And since I made it here I can make it anywhere [NY 3/3]

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Nos nossos terceiro e quarto dias em Nova York, eu já estava me sentindo melhor da febre e super animada de estar naquela cidade. Eu sei que já falei que parecia um sonho estar lá, mas é verdade. E repito: não sou paga-pau de americano, mas Nova York é um outro patamar, é um lugar tão icônico, tão multicultural, tão diverso, tão foda! Eu realmente não acreditava que estava lá.

Mas tá. Tomamos café e pegamos metrô, como todos os dias, pra uma região chamada DUMBO - down under the Brooklyn Bridge. Essa região foi revitalizada recentemente - ou deveríamos dizer HIPSTERIZADA e GENTRIFICADA? Meu, sabe aquelas lojinhas que vendem plantas, produtos veganos e café orgânico? Então, você só encontra isso por lá. Mas as ruas são uma graça, e a vista da ponte lá de baixo é tão bonita quanto o que tínhamos visto de cima, acaba sendo irresistível conhecer e fotografar.

Nesse dia fomos comer numa pizzaria na região que era super bem cotada e a pizza tava realmente deliciosa, uma das melhores refeições que fizemos por lá!






Almoçamos, e fomos atrás de comprar o bilhete pra ver o musical da Broadway. A gente já sabia de um esquema que rola pra comprar ticket mais barato, e na internet você encontra várias dicas de como e onde achar os bilhetes, mas tem que ser comprado NO DIA do espetáculo. No fim, conseguimos comprar pra ver Chicago e fomos dar mais voltas pra esperar dar o horário do show à noite, e fomos parar no Museu do 11 de setembro.

Eu não sabia muito bem o que esperar ou sentir sobre esse lugar. Tinha medo de estar financiando esse tipo de turismo, de "exploração da desgraça alheia", mas felizmente, o museu passa longe disso. É uma belíssima homenagem aos mortos no atentado, e mais do que isso: traz uma timeline completa e uma série de textos, vídeos e áudios sobre o que de fato aconteceu no dia 11 de setembro de 2001. É tudo extremamente bem explicado e exposto, sempre de maneira muito sóbria e respeitosa, sem simplesmente apontar dedos ou culpados. Claro, há uma sessão dedicada aos causadores e planejadores do ato, mas o foco do museu é nos sobreviventes, nas vítimas, nas pessoas que tentaram fazer a diferença no dia.

No fim, ficamos quase umas 3 horas por lá. Lemos, nos informamos, nos emocionamos. Esse atentado mudou a história de várias maneiras, e saber mais sobre as pessoas que morreram no dia foi bem triste, porém super necessário. Quando os aviões foram sequestrados, por exemplo, alguns passageiros conseguiram ligar para familiares ou deixar mensagens na caixa eletrônica, e no museu você consegue ouvir algumas dessas mensagens. Dá um aperto no coração imaginar o que essas pessoas sentiram.






De lá, voltamos pra região da Broadway, jantamos e seguimos pra terminar o dia de um jeito mais animado: vendo um musical! Posso com alegria dizer que "tiquei" esse item da minha lista, um sonho realizado! O musical "Chicago" é incrível, todos os atores muito talentosos, mas as atrizes principais me deixaram com a cara no chão, elas eram muito muito boas! Pena que o R. ficou entediado e não curtiu tanto quanto eu...

No nosso último dia na cidade, fomos ver a tal da Estátua da Liberdade. Esse confesso que foi bem pra bater cartão mesmo, não tínhamos intenção de descer na ilha, então pegamos a dica de usar o ferry gratuito e que passa relativamente perto da estátua. O dia tava nublado, não foi o melhor horário, mas ok, vimos a estátua, e ela não é nem tão grande e nem tão pequena quanto dizem.



Seguimos pra região da High Line, um antigo viaduto onde passavam trens e que hoje é um parque elevado. A região por ali também é altamente hipster, mas a caminhada é uma delícia, dá pra fazer várias pausas e sentar nos bancos, tirar foto da vista lá de cima, curtir a cidade. Um passeio bem gostoso e diferente - apesar de ser "só" um parque longo, vale a pena ver como é possível reaproveitar espaços abandonados e inutilizados em uma cidade!

Passamos também pelo prédio que aparecia na série Friends e fomos em algumas lojas, mas nada de outro mundo. No fim, só comprei uns 3 itens na Sephora, uns 2 numa loja de eletrônicos... e um celular novo, que acabava saindo 200 euros mais barato nos EUA do que aqui na Europa. No entanto, não surtei com lojas nem compras, até porque muita coisa que se encontra em solo americano tem aqui também!









Nova York é uma cidade suja, bagunçada, lotada, mas também cheia de bairros lindos, com personalidade. O metrô tem cara de abandonado, mas funciona. Os restaurantes tem a tal da gorjeta altíssima, mas oferecem comidas deliciosas. No fim das contas, acho que o balanço foi super positivo e eu gostaria muito de ter a oportunidade de voltar pra lá ainda nessa vida!

E você, já conheceu Nova York? Se não, gostaria de conhecer?
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