Não me lembro de preço de nada e não anotei, mas vai por mim, não é nada muito caro no Laos não.
Nós fomos no passeio das cavernas no nosso segundo dia em Luang Prabang. Compramos uns croissants maravilhosos num café meio hipster/francês e comemos do lado de fora do hotel enquanto esperávamos o motorista chegar. Numa caminhonete meio capenga ele pegou outras pessoas pelo caminho e nos deixou perto do rio, numa espécie de parada de ônibus. Lá haviam outros turistas também esperando. Como ele não falava inglês, ficamos meio sem entender, mas basicamente ficamos lá aguardando a empresa que faria o passeio de barco propriamente dito nos buscar.
Esperamos uns vinte minutos e logo começaram a anunciar os barcos. Descemos uma escadaria até chegar na beira do rio e com a ajuda de plataforma meio improvisada, subimos. Eu tava super tensa porque passo muito mal em barco, fico enjoada e com dor de cabeça, então já tinha até tomado remédio pra não enjoar. Não sei se o remédio ajudou ou se foi a calmaria do rio Mekong, mas o fato é que tava tão tranquilo que até dormir no barco eu dormi (mas pra ajudar nós tínhamos assentos mesmo, como se fossem cadeiras de trem).
Quase 1 hora depois, chegamos no nosso destino: as Pak Ou Caves são famosas por abrigarem centenas de Budas dentro dela. Centenas não, milhares: são quatro mil imagens de Buda em sua maioria feitas de madeira. E tem de todos os tipos e tamanhos que você possa imaginar! Dizem que pessoas que moravam na região foram levando essas estátuas pra lá há centenas de anos atrás.
Chegando na primeira caverna é possível continuar subindo a montanha por fora e ir vendo outras cavernas. No caminho há alguns locais vendendo tranqueiras para turistas, e confesso que o coração partiu em ver moças com criança de colo ou até mesmo crianças sozinhas vendendo souvenirs ou bananas para os turistas. É uma situação complicada, porque você quer ajudar aquelas pessoas mas ao mesmo tempo, não quer incentivar as crianças e não irem pra escola pra pedir dinheiro ou vender coisas pra turistas...
De lá, voltamos pro barco e no caminho de volta pra Luang Prabang fizemos uma parada numa vila chamada Xang Hai, famosa pela produção de whisky e vinhos! Muitas dessas bebidas são envasadas em garrafas com cobras, escorpiões e esses bichos todos dentro, rs. Eu não sou de bebida alcoólica, mas provei o vinho e era bem docinho. Ali na vila também tinha algumas moças tecendo saias e outros tipos de roupa, era tudo muito lindo mas bem caro. O que é compreensível, claro, é tudo feito a mão.
Quando chegamos em Luang Prabang comemos rapidinho e voltamos pro hotel para sermos buscados para o segundo tour do dia: as cachoeiras de Kuang Si.
Uma van meio véia parou lá no hotel e demoramos uns 30 minutos até o local. Essas cachoeiras maravilhosas são dividias em três andares/camadas e o visual é absurdo de lindo porque a cor da água é muito, muito azul. Antes de irmos eu tinha visto umas fotos no instagram e pensado que era tudo fake, mas é nada!
Como essas cachoeiras formam pequenos laguinhos, é possível entrar e nadar - eu não quis. Primeiro porque como elas são protegidas pela sombra, tava meio friozinho até. Segundo que eu não sei nadar, ainda mais assim na natureza selvagem (city girl total mesmo... fuén), então o R. arriscou por nós dois.
Tinha uma árvore perto de um desses lagos e a galera tava enlouquecida subindo no galho pra pular na lagoa - é divertido ver o povo pular, mas acho um perigo! Esse povo não pensa que pode ter pedras lá em baixo, que pode ser perigoso? Bem, talvez eu seja cautelosa demais. Mas o fato é que me contentei em apreciar aquela beleza somente com os olhos mesmo.
Ali você também consegue encontrar dois ursos que foram resgatados por locais. Não sei muito bem a história, mas há uma fundação que cuida desses ursos lá (usando o dinheiro dos ingressos pra cachoeira e também doações). Não foi legal ver os ursinhos presos porque o espaço deles é pequeno, como se fosse um zoológico mesmo, sabe? Eles são lindos e dá pra ver até que de perto, mas fiquei morrendo de dó!
Enfim, foi um dia super cheio, de ir pra lá e pra cá, mas acho que aproveitamos o Laos muito bem. Culinária incrível, pessoas educadas e amáveis, lugares diferentes e interessantes... e bons preços, claro! O Laos ainda não foi massivamente explorado quanto os vizinhos no sudeste asiático, então se você pensa em ir àquela região um dia, não deixe de incluir esse país no roteiro!