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Show das Spice Girls no estádio Wembley, em Londres

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Eu nunca vou me cansar de repetir o quão privilegiada e sortuda eu sou. Depois de realizar tantos sonhos nessas minhas 31 primaveras, a vida continua me surpreendendo e presenteando de modos que eu jamais esperaria! Uma dessas surpresas aconteceu em junho de 2019, quando tive a oportunidade de ver ninguém mais ninguém menos do que as Spice Girls ao vivo!

Antes: uma volta no tempo


Então vamos fazer um throwback rapidinho? Vamos. Corta pra 1998, quando Barbarella tinha apenas 11 anos de idade e amava ouvir música, começando seu vício na falecida MTV Brasil. Ela não sabia falar inglês - aliás, começou a estudar nessa época, mas fingia que sabia cantar, dançava na frente da TV com as primas e se inspirava naquelas inglesas incríveis que tinham o mundo aos seus pés.

A verdade é que acho que toda uma geração foi influenciada pelo girl power, pela cheekiness das Spice Girls, pelo discurso feminista, pelo figurino ousado, por tantas tendências... e por sua música, claro! Elas fascinaram o mundo, deixaram o Mandela todo bobo, fizeram gracinha com o príncipe Charles e colocaram a cultura britânica novamente no mapa, ainda que essa não tenha sido a intenção.


My second goodbye

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Acordei às 5 da manhã hoje, chorando - tinha tido um pesadelo com as meninas. No sonho, eu me despedia delas, coisa que faria mais tarde ainda hoje. Eu não queria dizer tchau.

Foi um dia comum: fomos à biblioteca, parque, brincamos em casa, comemos juntas, vimos até um pouco de TV (porque era último dia e no último dia pode). Comprei sorvetes, que havia prometido há algumas semanas, e os devoramos após o dinner. A mais velha grudou em mim à tarde toda e disse, do nada, "I love you very very very very much".

Eu sabia que choraria, mas nossa, como doeu.

Até o pai delas chorava e dizia-se triste por eu não trabalhar mais com a família. Quando ele chegou às 17h pra que eu pudesse ir embora, elas entraram em estado de negação e se recusaram a me abraçar pra dizer tchau. Ficaram pulando e cantando alto na sala e não ouviam o pai as chamando pra se despedir de mim. Eu queria muito dar um abraço nelas, mas confesso que já estava tão triste que teria ido embora sem dizer nada mesmo.


The first goodbye

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Faz poucas horas que ela embarcou, mas já tô sentindo falta.

Ela, que me ajudou muito mais do que pode imaginar.

Ainda em São Paulo, me ajudava com os posts sobre o preparativos do intercâmbio que eu lia no anonimato. Depois, quando dei as caras e a adicionei no facebook (pois tínhamos tanta coisa em comum, não podíamos ser amigas? professoras de inglês, amantes de livros e filmes... até no show do Morrissey estivemos "juntas" em 2012), passamos a ter mais contato.

Aí eu vim pra Irlanda, e no meu primeiro dia aqui ela combinou de me encontrar pra gente se conhecer pessoalmente. Tava frio, chovendo. Fomos na loja de 2 euros na Dame Street pr'eu comprar uma pasta de dente e de lá fomos tomar um chocolate quente no Costa Café com o Rick. No dia seguinte, ela me convidou pra comer um macarrão na casa dela (onde moro hoje): ali eu tive certeza que ela era gente boa.

Depois disso, foram muitos passeios, risadas e conversas. Fomos ao Dublinia, a Kilmainham Gaol, ao Museu de Arte Moderna, ao parque, no centro, em mais de um walking tour pela cidade (esse e esse) - e um passeio de barco também. Teve castelo, teve praia, teve interior. Além disso, cruzamos as fonteiras e passamos um dia frio e divertido na terra dos Beatles.

Foram muitos meal deals, sorvetes, andanças pela cidade, alguns pubs e até karaokê!

De conhecidas de internet pra parceiras de intercâmbio pra companheiras de casa (por um mês, mas também conta) pra amigas pra vida.

Mas ela resolveu voltar pra casa.

E hoje, dia 3 de julho, foi o dia em que um pedacinho do meu coração foi embora pra São Paulo, junto com ela.

Obrigada por tudo, Bia. Você tem um fabuloso destino pela frente!



My fourth goodbye

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Sim, a hora do quarto adeus chegou. Minha primeira despedida aqui na Irlanda foi da Bia, quando ela foi embora pro Brasil em 2013. Em 2014, me despedi da família M. com quem passei quase um ano trabalhando como babá fulltime. Em 2016, foi a hora de dizer tchau para a família C., com quem trabalhei por dois anos como babá meio-período. E agora, em 2017, me despedi dos meus alunos e colegas de trabalho nas duas escolas onde trabalhava aqui em Dublin.

Foram 6 meses na escola que fica na Hartcourt St. e 4 na outra escola na região do Temple Bar. Foi tudo muito intenso, especialmente nos últimos 4 meses, já que estava fazendo jornada dupla indo de uma escola à outra no horário de almoço e não tava fácil conciliar. Fora que trabalhar em duas escolas diferentes significa estar por dentro de procedimentos diferentes, planos de aulas diferentes, chefes diferentes...

A escola onde comecei em novembro não era a melhor do pedaço, mas consegui encontrar o meu espaço. Dava aula para turmas de upper-intermediate e gostava bastante de alguns colegas. Nunca tive problemas com ninguém, sempre fui elogiada por alunos e pela chefe, e peguei uma boa experiência dando aula para esse nível e também para o exame FCE.

My third goodbye

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O primeiro post dessa série foi publicado em 2013, quando minha amiga Bia foi embora da Irlanda. Sofri e chorei muito porque ela foi o primeiro contato que fiz antes de vir pra cá, viramos amigas, flatmates... permanecemos amigas e nos falamos com frequência até hoje, mas na época foi difícil lidar com a despedida.

O segundo post da série veio em 2014, quando me despedi da família M. depois de trabalhar um ano com as pequenas É. e C., duas belezinhas que hoje tem 5 e 4 anos de idade. Teve muita choradeira porque eu me apeguei às duas, mas felizmente tive outras oportunidade de visitá-las e inclusive passar um dia com elas no fim do ano passado. A família ganhou um novo membro, o pequeno D., de um mês de idade, que ainda não conheci.

A minha terceira despedida, no entanto, vem em 2016, quase dois anos após ter começado a trabalhar com a família C.

É até difícil pensar em palavras pra descrever o quão generosos e respeitosos eles foram comigo, de verdade. Chefes como esses eu sei que nunca mais terei na vida - acho que é uma daquelas coisas de uma vez na vida e outra na morte, como diz minha mãe.

A minha chefe também chama Bárbara, sem acento. Ela foi muito importante na minha vida aqui na Irlanda pois me apoiou em diversos momentos, ajudou, me deu espaço para férias, respeitou dias em que estive doente, enfim, ela foi muito mais do que uma chefe.

E os meninos? Ah, os meninos. Vou sentir falta deles! Dois anos na vida de uma criança é muita coisa e vi esses dois amadurecerem e evoluírem demais. Dos surtos de nervosinho que o J. tinha quando não conseguia fazer alguma coisa à choradeira do S. quando perdia um jogo, esses dois certamente fizeram as minhas tardes melhores. Afinal de contas, como eu saberia sobre super-heróis, Yogioh cards, Scooby Doo, Transformers, Rescue Bots e tantas outras coisas do universo dos meninos?

Opiniões de um irlandês sobre o Brasil - parte III

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Este é o terceiro de quatro posts com as impressões do R. sobre o Brasil. Resolvi seguir uma lógica meio não-linear e deixei um último assunto para o final (a barreira linguística) - é um tópico que me interessa e que quero desenvolver melhor.

Bom, no primeiro post nós lemos a introdução e as opiniões do R. sobre a comida e o povo brasileiro. No segundo, sobre o transporte, segurança e paisagem e arquitetura. Neste terceiro, riqueza e pobreza, SP X Rio e outras observações gerais. Bóra!

Wealth and poverty

Like every country in the world, there is a gap between the rich and poor in Brazil.  I don’t think I can quantify the gap, but I can say that the amount of homeless people in São Paulo caught me by surprise.  I don’t know how much bigger of a problem homelessness is in Brazil compared with Ireland, but it certainly seemed a lot bigger.  However that could just be a consequence of the size of the city – it’s much bigger than Dublin and logically there will be many more homeless people.  Furthermore, the stories from Bárbara and her friends about the wealthy students they teach were hard to believe.  I think the middle class in Brazil is quite large, as it is in Ireland, but middle class in Brazil appears much more challenging than Ireland – in São Paulo at least.

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