Mais templos milenares em Bagan

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No primeiro dia em Bagan demos um pouco de sorte porque o clima tava um pouco nublado e conseguimos passear bastante sem nos cansarmos muito por conta da falta de sol. Já nos outros dias pegamos um pouco de sol, mas até umas chuvinhas bem fracas caíram enquanto estivemos por lá!

No sábado dia 17 de março tínhamos o passeio de balão reservado - você pode ler sobre essa experiência aqui. Após voltarmos pro hotel, aproveitamos que já estávamos acordados desde cedo, alugamos as motos elétricas novamente e saímos pra conhecer mais templos em Bagan - no entanto, esperamos algumas horas no hotel porque caia uma chuvinha chata e eu não tinha saído da Irlanda me ir pegar chuvinha na Ásia não senhor!

Passamos por alguns dos templos principais de Bagan: Ananda, SulamaniTuywindaung, mas confesso que nessa altura do campeonato (escrevo esse post quase três meses depois de ter estado lá), é tudo meio que um borrão na minha mente. Todos esses templos maiores tem barraquinhas próximas ao local onde pode-se comprar souvenirs, quinquilharias, comidas e bebidas. De resto, por toda a região de Bagan, não há muita coisa não.









Há algumas pequenas "vilas" pela estrada principal com restaurantes, caixas eletrônicos, lojas, então você está sempre a uns 10 ou 15 minutos de alguma civilização, mas isso não impediu a gente de passar um perrenguinho que aconteceu no último dia. Então vou dividir esse post em duas partes: o dia em que acordamos super cedo pra ver o nascer do sol  e o perrengue máximo pra encontrar um certo templo no mapa.

Nascer do sol


Pra quem visita Bagan, ver o nascer do sol do topo de algum templo é meio que um "must". Você vê muita foto no instagram de gente em plataformas em cima dos templos com os balões como pano de fundo, e de fato, é uma maravilhosidade. Muita gente também vai pra alguns templos específicos ver o pôr-do-sol, mas não pegamos nenhum pôr-do-sol porque tava sempre nublado à tarde!

Pesquisamos muito na internet sobre em qual templo subir pra ver o sol, e a verdade é que essa é uma questão complicada, porque os templos onde era permitido subir, estão fechados pra isso. Não é seguro ter dezenas, centenas de turistas subindo degraus e ficando em plataformas construídas há tantos e tantos anos atrás...

Então a gente descobriu que templos menores podem ser usados pra esse fim, mas o lance é você achar um morador local que possa abrir a porta do templo pra você. Não sei bem o motivo, mas muitos locais tem a chave dos templos, e você dando um agradinho pra eles, consegue entrar, subir, apreciar o sol sozinho, na paz. Achei várias listas na internet com indicações de templos bons pra se ver o nascer do sol, mas o fato é que muitas informações sobre os templos está desatualizada por causa de mudanças decorrentes de terremotos ou por alterações do governo, então tem que prestar atenção. Mas o que resolvemos fazer foi alugar a moto, sair do hotel às 6 da manhã e sair dirigindo até achar alguém em cima de um templo e subir também.

Do nosso hotel, não dirigimos nem 10 minutos quando vi umas motos estacionadas perto de um templo e ninguém por perto. Logo vimos que a porta estava aberta, mas por dentro só havia escombros. Confesso que fiquei com medo de entrar, tava tudo escuro e mesmo com a luz do celular não dava pra ver direito. Achamos as escadas no meio dos escombros e subimos até o segundo andar, onde havia uma plataforma como se fosse uma lage com um casal japonês, duas amigas francesas e um birmanês. Não era o templo mais alto da praça, mas tava bom. O sol tava nascendo e pintando o céu de Bagan de laranja. Em poucos minutos os balões subiram. E foi sublime. Lindo, demais. Um daqueles momentos que eu sonhava desde o dia em que decidimos fazer essa viagem!









Ao final, demos uma gorjeta pro menino birmanês que tava tomando conta do templo e seguimos passeando. Nesse dia ficamos fora a tarde toda fora, fomos pra áreas mais afastadas e isoladas, tiramos muitas fotos na maior tranquilidade, vimos uma fazendeira passar com dezenas e dezenas de vacas e cabritos entre os templos... foi uma delícia, mas bem cansativo!

O perrengue pra achar um certo templo


No último dia nós decidimos ir pra outra uma região que ainda não tínhamos explorado e decidimos ir atrás de um templo que, julgando pelo mapa que ganhamos no hotel, parecia ser interessante. Não encontramos muita informação na internet, mas já que tínhamos tempo e já havíamos visto os templos maiores e principais, não tínhamos nada a perder.

Massss amigos, a coisa foi mais complicada do que parecia. Dirigimos uns bons 40 minutos pela estrada principal e comparando o mapa de papel com o Google Maps, começamos a entrar pelas estradinhas secundárias e foi tenso. Primeiro entramos em uma que deu num mosteiro/cemitério. Voltamos pra estrada principal e pegamos outra saída - dessa vez, um caminho cheio de areia com marcas de motos que por ali já haviam passado. Isso deu uma segurança pra não atolarmos, mas não foi o que aconteceu. Depois de alguns minutos naquele caminho onde não dava pra ver onde levaria (afinal dos lados tinha muita vegetação), chegamos num campão aberto cheio de areia e minha moto atolou. Com muito esforço conseguimos movê-la (a bicha era pesada!) e demos meia volta.

Só sei que após algumas tentativas, voltamos na estrada do mosteiro/cemitério mas seguimos em frente e fomos parar num lugar muito isolado. O sol começava a se pôr e nessa hora eu confesso que já tava ficando com medo de nos perdermos, da bateria da moto acabar, de darmos de cara com uma cobra... mas achamos o templo que procurávamos. A área era mega tranquila, não vimos nenhuma outra pessoa a quilômetros e curtimos, mas o perrengue pra chegar foi tão grande que o templo em si não compensou a jornada, rs. Continuamos na estrada por um tempo e fomos parar nos jardins do hotel Aureum Palace, beeeeeem longe de onde estávamos hospedados. No entanto, felizmente de lá foi fácil pegar a estrada principal de novo e voltar pro hotel.

Quer dizer, mais ou menos. A bateria da minha moto mostrava sinais de desgaste e nas subidas, a moto ia muito devagar. Deu muito medo, não sabíamos o que fazer. Mas fomos indo, devagarzinho. E a poucos metros de chegar na saída que dava pro nosso hotel, a moto já tava quase morrendo. Troquei com o R. e ele foi meio que empurrando/dirigindo a moto e conseguimos chegar. Que aventura! O templo no fim das contas não valeu super a pena não, mas pelo menos temos essa história pra contar!












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