Marrocos - Marrakesh em 04 dias [parte 01]

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Essa viagem pro Marrocos já estava na cabeça há algum tempo. A gente tinha essa vontade de ir pra um lugar fora da Europa, de finalmente pisar no continente africano. Em 2020 começamos o ano com essa ideia, e cheguei a conversar com alguns amigos que já tinham ido pra lá porque partindo de Dublin essa é uma viagem super comum e popular! Mas todos nós sabemos o aconteceu no começo de 2020, e colocamos essa ideia na gaveta.


Agora em 2022, com a vida bem “normalizada” por aqui, decidimos retomar essa ideia. E uma das primeiras decisões que tomamos é que não rolaria ir pro deserto do Saara. Deve ser uma experiência maravilhosa ver os camelos e observar o céu de uma noite no deserto, e mesmo sabendo que dormir no acampamento em si não é perrengue, não era uma prioridade pra nós.


Primeiro que já tivemos a oportunidade de conhecer um deserto no mundo - o deserto do Atacama. Segundo que a questão é que o deserto do Saara é bem longe de Marrakesh, e tipo, são muitas horas até chegar lá. Simplesmente achei que seria perrenguento demais, não achei que valeria a pena. Fica pra uma próxima oportunidade.






Sendo assim, focamos em ficar somente em Marrakesh, partindo de Dublin numa quinta e voltando no domingo - os únicos dias em que a Ryanair voa entre esses destinos.


Chegando lá na quinta tarde e voltando no domingo à noite, tivemos um tempo bem legal de passear, conhecer pontos turísticos, curtir o hotel e simplesmente descansar. Apesar da gente amar um city break, aquela viagem de fim de semana onde ficamos perambulando loucamente e batendo recordes de passos dados por dia, sabíamos que seria diferente no calorão do Marrocos.


O voo dura umas 4 horas, o que não é nada confortável quando você tá apertado num avião da Ryanair, mas enfim. Chegamos no Marrocos e a fila da imigração tava enorme, ficamos 1h e meia esperando em pé. Na imigração em si nos perguntaram nossas profissões e o nome do hotel onde ficaríamos. Na saída, trocamos uns euros por dirham marroquinos e o motorista do hotel estava nos esperando, coitado! 






Aliás, pra essa viagem tomamos a decisão de ficar num hotel mais fora da curva pro nosso estilo. Tipo, a gente fica em AirBnb, hotéis baratos, mas como não sabíamos como seria a vibe da cidade, achamos que um hotel mais confortável daria uma segurança de pelo menos descansar caso a cidade fosse um caos. Porque sim, tudo que eu lia na internet era meio desencorajador pra ser honesta. Então fui naquela dica certeira de uma pessoa que me inspira muito no quesito viagens, e foi ótimo. O hotel em si é uma atração - lindíssimo, confortável, com um jardim e piscinas maravilhosas. 





Todo dia a gente passeava de manhã, almoçava fora e voltava pro hotel pra descansar um pouco do sol quente pra dar mais uma volta no fim da tarde/início de noite. Não ficou cansativo e conseguimos ver muita coisa. Além disso, apesar de termos andado bastante - afinal o hotel apesar de bem localizado não era na cara da Medina - acabamos pegando muito táxi (que não é algo que fazemos com frequência), já que o calor impede você de caminhar muito, sabe? Além disso, a diferença de conversão é muito vantajosa pra quem está com euros, e uma corrida de 15, 20 minutos não saía mais que 8 ou 10 euros nunca.


No primeiro dia, quinta, fizemos aquele reconhecimento de território, mas tava fazendo mais de 40 graus e vocês sabem, sou o grinch do verão: de-tes-to. Foi sofrido, mas o nosso choque/surpresa ao chegar na praça principal da cidade valeu cada minuto sofrido no sol. Aquilo é de outro mundo! Uma praça onde os locais montam suas barracas de comidas, frutas e outros artigos; onde você vê mulheres se oferecendo pra fazer tatuagens de hena nos turistas; encantadores de cobras (real oficial!); homens com macacos acorrentados pra fotos (o que achei muito triste e me partiu o coração). Enfim, um caldeirão de pessoas - locais e turistas! - de cores, de cheiros e situações inusitadas. É hipnotizante!


Nesse mesmo dia andamos de volta pro hotel à noite sem sentir nenhum medo e na verdade em nenhum momento dessa viagem nos sentimos inseguros!




Na sexta tínhamos agendado um tour com um guia que falasse em inglês. Como a gente tinha lido muitas coisas pesadas na internet - que mulheres eram totalmente desrespeitadas na rua, que tentavam te dar golpe a todo instante, que a Medina era meio assustadora, achamos melhor pelo menos ter um dia com um guia pra sentir se seria necessário fazer o mesmo nos outros. Ter um guia é sempre bom, e aprendemos muito sobre a arquitetura e cultura árabe/marroquina, mas definitivamente não é necessário ter um guia por lá.


Então passamos boas horas acompanhados do nosso guia. Fomos pra alguns lugares que já estavam na nossa lista e outros que ele julgou ser interessante - foi legal. Não foi incrível, porque achei que depois de 1h ele já tava meio de saco cheio e corria com as explicações e tal, mas mesmo assim achei que valeu a experiência.


No próximo post eu conto um pouco mais sobre o que aprendemos com o guia e os preços de tudo que fizemos por lá!







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