O meu irlandês sobre o Brasil - 2ª edição - parte II

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Segunda parte dos posts sobre a segunda vez do meu R. no Brasil. Para ler a primeira parte, clique aqui.

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Rubbish and phone booths

Ok, this part might be a little controversial, but I have to say it: São Paulo is a dirty city.  There is a lot of rubbish in the streets – not in every part of the city, but those that have it are quite bad.  Related to that, the buildings don’t look as well maintained from the outside as they do inside – it’s always a startling contrast to me that I can be on a street with lots of rubbish and shabby buildings and then walk inside a business or a house on that street and see it as neat and clean (if not cleaner) than at home.  The appearance of buildings isn’t anything unique to São Paulo (parts of Dublin can be similar) so it’s less surprising to me, but the amount of litter in the streets is.



Brazilians are very clean people – both in terms of personal hygiene and household.  That’s why the rubbish in the streets doesn’t make sense to me.  One day I made the observation that the city has countless orelhões, yet I see comparatively few public bins.  Surely at this point the almost everyone has a mobile phone, meaning that the phone booths have little use anymore, so my big idea for São Paulo is to replace the phones with bins.  Of course, they’d cost more to run, but wouldn’t it be worth it?  Are you with me?


O meu irlandês sobre o Brasil - 2ª edição - parte I

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Como prometido, aqui está o post que o meu querido R. escreveu sobre a nossa segunda visita ao Brasil. Eu dividi o post em 3 partes porque são vários assuntos e, ao contrário da outra vez, em que traduzi os quatro posts dele, resolvi não traduzir dessa vez. Primeiro porque acho tradução um trabalho do cão e não farei jus à qualidade da escrita dele na língua original; segundo porque ora bolas, google translator tá aí pra quê, né, minha gente? Não editei absolutamente nada e as palavras/frases em português no meio do texto foram ele que escreveu, ok?

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opinião irlandês sobre o brasil

Introduction

Oi gente!

It’s R. here again – Bárbara asked me whether I’d be interested in writing about Brazil for a second time, so I figured why not?  While my Portuguese has improved a little since that time, I still can’t speak or write all that much, so I’ll have to rely on Bárbara to translate for me.


Minha escola fechou!

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Não é de hoje que escolas de inglês vem fechando em Dublin: no ano passado, por exemplo, foram mais de 10 escolas fechadas. Este ano já foram quatro, incluindo a escola onde eu estudava, a MEC. Há muita fábrica de vistos, muita falcatrua, mas também muita má administração.

Já falava-se que a MEC fecharia desde que eles perderam um selo de qualidade chamado ACELS em setembro de 2014. Aliás, o papo de que a MEC fecharia é antigo, mas nunca dei fé - afinal de contas, até ir pra um prédio melhor eles foram esse ano. Acredito que estavam investindo em maior e melhor infra-estrutura e tal.

Desde a Páscoa deste ano a escola estava sem aulas - durante a Páscoa as escolas tem mesmo uma pausa, mas eles não voltaram quando deveriam ter voltado. Várias discussões e dúvidas começaram a surgir nas redes sociais acerca do que estava acontecendo - até que saiu na RTÉ uma matéria sobre professores protestando sobre falta de pagamento. E desde então, foram semanas de intensa troca de informações entre alunos da instituição e alguns funcionários e professores no facebook. Inclusive muitos deles trabalharam como voluntários emitindo certificados pra quem já havia finalizado o curso (já que estavam sem ser pagos há semanas). Um dos meus professores (do qual já falei aqui no blog), se mostrou extremamente solícito e ajudou vários alunos.

Alguns brasileiros conseguiram reunir dados de alunos da MEC pra conversar a respeito da situação na embaixada brasileira, já que era quase certo que a escola tava pra fechar. O pessoal da embaixada,  apesar de não poder fazer muito, se mostrou prestativo e disse que tentariam fazer o link entre alunos e Ministério da Educação.

Links legais #4

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O Links Legais de número quatro está no rascunho há um tempão mas só agora, depois de ter voltado do Brasil, é que consegui me organizar e fazer uma seleção bem bacana pra posteridade!

Como eu demorei, acumulei muitos links legais... haja tempo e coragem! Fique à vontade pra clicar em qualquer um deles (e me diga o que achou interessante e tal)! :)


Sobre bebês e crianças

Achei a reflexão proposta pela autora bem interessante
http://reconstruindohistorias.com/2015/03/01/voce-quer-ser-mae-ou-apenas-ter-um-bebe/

Os efeitos de excesso de elogios aos filhos - sempre observo isso com os pais das crianças que eu cuido e também das mães que vejo na escola do J.
http://www.herfamily.ie/parenthood/the-power-of-positive-feedback-child-psychologist-david-carey-on-the-affects-of-praise/213102?utm_source=Facebook&utm_medium=Promoted+Post&utm_campaign=HerFamily_March2015


Fotografia

[6 on 6] Street Art

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Eu, pessoalmente, não sou muito fã de arte urbana. Nada contra, mas não faz muito o meu estilo, sabe? De qualquer forma, eu já estava acostumada a ver diversos desenhos e gravuras (e também pichações) nas ruas da minha terra, São Paulo.

Aqui em Dublin sempre notei que há muito pouco, quase nada, de arte na rua. Quer dizer, ter tem, mas eu sempre achei que ela se concentra mais no centro. Nas ruas e muros dos bairros você não vê pinturas, desenhos, enquanto em SP, por exemplo, há sempre algum tipo de expressão artística, inclusive nas vilas e bairros!

Pro tema dessa vez eu não podia ir em nenhum outro lugar senão o Temple Bar! Localizado no centro da cidade, é uma espécie de 'área boêmia' da cidade, super turística com vários pubs e lojinhas.

Vamos começar?


Resenha: como é voar de British Airways?

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Já vim de São Paulo pra Dublin três vezes: na primeira, em 2013, voei de Turkish Airlines, que pesar de ser uma companhia incrível, me deixou na mão na volta e nunca se desculpou comigo. Acabei tendo que vir de Istambul pra Dublin pela British Airways, mas como eu estava cansada, passando por um estress muito grande, nem prestei atenção no vôo direito.

Na segunda vez que vim pra cá voei de KLM, no ano passado. O vôo foi cansativo porque não consegui dormir quase nada, mas no geral, gostei muito da qualidade da comida (e o sorvetinho) e do vôo no geral.

Esse ano fui e voltei de British Airways e pra mim, ela tá muito à frente das outras que já voei.

Tanto na ida como na volta nosso vôo teve atrasos - e nas duas ocasiões já estávamos dentro do avião esperando por volta de um hora. Fora esse detalhe, tudo ocorreu muito tranquilamente. Fizemos check-in pela internet e pegamos um assento meio/corredor, pra que pudéssemos levantar quando quiséssemos. Havia duas opções de prato principal pro jantar mas acabei escolhendo o frango com legumes - a porção não era muito grande e como estávamos com muuuuita fome, não foi suficiente, mas ok. Consegui dormir umas boas horas e pela manhã eles serviram o café - um típico English breakfast!

Cinemateca #3 e #4

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Cinemateca não morreu! Estou aqui!


Gente, sorry. Por conta daquela loucura de março - renovar o visto, preparativos pro Brasil, não consegui ver o filme #3, cujo tema era "filme com personagem principal feminina". Até achei que poderia falar de algum filme que vi esse ano (até agora 18) que encaixasse no tema e qual foi a minha surpresa ao ver que não, só vi filme de homem! Sério! Me deu até decepção e um pouco de vergonha.

Eu até tava querendo ver aquele "Still Alice", que deu o Oscar de Melhor Atriz pra Julianne Moore, mas ainda não deu. Mas eu ainda vou conferir esse filme, e quando o fizer, volto aqui pra contar sobre.

Kids, bambini, niños e crianças: I see them everywhere

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Não sei o que está acontecendo comigo.

Lembra da Bárbara, que odiava crianças? Aquela que dizia que nunca seria mãe, que bebês eram sem-graça, que crianças eram insuportáveis, etc, etc, etc?

Pois é.

Não sei onde aquela Bárbara está - deve ter ficado no Brasil, porque a Bárbara da Irlanda é diferente.

A Bárbara da Irlanda é babá há mais de um ano e meio e convive com crianças de segunda à sexta - já cuidou de uma faixa etária que vai de 1 ano e 3 meses pra quase 6 anos de idade.

A Bárbara da Irlanda tem amigas grávidas, recém-mães e outras amigas babás e sua timeline do facebook está repleta dessas pequenas criaturas.

Não sei se é porque estou na fase em que minhas amigas estão casando e tendo filhos e a aparição de crianças no cotidiano é maior ou se é alguma tipo de karma - a verdade é que se eu não me controlar, acabo falando de crianças com o R. o tempo todo. É inevitável. E tipo, não tô desesperada pra ser mãe ou nada do tipo (ainda tenho pavor de gravidez e muito medo de colocar a mão em barriga de grávida, vai entender). Eu acho que ter filhos não é pra qualquer um - tem que querer muito, tem que saber o que tá fazendo, tem que ter maturidade, experiência de vida, sabe?

E se... a Irlanda não fosse a Irlanda?

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Calma, explico: outro dia tava pensando com meus botões (e conversando com o R.): e se a Irlanda não fosse como é hoje, ou seja, se a Inglaterra nunca tivesse tido interesse aqui muito menos invadido e dominado a ilha por mais de 800 anos - as coisas seriam diferentes?

E a resposta, depois de matutarmos e até mesmo de discutirmos com amigos é que se isso tudo não tivesse acontecido, o mundo todo seria muito diferente.

A começar pela Irlanda em si: quando a Grande Fome aconteceu (expliquei nesse post aqui), o país continuou exportando comida (a mando da Inglaterra) enquanto centenas, milhares, milhões passavam fome. A bactéria que atingiu as batatas na Irlanda também atingiu outros países, mas diferentemente desses lugares, que mantiveram a produção de suas outras plantações no país e reduziram o preço dos alimentos para que a população pudesse ter acesso, a Irlanda sofreu consequências devastadoras.

Se a Inglaterra nunca tivesse invadido a Irlanda, a Grande Fome ainda teria acontecido, mas o resultado teria sido menos feroz (os tais 3 milhões que desapareceram daqui não seriam 3 milhões). Aliás, a população da Irlanda hoje seria muito, muito maior: métodos contraceptivos eram banidos até 1985, ou seja: por uns 100 anos depois da Fome. Se na época haviam 8 milhões aqui, eu suponho que hoje haveria muito mais. Também acho que a economia seria diferente e talvez o país seria menos Dublin-centered. Isso é só especulação, não dá pra saber, mas a lógica é que se tivesse mais gente espalhada, haveria mais lojas, comércio e serviço no interior do país tanto quanto (ou quase tanto) na capital.

Um dia inesquecível (ou o casamento dos casamentos)

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O motivo pelo qual eu fui ao Brasil na época da Páscoa este ano é muito simples: o casamento da minha prima Lu.

Pra quem não sabe, a Lu, além de minha prima, é minha irmã. São apenas 4 meses de diferença entre nós (e minha tia adora contar que quando a cegonha trouxe a Lu eu fiquei tão chateada que não aguentei esperar os 9 meses e vim um mês antes) e são muuuuuitas lembranças da infância, adolescência e vida adulta juntas.

Brincávamos de power rangers, criávamos peças de teatro, jogávamos bola, ouvíamos música, dançávamos Spice Girls, traduzíamos músicas dos Backstreet Boys, íamos pra faculdade juntas e por aí vai... Ela sempre esteve presente em todos os momentos da minha vida.



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