E tudo bem, nem tínhamos planos de ir pra praia mesmo. Tanto é que reservamos um hotel com piscina justamente pra curtir um refresco no verão grego, mas sem precisar sair da vila de Oía, não queríamos ficar nos deslocando pra lá e pra cá - como já íamos pra Atenas no fim da semana, o negócio era ficar 3 dias e meio em Santorini fazendo nada e 3 dias explorando Atenas.
Massss, a gente
No dia seguinte, já em terras gregas, checamos o e-mail e vimos que a empresa que contatamos não tinha mais disponibilidade. Mas foi sorte, viu? Porque o hotel onde nos hospedamos tinha um acordo com uma outra empresa e rapidinho conseguimos uma quadbike por 35 euros a diária, winning!
Então pesquisamos um pouco no guia sobre praias pela ilha, mas decidimos focar em três praias próximas umas das outras - e sim, se você quiser conhecer esses lugares, não tem outro jeito a não ser ter seu transporte - seja quadriciclo, moto ou carro. Apesar delas serem próximas umas das outras, não tem como andar de uma pra outra - nem a pé nem de transporte. Então você tem que sempre sair da estrada principal e voltar pra estradinha que leva a praia em especifico:
Escolhemos a Black Beach, White Beach e Red Beach, que parecem ser bem populares entre os turistas mesmo e pegamos estrada!
No início o R. tava se acostumando com manejar o quadriciclo, mas em poucos minutos ele já tava tranquilo - foi uma sensação de liberdade maravilhosa poder sentir o vento no rosto enquanto víamos paisagens lindas ao nosso redor. Eu fui co-pilota e ia dando as direções, gritando no ouvido do R. pra ele entender left in five hundred, right in two hundred... vimos pouquíssimas placas pelas estradas, então o 3G salvou a vida - ainda bem que agora tem essa lei que permite você usar um pouco do seu pacote de dados em outros países da Europa, porque senão a brincadeira teria saído cara!
No caminho de ida fizemos uma rápida parada na capital da ilha, Fira.
E olha, ficamos aliviados de termos mesmo nos hospedado em Oía, porque achamos Fira bem normal, nada de mais. Mesmo. Tinha até uns hoteis bacanudos nos penhascos, mas de forma geral, achamos a cidade maior, com muito mais lojas, mais sujeira, sei lá, não tinha aquele charme todo de Oía. Então só tomamos um sorvete e nos mandamos pra Black Beach.
Black Beach
A praia tem uma pequena faixa de areia preta, por conta do vulcão. Na verdade, a ilha toda é o que sobrou depois de uma enorme erupção vulcânica que destruiu tudo que formava uma só ilha e hoje criou essa caldeira, com a ilha principal e vários mini ilhas ao redor.
Mas, eu achava que por mais que a areia fosse preta, teria areia. E o que vimos lá foi muito mais pedrinhas do que qualquer outra coisa. Não ficamos com vontade de entrar na água, mas tinha umas cadeiras de praia e guarda-sóis disponíveis e ficamos lá mais ou menos uma hora? Tinha que pagar, mas não vimos o moço que cobrava, então fomos embora pra White Beach.
White Beach
A melhor decisão que tomamos foi ter ficado na White Beach, porque essa pareceu ter a melhor faixa de areia e água gostosa. Pagamos 8 euros pelo guarda-sol e duas espreguiçadeiras - para o dia todo - e ali ficamos por horas. Entramos na água também, através de uma plataforma que já te deixa dentro da água, mas confesso que foi difícil. As praias são cheias de pedra, e dentro d’água não é diferente. Então se você não tem aqueles sapatinhos especiais, fica difícil se manter em pé na água, porque as pedras são escorregadias. E como nem eu e nem o R. sabemos nadar, ficamos agarrados na escadinha mesmo, hahaha.
Depois de lagartixar, tirar um cochilo e tentar descansar, mesmo com a italiana do nosso lado falando alto o tempo todo, comemos no restaurantezinho que tinha por ali e seguimos viagem pra última praia do dia, a Red Beach.
Red Beach
Pelo que eu havia pesquisado, a Red Beach é uma das mais famosas praias da ilha. E de fato, aquele paredão de cor avermelhada que dá nome a praia é lindo, imponente, e até mesmo assustador, porque o que não falta são placas avisando que há riscos de deslizamento de terra e que continuar fica por sua conta e risco, mas isso não impede os vários turistas de fazer o trajeto da estrada até lá em baixo, na praia - o caminho dura em torno de 10 minutos. A praia é linda, a agua é limpa, mas de novo, muitas, muitas pedras. E como nós chegamos no fim do dia porque passamos a tarde toda na White Beach, todos os guarda-sóis estavam tomados - quer dizer, até tinha alguns livres, mas porque algumas pessoas já começavam a arrumar suas tralhas pra ir embora. Então a gente só sentou ali nas pedras um pouquinho e veio embora pra Oía.
Morremos de dó desse noivo, o cara suava demais... também, usando terno naquele calorão! |
A experiência de ter alugado um quadriciclo valeu muito a pena porque foi uma coisa que nunca fizemos antes - quer dizer, já andamos de quadbike numa outra oportunidade aqui na Irlanda, mas nunca tínhamos andado na estrada mesmo, então foi super legal. Deu pra ter uma ideia do tamanho da ilha e do que ela tem a oferecer, mas a não ser que você seja muitoooo rato de praia mesmo, não acho que valha a pena ir. Mas assim, como Oía é uma vila pequena, se você tem muitos dias em Santorini, recomendo ver outras coisas e respirar outros ares, e aí a quadbike é fundamental. Precisa ter carteira de motorista, hein?