Islândia #6 - A segunda maior cidade, sorvete e cavalos islandeses, e perrengue, claro!

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Nosso sexto dia na Islândia totalizou quase 4 horas de estrada e foi tão cheio de aventuras quanto o dia anterior. Começou com um clima super delícia, céu azul, um solzinho gostoso e acolhedor - estávamos perto do lago Mytvan e a vista era fantástica! Do camping fomos direito pra uma cachoeira que eu tava bem ansiosa pra conhecer, a Godafoss


A água do rio Skjálfandafljót cai de uma altura de 12 metros e tem uma largura de 30! Há uma trilha na região, mas a gente preferiu só admirar a cachoeira do miradouro, de longe mesmo. Como a Godafoss tava no caminho pra nossa próxima parada, não foi um esforço dar uma paradinha lá.


Mytvan iceland

Mytvan iceland


Mytvan iceland islandia

Mytvan iceland islandia

godafoss iceland islandia

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Nossa ideia era seguir pra segunda maior cidade da Islândia, Akureyri. Mas antes de chegar lá, fizemos uma parada num local super escondido, indicação dos caras da empresa onde alugamos o motorhome. Eles nos mostraram vídeos, insistiram muito pra gente ir pra lá, ensinaram como chegar porque não tava no GPS, etc. No fim, resolvemos ir. Um pouco antes de chegar em Akureyri entramos por umas vias secundárias e conseguimos estacionar num acampado. Subimos o morro e vimos: era uma mini-cachoeira com água quente, aquele vapor subindo assim que a água batia nas pedras. 


O R. ficou morrendo de vontade de entrar na água, mas eu não quis. Confesso que tive medo porque era estreito, tinha muita pedra e a gente poderia facilmente escorregar ali. O local era totalmente escondido, não ia ter ninguém pra socorrer se desse alguma merda, era mesmo uma parada totalmente off the beaten track, escondida. Então só admiramos a paisagem e seguimos pra segunda maior cidade da Islândia!


Akureyri iceland islandia

Akureyri iceland islandia

Akureyri iceland islandia

Akureyri iceland islandia


Akureyri é rodeada por montanhas mas fica no mar, o que a torna excelente para a pesca. São 18 mil pessoas morando ali, e a mesma é considerada a capital do norte do país. Nós ficamos absolutamente encantados! Assim que chegamos, já vimos um estacionamento no centro onde conseguimos deixar o motorhome pra bater perna. Nossa primeira parada? Comer cachorro-quente!


Essa foi uma outra dica dada pelos caras da locadora de carro, que a gente tinha que comer o hot-dog famoso da Pylsuvagninn, e que o de Akureyri era o melhor do país! No fim, era uma van numa pracinha, mas tinha umas cadeiras e mesas e batia um solzinho delícia. Experimentamos dois hot-dogs cada, e fiquei tão feliz por eles terem uma espécie de batata-palha por cima! Bom demais!


Pylsuvagninn cachorro quente islandes

Pylsuvagninn cachorro quente islandes

Pylsuvagninn cachorro quente islandes

akureyri islandia iceland

akureyri islandia iceland

akureyri islandia iceland


O centro é bem pequeno, mas tem cada lojinha fofa, uma arquitetura super charmosa. Demos algumas voltas, e tínhamos que provar também o sorvete islandês, já que sabíamos que esse era também imperdível. Não foi difícil encontrar uma sorveteria aberta, e fiquei surpresa com o tamanho do lugar: muitas mesas, um espaço enorme mesmo! Havia muitas opções de sorvetes e coisas pra colocar em cima, mas fomos do tradicional bragdarefur.


O bragdarefur é um sorvete de baunilha misturado com vários toppings e coisinhas à escolha do freguês. Ele é batido com essas coisas, e no fim você recebe aquele sorvete maravilhoso num copo. Eu já tinha lido que as porções são generosas, e meu povo, bota generoso nisso! Pedimos o pequeno e eu não aguentei comer tudo - e veja, eu amo sorvete, é minha sobremesa preferida! É de fato muito muito bom. Eu contei umas 40 opções de toppings, sendo que você pode escolher até três, então pensa na infinidade de combinações!


bragdarefur sorvete na islandia

bragdarefur sorvete na islandia

bragdarefur sorvete na islandia



De lá, fizemos umas paradas aleatórias: primeiro, num rio/lago que vimos na estrada e o R. insistiu pra gente pegar água dele - toda água na Islândia é potável. Seguimos atrás de uma igrejinha viking, e embora ela estivesse fechada, pudemos ver bem de pertinho alguns cavalos islandeses. Eu queria muito ter essa experiência, porém não tínhamos nenhum plano de ir pra um lugar específico ver cavalos, então foi uma ótima surpresa! Eles são lindos!


lago islandia

lago islandia

lago islandia

lago islandia

cavalo islandes, cavalo na islandia

cavalo islandes, cavalo na islandia

cavalo islandes, cavalo na islandia

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Já que estávamos por aquelas bandas, resolvemos esticar o passeio e seguir pra ver um tal de "monstro do mar", uma pedra num formato de dragão no meio do mar chamada Hvítserkur. Não tem nada de mais, mas o dia tava lindo, ensolarado, resolvemos ir, por que não? O que não imaginávamos é que um trajeto que era pra levar 30 minutos no máximo levou 1 hora, porque não dava pra dirigir mais do que 30 km por hora por conta da estrada esburacada. O motorhome balançava, tudo tremia, foi super hiper desconfortável. E quando chegamos lá finalmente, era uma vista linda, mas apenas uma vista. 


Até pensamos em descer o morro até a praia lá em baixo, chegamos a começar a descer meio de bundinha, mas aí aquele pânico: e depois, como sobe? Eu mesma tenho um condicionamento físico muito ruim, então só trator pra me fazer subir depois, hahaha. Sendo assim, ficamos admirando lá de cima mesmo, já pensando no sofrimento da volta pela estrada esburacada.


Hvítserkur, estrada na islandia

Hvítserkur, estrada na islandia

Hvítserkur, estrada na islandia

Hvítserkur, estrada na islandia


Hvítserkur, estrada na islandia

Hvítserkur, estrada na islandia


Quando finalmente saímos da estrada, uma hora depois, colocamos "camping" no Google Maps pra poder passar à noite. Queríamos ficar num lugar mais perto da ring road. Mas aí, a surpresinha: nosso gás tinha acabado. Não seria um problema se não fosse quase 10 da noite no meio do nada! Sem gás não daria pra cozinhar, ter aquecedor, nada. 


Tentamos uns dois postos diferentes a uns 15 ou 20 min de distância um do outro e tudo fechado. Aí fomos pra uma cidadezinha chamada Hvammstangi e bem na entrada vimos um hotel. A ideia era perguntar na recepção se sabiam de algum posto aberto aquela hora, porque só rola comprar o botijão de gás no posto. Se não tivesse, íamos passar a noite no hotel pra pelo menos dormirmos aquecidos. 


A moça da recepção garantiu que tinha um outro posto dali a uns 15 min de distância que ainda estaria aberto, embora o Google Maps dissesse que não. Ela estava correta! Conseguimos achar o posto e comprar o gás, mas quem disse que conseguíamos instalar o bendito? Tava escuro, eu segurando a lanterna do celular, o R. tentando tirar o botijão velho e colocar o novo. Não funcionava. Tava um frio da porra, entramos na van pra procurar o manual... gente, foi caótico e super estressante. O manual não ajudou. Voltamos lá pra fora pra tentar de novo e depois de algumas tentativas, foi! Funcionou! Ali mesmo no estacionamento do posto comemos alguma coisa, nos recompomos e seguimos pra um acampamento que ficava no alto do morro na mesma cidadezinha onde paramos pra pedir informação. 


O dia começou lindo e tranquilo e terminou num stress, porém depois vira história pra contar! Esse tipo de perrengue é bem desagradável, a gente fica nervoso de verdade, briga um com o outro... mas no fim, tudo certo, e estávamos prontos pra mais um dia nessa terra linda!

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