A cor do meu batuque tem o toque tem o som da minha voz

/

Se você leu o título desse post e completou com "Vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhante, vermelhão", cê tá ficando velho, hein? hahaha (e se você não entendeu porra nenhuma, clica aqui e aqui).

Brincadeirinha. É que eu enjoei do cabelo rosa - depois de quase um ano com ele assim, eu queria mudar mas não pra uma cor muito diferente, já que eu não queria ter que descolorir o cabelo de novo. O foda de descolorir é que o cabelo fica muuuuuito seco por algumas semanas. Haja cuidado e hidratação pra fazer o bichinho voltar a um estado aceitável!

Dentro dessa limitação que impus (a de não querer descolorir e ter que passar tinta por cima do rosa desbotado), não tinha muito como fugir do vermelho. Na verdade, eu gosto muito da cor e acho que combina com a cor da minha pele, já usei vermelho das pontas antes e gostei do resultado. 


turista X morador e um texto do Estadão

/

Esses dias uma galera que mora aqui na Irlanda divulgou um artigo que saiu no Estadão sobre a Irlanda e a Irlanda do Norte. A autora do texto foi convidada pela British Airways e Tourism Ireland pra escrever a matéria.

Bom, aí que quando eu li o texto fiquei pensando em como a nossa percepção é diferente quando moramos num lugar e quando somos só turista. E comentei isso com Bia e Rick e eles também tinham vários pontos interessantes sobre o tal artigo. Aí resolvemos nós três escrever sobre o assunto.

A autora começa o texto citando a coisa dos clichês, que aqui na Irlanda, têm a ver com a bebida, com os ruivos, U2, etc. Menciona também nomes de grandes escritores irlandeses como Wilde, Shaw e Joyce; beleza, a introdução tá bacana e engraçadinha. Até o momento em que ela faz um parágrafo super "classe média sofre": "Você já foi mil vezes para Londres, conhece Paris de ponta-cabeça e pega o metrô em Berlim com mais tranquilidade do que em São Paulo, mas não conhece Dublin nem Belfast. Que tipo de globetrotter é você, afinal?". Ai gente, me poupe, quanta arrogância!

Edimburgo - parte V

/

Caramba, como menos de 48h num lugar rendeu tanto assunto aqui no blog?

É que eu fiquei apaixonada por Edimburgo mesmo. Apesar de muitas coisas serem parecidas com Dublin (e não que isso seja ruim), a cidade tem características próprias, um lance bem legal no ar. Nos posts sobre a cidade contei sobre o Castelo, o tempo medieval, o cemitério, alguns personagens curiosos na história de lá, alguns museus e o Calton Hill, mas olha só, ainda faltou coisa. E vamos começar com coisa boa? Vamos começar falando de comida.

Eu adoro provar culinária de outros países, adoro. Já tinha ouvido falar do haggis e não havia me animado muito com a descrição do prato não - um bucho de carneiro recheado com vísceras, ligadas com farinha de aveia. O prato vem com turnips e potatoes e é...

Edimburgo - parte IV

/

Continuando a minha série de posts sobre Edimburgo - eu esqueci completamente de mencionar o cemitério que visitamos no primeiro dia! Não que eu seja fã de cemitérios, porque não sou, mas o walking tour passa rapidamente por lá e tem bastante história macabra e curiosa sobre o local.



O Greyfriars é um cemitério que começou suas atividades em 1561 (não me conformo em ver essas datas e pensar que nessa época os Portugueses haviam chegado há pouco no Brasil) e tem várias histórias e mitos que o rondam. Uma delas é sobre o roupo de corpos no cemitério. É que os professores de medicina na época precisavam de corpos pras aulas mas cada aluno estudava somente um corpo por ano. Foi quando um dos professores, Robert Knox, resolveu contratar uns caras pra não só roubar corpos do cemitério como matar pessoas pra que ele tivesse "corpos frescos" para o estudo de anatomia.

O negócio era tão sério que quando alguém importante ou que tivesse grana morria, contratava-se um guarda pra ficar de olho no túmulo da pessoa, pra garantir que ninguém o roubasse. 

Edimburgo - parte III

/

O segundo dia em Edimburgo começou cedo e corridinho - queríamos ter colocado os pés na rua mais cedo, mas estávamos tão cansados do dia anterior que não conseguimos sair antes das 9h. Mesmo assim, fizemos o check out, tomamos café num lugar ali perto (aliás, um deal ótimo de 5 libras com um lanchão, bebida e um pedaço de shortcake) e seguimos pra estação Waverley pra deixar as malas no lockers enquanto faríamos os passeios pela cidade.

Só que o locker de Edimburgo tá achando que é a última coca-cola do deserto. Cara, era um negócio tipo 9 libras por item. Aí não dá, sem condições! R. colocou a minha mochila (que tava bem vazia até, beijos) dentro da dele e levou ela na costas durante o dia.

Começamos direto no Castelo de Edimburgo.



Edimburgo - parte II

/

Como eu tava comentando no post passado, teve muita informação interessante e curiosa no walking tour por Edimburgo. Uma das que mais me chamou a atenção foi a história da tal pedra do destino. Vou confessar que a guia explicou meio por cima e eu não entendi de onde veio a pedra, afinal. Aí pesquisando pra escrever esse post achei um texto bem bacana e fácil de entender - retirado do site "Hunky-Dory":

"Talvez a pedra mais famosa da Grã-Bretanha seja a Pedra do Destino, também conhecida por Pedra de Scone. A disputa dessa pedra tornou-se uma questão de honra para os escoceses, pois representa para eles um dos mais importantes símbolos de sua pátria. Conta-se que a Pedra serviu de travesseiro para Jacó, o rochedo onde repousou sua cabeça quando sonhou da escada que se erguia aos Céus. A lenda continua, afirmando que a Pedra foi levada para a Escócia por descendentes de Scota, filha do faraó do Egito, e instalada num local chamado Scone por um rei que uniu o reino dos escoceses com o de outro grupo autóctone, no séc. IX. No entanto, o arenito da Pedra do Destino é do tipo que se encontra na área de Perthshire, um condado a leste da Escócia. Por aproximadamente 400 anos, os reis dos escoceses eram coroados, sentados na Pedra do Destino. Com o passar dos anos, a realeza escocesa foi se enfraquecendo, e a inglesa se fortalecendo, a ponto dos reis ingleses encararem os escoceses como seus vassalos, inaceitável para os escoceses até os dias de hoje."

Edimburgo - parte I

/

Ahhhh, que maravilhosa é essa capital escocesa, hein? Edimburgo é uma cidade misteriosa, linda e muito, muito, muito turística. Fiquei assustada com o tanto de turista que vi pelas ruas do centro, mas o meu susto e espanto eu descrevo melhor em outro post dessa série.

As passagens estavam compradas há meses, e pelo fato das mesmas estarem muuuuito caras pra voar no sábado e voltar segunda (feriado aqui), resolvemos comprar a passagem pra sair no domingo de manhãzinha - assim, teríamos dois dias completos na cidade. Só que Murphy mandou um beijinho e mudou um pouco os nossos planos.

Avião tava previsto pra chegar às 7h30 da manhã em Edimburgo, só que um pouco antes disso o piloto avisou que por conta da intensa neblina, não seria possível fazer o pouso lá - fuck! Ele explicou que não havia nada a ser feito, a não ser pousar em outro aeroporto, o de Glasgow. Até aí, beleza, achamos que ia rolar um ônibus pago pela Ryanair pra nos levar pra Edimburgo - ledo engano. Quer dizer, o ônibus até existia, mas ele tava vindo de Edimburgo com o povo que ia embarcar lá e poderia demorar até 2 horas pra chegar. Fuck de novo! O funcionário no aeroporto nos recomendou pegar um trem, já que seria mais rápido. Mais ou menos, porque como era domingo, o trem só passaria em uns 50 minutos.

Pequenos diálogos com pequenas meninas

/

Como cêis sabem, eu trabalho como babá aqui na Irlanda e o que mais gosto de fazer é conversar com as meninas e perguntar o que se passa na cabecinha delas. Todo dia tem alguma pérola ou coisa engraçada, mas nunca lembro de colocar no papel. Aí fiz um esforcinho de memória e reuni alguns diálogos e situações pelas quais passei com elas...

1) Indo pro parque outro dia, eu perguntava sobre o que elas haviam feito no St. Patrick's Day:

Eu: I went to the parade too! I went to the one in Dublin with my friends and my boyfriend.
É.: Boyfriend? What's your boyfriend's name, Barbar?
Eu:  It's R.
É.: And your girlfriend?

Porque amor não tem barreiras de gênero!

1.1

/

Esqueci completamente que no último dia completei 1 ano e um mês de Irlanda - 13 meses morando na Ilha Esmeralda! Quanta coisa tem acontecido na minha vida! Não sou religiosa, mas estou muito feliz e agradecendo aos céus e universo por tudo que conquistei e vivo a cada dia aqui.

Passada essa introdução meio breguinha, vamos aos fatos: o que aconteceu de bom nesse primeiro mês pós-renovação?

Um dia desses, no trabalho....

Em termos práticos, a rotina continua a mesma: trabalhando bastante, indo as aulas de alemão, escrevendo no blog, assistindo algumas séries e tentando me manter ocupada aos finais de semana, porque se deixar, eu faço nada meeeesmo. Como é bom não fazer nada de vez em quando!

Porqueee é primaveeeeeeeraaaa

/

Ai gente, que maravilha essa tal de primavera, hein?

Eu sempre digo que minha estação preferida é o inverno por motivos que já citei diversas vezes aqui no blog (em suma: odeio passar calor), mas o inverno no Brasil é diferente do inverno aqui. Não quero parecer aquelas pessoas chatas que ficam "ai, porque na Europa na diferente", mas porra, aqui dá pra ver a mudança das estações. No inverno é frio e as árvores estão secas e sem folhas, no verão é tudo vivo e verde, no outono tudo amarela e as folhas caem e na primavera tudo vira flor.

primavera em dublin, na irlanda


Acho que foi meio da noite pro dia que percebi que tinha um monte de flor nas árvores no caminho pro trabalho. Do nada percebi que as margaridas já tavam brotando loucamente em qualquer pedacinho de grama nesse país. Mas acho que a grande mudança foi a entrada do horário de verão - agora já tá claro bem cedo e fica assim até umas 8 da noite. Já tá uma vibe de primavera mesmo, porque teve dia que fez 13 graus e que passei calor, fiquei de camiseta na rua. Sim, eu sou calorenta. Ainda vejo gente usando casaco, lenço no pescoço, luva, mas ó, só dá pra usar essas coisas à noite, porque se tá sol, durante o dia não dá.

Web Analytics
Back to Top