. Eu fiquei muitas horas lá porque fui tirando umas pausas, sentando nos assentos super confortáveis que eles tem espalhados pelo museu, o que ajudou demais.
Que coisa estranha ver esses modelos de celulares num.... museu! |
Uma das minhas seções preferidas foi a parte de televisão, pois eles explicam não só o desenvolvimento da TV como um aparelho, mas também das emissoras e programas televisivos na Itália. Assisti uns vídeos super legais de programas musicais italianos e ó... nada muito diferente dos brasileiros não!
Eu tava morta de fome e o museu não tem um café, apenas umas máquinas que vendem salgadinho, bebidas e chocolate. Resolvi então que, já que eu ainda tinha algumas horas em Milão, poderia voltar à Galleria e ao Duomo pra me despedir. Almocei uma carbonara por lá mesmo, tomei o meu bom gelato e peguei o metrô pra estação central novamente, de onde o ônibus para o aeroporto sairia. Sim, porque eu cheguei por um aeroporto (bem mais central), mas voltei de Ryanair, o que significa que o aeroporto não era em Milão, mas em Bérgamo.
Uma hora depois eu estava no aeroporto. Fiz check-in, passei pela segurança, comprei uma revista e tomei mais um gelato e esperei pelo portão de embarque. Quando o número do portão saiu e pudemos passar pela imigração, uma surpresa: o vôo estava uma hora atrasado. Afff. O aeroporto lá não dá wi-fi ilimitado e ainda por cima você tem que fazer um cadastro meio chato.
Um cara que estava sentado ao meu lado perguntou, em italiano, como fazer o cadastro. Eu respondi que meu italiano não era tão bom e ele perguntou se podíamos falar em inglês ou português. PORTUGUÊS? O cara já tinha morado no Rio e em Salvador e falava um português impecável, hahaha.
No fim, ficamos batendo o maior papo até dar a hora de embarcar. E essa foi a minha aventura em Milão, na Itália. Não vou dizer que não vale a pena, porque eu curti. Mas assim, se você estiver naquela região da Itália mesmo. Pra ir pra Itália SÓ pra conhecer Milão, eu acho que não vale tanto, sabe? Não tem aquele esteriótipo de Itália que a gente espera.
ps.: No próximo post eu conto da melhor coisa dessa viagem - o show da Laura Pausini, claaaaro!