Edimburgo - parte III

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O segundo dia em Edimburgo começou cedo e corridinho - queríamos ter colocado os pés na rua mais cedo, mas estávamos tão cansados do dia anterior que não conseguimos sair antes das 9h. Mesmo assim, fizemos o check out, tomamos café num lugar ali perto (aliás, um deal ótimo de 5 libras com um lanchão, bebida e um pedaço de shortcake) e seguimos pra estação Waverley pra deixar as malas no lockers enquanto faríamos os passeios pela cidade.

Só que o locker de Edimburgo tá achando que é a última coca-cola do deserto. Cara, era um negócio tipo 9 libras por item. Aí não dá, sem condições! R. colocou a minha mochila (que tava bem vazia até, beijos) dentro da dele e levou ela na costas durante o dia.

Começamos direto no Castelo de Edimburgo.



Edimburgo - parte II

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Como eu tava comentando no post passado, teve muita informação interessante e curiosa no walking tour por Edimburgo. Uma das que mais me chamou a atenção foi a história da tal pedra do destino. Vou confessar que a guia explicou meio por cima e eu não entendi de onde veio a pedra, afinal. Aí pesquisando pra escrever esse post achei um texto bem bacana e fácil de entender - retirado do site "Hunky-Dory":

"Talvez a pedra mais famosa da Grã-Bretanha seja a Pedra do Destino, também conhecida por Pedra de Scone. A disputa dessa pedra tornou-se uma questão de honra para os escoceses, pois representa para eles um dos mais importantes símbolos de sua pátria. Conta-se que a Pedra serviu de travesseiro para Jacó, o rochedo onde repousou sua cabeça quando sonhou da escada que se erguia aos Céus. A lenda continua, afirmando que a Pedra foi levada para a Escócia por descendentes de Scota, filha do faraó do Egito, e instalada num local chamado Scone por um rei que uniu o reino dos escoceses com o de outro grupo autóctone, no séc. IX. No entanto, o arenito da Pedra do Destino é do tipo que se encontra na área de Perthshire, um condado a leste da Escócia. Por aproximadamente 400 anos, os reis dos escoceses eram coroados, sentados na Pedra do Destino. Com o passar dos anos, a realeza escocesa foi se enfraquecendo, e a inglesa se fortalecendo, a ponto dos reis ingleses encararem os escoceses como seus vassalos, inaceitável para os escoceses até os dias de hoje."

Edimburgo - parte I

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Ahhhh, que maravilhosa é essa capital escocesa, hein? Edimburgo é uma cidade misteriosa, linda e muito, muito, muito turística. Fiquei assustada com o tanto de turista que vi pelas ruas do centro, mas o meu susto e espanto eu descrevo melhor em outro post dessa série.

As passagens estavam compradas há meses, e pelo fato das mesmas estarem muuuuito caras pra voar no sábado e voltar segunda (feriado aqui), resolvemos comprar a passagem pra sair no domingo de manhãzinha - assim, teríamos dois dias completos na cidade. Só que Murphy mandou um beijinho e mudou um pouco os nossos planos.

Avião tava previsto pra chegar às 7h30 da manhã em Edimburgo, só que um pouco antes disso o piloto avisou que por conta da intensa neblina, não seria possível fazer o pouso lá - fuck! Ele explicou que não havia nada a ser feito, a não ser pousar em outro aeroporto, o de Glasgow. Até aí, beleza, achamos que ia rolar um ônibus pago pela Ryanair pra nos levar pra Edimburgo - ledo engano. Quer dizer, o ônibus até existia, mas ele tava vindo de Edimburgo com o povo que ia embarcar lá e poderia demorar até 2 horas pra chegar. Fuck de novo! O funcionário no aeroporto nos recomendou pegar um trem, já que seria mais rápido. Mais ou menos, porque como era domingo, o trem só passaria em uns 50 minutos.

Pequenos diálogos com pequenas meninas

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Como cêis sabem, eu trabalho como babá aqui na Irlanda e o que mais gosto de fazer é conversar com as meninas e perguntar o que se passa na cabecinha delas. Todo dia tem alguma pérola ou coisa engraçada, mas nunca lembro de colocar no papel. Aí fiz um esforcinho de memória e reuni alguns diálogos e situações pelas quais passei com elas...

1) Indo pro parque outro dia, eu perguntava sobre o que elas haviam feito no St. Patrick's Day:

Eu: I went to the parade too! I went to the one in Dublin with my friends and my boyfriend.
É.: Boyfriend? What's your boyfriend's name, Barbar?
Eu:  It's R.
É.: And your girlfriend?

Porque amor não tem barreiras de gênero!

1.1

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Esqueci completamente que no último dia completei 1 ano e um mês de Irlanda - 13 meses morando na Ilha Esmeralda! Quanta coisa tem acontecido na minha vida! Não sou religiosa, mas estou muito feliz e agradecendo aos céus e universo por tudo que conquistei e vivo a cada dia aqui.

Passada essa introdução meio breguinha, vamos aos fatos: o que aconteceu de bom nesse primeiro mês pós-renovação?

Um dia desses, no trabalho....

Em termos práticos, a rotina continua a mesma: trabalhando bastante, indo as aulas de alemão, escrevendo no blog, assistindo algumas séries e tentando me manter ocupada aos finais de semana, porque se deixar, eu faço nada meeeesmo. Como é bom não fazer nada de vez em quando!

Porqueee é primaveeeeeeeraaaa

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Ai gente, que maravilha essa tal de primavera, hein?

Eu sempre digo que minha estação preferida é o inverno por motivos que já citei diversas vezes aqui no blog (em suma: odeio passar calor), mas o inverno no Brasil é diferente do inverno aqui. Não quero parecer aquelas pessoas chatas que ficam "ai, porque na Europa na diferente", mas porra, aqui dá pra ver a mudança das estações. No inverno é frio e as árvores estão secas e sem folhas, no verão é tudo vivo e verde, no outono tudo amarela e as folhas caem e na primavera tudo vira flor.

primavera em dublin, na irlanda


Acho que foi meio da noite pro dia que percebi que tinha um monte de flor nas árvores no caminho pro trabalho. Do nada percebi que as margaridas já tavam brotando loucamente em qualquer pedacinho de grama nesse país. Mas acho que a grande mudança foi a entrada do horário de verão - agora já tá claro bem cedo e fica assim até umas 8 da noite. Já tá uma vibe de primavera mesmo, porque teve dia que fez 13 graus e que passei calor, fiquei de camiseta na rua. Sim, eu sou calorenta. Ainda vejo gente usando casaco, lenço no pescoço, luva, mas ó, só dá pra usar essas coisas à noite, porque se tá sol, durante o dia não dá.

10 lugares pra (ainda) conhecer

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Apesar de ter conhecido muitas coisas em Dublin, arredores e Irlanda de uma maneira geral, ainda há muita coisa que eu gostaria de ver na Ilha Esmeralda. É que eu não me dou por satisfeita não - ainda guardo nomes de lugares que vi em algum lugar e achei interessante, salvo fotos no pinterest de cidades pelo país que eu quero ver de perto, enfim, não deixo o meu "sonho irlandês" morrer. 

Pro meu segundo ano de Irlanda ainda quero conhecer (em ordem aleatória):

1) A fábrica da Guinness

(conheci em julho de 2014 - leia o post "O ponto turístico mais visitado da Irlanda")

Pois é, eu sei. É meio bizarro morar aqui e ainda não ter ido lá, mas o fato é que eu não tenho o mínimo interesse por cerveja, muito menos pela Guiness (amarga, credo!). A única coisa que me faria pagar o preço caro da entrada é a vista que se tem lá de cima, no bar 360º:



Rapidinhas

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Sempre faço posts temáticos e dedico um texto a um assunto específico, mas como eu ando meio na correria e acabaram os meus posts-reserva (a lista de assuntos pra escrever tá grande, só falta a disposição pra sentar e escrevê-los), vou fazer um bate-e-volta aqui rapidinho:

- Essa semana e a próxima são semanas de férias para os estudantes aqui da Irlanda, afinal de contas, a Páscoa tá logo aí. Isso significa que a É., uma das meninas que eu cuido, não vai pra escola por essas duas intermináveis semanas. Só o primeiro dia já me deixou acabada, pois foi um tal de leva-aqui-leva-ali... Mas só levar elas no parque e tudo não é cansativo; o cansativo é ela não saber brincar sozinha e ficar me chamando O TEMPO TODO. Desculpa, mas que saco! Não consigo ir fazer um xixi que a menina vai atrás de mim perguntar o quê tô fazendo. Coragem pro resto da semana...


Os melhores cafés em Dublin

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Ahhhh, eu adoro comer! Mas isso eu já falei diversas vezes aqui no blog, tipo aqui ou aqui. Fiz até uma lista dos restaurantes que frequentei no meu primeiro ano de Irlanda.

Agora resolvi deixar registrado também os cafés dessa cidade por onde passei. Não que eu seja a maior fã de café - aliás, não sou! Já viu brasileira que não bebe café?

Pois é, eu gosto de ir em cafés pela atmosfera, pelo chocolate quente, pela comida gostosinha. O primeiro café que fui aqui na Irlanda foi o Costa - é uma rede grande no estilo Starbucks - você pede a bebida no balcão, paga e senta. O chocolate quente grande deles leva o conceito de grande ao pé da letra: a caneca é tão grandona que tem dois "handles" pra segurar com as duas mãos. É uma delícia!

E já que falei do Starbucks, vale fazer uma menção: não tem nada de muito especial, né? É igual ao do Brasil, nenhuma bebida particularmente maravilhosa mas também não é ruim.

De redes grandes também fui no Insomnia, que tem um chocolate quente muito gostoso e diferente de todos os que já tomei na vida - eles colocam chocolate derretido na bebida, então fica muito doce e muito bom. Também gosto muito do apple crumble, é crocantinho e delicioso.

O lado feio de Dublin

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Dublin, assim como qualquer outro lugar no mundo, não é perfeita. Disso eu sempre soube e pude comprovar aos poucos no meu primeiro ano morando aqui: apesar de agitada, limpa, literária, musical e rica culturalmente, Dublin tem áreas meio barra-pesada, muita gente folgada, transporte caro e não totalmente eficiente e muitos pedintes no centro.

Mas isso é só a ponta do iceberg - o motivo de tantos pedintes e de tanta gente sendo sustentada pelo governo que só vive de badernagem (os tais do knackers) existir vem láááá de trás. A cidade sempre teve pobreza (lembra nesse post que comentei que quando a rainha da Inglaterra veio pra cá e se hospedou no Dublin Castle mandaram construir muros pra esconder as favelas que podiam ser vistas do castelo?): foi a potato famine que matou milhões e deixou outros passando fome ou obrigando-os ir pra outros países a procura de uma vida melhor; foram famílias vivendo amontoadas em casas sem saneamento no começo do século XX... Dublin, apesar de não ter sofrido com os problemas que as Grandes Guerras trouxeram pra Europa de uma forma geral, também lidou com diversos tipos de adversidade ao longo de sua história.

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