Islândia #1 - Parque nacional, gêiser, cachoeira e lagoa secreta

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Estava muito na dúvida de como escreveria essa série de posts - se faria um post pra cada local, se faria um índice principal com dicas... mas convenhamos: esse não é um blog de informações oficiais, e se algum dia já tive a pretensão de tornar esse humilde espaço na interwebs de blog de viagem, já desisti faz tempo.


Então vai ser em formato de diário mesmo. Ainda bem que fui fazendo uns resumos de todo dia na época lá no instagram e deixei tudo salvo. Assim, consigo ir lembrando o que fizemos em cada dia/local. Talvez eu faça um post final com dicas imperdíveis ou algo desse tipo, mas veremos o que o tempo e minha disposição fazem.




Saímos de Dublin dia 9 de setembro às 12:15 e chegamos no aeroporto de Keflavik às 14h horário local. Fomos num voo da IcelandAir bem tranquilo, e ao chegar no aeroporto precisamos mostrar carteira de vacinação, teste negativo, etc. Apesar do aeroporto ser bem pequeno, ficamos bem perdidos em relação a onde pegar o shuttle bus que nos levaria pra empresa de locação do motorhome. Achamos alguém que deu a informação, saímos do aeroporto e uns 15 ou minutos depois, apareceu o ônibus. 


Em cinco minutos chegamos no escritório da agência, tava um solzinho gostoso e não muito frio. Na agência ficamos mais ou menos uma hora revendo todo o contrato de aluguel do carro, fazendo perguntas, pedindo informações sobre alguns pontos turísticos e anotando várias dicas dos funcionários. Eram dois rapazes bem simpáticos e depois ele nos levou até o carro lá fora. Tivemos que anotar e observar todas as "falhas" externas tipo arranhões e tal, fotografar tudo pra ter registrado (pior parte de alugar carro!). Dentro do carro ele explicou como funcionava a eletricidade, geladeira, gás, aquecimento, etc., e confesso que ficamos meio assim porque era muita coisa de uma vez!


Entre os acessórios que alugamos foi um modem portátil que funcionaria no país todo nos dando acesso à internet. Foi essencial, porque o meu 3G não tava funcionando direito e eu precisaria de excelente internet pra fazer uma entrevista de emprego no dia seguinte!


Colocamos "supermarket" no mapa pra ver o que tinha por ali e a poucos minutos de carro tinha um chamado Bonus. Fizemos uma compra básica de itens pra café-da-manhã, almoço e jantar que saiu o dobro do que costumamos gastar aqui, mas Islândia, né? Entre os itens tinha iogurte, leite, frios, pão, legumes, carnes, arroz, macarrão, ovos, uns chocolatinhos, enfim, tentamos pensar em comidas que seriam fácil de cozinhar com tão pouco espaço.


Dirigimos do mercado até nosso primeiro camping - chamado Mosskogar - porque queríamos começar o dia seguinte mais próximos do nosso primeiro passeio ao invés de começar o dia tendo que dirigir duas horas de cara. Além disso, como eu tinha a entrevista de emprego na manhã seguinte, achamos que seria melhor estar num camping tranquilo.


Foi mais ou menos uma hora até chegar lá, estacionamos o carro e a moça que gerenciava o camping veio dar as instruções de como usar o cabo da eletricidade, nos mostrar a cozinha e banheiro deles e cobrar a taxa, claro. Todos os campings cobram essa taxa, que se não me engano foi tipo 12 euros por pessoa.


No dia seguinte acordamos cedo, fiz minha entrevista, fizemos a manutenção do carro e seguimos pro primeiro passeio real oficial: Þingvellir. Esse é um parque nacional, mas que já foi palco de onde criavam as leis e faziam julgamentos a nível nacional. O local foi eleito patrimônio da humanidade porque além de sua importância histórica, ele é basicamente onde fica situada a divisa entre as placas tectônicas da América do Norte e Europa!


Aliás, é possível fazer esse tour de mergulhar entre as placas tectônicas e poder estar na América e Europa ao mesmo tempo. Acho que seria um passeio super legal, vimos um grupo entrando na água mas como nem eu nem o R. sabemos nadar ou ficamos confortáveis com mergulhos, achamos melhor só ficar em terra firme.



placa tectonica na Islandia



outono na Islandia

Com a câmera dentro da blusa pra não molhar demais!



Chovia bastante, e apesar de não ser aquela chuva pesada, a garoa foi se intensificando e tava difícil curtir, tirar fotos... então passeamos um pouco, o que deu, e quando bateu a fome umas 2h depois, voltamos pro carro pra fazer nosso almoço. 


Na sequência continuamos na região e fomos conhecer o Great Geysir. Aparentemente, esse foi o primeiro gêiser mencionado na história em fontes escritas. A água por ali pode emergir do solo e subir até 70 metros! O estacionamento é gratuito e atravessando a rua encontramos a entrada. 


Demos uma super volta subindo um morro, mas como nessa altura já tinha parado de chover, fomos conversando, falando sobre a novidade - eu tinha conseguido o emprego! - e nem vimos o tempo passar. Nesse segundo passeio já dei graças que estávamos usando sapatos apropriados de hiking porque tinha muita lama e não escorregamos.


Tem vários "mini" gêiseres que não chegam a cuspir água mas é como se fossem mini lagos borbulhantes. De outros só sai uma fumaça. E aí, no local "principal" saem as rajadas mais intensas e altas a cada x minutos. Não tivemos que esperar muito pra ver.




geiser na islandia


geiser na islandia





O cheiro de enxofre é forte, mas não foi insuportável. A vantagem aqui é que não estávamos numa altura elevada como foi minha experiência com gêiseres no Chile - lá eu achei lindo, mas tava tão enjoada da altitude que não curti tanto.


Saindo de lá fizemos uma paradinha super rápida na primeira cachoeira da viagem: a Gullfoss. Você para o carro praticamente na cara dela, mas como já era fim do dia e estávamos cansados, resolvemos não fazer a caminhada e ir mais perto. Além disso, sabíamos que veríamos outras cachoeiras pelo caminho, então foi aquela parada de turista asiático de bater a foto e cair fora! hahaha


gullfoss islandia


Aí ainda não tava 100% escuro e tínhamos duas opções: dirigir mais ou menos 1h até o próximo camping pra nos deixar bem posicionados pro primeiro passeio do dia seguinte ou ir pra Secret Lagoon. Eu tinha visto a Joana Moura falando sobre no blog dela, e achei maravilhoso. Seria uma oportunidade de comparar uma piscina natural dessa com aquela famosa que também planejávamos em visitar, porém no fim da viagem. Sendo assim, checamos o horário de funcionamento e daria tempo de ir.


Ao chegar, já tava começando a escurecer. Pagamos 3000 coroas, mais ou menos 21 euros cada. Tínhamos acesso aos lockers, banheiro, tudo super limpinho e organizado. Ao sair do vestiário só de maiô, você sente aquele frio gelaaaado, mas aí quando entra na água... é inacreditável. Extremamente relaxante, uma sensação de aconchego deliciosa. Ficamos ali nos sentindo de fato em lua de mel!


secret lagoon islandia

secret lagoon islandia




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