Amarapura e uma ponte maravilhosa em Myanmar

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Como só tínhamos de fato um dia inteiro em Mandalay, fizemos questão de aproveitar cada segundo. Pela manhã fizemos todo aquele rolê que comentei no post anterior, e na hora do almoço, saímos um pouco pra explorar a pé e comer num lugar recomendado pelo Lonely Planet.

Pra ser sincera, eu tava meio assustada de andar a pé pela cidade, porque como até então só tínhamos ido pra cima e pra baixo com o táxi, tava tranquilo. A verdade é que as calçadas são super estreitas - isso quando não estão ocupadas com tralhas e motos - e é impossível de atravessar a rua com segurança. Não tem semáforo, não tem faixa, não tem nada. Tem que ir na fé, com cuidado, olhando os dois lados e esperando o mínimo de espaço possível pra completar a travessia.

Chegamos no tal restaurante, e rapaz... o negócio era muito, mas muito mais básico do que eu imaginava. Eles descrevem o lugar no guia assim: "Plastic stools and chairs? Check. Delicious aroma of food awaiting your inspection? Check. And the friendly sisters who run it will offer you a taste of what's on offer before you decide. This is Southeast Asian budget dining at its best, with a range of meat, fish and vegetable dishes served in a semi-open-air dining area that buzzes come nightfall". E de fato, cadeiras de plástico, cheiro de comida, preços bons, tudo certo. Mas cara, vigilância sanitária passou longíssimo e eu tentava não ficar olhando pra lugar nenhum pra não ficar doida de desconfiança - só olhava pra minha comida na mesa mesmo, rs.


No dia anterior: glamour e ouro nos templos.


No dia depois: restaurante simplão



Mas tudo certo - comemos, pagamos e voltamos pro hotel, mas no caminho paramos num mercadinho pra comprar sabonete e pasta de dente porque tava acabando. E foi muito engraçado, porque a mocinha do mercado queria ajudar a gente e ficava nos seguindo pra lá e pra cá, pra "caso" precisássemos de ajuda, sabe? Tadinha. Era a gente dar um passo dentro do mercadinho e ela ia atrás. Esse povo birmanês é tão gentil e solícito, que nessa altura do campeonato já estávamos sem graça de sermos tratados tão bem.

Mas tá, chegou a tarde e saímos com o mesmo taxista dos passeios da manhã pra levar a gente pra Amarapura, antiga capital de Myanmar e lugar que abriga a U Bein Bridge, uma ponte de mais de um quilômetro construída em 1850  e considerada a mais longa e antiga ponte de teca no mundo!

Claro, há outras coisas a serem vistas na região de Amarapura, mas fomos no fim da tarde pra fazer exatamente o que o guia recomendava: ver o pôr-do-sol naquela ponte icônica. Tava muito cheio - tinha uns turistas gringos como a gente, mas a maioria dos visitantes era, em sua maioria, birmaneses e monges locais! Foi uma experiência legal, atravessamos quase a ponte toda, ouvindo o burburinho das pessoas, parando pra fotos e até me joguei num caldo de cana feito numa máquina que com certeza não corresponde aos meus ideais de limpeza, but so what?











Foi um fim de tarde maravilhoso e a gente ainda não acreditava que estava num país tão diferente, tão lindo, tão interessante. Naquele dia a gente jantou no hotel mesmo e tentamos ir dormir cedo porque no dia seguinte tínhamos que estar de pé umas 6 e pouco pra nos arrumarmos e pegarmos o táxi pra estação de onde saia o ônibus que tínhamos reservado pra Bagan. Infelizmente por algum motivo desconhecido, apesar de estar cansada não consegui dormir. Fomos dormir oficialmente umas 23h, mas eu rolei na cama até mais ou menos 1 da manhã, levantei, usei o banheiro, tentei ler, revi as fotos na câmera... e enfim, sei lá, umas 3 da manhã me deu sono de novo, mas acordamos super cedo, então eu não estava no melhor do meu humor indo pra Bagan. Mas fomos. E Bagan conseguiu ser ainda mais surpreendente que Mandalay!
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