Dançando no rio

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Todo país tem a sua dança famosa, tradicional.

No Brasil tem o samba, na Argentina o tango, na Áustria a valsa, e por aí vai. A Irlanda não poderia ficar de fora, claro.

Quer dizer, não se trata de uma dança tradicional, das antigas, mas não deixa de ser irlandesa. Estou falando de Riverdance.

Riverdance na verdade foi um espetáculo elaborado para um intervalo de 7 minutos no Eurovision de 1994. A Irlanda era a anfitriã do festival  por vencer a edição de 1993 e escolheram a cultura celta como tema principal da apresentação.

A ideia é: sapateado (mas sapateado onde a parte de cima do tronco dos dançarinos quase não se move) com música irlandesa. É bonito de ver e de ouvir.

O que você sabe sobre a nossa empresa?

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Er........................... not much.

Mas deixa eu contar essa história do começo.

Como eu eu já comentei em diversas oportunidades aqui, tenho mandado currículos, me cadastrando em vagas, enfim, aquela coisa toda.

Semana passada me ligaram para uma entrevista na Oxfam - a vaga era pra ser door-to-door fundraiser (bater de porta em porta pedindo doações). Eu já tinha feito entrevista pra vaga parecida e também na Unicef e não tinha gostado. Massss, as circunstâncias mudam e eu preciso de emprego - então lá fui eu na sexta-feira passada.

O escritório deles fica na beira do rio mas bem escondidinho. Cheguei uns 20 minutos mais cedo mas a moça não me deixou subir porque eu deveria ter chegado NO HORÁRIO. Pois é. Fiquei lá fora esperando, ainda bem que não era um típico dia de chuva em Dublin!

Mãe, tô na TV!

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Um dia desses a coordenadora do coral em que sou voluntária me manda mensagem perguntando se eu poderia participar naquela semana, pois a RTÉ (maior canal de TV aqui) estava fazendo um programa sobre projetos sociais em Dublin e o coral era um deles. Uma chance de ver uma equipe internacional fazendo gravação da qual eu possa participar na frente das câmeras? (Porque apesar de ser formada em Rádio e TV, tenho calafrios em pensar no trabalho que dá fazer tudo isso) 

Topei na hora. 

Encontrei o pessoal no Spire pra ajudar o K. a se locomover, como de costume. A equipe estava lá - inclusive a apresentadora do programa, uma senhorinha toda fofa e simpática. 

O barato que quase saiu caro

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Em junho viajei pelo interior da Irlanda com meus ex-flatmates. Publiquei posts aqui, falei dos passeios e tudo mais.

Só que agora em julho aconteceu uma situação bem desagradável relacionada a isso. A empresa onde alugamos o carro cobrou 60 e poucos euros a mais da conta do Carlos sem nos dizer o porquê.

O Carlos me ligou pedindo pra eu ligar lá pra saber o motivo da cobrança. Liguei e depois de um bom chá de cadeira, o atendente disse que estavam cobrando essa taxa pois estacionamos o carro no lugar errado no estacionamento do aeroporto.

PÉRAI, PÉRAI, PÉRAI.

Cork City Gaol - a prisão

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Falei aqui sobre minha ida à Cork e alguns passeios que fiz por lá. Resolvei deixar a prisão de lado pra falar dela com mais carinho aqui.


Essa é a segunda prisão desativada que conheço. A primeira foi Kilmainham, no começo de abril. De fato, elas são bem parecidas fisicamente, mas acho que a grande diferença é que a prisão de Dublin recebia principalmente presos políticos, enquanto em Cork os prisioneiros eram "gente como a gente", pessoas que cometiam pequenos delitos.

4 meses... 4 MESES?????

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GENTE! Já são 4 meses morando aqui? Tem certeza? Não é possível! Passou muito rápido!

Escrevi sobre o primeiro mês aqui, sobre o segundo aqui e sobre o terceiro aqui.

Quatro meses. Do 3º mês pra cá, o emprego que arrumei não deu muito certo, já tive minha primeira despedida, já fiz tanta coisa...

Seguindo o padrão que venho seguindo:

Cork, a segunda maior

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Quando viajei pelo interior da Irlanda, dei uma passadinha em Cork mas só fiquei a noite lá e não pude ver muito da cidade. Mas eu sabia que ia voltar - só não imaginava que seria tão cedo!

Cork é a segunda maior cidade do país (e a terceira mais populosa) e os moradores de lá sempre se referem à cidade como "the real capital" (a capital de verdade) por conta do papel da mesma como centro das forças anti-tratados na Guerra Civil irlandesa.

Era um domingo, domingo de sol. Começamos o tour pela University College Cork (UCC), onde R. estudou. A UCC foi fundada em 1845 e fazia parte da Queen's Colleges - uma universidade que ganhou vários prêmios e buscava oferecer espaço a alunos de todas denominações religiosas na Irlanda. Ela foi denominada Universidade Irlandesa do Ano em 2003, 2005 e 2011.

O campus não é muitoooo grande, mas é todo charmoso. Tem capela, biblioteca, vários prédios, restaurante, enfim, tudo o que uma grande universidade tem.

Estou a dois passos... do paraíso...

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A Irlanda continua me surpreendendo, cara. Porque quando penso em Irlanda, penso em áreas verdes, penhascos e ovelhinhas. Não em sol, não em praia, não em mar de águas bonitas.

E aí que no último sábado acabei conhecendo um pedacinho muito, muito lindo no sul do país chamado Nohoval Cove.

Como comentei aqui, tem feito muito calor esses dias e a galera tem aproveitado indo à praia e tudo mais. Eu estava com o R. em Cork e a ideia era conhecer Nohoval e depois seguir pra Kinsale - cidade portuária cheia de restaurantes e que segundo o R., lota nos dias de sol e calor de gente querendo pegar uma praia.


A estrada pra Nohoval é bem estreita e difícil de achar - são poucas as placas no caminho e quase não há ninguém pra dar informações - demos sorte e encontramos um senhorzinho, que no seu sotaque inteligível de Cork, nos deu as direções e depois de algumas idas e vindas, conseguimos acertar o caminho. Pesquisando depois, descobri que Nohoval e Kinsale eram regiões "habitadas" por piratas e contrabandistas - deve ser pela localização.


Pedras cinzas

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Tá fazendo muito calor nesse país.

Os irlandeses nem acreditam que o verão veio com tudo - nem eu acredito, na verdade. Eu não gosto de verão, mas já que ele tá aí, vamos aproveitar, certo?

Sexta-feira fui com duas amigas para Greystones, cidadezinha que fica a 27km de Dublin. Pegamos o DART na Connoly Station (9,60 euros ida e volta - meio carinho, mas fazer o quê?) por volta de meio-dia e partimos.

É uma estação depois de Bray e dá uns bons 40 minutos de viagem.

Na ida, uma senhorinha sentou perto de nós e ouvindo nossa conversa, perguntou de onde éramos. Depois começou com um papo de que "Dublin era muito melhor antigamente" e de que "a cidade estava infestada de europeus de todos os lugares querendo ficar aqui". Ficamos meio constrangidas mas ela logo desceu, ufa!

Eu não recomendo um intercâmbio na Irlanda

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Primeiramente, quero deixar claro que 1) adoro a Irlanda e 2) não quero destruir os sonhos de ninguém. Mas é que já passei do período de experiência aqui (rumo aos 4 meses) e mesmo antes, já lia e ouvia coisas que me incomodavam bastante. Eu não aguento ficar quieta, não aguento. Preciso escrever.

Eu vim pra Irlanda porque tive recomendações de amigos próximos que vieram e gostaram muito, sempre me interessei por cultura e música irlandesa, gosto de frio e já falo inglês.

Se eu não falasse inglês e quisesse fazer intercâmbio, a Irlanda seria o último lugar que eu escolheria. Razão número 1: o sotaque deles é fofo, mas difícil de entender. Eu tenho que prestar atenção quando falo com alguns locais aqui, e estudo o idioma há anos. Ir pro Canadá ou Estados Unidos seria muito mais fácil nesse sentido porque o sotaque deles acaba soando mais fácil pra quem está exposto à cultura de língua inglesa (americana) - aquelas pessoas que assistem filmes, seriados, ouvem música e tudo mais.

Razão número 2: se você não gosta de frio, cara, vai ser foda ficar aqui. Agora estamos no verão, tem feito dias bonitos, chuvinha pouca, vento tá aceitável. Só que no inverno a coisa fica feia (só peguei o finalzinho dele e sim, passei frio) e ficar reclamando do clima todo dia é muito deprê, então você acaba desanimando e tal.

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