Uma sensação inesperada

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Eu sempre digo que não quero ser mãe, que não sou a maior fã de criança, etc e tal. Gosto de ser au pair temporariamente, de cuidar das meninas e me divertir com elas - honestamente, se crianças fossem fofinhas e legais pra sempre, eu teria vários filhos. Mas elas não são.

No início eu não ficava muito de pegação com as meninas porque eu achava estranho, mas com o tempo a gente se apega, não tem jeito. A É. não é muito de beijos e abraços e por ser muito temperamental, se ela não tá a fim nem de falar com você ela não vai falar com você, não deixa nem chegar perto. Já a C. é super carinhosa e adora abraçar os cobertores e ursinhos - nos últimos meses, principalmente depois das férias, notei que ela tá mais próxima, me abraça quando pego ela na colo, passa a mãozinha no meu rosto, essas coisas. Aliás, quando ela passa a mão no meu rosto e eu pergunto o que ela tá fazendo, ela responde: "I wanna fluff you, Barbar". <3



O fim-de-semana foi só sobre isso: St. Patrick's Day!

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Ah, o feriado nacional mais importante do ano! O Saint Patrick's Day!

Eu tava muito animada pelo Saint Patrick's por vários motivos: primeiro porque sempre comemorei essa data em SP, como professora de inglês, e segundo porque essa celebração casou com o meu aniversário de um ano morando na Irlanda! 

Por trabalhar em escolas de idiomas, sempre me vesti de verde e sempre fiz algum tipo de atividade com os alunos na data. Pra quem não sabe, o são Patrício é o santo padroeiro da Irlanda e trouxe o catolicismo pro pais. Ele usava o shamrock (trevo de 3 folhas) pra explicar a santíssima trindade e reza a lenda que foi ele o responsável por ter expulsado as cobras dessas terras. Se é verdade ou não ninguém sabe, mas o fato é que esse é o feriado nacional mais comemorado no mundo inteiro! E vem gente de muitos lugares diferentes pra ver o desfile e se jogar nos pubs irlandeses. 

Não sei como essa data se tornou tão importante e celebrada, mas ela acaba sendo mais do que o dia de um santo; é como o brasileiro ganhando final de Copa do Mundo, sabe? É um orgulho, uma alegria, todo mundo vira irlandês e entra na celebração.

Aqui em Dublin tinha vários eventos acontecendo no fim de semana todo: coisas pra família, apresentações na rua, parque de diversões e o evento principal, que é a parade que aconteceu ontem. 


O dia em que eu saí de casa...

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Nunca achei que fosse usar música do Zezé di Camargo pra ilustrar alguma situação da minha vida, mas não é que hoje eu só conseguia pensar nela?

"Mas ela sabe que depois que cresce o filho vira passarinho e quer voar..."

E há exato um ano eu voava (literalmente) pra minha nova vida, pra um destino novo e que me transformaria pra sempre. Pode parecer dramático, mas é intenso mesmo: no dia 16 de março de 2013 eu embarquei pra Istambul, embarquei pra realização de um sonho, embarquei para o inesperado. 

"Mas intercâmbio pra quê? Você já fala inglês!"

"Você vai abandonar seu bom emprego aqui pra ter subemprego na Europa?"

"Ah, mas na Irlanda é muito frio e chove demais!"

Para essas e outras frases parecidas que ouvi quando anunciei que vinha pra cá: apesar deu ter dado uma pausa na minha carreira pra ser babá, nunca estive tão feliz. O inglês? Claro que aprendi diversas expressões e o modo particular com o qual os irlandeses falam, então vamos dizer que o inglês melhorou! E o clima... o clima foi maravilhosamente atípico e até calor passei na ilha. 

Há um ditado que diz "home is where your heart is".... E o meu por ora, tá aqui.

Eletricidade e gás: mudando de companhia

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Diferentemente do que acontece no Brasil, aqui na Irlanda existem várias empresas que prestam serviço de gás e eletricidade e você escolher qual melhor lhe convém. Não precisa ficar preso à nenhuma Eletropaulo porque SÓ EXISTE a Eletropaulo, sabe? 

Na minha casa nos utilizávamos a empresa Airtricity para gás e eletricidade. A conta estava no nome da J., minha flatmate que saiu da casa em dezembro. Por ela ter saído, passamos a conta pro meu nome, mas havia um porém: pra passar a conta pro nome de outra pessoa teríamos que fazer um novo depósito de 200 euros para a empresa, já que eles devolveriam o depósito que a J. deu quando a conta foi feita no nome dela. 

Na época eu tinha acabado de voltar de viagem com minha mãe e irmão então não tinha um centavo no bolso. Aliás, todo mundo em casa tava super sem grana. O que faríamos?

E como anda o alemão?

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Como já comentei aqui no blog, estou fazendo um curso de alemão com duração de 8 semanas. Tenho noção que 8 semanas são só pra fazer uma apresentação do básico do básico, mas tá sendo inevitável ficar intrigada e interessada por essa língua que nunca quis ou imaginei aprender. No entanto, apesar de toda a minha curiosidade e boa vontade, foi difícil acompanhar as primeiras aulas. Parecia que eu tava observando a aula da professora e após o término daria um feedback - situação pela qual passei diversas e diversas vezes nesses quase 10 anos (caramba, 10?!!!) como professora de inglês.

A quarta aula, por exemplo, foi desanimadora. Dá pra ver que a professora prepara as aulas, mas se atrapalha muito no delivery, no passar as instruções, sabe? 

Mesmo assim, tenho seguido firme, estudado em casa, lendo as frases em voz alta, estudando com aplicativos no celular, praticando com o R. 

A quinta aula pra mim foi a melhor. A professora fez mais atividades em duplas e eu me senti mais confortável em "falar alemão" com minha colega do que ler em voz alta pra sala inteira, como a professora sempre pede. Revisamos vocabulário (adjetivos tipo alto e baixo, bonito e feio, caro e barato, etc) e fizemos um exercício de leitura que por ter sido um pouco mais difícil, acabou sendo desafiador e interessante, pelo menos pra mim. 

Adaptação (?)

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Na contagem regressiva pra 1 ano morando na Irlanda e eu ...

... me acostumei a fazer compra nos mercados aqui - já sei onde tem os produtos que mais gosto, os mais baratos, enfim, já tô ligada no rolê do Tesco e do Lidl;

... me acostumei a ver ciclistas pela cidade toda. Acho que vai ser estanho quando eu voltar pra SP e não ver tanta gente andando de bike;

... me acostumei com o número de carrinhos de bebê e crianças que preenchem as ruas de Dublin (mentira, eu ainda fico pensando "caramba, como esse povo faz filho, gente!")

... estou totalmente habituada com o clima;

 ... me acostumei a ouvir diversos idiomas, principalmente o português, nas ruas do centro;

... tomo chá com leite todo dia e sinto falta quando não tomo;


As 5 cidades mais bonitas que já visitei

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Há alguns dias eu fiz um post sobre os lugares mais bonitos na Irlanda. Mas eu queria mesmo era escrever sobre as cidades mais bonitas que eu visitei na vida - post totalmente inspirado no post da Marcela do blog "Postcards for Souvenirs".

Nessa lista não entrou nenhuma cidade irlandesa porque eu já fiz um top 5 irlandês, mas se algum lugar daqui entrasse, seria a ilha Inishmore, que na verdade é uma ilha, nem cidade é!

Eu queria também colocar alguma cidade brasileira na minha lista - não porque me senti na obrigação de TER QUE colocar uma cidade brasileira, mas porque eu já conheci algumas e acho justo dar um lugar pra minha terrinha na minha lista. Então vamos lá (já escrevi sobre todos esses lugares no blog, então é só clicar no nome do local caso queria ler mais)!





Fofura overload

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Pensa numa coisa fofa, bem fofinha. Uma coisa adorável, uma coisa que não tem como não dizer "owww" quando você vê. Então. Eu tenho vááááários desses momentos no meu dia-a-dia com as meninas - quando elas falam alguma coisa engraçadinha, quando fazem uma cara bonitinha, enfim... até o marmanjo dos marmanjos derreteria diante da fofura que elas são às vezes.

E aí eu me peguei aprendendo/usando um vocabulário totalmente novo no meu mundo: se antes eu usava a palavra "cute" pra descrever uma coisa fofa, hoje eu uso várias variações com as pequenas É. e C.: 

cutie
cutie pie
sweetie
sweetie pie
cutest thing
cutie lovie

O pequeno museu

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Fazia muito tempo que eu queria conhecer o Little Museum of Dublin. Acho que vi um desses sites de vida na Irlanda promovendo-o e fiquei interessada pelo acervo fotográfico de lá. Combinei de ir com a Tarsila, já que ela nunca tinha ido, mas nunca dava porque nossos horários não batiam. Até que depois de meses nós conseguimos conciliar e fomos pra lá num sábado à tarde. A entrada é baratinha e pra completar a Tarsila tinha uns vouchers que praticamente deixaram a gente entrar de graça!

Ouvimos o recepcionista comentar que em meia hora um tour começaria, então resolvemos dar uma volta enquanto aguardávamos. Entramos na primeira sala à direita, onde estavam sendo exibidas diversas fotos de Dublin da década de 60. Muito legal tentar adivinhar que ruas eram aquelas e mais legal ainda conseguir acertar!




Professor tem que ser professor de verdade

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O meu post sobre professores nativos e não-nativos teve muitas visualizações e repercutiu um pouco na sessão de comentários e no meu facebook também. Por isso, resolvi escrever sobre uma coisa que acabei deixando meio de lado no primeiro post e que faz toda a diferença no que diz respeito ao ensino de línguas: ter aptidão e "talento" pra ensinar. 

Não importa se o professor é nativo ou não, não importa se tem mil qualificações ou só uma. Se ele/ela não tem o jeito pra coisa, não vai rolar. Ora, quantos professores você já teve (tanto na escola como em cursos livres ou faculdade) que tinham um puta currículo mas uma aula de merda? Desculpa usar esse termo, "de merda", mas não é a verdade? 

Professores mestres, doutores, com pós-doutorados internacionais e uma aulinha medíocre. Professores com o básico de formação com aulas incríveis. O fato é que, sim, ter habilitações e boa formação dá credibilidade e conhecimento ao professor - não quero ter aula de matemática com uma pessoa que não seja formada em matemática, sabe? É o mínimo. Agora, ser formado em matemática não significa que a aula dessa pessoa será boa, sabe? Não funciona assim.


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