A primeira ideia foi nordeste, claro. Tenho família em Pernambuco e seria uma maneira de rever familiares AND passar uns dias numa praia por ali, o que é sempre uma boa ideia - lindas praias e água quentinha, certo? Pois é. A questão é que vôos + acomodação pro nordeste pro final de ano é sempre uma facada no peito.
Até chegamos a pesquisar passagens para São Luís do Maranhão - e aproveitaríamos para conhecer os famosos lençóis maranhenses, porém não é a melhor época para ver os lençóis. Além disso, na mesma época minha mãe viu umas passagens para Santiago no Chile e nos empolgamos com a ideia de passar mais uma virada de ano fora - isso meio que já está virando uma pequena tradição nossa, já que em 2013, quando minha mãe e irmão vieram me visitar em Dublin, fomos passar a virada de ano em Praga; em 2016, novamente com a visita deles aqui, fomos pra Barcelona.
Além disso, uma rápida pesquisa mostrou que passagens + acomodação no Chile seria mais barato do que o mesmo pacote no Brasil. Infelizmente alta temporada no nordeste brasileiro requer muito mais grana!
Claro que essa viagem pro Chile não saiu baratinha não. Se você (como eu) acha/achava que viajar pela América Latina é sinônimo de gastar pouco, se enganou. A viagem no fim das contas não saiu barata - mas a vivência, experiência e paisagens que vimos por lá compensou tudo, claro. Os Lençóis Maranhenses ficam pra uma próxima com certeza!
Como chegar até lá
Sendo assim, compramos as passagens de São Paulo - Santiago saindo no dia 26/12/17 e voltando no dia 2/01/18. Mas antes de decidir as datas eu já tinha dito à minha mãe que só iria pro Chile se fôssemos também pro Atacama. Não que Santiago por si só não valha a pena, mas eu já tinha visto muitas fotos e lido muitos relatos do deserto e não me perdoaria se fosse pro Chile e não passasse pelo Atacama. Minha mãe e irmão toparam - e o R. também, com um pouco de relutância, e compramos as passagens pela LATAM.
Não tinha a opção de pegar um vôo direto - aliás, um dos guias que conhecemos por lá disse que a partir desse ano haverá um vôo direto de SP pra Calama, o que facilitará muito a vida dos próximos viajantes que querem desbravar o deserto!
Porque é assim: pra ir até o deserto do Atacama, você precisa voar até a cidade de Calama e de lá pegar um transfer até San Pedro de Atacama, que é a cidadezinha de onde saem todos os tours pelo deserto. É um super rolê, mas é o único jeito! A nossa conexão a princípio não seria longa, mas essa história fica pro próximo post...
Acomodação e moeda
Acomodação não foi difícil de achar pois vimos muitas opções no Hotels.com. Na verdade, em San Pedro de Atacama as opções são mais restritas - ou fica em hostel ou hotel caríssimo - mas reservamos um quarto privado com banheiro para nós 4 e deu tudo certo. Já em Santiago ficamos num apartamento ótimo na avenida Huérfanos - estávamos extremamente bem localizados, a poucas quadras do metrô e da queima de fogos e quase de frente pra um supermercado.
Em relação à dinheiro, a moeda utilizada em Santiago é o peso chileno e você troca facilmente no aeroporto. Minha mãe e irmão o fizeram assim que descemos em Santiago, mas eu e o R. preferimos sacar direto do nosso cartão de débito no caixa eletrônico. O problema é que todos os caixas que usamos em Santiago e San Pedro cobraram uma taxa absurda como se fosse aquele caixa 24h, sabe? Então no fim das contas não acho que tenha sido a melhor opção.
Como a diferença entre as moedas é muito grande - na época, 1 real estava em torno de 170 e poucos pesos, nem convertemos pro euro pra não ficar ainda mais confuso. Eu só tinha na minha cabeça que 20 mil pesos era mais ou menos 100 reais e assim ia fazendo as divisões na cabeça, porque ver as coisas custando muitos mil pesos é bem doido!
Ano Novo em Santiago
Compramos tudo com muita antecedência, então deu tempo também de ver exatamente o que queríamos fazer em Santiago, já que só teríamos, efetivamente, dois dias inteiros por lá. Em relação à virada do ano em si, a ideia a princípio era jantar em algum desses hotéis chiques - porque até então eu ainda achava que Santiago seria uma cidade barata, mas ledo engano. Mandei uns 10 e-mails pra hotéis diferentes e lá pra Agosto, Setembro e Outubro comecei a receber as respostas com os preços - todos mega caros, e em dólares! Então a gente achou que não ia rolar pagar 200 dólares numa Ceia de Ano Novo e mudamos os planos. Até pensamos em ir em algum restaurante, mas vários cobram caro por uma ceia e muitos outros simplesmente fecham no dia 31/12.
Então no fim das contas ter ficado no apartamento foi ótimo pois conseguimos cozinhar nos dias em que estivemos por lá e economizamos muuuito com isso. E como citei ali em cima, estávamos a poucas quadras da Torre Entel onde rolou a queima de fogos, então win-win!
Muita coisa aconteceu nessa viagem e os próximos posts contarão os perrengues, as dicas e as histórias e estarão cheios de imagens, porque essas 800 e poucas fotos não podem ficar encostadas sem serem vistas no meu HD pra sempre, né não?