Concrete jungle where dreams are made of [NY 1/3]

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Já fazia muito tempo que eu queria conhecer os Estados Unidos, principalmente Nova York. Podem dizer o que quiser, que é um país imperialista, extremamente capitalista, que as pessoas são X ou Y.... mas NY é uma cidade icônica, e grande parte do meu background cultural é americano, então uma hora ou outra eu tinha que pisar nessa cidade com meus próprios pés!

Uns anos atrás eu descobri que dava pra ir ao Brasil fazendo uma escala em NY, e não só isso, mas como dava pra literalmente desembarcar, ficar lá uns dias e depois seguir viagem, bem parecido com o que eu fiz quando vim pra Dublin saindo de São Paulo e parando em Istambul.

Na época, cheguei a fazer meu visto americano aqui em Dublin pra me preparar pra esse momento, mas o momento não veio: na época em que viajaríamos pro Brasil, fim do ano, as passagens estavam caríssimas. Não compensava fazer essa parada nos EUA, então deixamos pra lá.

Mas tudo tem a sua hora. Quando decidimos ir pro Brasil em abril de 2019, fomos procurar as passagens fazendo a escala nos Estados Unidos e bingo: encontramos! Pagamos o mesmo preço que teria sido fazer uma conexão em Londres ou Paris, como já fizemos antes, por exemplo.






Planejar um roteiro pra NY não é exatamente uma tarefa fácil: tem muita coisa pra ver, pra fazer, pra conhecer... esse é aquele tipo de cidade que simplesmente nunca esgota, nunca acaba, não tem como ficar entediado num lugar assim. Então o nosso approach foi o seguinte: vamos selecionar uns pontos icônicos pra ver, e vamos sentir a cidade. A verdade é que eu não queria entrar em museu nenhum dessa vez (mas no fim acabamos entrando!), e na verdade só andar pelas ruas nova iorquinas, ver as pessoas, as lojas, as paisagens, a vida na Big Apple.

Chegando em Nova York


Chegamos lá num sábado de manhã (voltamos no tempo, porque saímos de Dublin num sábado de manhã!). Felizmente, ao viajar pros EUA saindo da Irlanda, você já passa pela imigração americana em solo irlandês. É maravilhoso, porque acaba sendo prático, e quando você chega nos EUA não precisa passar por nada, é literalmente descer do avião, passar pelos saguões e tchau.

Em Dublin a imigração americana foi bem séria como eu já esperava - me perguntaram o que eu ia fazer em NY, o que fazia aqui, o que estava levando na mala... mas pelo menos não teve fila, não teve problema, e logo estávamos embarcando.



O foda é que eu estava ficando meio doente, e voar de avião me deixou ainda pior. Cheguei super febril no aeroporto de Newark, mas pelo menos nossas malas não demoraram a vir. No aeroporto mesmo tem uma estação de trem e pegamos o trem pra chegar em Nova York. Vou te dizer que o trem que pegamos não deve nada pros trens da CPTM em São Paulo... super velho, lotadaço, e a gente com as malas e eu doente! Não foi nada agradável ficar em pé por quase uma hora, mas chegamos numa outra estação, dessa vez em NY mesmo.

Acomodação


Ficamos num AirBnb, na verdade alugamos só o quarto numa casa. Foi uma indicação que peguei da Sophia do Meu Mapa Mundi e valeu muito a pena. Ficamos numa casa no Brooklyn, estávamos a uns 15 minutos a pé do metrô, e apesar de levar um tempão pra chegar em Manhattan, onde acabamos ficando mais tempo, curtimos demais o bairro, comemos em lugares bem gostosos na região e pudemos sentir um pouco mais dessa vibe menos tipicamente nova iorquina, dessas de filmes.

O quarto estava super confortável, tínhamos um banheiro próprio e serviu super bem pros nossos quatro dias lá. Infelizmente acomodação em NY é absurdamente cara, mas cara num nível que eu jamais tinha visto antes. Londres, pra comparar, também costuma ser caríssima, mas você consegue achar um apê num AirBnb, algo assim. Em NY, sem condições de ficar em hotel - e alugar apartamento inteiro por lá não é possível, então a opção do quarto super funcionou pra nós.

De todos o nosso tempo por lá, acho que acabamos indo pra Manhattan todos os dias - então acabamos perdendo tempo e dinheiro com metrô, mas por outro lado, foi legal demais ter a experiência de pegar metrô na cidade, ver outros bairros. Talvez numa próxima, quando eu for mais rhyca, tentarei me hospedar mais ali no burburinho de Manhattan.

Primeiras impressões


Foi difícil acreditar que eu tava em Nova York, NOVA YORK! Saindo do metrô, me senti num filme dos anos 90. Uns caras passando com o volume do rádio do carro super alto, gente meio louca na rua, aquelas escadas de saída de incêndio do lado de fora dos prédios... não dá pra explicar. Foi uma sensação muito gostosa!

Como eu disse, estava febril, garganta doendo... passamos numa farmácia, comprei uns remédios, e tomamos um banho pra dar uma acordada. Nesse mesmo dia, ao chegar, fomos pra Brooklyn Bridge e andamos um pouco pra lá da ponte, jantamos num restaurante mexicano que parecia super trendy, mas nos restringimos a isso pra que eu pudesse me recuperar estar bem pros outros dias.



Eu achei NY tudo aquilo que a gente vê nos filmes e séries. É até estranho reconhecer certas lojas, certos prédios... dá uma sensação de familiaridade misturada com novidade! No entanto, não vou negar que me surpreendi com o número de moradores de rua e gente que claramente tinha problemas mentais vagando pelas ruas ou arrastando seus pertences pelo metrô. Essa diferença social fica muito escancarada na sua cara, e incomoda, nos deixa desconfortáveis... eu ficava pensando: tô aqui turistona, gastando meus dólares e pensando em comprar um celular novo, e enquanto isso essas pessoas jogadas, sem amparo, sem ajuda. Muito triste!

Um outro fato é que apesar de estar na terra do capitalismo, não fiquei tão empolgada assim pra fazer compras. Primeiro porque eu não tinha um super orçamento pra isso, e segundo que as lojas que tem lá, tem aqui. Então novidades de maquiagem, de cosméticos, de roupa, bolsa... tem tudo na Irlanda. Isso é bom, porque não te faz gastar igual doida, né? A exceção foi a Sephora, que não tem aqui, mas mesmo assim, quase todas as marcas vendidas na Sephora são vendidas em diferentes lojas de departamento aqui.

Nos próximos posts eu conto o que mais vimos, fizemos e comemos nessa cidade maluca, incrível e única!


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