Uma vez professora, sempre professora

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"Filha de peixe, peixinha é", mas no meu caso, "irmã de peixe, peixinha é", "prima de peixe, peixinha é", "sobrinha de peixe, peixinha é" e derivados.

Tem mó galera na família que é professor. De inglês especificamente, somente eu e o Cé.

No ano passado eu tava meio puta e fiz um post falando que tava cansada de ser professora. Mas isso logicamente era stress de final de semestre e alguns meses depois, me deu muita saudade de dar aula.

Sugeriram que eu oferecesse aulas de inglês aqui em Dublin. A princípio, não imaginei que as pessoas fossem querer - afinal de contas, eu sou só mais uma brasileira, e gringo é que é bom professor.

Anunciei aulas no grupo de Dublin no facebook e tive um bom retorno. Várias pessoas interessadas, mas quando eu falava o preço (que NÃO É ALTO, veja bem, praticamente metade do que eu cobraria no Brasil), as pessoas diziam que "iam ver". Algumas chegaram até a marcar aula, mas desmarcaram em cima da hora e desanimei.

Pede pra sair! feat. Reencontros

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Eu não aguentei o emprego na Concern.

Desde o primeiro dia não me senti bem, não me senti confortável. Não ia dar conta, não gostei das pessoas, percebi que aquilo não era pra mim. Achei melhor "pedir as contas".

"Pede pra sair, porra!"

Mas a busca por emprego continuou: mandei currículo, saí entregando, me inscrevi em outros sites de au pair e na terça-feira fui pra uma entrevista.

Confesso que tinha mandado e entregado tanto currículo que não sabia nem qual era a vaga direito. Sabia que era relacionado à vendas, mas nem nos meus piores pesadelos pensei que fosse acontecer o que aconteceu.

Mas deixa eu começar do começo.

Mais sotaque irlandês

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Em maio eu fiz um post falando do sotaque irlandês. Na ocasião, comentei do som do TH, do U, do R e de algumas expressões/palavras muito utilizadas por aqui.

De maio pra cá tive muito mais contato com irlandeses e tenho tido a oportunidade quase diária de conversar com os locais (certo, R.?).

E aí que minha percepção sobre o sotaque irlandês mudou um pouco e aprendi novas coisas também.

Não consegui pensar em foto melhor pra ilustrar o post...

Relembrar é viver: férias em Natal (parte II)

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Ontem comentei da primeira parte das minhas férias em Natal, no Rio Grande do Norte. Agora voltei pra contar mais...

No dia em que chegamos lá, pegamos um táxi pra voltar do supermercado, onde passamos pra comprar coisinhas pra fazer de janta (economia em primeiro lugar, já que no hotel tinha cozinha no quarto). Fizemos amizade com o taxista e pegamos seu cartão - ele ofereceu um passeio de um dia inteiro pelo litoral sul do Rio Grande do Norte, já que comentamos que faríamos o litoral norte na nossa estadia lá.

Ele cobrou 100 por pessoa. Minha mãe não estava inclinada a fazer o passeio, mas já estávamos lá, qual a probabilidade de voltarmos? Bóra fazer o passeio e pronto.

Acordamos cedo no dia após ao passeio de buggy e o taxista nos esperava na recepção.

A primeira parada foi a Praia do Cotovelo:


Relembrar é viver: férias em Natal (parte I)

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Em janeiro de 2012 estive na capital do Rio Grande do Norte, Natal. Foi uma viagem muito gostosa e bacana, mas na época eu não tinha o blog e nunca escrevi a respeito.

Esses dias tava lembrando da viagem quando conversava sobre praias com minha flatmate e me deu vontade de escrever sobre o RN porque se eu não escrever, esqueço. Esqueço fácil!

Como comentei aqui, tenho família em Pernambuco, e nas férias de 2012, eu, minha mãe e meu irmão decidimos conhecer as maravilhas de Natal depois de passar uns dias na casa da minha família. Decidimos tudo com 6 meses de antecedência numa agência da CVC (CVC é amor) e parcelamos as passagens + hotel em umas 5 vezes, por aí.

O hotel a princípio era simples mas bem localizado, na praia de Ponta Negra.

O segundo dia de trabalho

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O meu primeiro dia na Concern foi uma droga, muito ruim. Foi tão ruim que pensei: "pior não pode ficar, né?".

Assim, fui pro segundo dia um pouco mais confiante.

Só que tem chovido muito aqui e eu não imaginei que essa chuva toda pudesse causar trânsito aqui. Trânsito que me fez chegar atrasada. Afff. Eu podia usar a desculpa do trânsito o tempo todo em São Paulo, mas aqui é complicado, né?

Quando percebi que o ônibus não tava andando mesmo, desci e fui indo a pé. Liguei no escritório e avisei que chegaria uns 10 minutos atrasada e corri na chuva pra pegar outro ônibus pra subir a Aungier Street.

Cheguei. A equipe estava me esperando - iríamos a pé até a Pearse Station pegar o trem pra Shankill, uma estação antes de Bray.

Chovia muito e fiquei ensopadíssima. No caminho, eu pensava "que droga, não preciso disso" ao mesmo tempo em que pensava "preciso do emprego, é só água".

Pegamos o trem e uns 25 minutos depois chegamos no local. Estava ensolarado, então ao longo do dia deu pra secar pelo menos.

A região tinha umas pessoas mais amigáveis e não levei tantos "nãos" na cara. Consegui conversar com algumas senhorinhas e tal. Mas não consegui nenhuma doação, nenhuma.

Mas eu até entendo, sabe? Porque eu também não daria informações bancárias pra alguém batendo na minha porta.

E o dia demorou a passar.

Mas ele acabou. E ainda tava muito infeliz...

Festival de Comédia

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O blog tá meio pra baixo ultimamente, então vou dar uma mudada de assunto porque hoje é sexta-feira!

No último final-de-semana rolou o Vodafone Comedy Festival aqui em Dublin.

Quem me falou foi o R., mas vi alguns cartazes pelas ruas da cidade. Achei a "arte" do festival muito bonitinha, dá pra ver no site os bonequinhos e os desenhos.

O Festival aconteceu no Iveagh Gardens e trouxe diversos comediantes famosos por aqui, tipo Dylan Moran (não gosto muito), David McSavage (vi no Comedy Club e gostei) e Tommy Tiernan.

Alguns amigos do R. vieram de Cork pro festival e queriam ver o "Whose line is it anyway", programa originalmente britânico que depois ganhou versão americana. É basicamente um programa de improviso, onde a platéia sugere as situações e personagens e os caras vão fazendo na hora (tipo os Barbixas no Brasil).

O Iveah Gardens tava lotado, cheio de tendas lindas e coloridas - tenda de bebidas, café, crepes e doces. Tinha até gente andando em pernas-de-pau!


O primeiro dia como fundraiser...

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... foi uma droga, uma droga.

Cheguei no escritório da Concern às 11h e terminamos o treinamento com um team leader - ele explicou como utilizar o aplicativo que eles usam pra cadastrar as informações das pessoas quando elas topam fazer doações. A gente "ganha" um celular (galaxy alguma-coisa) da empresa no dia pra poder usar esse aplicativo e o devolve no final do dia pro team leader.

Lá pelas 11h45 o local já tava cheio de outros fundraisers esperando pra saber em que time eles estariam no dia. Alguns vieram se apresentar pra gente, alguns não.

Dividiram os times. Fiquei num time com 3 caras: P., que é do Malawi e líder do time; D., irlandês que estava em seu último dia de trabalho e L., também irlandês há alguns meses na empresa.

Pegamos o ônibus com o pessoal de outro time que iria pra mesma região que a gente (Cabra, perto de onde eu morava antes). No caminho deu pra ver que o céu tava bem cinza e que logo começaria a chover. E pouco antes de descermos do ônibus, caiu O MAIOR PÉ D'ÁGUA DA HISTÓRIA. Nos abrigamos debaixo de uma árvore, mas ela não deu conta. Fiquei ensopada e muito frustrada - pegar toda essa chuva logo no meu primeiro dia de trabalho?!

O treinamento

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Lá fui eu com cópias meus documentos e foto tipo passaporte pro treinamento da Concern na semana passada.

Mas antes de contar do treinamento, preciso comentar de algo que se passou comigo no caminho. Passei numa lojinha que faz cartões/cópias/xerox e fotos pra tirar a tal da foto de passaporte (eu trouxe uma 3x4 do Brasil, mas não ia adiantar). A moça da loja perguntou se poderia ajudar e eu disse que precisava da foto. Ela pediu pra eu sentar e logo percebi pelo sotaque dela que ela deveria ser brasileira, mas fiquei na minha. Aí ela viu a minha bolsa com as fitinhas do senhor do Bonfim e disse: "Cê é brasileira?"

Eu ri e disse que sim.

Começamos a bater-papo: perguntei há quanto tempo ela estava em Dublin, se gostava, de onde no Brasil ela era...

Aí ela me disse que estava em Dublin há 1 ano e meio e que trabalhava nessa loja há mais de ano, e emendou: "mas eu não falo inglês não, viu?".


Mais um final feliz (?)

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Há alguns dias comentei que fiz uma entrevista na Oxfam. Passei e fui chamada pra começar, mas optei por uma outra empresa que também havia me chamado. Eis a história:

Me ligaram pra fazer uma entrevista na Concern. Eu tinha aplicado pra essa vaga pelo jobs.ie - a vaga era pra ser door-to-door fundraiser (expliquei o que é fundraiser aqui).

O escritório deles é super chique e a entrevistadora era muuuuuito simpática. Na verdade, eram dois entrevistadores. 

Além de mim, haviam 4 candidatos: outro brasileiro, um polonês e uma irlandesa. 

Na primeira parte da entrevista, pediram pra que ficássemos em pé e nos apresentássemos. Até aí, nada de mais: falei minha idade, de onde sou, há quanto tempo estava em Dublin e um pouco da minha experiência. O entrevistador disse que meu inglês era muito bom e que sua esposa também era de São Paulo, do Alto da Lapa (mundo ridículo de pequeno, ridículo - mas acho que ganhei uns pontos aí...).

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