Mais um castelo irlandês pra coleção

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Faz bem mais de um ano que tirei minha habilitação de aprendiz e tenho tentado praticar o meu driving sempre que dá. Quando vamos ao mercado eu dirijo, às vezes no fim de semana saímos pra dirigir também. O R tem muita paciência e me incentiva muito a dirigir, afinal de contas devo muitos quilômetros rodados a ele, hahaha.

Brincadeiras à parte, um sábado desses uns meses atrás a previsão era de sol e dia quente, e resolvemos aproveitar o dia e ir pra algum lugar - comigo dirigindo, claro. Procurei no google lugares legais perto de Dublin e me deparei com um tal de Birr Castle.

Eu nunca tinha ouvido falar nesse castelo e nos interessamos porque parecia ser lindo, além do fato de que eu praticaria bastante minha direção - o local fica a 1 hora e meia de Dublin, mas pela rodovia principal, onde não posso dirigir ainda. Então fomos pelas back roads, vias secundárias e passando por várias cidadezinhas e no fim levamos 2h e meia pra chegar.





Foi uma ótima oportunidade de praticar um monte de coisa: como usar a quinta marcha (que eu quase nunca tinha usado), fazer ultrapassagem, diminuir gradativamente de velocidade, etc. Quando chegamos meus pés e tornozelos doíam muito, mas faz parte!

A entrada pro castelo custa 9 euros e além dos jardins e castelo, há também um Science Centre que no fim não entramos porque não deu tempo.

Nesse local também fica o maior telescópio do mundo. Lá por volta de 1840, o terceiro Earl of Rosse criou e construiu o tal do telescópio. Com ele, descobriu-se a natureza em espiral das galáxias, e qualquer um que quisesse testemunhar tal fato tinha que ir até Birr. Esse tipo de telescópio é refletor e foi o maior do mundo por mais de 70 anos (e ele ainda funciona!).





Os jardins têm vários tipos de plantas colecionadas pelos Earls of Rosse em suas viagens pelo mundo nos últimos 150 anos. Tem as mais altas box hedges, champion trees, lagos, riozinhos, cachoeiras... foi o primeiro jardim na Irlanda a receber espécies de dawm redwood depois de sua descoberta na em 1945.

O local oferece três tipos de trilhas, mas no final a gente misturou tudo e saiu zanzando (olha um verbo novo pra você, R.!) perdidos pelo parque. Nenhuma dessas caminhadas é difícil, o terreno é plano e não há dificuldades em termos de pedra, terreno escorregadio, nada disso.






O castelo em si foi construído por normandos e cercado por água para proteção contra os inimigos. A família O'Carrolls ocupou o castelo até 1580 quando ele foi vendido para os Ormond Butlers (ai, esses nomes, rs). E conforme o passar dos anos, o castelo não foi bem cuidado, foi sendo vendido e passado para outras famílias, que foram incorporando novas torres e salas para o forte inicial.

Na década de 1830 houve um incêndio no local e o castelo foi reconstruído e um novo andar adicionado. Uns anos depois, no auge da Grande Fome, como forma de empregar pessoas, a parte que cercava o castelo foi ajustada e refeita, com um novo portão instalado. Foi nessa época que o telescópio foi construído. Nós não sabíamos, mas no verão é possível fazer uma visita guiada dentro do castelo, mas deve-se agendar antes. Como fomos nesse lugar de supetão (outra palavra nova pra você, R.), acabamos não fazendo nada a não ser andar do lado de fora do castelo e jardins, mas acho que um tour deve valer super a pena!

Então Birr acabou sendo um ótimo passeio pra nós, não só pelas horas que passei no volante como também pelo castelo e jardins em si. Recomendo!





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