Croácia #2 - Split

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Nossa viagem de Plitviče pra Split foi um pouco longa e chegamos na cidade bem tarde, mas o caminho valeu demais. Acabamos dirigindo pelo "interior" do país e passamos por várias, dezenas de cidades e vilarejos croatas. O que mais nos intrigou é que muitos desses vilarejos pareciam totalmente abandonados. Quer dizer, alguns nem tanto, porque víamos algumas roupas secando nos varais, carros estacionados, mas nenhuma alma viva pra contar história. Chegamos a passar mais de hora sem ver absolutamente ninguém pelo caminho!

Fui ler um pouco a respeito e muito disso tem a ver com invasões durante a 2ª Guerra Mundial e também as Guerras na Iugoslávia nos anos 90 - mas falarei mais disso num outro post. O fato é que sim, muitas cidadezinhas e vilas estão meio desertas ou abandonadas. Sei que vai parecer totalmente creepy, mas R. e eu ficamos tão curiosos e fascinados que ficamos com vontade de descer em uma delas pra ver melhor, mas como estava ficando tarde, continuamos na estrada com destino a Split.

Achar o nosso hotel foi super fácil e ficamos surpresos com o quão perto do centro histórico estávamos. Tipo, como compramos as passagens e reservamos os hotéis em Janeiro, nem lembrávamos direito onde ficaríamos e a surpresa foi ótima. Porque é assim: se você tá indo pra Split, o burburinho, as atrações, tá tudo ali no centrinho histórico, então ficar hospedado ali é vantagem demais.








Nossa primeira caminhada pela região já nos deixou extremamente surpresos: parecia que estávamos em Roma! É que o que hoje são as ruas do centro histórico de Split, uma vez num passado distante foram os corredores do Palácio de Diocleciano - residência construída pelo imperador Diocleciano na costa da região da Dalmácia onde se "aposentou" depois de ter abdicado de sua posição como líder. Além disso, essa região da Croácia acabou fazendo parte do Reino de Veneza, então tem muita, muita influência ítalo-romana.

O passeio por Split, no entanto, começou pra valer meeesmo no dia seguinte. As temperaturas já estavam bem mais amenas do que no dia anterior e pudemos curtir demais o sol e nos refrescarmos com muitos sorvetinhos das gelaterias italianas que pipocam pela cidade. Como não tínhamos grandes planos, passeamos sem compromisso, curtimos o porto, subimos na torre da catedral de St. Domnius pra ter aquela vista clááássica de Split e passamos uma horinha no Split City Museum pra aprender um pouco mais sobre a cidade.






Pra subir na torre cobra-se uma entrada de 3 euros e prepare-se, porque são muitos degraus. Mas o problema nem é tanto o número de degraus, e sim o fato de que em determinado momento (quando você passa dos sinos da torre), os degraus são "a céu aberto": não há paredes completas em volta. Até tem, mas existem vãos enormes e umas janelonas, então dá muito medo. Mas a vista compensa, e compensa muito: aquela Croácia de Adriático brilhando no sol e casinhas de telhado laranja da minha imaginação estava lá, sorrindo pra nós!

Já o museu não mega imperdível não. O bom é que deu pra refrescar um pouco lá dentro por causa do ar-condicionado (quem nunca?) e aprender um pouco mais sobre o Palácio de Diocleciano e tal, mas esperávamos mais informações sobre outras coisas que fizeram parte da história de Split e nisso o museu deixou um pouco a desejar. Mas tudo bem, porque com entrada que custou menos de 2 euros, tá valendo.







A gente andou muito por aquelas ruelas de mármore, tiramos centenas de fotos, almoçamos um peixe delicioso e ficamos até um pouco entediados à tarde porque não tinha muito "o que fazer". O bom de ter ficado num hotel na boca do gol é que voltamos pra lá, descansamos das andanças e voltamos à noite pra procurar um lugar pra jantar. De quebra, vimos um cara se apresentar logo ali na entradona do Palácio que foi a coisa mais incrível. Ali tem uns degraus que um restaurante da região usa como assentos pra clientes, sabe? Então esse cantor trabalha pra esse restaurante, no melhor estilo bar&violão brasileiro! Sentamos com o nosso gelato e curtimos aquela atmosfera deliciosa de Split e nos despedimos da cidade da melhor maneira possível. O dia seguinte nos reservava cruzar a fronteira e conhecer a Bósnia, mas essa fica pra próxima, claro!



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