Show do Ed Sheeran em Cork

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A não ser que você viva numa caverna, você provavelmente já ouviu falar do ruivo Ed Sheeran. Gostando dele ou não, difícil ignorar seu crescente sucesso nos últimos anos - tanto por suas músicas como por seu comportamento tranquilo e personalidade carismática, Ed vai deixando fãs por onde passa e no ano de 2017 foi o artista mais ouvido do Spotify.

A minha história com o Ed Sheeran não é assim tão longa, porém é intensa. Acho que a primeira música que eu ouvi dele foi "Kiss me" num episódio de Vampire Diaries (me julguem) por volta de 2012 e desde então não o larguei mais. Venho ouvindo seus álbuns + (2011), x (2014) e ÷ (2017) desde essa época, gosto de quase todas as músicas, acompanho a carreira e tal.

No ano passado Ed tocou aqui em Dublin e eu, tola, tentei comprar ingressos. Que ilusão! Comprar ingresso pra show de artista grande aqui em Dublin é como ganhar na loteria, e se você realmente gosta da banda/cantor, vai ter que desembolsar uma nota preta comprando ingressos em sites de revenda. Infelizmente, não rolou em 2017.





Massss aí esse ano Ed anunciou não um, não dois, mas OITO shows na Irlanda em 2018 (e mais um em Belfast). OITOOOO! A possibilidade de vê-lo ao vivo aumentou consideravelmente!

Eu já nem lembro direto como rolou porque faz tempo, mas a minha amiga Carol sugeriu de vir pra Irlanda pra tentarmos ver o show todos juntos, já que ela e o Rudy gostam tanto do Ed Sheeran quanto eu e o R. - perfeito! Era mais ou menos agosto de 2017 quando os shows foram anunciados e no sábado às 9 da manhã, quando os ingressos começariam a ser vendidos, estávamos a postos: o R. no laptop, eu no aplicativo da Ticketmaster, e a Carol e o Rudy na Holanda tentando também.

No fim, o Rudy conseguiu seguir com o processo de compra! Optamos por ver o show em Cork pois achamos que seria menos concorrido e deu certo. Assim, aproveitaríamos o fim de semana pra passear pela região - a cereja do bolo seria que o show aconteceria num sábado e a segunda seguinte seria feriado aqui na Irlanda, maravilha!

Corta pra maio de 2018. Chegamos no centro de Cork e de lá pegamos um ônibus que estava indo até o estádio. A segurança e entrada foi super tranquila e logo estávamos nos nossos lugares no estádio Páirc Uí Chaoimh (show de pé? sorry, já passei dos 30).

E eu olhando pro lugar errado? risos


Os shows de abertura ficam por conta de Jamie Lawson (eu só conhecia o hit "Wasn't expecting that"), a banda irlandesa que tocou no álbum do Ed chamada Beoga, e aquela tal de Anne Marie, que canta essas musiquinhas beeem clichês de playlist pop teen do Spotify (e eu conhecia umas 4 ou 5, ou é porque elas são todas iguais mesmo? hahaha).

Ed Sheeran entrou no palco no horário certo e abriu com a música que estávamos esperando, "Castle on the hill". Depois ele emendou Eraser e explicou que tudo que ouviríamos naquela noite não era pré-gravado, mas que ele fazia todo o som com sua looping station. E de fato, ele faz um puta som absolutamente sozinho no palco. Vez ou outra entrava alguém pra lhe entregar um violão diferente, mas todo o som, backing vocals, tudo ele fazia ali na hora, ao vivo, sozinhoooo. Conforme ele começava a música, gravava esses trechos na station e com os pés, acionava/desativava os pedais e com isso, ia formando a música. Coisa mais foda!

Na sequência veio The A Team, seu primeiro grande hit (a galera cantou demaissss, foi lindo!), um mash-up de Don't / New Man (amei demais, adoro quando fazem essas coisas mais criativas), Dive (uma das minhas preferidas do último álbum, me esgoelei no refrão "so don't call me baaaaaabyyyy" - pena que faltou a guitarra pra fazer o acordezinho que tanto amo nessa música) e Bloodstream, também uma das minhas preferidas no último álbum que ficou incrivelmente maravilhosa ao vivo, sem comentários pro talento desse cara, meu!




Sem nenhuma pausa, Ed continuou com Happier (seu último single), I'm a Mess e uma das melhores músicas de sua carreira, I see Fire, trilha pro filme O Hobbit. Eu jamais imaginaria que ele colocaria essa música no show porque ela tem uma outra pegada, mas ele manteve o padrão lá em cima e conseguiu reproduzi-la com maestria. Isso sem contar que antes de cantar essa propriamente dito, ele emendou com a clássica Feeling Good - muito foda!

Depois veio a mais tocada de todos os casamentos de todos os tempos, hahaha, Thinking Out Loud, seguida por Photograph e Perfect, ou seja, o trio mais chiclete e clichê de sua carreira! E não supero o fato de que ele copiou a música Photograph na cara dura!

Aí ele deu uma animada de novo chamando a banda irlandesa Beoga pra voltar ao palco e tocar Galway Girl e Nancy Mulligan - acho essas duas músicas beeeem das breguinhas, mas ok, faz parte. O show continuou animado com Sing. Aí ele saiu do palco e voltou para o encore tocando Shape of You (que adivinha só? também é "inspirada" numa outra música de sucesso) e finalizou com You Need Me, I Don't Need You.

Fiquei bem satisfeita com a setlist, apesar de ter achado o show super curtinho. Pra quem curtiu o último álbum dele, com certeza o show valeu a pena porque ele tocou várias mas também trouxe sucessos de outros álbuns - pena que Small Bump e Legohouse tenham ficado de fora! Também queria ter visto Nina, é uma das que mais gosto também. Ahhh, who am I kidding, eu gosto de todas, hahaha! Adorei o show como um todo, ele interagiu com a galera, elogiou a Irlanda e fez o que sabe fazer de melhor. Me esgoelei cantando todas, porque só vou em show se for assim: pra cantar todas as músicas e me esgoelar nas preferidas!


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