E de fato, compramos passagens pra um destino maravilhoso em agosto, mas como ainda era janeiro, ia demorar demaissss. Resolvemos então fazer uma mini-viagem aproveitando o feriado de maio e pegando dois dias de folga pra emendar e assim a Croácia surgiu em nossas vidas.
Eu já sabia de algumas possíveis atrações pra conhecer por lá, mas logo vimos que não seria conhecer tudo assim pois os lugares eram muito longe uns dos outros. A opção de alugar um carro entrou em jogo, principalmente depois que checamos os preços e vimos que dava pra fazer um roteiro legal por um preço que cabia no bolso.
Somente após pesquisar bastante sobre a questão do carro é que fomos procurar passagens aéreas. Queríamos conhecer o Plitviče Lakes National Park, que fica no meio do país perto da fronteira com a Bósnia, mas também queríamos ir pra Dubrovnik, que é a estrela da Croácia, lugar mais visitado, procurado, etc. Analisando o mapa e as distâncias, dirigir do parque até Dubrovnik levaria muito tempo e seria extremamente cansativo pro R., já que ainda não sou motorista, então quebramos a viagem fazendo uma parada em Split, que fica exatamente no meio do caminho.
Compramos passagens saindo de Dublin numa sexta à noite e pegamos uma acomodação baratinha a poucos quilômetros do aeroporto. É que pra pegar o carro nessa primeira noite sairia muito mais caro do que pegá-lo na manhã seguinte, então compensou demais passar essa noite numa guesthouse pertinho do aeroporto de Zadar e no sábado de manhã voltamos pro aeroporto pra pegar o carro.
Massss, eu lembrei que tinha visto um post da Dri Miller já um tempinho sobre uma cidade super fofa e charmosa na Bósnia - e ela visitou o lugar justamente numa viagem à Croácia, então incluímos essa parada no roteiro e foi uma decisão acertadíssima. O roteiro final ficou assim:
Sexta à noite: chegada em Zadar
Sábado de manhã: pegar o carro e seguir até o parque Plitviče
Sábado fim de tarde: seguir viagem pra Split
Domingo: Split
Segunda de manhã: passeio pela Bósnia
Segunda fim do dia: chegada em Dubrovnik
Terça: Dubrovnik
Quarta: volta pra Dublin saindo de Dubrovnik
A ideia foi justamente ter esse balanço entre um dia mais corrido com um mais tranquilo visitando uma cidade só e deu super certo: apesar dos dias de deslocamento terem sido cansativos, nós pudemos relaxar bastante nos outros. Fora que voltamos pra Dublin num vôo do meio-dia, então ainda tivemos o resto da tarde pra descansar em casa antes de voltar ao trabalho na quinta.
Dirigir na Croácia e na Bósnia não foi um problema, já que levamos GPS com mapas dos dois países e tínhamos também um mapa super completo que a locadora de carros nos deu. Além disso, é tudo bem sinalizado e relativamente fácil de achar. O problema foi lidar com motoristas croatas impacientes que muitas vezes dirigiam acima da velocidade permitida e faziam manobras e ultrapassagens perigosas. Para nós foi particularmente um pouquinho mais difícil porque na Irlanda dirige-se do lado esquerdo da estrada, então o R. estava levemente tenso de ter que dirigir do outro lado, mas depois do primeiro dia foi tranquilo.
Foi importante noticiar a locadora uns dias antes da viagem que precisaríamos de documentos para atravessar a fronteira da Bósnia, já que muitas vezes locadoras não permitem que você vá a outro país com o carro deles. Não teve dor de cabeça nenhuma, mas tivemos que pagar uma taxa a mais, claro. Passamos pela imigração algumas vezes durante a viagem toda, mas isso eu conto melhor depois!
Em termos de grana, apesar da acomodação não ter sido cara (pelo que costumamos encontrar pela Europa), os vôos foram mais no expensive side. Os primeiros dias foram mais baratos, comemos bem e visitamos algumas atrações tranquilamente sem precisar nos preocuparmos muito, mas o último dia em Dubrovnik quebrou o banco um pouquinho. Ficamos muito surpresos com os preços das coisas e das comidas, de verdade! Então se você pensa em conhecer essa cidade, prepara os bolsos porque nenhuma atração ali sai por menos de 15 euros e nenhuma comida em restaurante também não.
Ficamos apaixonados pelo verde do interior do país, pelas vistas incríveis, pelas águas do Adriático (apesar de não termos entrado) e pela mistura de culturas na Bósnia, mas pra falar mais sobre tudo isso, outros posts virão!